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Medicina Veterinária ·
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41 Sistema de ordenha automático Cláudio Antônio Versiani Paiva1 CRMVMG 6203 Luiz Gustavo Ribeiro Pereira1 CRMVMG5930 Thier ry Ribeiro Tomich1 Fernando Pimont Possas2 CRMVMG 7779 Sistema de ordenha automático 1 Introdução O aumento no valor dos preços de terra e da mão de obra e a diminuição da lucrativi dade nas últimas décadas têm motivado pro dutores de leite a aumentarem a eficiência dos sistemas de produção de Koning 2004 A adoção de tecnologias de automação e pecuá ria de precisão tem contribuído para o aumen to dessa eficiência O maior impacto pode ser constatado na redução do tempo e dos custos de atividades como remoção e tratamento de dejetos alimentação e ordenha dos animais Tradicionalmente a ordenha das vacas está associada a uma atividade laboral intensa mesmo após o advento dos sistemas de or denha mecânicos No entanto a robotização dos sistemas de ordenha tornou o processo mais flexível e menos laborioso Hogeveen et al 2004 O sistema de ordenha robotizado também conhecido como automático AMS do inglês Automatic Milking System ou vo luntário VMS do inglês Voluntary Milking System promoveu a automação completa de todo o processo de ordenha Sensores moni toram e registram automaticamente o volume de leite parâmetros de qualidade do leite e frequência de ordenha dos animais manten do um arquivo de todos os processos realiza dos sem a intervenção humana Bloss 2014 Várias empresas lançaram comercialmente os seus robôs de ordenha incluindo a DeLaval Fullwood GEA Farm Technologies SAC Lely Boumatic e Insentec O primeiro sistema de ordenha automá tico foi instalado na Holanda em 1992 pela empresa Lely Schewe e Stuart 2015 Desde então temse observado um crescimento sig nificativo no número de fazendas ao redor do mundo que têm adotado o AMS Atualmente estimase que mais de 10000 sistemas de bigstockphotocom 1 Embrapa Gado de Leite Complexo Multiusuário de Bioeficiência e Sustentabilidade da Pecuária Coronel Pacheco Minas Gerais 2 Bolsista PósDoc CAPES Universidade Federal de São João delReiEmbrapa 42 Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia nº 79 dezembro de 2015 A adoção dos sistemas robotizados de ordenha deve continuar crescendo ao redor do mundo impulsionada pela escassez e encarecimento da mão de obra associada à preferência por não empregar mão de obra não familiar e à demanda por mais flexibilidade do trabalho e qualidade de vida Uma vez contida no box de ordenha o braço robótico encontra os tetos da vaca lavaos estimulaos retira e examina os primeiros jatos para anormalidades para posterior acoplamento individual dos insufladores ordenha robotizados estejam operando em aproximadamente 5500 fazendas no mun do inteiro de Koning 2011 Svennersten Sjaunjae Pettersson 2014 A maioria das fazendas que adotaram o sistema de ordenha automático está localizada no continente eu ropeu em países como Holanda Dinamarca Noruega e Suécia porém a sua adoção vem crescendo também nos países da América do Norte Bisaglia et al 2012 A primeira orde nha robótica instalada na América do Norte ocorreu no fim dos anos 90 Walker et al 2014 Estimase que mais de 200 fazendas nos EUA e 350 no Canadá operavam com AMS entre 2011e 2012 Gillespie et al 2014 Schewe e Stuart 2015 Tranel et al 2015 A ado ção dos sistemas robotiza dos de ordenha deve conti nuar crescendo ao redor do mundo impulsionada pela escassez e encarecimento da mão de obra associada à preferência por não empre gar mão de obra não familiar e à demanda por mais flexi bilidade do trabalho e qua lidade de vida Bloss 2014 Schewe e Stuart 2015 No Brasil a primeira ordenha robótica foi instala da em CastroPR e entrou em operação em 2012 Em 2015 pouco mais de dez unidades robóticas encontravamse em operação em 10 fazen das Até o momento duas empresas estão comercia lizando o equipamento no Brasil e a estimativa é que em 2020 aproximadamente 50 unidades estejam em fun cionamento no Brasil Uma recente pesquisa realizada com produtores de leite da Europa indicou que 40 dos investimentos a serem realizados em novas salas de ordenha pre veem a instalação de sistemas de ordenha robotizados Estimase que a proporção de vacas ordenhadas com o AMS no mundo al cance 18 em 2016 Holloway 2014 2 Operação do sistema de ordenha automático O sistema de ordenha automático AMS é composto por diferentes módulos sistema de contenção sistema de detecção de tetos braço robótico para colocação dos insu fladores sistema de limpeza de tetos sistema de sen sores software e o próprio equipamento de ordenha Hogeveen et al 2001 A entrada e a saída da vaca dentro do sistema de con tenção são controladas por portões automáticos Uma vez contida no box de orde nha o braço robótico encon tra os tetos da vaca lavaos estimulaos retira e examina os primeiros jatos para anor malidades para posterior acoplamento individual dos insufladores O fluxo de leite é monitorado e o desacoplamento é realizado individualmente por quarto Após a retirada dos insufladores o braço robótico aplica um spray de desinfetante em to dos os tetos para posterior liberação da vaca Walker et al 2014 Os sistemas de orde nha automáticos apresen tam várias configurações e composições dependendo 43 Sistema de ordenha automático do fabricante A apresentação mais simples é constituída por uma única unidade com um único braço robótico Essas unidades pos suem capacidade para ordenhar um rebanho de 50 a 60 vacas Alguns fabricantes projeta ram sistemas em que um único braço robótico serve duas unidades de ordenha aumentando a capacidade de ordenha para 80 a 90 vacas Há ainda a opção de se organizarem as unida des de ordenha robóticas em clusters disper sas por todo o galpão em galpões tipo tie stall e adaptadas em sistemas convencionais ro tativos e dessa forma expandir a capacidade de ordenha para médios e grandes rebanhos Walker et al 2014 O design do AMS exige pouco espaço para a sua instalação podendo operar em praticamente qualquer sistema desde aque les confinados até sistemas a pasto poden do ser facilmente realocado em função de uma nova instalação ou expansão do siste ma de produção de Koning e Rodenburg 2004 Reinemann 2008 de Koning 2011 Rodenburg 2013 Scott et al 2015 Ao projetar o layout das instalações é necessário levar em conta uma série de fato res como oferecer máximo conforto para as vacas altas taxas de frequência de ordenha curtos períodos de espera para ordenha e fácil acesso à área de descanso No entanto nenhum projeto consegue suprir todos es ses fatores integralmente devido aos confli tos entre oferecer máximo conforto e obter máxima eficiência no manejo das vacas de Koning 2011 O tipo de fluxo a ser adotado depende de fatores relacionados às questões estruturais e de manejos específicos de cada fazenda Geralmente as vacas podem acessar o AMS por três tipos de fluxo Fluxo livre as vacas acessam o robô quando este se encontra livre assim como possuem acesso irrestrito à pista de alimen tação e à área de descanso Esse tipo de fluxo normalmente resulta em menores taxas de frequência de ordenha e maior número de vacas a serem ordenhadas involuntariamente Contudo é o sistema que confere maior liber dade e bemestar às vacas Fig 1 Fluxo forçado com alimentação primei ro as vacas possuem acesso livre à pista de alimentação e obrigatoriamente passam pelo robô para obterem acesso à área de descan so Se elas foram recentemente ordenhadas serão desviadas diretamente para a área de descanso Esse tipo de fluxo resulta em inter valos entre ordenhas mais regulares menor número de vacas com longos intervalos entre ordenhas e reduzido número de ordenhas in voluntárias Contudo nesse sistema as vacas podem hesitar em passar pelos portões de se paração e permanecerem por mais tempo na área de alimentação Fig 2 Fluxo forçado com ordenha primeiro as vacas devem obrigatoriamente passar pelo robô para obterem acesso à pista de alimen tação e retornarem à área de descanso Nesse Figura 1 Modelo de layout de fluxo livre Fonte Adaptado de Rodenburg 2014 44 Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia nº 79 dezembro de 2015 sistema as vacas podem formar longas filas e permanecerem por mais tempo em pé na área de espera impactando frequência de ordenha e aumentando problemas relacionados ao casco Um bom projeto deve contemplar uma área de espera adequada próxima à unidade robótica Fig 3 Estudo realizado por Schewe e Stuart 2015 com pequenas e médias fazendas mostrou que a maioria absoluta dos produ tores europeus que adotaram o AMS fizeram opção pelo sistema de fluxo livre Em contras te a maioria dos produtores americanos teve preferência pelo fluxo forçado Para motivar a entrada no robô normal mente é ofertada uma quantidade variável de concentrado no momento da ordenha Prescott et al 1998 impactando direta mente no fluxo de animais ordenhados Nesse sentido Scott et al 2015 observaram uma forte associação entre a ordenha voluntária e o acesso à alimentação concentrada pósor denha possuindo ainda potencial de manejar essa relação para influenciar o tráfego de ani mais na sala de espera Além de manter o in teresse das vacas em se aproximarem do robô a adequada oferta de concentrado contribui para a manutenção da condição corporal e a garantia de uma suficiente produção de leite Cada sistema de produção determina a frequência máxima de visitas diárias das va cas ao robô podendo ser programado valores individuais por lote ou para todo o rebanho Normalmente esse valor varia de 5 a 6 visi tas por dia com o objetivo de maximizar a produção sem causar estresse adicional aos animais Schewe e Stuart 2015 Forsberg et al 2002 observaram que fazendas que op taram pelo fluxo livre obtiveram as menores frequências de visitas voluntárias quando comparadas àquelas que adotaram o fluxo for çado Por outro lado a produção de leite não diferiu significativamente entre os dois tipos de sistema Figura 3 Modelo de layout de fluxo forçado com ordenha primeiro Fonte Adaptado de Rodenburg 2014 Figura 2 Modelo de layout de fluxo forçado com alimentação primeiro Fonte Adaptado de Rodenburg 2014 45 Sistema de ordenha automático O período de adaptação das vacas ao novo sistema normalmente apresenta gran des variações entre fazendas Castro et al 2015 observaram que o período médio de adaptação das vacas foi de 188 dias ao pas so que Jacobs e Siegford 2012 observaram que em fazendas americanas 95 das vacas foram ordenhadas voluntariamente dentro de 30 dias Divergências entre fazendas podem indicar que o protocolo de transição utilizado talvez não seja o recomendado pelos fabri cantes do AMS Adicionalmente o sucesso da implantação de um sistema de ordenha automático dependerá de fatores como pla nejamento adequado das instalações conhe cimento e capacitação da mão de obra para operálo Hillerton et al 2004 As fazendas que obtiveram maior nível de sucesso na tran sição para o sistema de ordenha automático foram aquelas em que o número de animais estava de acordo com o dimensionamento do equipamento e que os fazendeiros já possuíam co nhecimento e experiência prévia com sistemas de ge renciamento computadori zado de rebanho Castro et al 2015 Por outro lado Hillerton et al 2004 observaram que a maioria das fazendas que converteram do sis tema convencional para o sistema robotizado o fizeram em condições abaixo do nível ideal de estrutura conhecimento e planejamento Essas condições ajudam a explicar por que al gumas fazendas não obtêm sucesso em man ter o sistema AMS 3 Implicações sobre a mão de obra e a qualidade de vida A pecuária de leite é uma atividade que apresenta limitações em relação ao número de horas trabalhadas diariamente e às folgas dos funcionários fatores dependentes da dinâmi ca de cada fazenda A operação de ordenha em especial requer mão de obra capacitada porém cada vez mais escassa e onerosa Entre as principais razões para a aquisi ção do AMS destacamse escassez e encare cimento da mão de obra problemas relativos à sucessão familiar e uso de tecnologia ino vadora pelos mais jovens procura por mais tempo com a família mais qualidade de vida redução e maior flexibilidade do trabalho prolongamento do tempo de vida no trabalho a partir da terceira idade Enfim o sistema de ordenha robotizado é visto como um sistema poupador de mão de obra e de tempo tornan do o uso do tempo mais produtivo e lucrativo Butler et al 2012 Haan et al 2012 Mathijs 2004 Castro et al 2015 Schewe e Stuart 2015 Walker et al 2015 Pesquisas realizadas até o presente mo mento têm apontado redu ções entre 19 e 50 do tempo associado à ordenha das vacas além da redução no quantitativo e custo da mão de obra após a instala ção do AMS de Koning and Rodenburg 2004 Mathijs 2004 Bijl et al 2007 Heikkila et al 2010 Borchers 2015 Castro et al 2015 Steeneveld e Hogeveen 2015 Nesse sentido Dijkhuizen et al 1997 observaram que a substituição de mão de obra em fazendas que adotaram o AMS pode resultar em economia de US 20000 vacaano No entanto o número de pessoas dedica das à atividade como um todo não tem sofri do grandes mudanças em relação ao sistema de produção convencional Nesse sentido a vantagem do AMS está na disponibilidade de se ter mais tempo para atividades geren ciais e estratégicas Edmondson 2015 A a vantagem do AMS está na disponibilidade de mais tempo para atividades gerenciais e estratégicas 46 Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia nº 79 dezembro de 2015 maior parte desse tempo é ocupada com ati vidades ou funções associadas à checagem e monitoramento dos dados e informações ge rados pelo sistema enquanto ocorre redução do tempo gasto com atividades operacionais Butler et al 2012 Castro et al 2015 A adoção do AMS tem alterado de forma significativa o papel do produtor de leite e sua relação com as vacas Em vez de gastarem o tempo ordenhando as vacas eles permane cem mais tempo inspecionando e observando os animais o que pode ser considerado uma vantagem em relação ao sistema de ordenha convencional Dessa forma os produtores podem detectar problemas mais precocemen te em função da maior disponibilidade de tempo para observar os animais Butler et al 2012 Schewe e Stuart 2015 Nesse contexto as tecnologias de auto mação e precisão em todas as suas dimensões e áreas aplicáveis surgem para complementar a mão de obra Ao criar novas oportunidades demandam mão de obra especializada am pliam os salários pagos aos novos trabalhos e funções promovem o aumento da produti vidade e eficiência dos sistemas de produção David H Autor 2015 4 Implicações sobre a produtividade saúde do úbere e bemestar animal Uma unidade de ordenha robótica pode aumentar a produção de leite entre 6 e 35 devido principalmente ao aumento da frequência de ordenha Kruip et al 2002 WagnerStorch e Palmer 2003 de Koning e Rodenburg 2004 Speroni et al 2006 Walker et al 2014 Steeneveld et al 2015 O número de frequências de ordenha alcan çado no AMS depende de fatores como tipo de fluxo e rotina de ordenha adotados sendo que as frequências podem ser prédetermina das e adaptadas ao estágio de lactação ou ao tipo de sistema de produção Svennersten Sjaunja e Pettersson 2008 Estudos têm de monstrado que a frequência média de orde nhas em um sistema de ordenha automático tem variado entre 25 a 30 ordenhasvaca dia Vacas de alta produção são incentivadas a serem ordenhadas até quatro a cinco vezes por dia estimulando o acesso à ordenha pelo fornecimento de alimentação concentra da várias vezes ao dia Walker et al 2014 Adicionalmente o fornecimento de alimen tação concentrada durante a ordenha nesse tipo de sistema tem sido associado à redução do tempo de ordenha aumento do fluxo e maior extração do leite Samuelsson et al 1993 A explicação mais provável tem a ver com a melhora do reflexo de liberação da oxi tocina quando a alimentação concentrada é fornecida Svennersten et al 1995 Outro fator que tem sido associado ao aumento da produção de leite no AMS é a adoção de uma rotina de ordenha consistente e sistemática Rasmussen et al 1990 O AMS permite que o processo de ordenha seja executado sempre da mesma forma a cada ordenha tor nando a rotina previsível para as vacas Contudo algumas fazendas comerciais têm reportado que a expectativa de aumento na produção de leite não se concretizou após a implantação do AMS O resultado negativo pode ser creditado parcialmente à redução da curva de lactação ocorrida em função dos intervalos irregulares entre ordenhas e às fa lhas na colocação dos insufladores Billon e Tournaire 2002 Bach e Busto 2005 Porém a maioria dos casos reportados de queda na produção foi devido às mudanças estrutu rais e de manejo que ocorreram concomi tantemente à adoção do AMS Steeneveld e Hogeveen 2015 Walker et al 2014 avaliaram sete reba nhos que fizeram a transição de um sistema 47 Sistema de ordenha automático de ordenha convencional para o automático Observaram que quatro fazendas aumenta ram a produção média de leite por lactação uma fazenda apresentou diminuição enquan to em duas não foi possível determinar o efei to sobre a produção Tab 1 Sistemas de ordenha automáticos geram grande quantidade de dados relacionados aos parâmetros de ordenha qualidade do leite alimentação e atividade dos animais Garcia et al 2014 Esses dados constituem a base para os alarmes prédefinidos pelo usuário os quais podem ser consultados diariamente pelo gestor da fazenda Estudos realizados até o momento relatam que a incidência de doen ças é extremamente variável entre fazendas que adotaram o AMS Entre os principais fa tores que influenciam os parâmetros de saúde das vacas destacamse o manejo de adaptação ao sistema robótico a estrutura disponível a temporalidade e tipificação das decisões tomadas Hillerton et al 2004 Schewe e Stuart 2015 Edmondson 2015 cita que em reba nhos bem dimensionados e manejados os níveis de mastite e outras doenças podem ser menores com o uso de robôs Porém quando essas condições não estão presentes pode ha ver aumento da CCS de problemas de casco e aqueles relacionados à nutrição Nesse sen tido Zecconi et al 2003 reportaram que a adoção do sistema de ordenha automático por si só não piorou a saúde do úbere das vacas quando o manejo e o status sanitário do rebanho estavam em níveis satisfatórios no momento da sua implantação Sarikaya e Bruckmaier 2006 reportaram que a adoção do AMS reduziu a taxa de sobreordenha co mumente observada em sistemas de ordenha convencionais influenciando de forma positi va a CCS do leite individual das vacas Por outro lado há estudos demonstran do que imediatamente após a adoção do AMS ocorre um aumento da CCS do leite de tanques individuais porém retornando aos níveis préadoção após o período de tran sição Klungel et al 2000 Rasmussen et al 2001 2002 Kruip et al 2002 Alguns fato res como intervalos maiores e irregulares de ordenha podem ocasionar maior pressão in tramamária fazendo com que algumas vacas apresentem maior nível de gotejamento de Tabela 1 Comparação da produção de leite entre sistemas de ordenha automáticos e convencionais no Canadá Fazenda Tamanho do rebanho n Frequência média de ordenha dia Produção vacaano an tes da adoção do AMS Produção vaca ano após a adoção do AMS Diferença A 49 31 9000 10600 178 B 50 28 C 125 27 8900 9550 73 D 55 32 8482 9739 148 E 59 26 F 65 25 7500 8600 147 G 95 28 8700 7200 172 Fonte Adaptado de Walker et al 2014 48 Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia nº 79 dezembro de 2015 Tabela 2 Comparação dos parâmetros de qualidade do leite entre sistemas de ordenha automáticos e convencionais no Canadá Fazenda Tamanho do rebanho n CCS antes da adoção do AMS CCS após a adoção do AMS Diferença CBT antes da adoção do mas CBT após a adoção do AMS Diferença A 49 200000 100000 500 4000 2500 375 B 50 125000 225000 800 C 125 200166 185833 77 7634 4925 355 D 55 150000 162000 80 1346 2102 560 E 59 200000 200000 00 3000 3000 00 F 65 325000 225000 308 18000 G 95 100000 325000 2250 Baixa Acima da média Aumentou leite entre ordenhas o que por sua vez está relacionado a um maior risco de incidência de mastite no rebanho Persson Waller et al 2003 Outro fator que explicaria a maior contagem de CCS é a parada técnica do robô para manutenção Novamente algumas vacas podem experimentar intervalos extremamen te longos o que aumenta o risco de mastite Pettersson et al 2002 Esse fato indica a importância de se ter a assistência técnica dis ponível 24 horas para minimizar os períodos de interrupções Steeneveld et al 2015 observaram que dependendo do manejo e dinâmica da fazen da os alarmes de mastite emitidos pelo AMS podem não ser atendidos imediatamente e mesmo os animais que não desencadearam o acionamento do alarme mas que seriam iden tificados como caso clínico de mastite pelo ordenhador em sistemas de ordenha conven cionais acabavam passando despercebida mente nos sistemas de ordenha automáticos Em relação à contagem bacteriana to tal do leite CBT estudos realizados na Holanda e Dinamarca indicaram que a CBT do leite de tanques individuais aumentaram após a introdução do AMS Entre as causas mais prováveis estão problemas relacionados à deficiência na gestão de processos como limpeza do equipamento e dos tetos maior tempo de permanência do leite dentro do sis tema de ordenha automático e aqueles ligados ao tempo de resfriamento do leite alimentos e camas contaminadas e condições de limpe za e higiene do ambiente Klungel et al 2000 Rasmussen et al 2002 Magnusson 2007 Walker et al 2014 avaliaram sete reba nhos que fizeram a transição de um sistema de ordenha convencional para o automático Observaram que a CCS diminuiu em três fazendas ao passo que três fazendas apresen taram aumento Apenas uma fazenda não ex perimentou nenhuma mudança na CCS após a transição Em relação à CBT observaram que duas fazendas apresentaram decréscimos uma fazenda não mostrou alteração no núme ro de bactérias totais e duas fazendas apresen taram uma tendência de alta após a transição Tab 2 Implicações sobre a composição do leite foram relatadas por SvennerstenSjaunja et al 2000 que demonstraram não haver dife rença nos teores de gordura e proteína quan do compararam sistemas de ordenha conven cional e automático Justesen e Rasmussen 2000 observaram que os níveis de ácidos 49 Sistema de ordenha automático graxos livres AGL aumentaram em fazendas após adoção do AMS Klungel et al 2000 de Koning et al 2003 Teores elevados de AGL são indesejáveis pois promovem alterações sensoriais diminuição da vida de prateleira e de rendimento de fabricação dos produtos lácteos Tuckey e Stadhouders 1967 Sapru et al 1997 Ainda não se conhece exatamen te o porquê do aumento dos AGL em leites de vacas ordenhadas automaticamente mas os estudos realizados até o momento mostram que esse fato pode estar ligado ao aumento da frequência e menor intervalo entre orde nhas impactando no aumento do tamanho dos glóbulos de gordura e tornandoos mais susceptíveis à lipólise Ahrne e Bjork 1985 Ipema e Schuiling 1992 Klei et al 1997 Wiking et al 2003 Wiking et al 2006 Questões sobre a influência do sistema de ordenha automático no bemestar animal têm sido levantadas constantemente Vacas cos tumam seguir uma rotina nas atividades de alimentação e descanso No AMS os animais seguem uma rotina de alimentação ordenha e descanso porém dependendo do tipo de fluxo a ordem pode ser alterada e aguardam em fila para serem ordenhadas Essa rotina levanta a questão se vacas de baixa dominân cia se adaptam a uma situação em que preci sam competir por um lugar na fila de espera da ordenha com vacas de alta dominância SvennerstenSjaunja e Pettersson 2008 Estudos sobre estresse proporcionado pelo AMS apresentam divergências Enquanto alguns demonstraram que o AMS promove o bemestar da vaca pois proporciona uma frequência de ordenha mais natural e as vacas se tornam muito mais calmas devido à me nor intervenção humana no manejo dos ani mais Reinemann 1999 Tranel et al 2012 Walker et al 2015 outros demonstraram que vacas apresentaram um aumento no ní vel de estresse mensurado pela variabilidade da taxa de batimento cardíaco Contudo esse mesmo nível de estresse não foi observado durante a ordenha quando medido pelo nível de cortisol Hagen et al 2005 Gygax et al 2006 5 Viabilidade econômica da adoção do sistema de ordenha automático Em avaliação realizada por Walker et al 2014 no Canadá o custo médio de aquisi ção por vaca de uma unidade nova do AMS é de US 484609 ao passo que esse valor é de US 170616 para um sistema novo de orde nha convencional uma diferença de 184 O custo médio de manutenção por vaca do AMS é de US 9312 enquanto esse valor é de US 4940 para o sistema de ordenha convencio nal uma diferença de 89 O custo médio de consumíveis químicos por vaca do AMS é de US 6499 enquanto que esse valor é de US 4803 para o sistema de ordenha convencio nal uma diferença de 35 Os autores repor taram que considerações em relação ao custo da mão de obra são questões fundamentais para a tomada de decisão entre adquirir um sistema de ordenha convencional ou um au tomático O número médio de vacas ordenha das por hora trabalhada do AMS é de 1384 enquanto esse valor é de 382 para o sistema de ordenha convencional uma diferença de 262 O tempo médio para se ordenhar uma vaca no AMS é de 062 minutos ao passo que esse valor é de 172 minutos para o sistema de ordenha convencional uma diferença de 64 O custo médio da mão de obra relati va à ordenha por vacaano em fazendas com AMS é de US 15700 enquanto esse valor é de US 33400 no sistema de ordenha con vencional uma diferença de 53 Existem poucos estudos de viabilidade econômica so bre o uso do sistema de ordenha automático 50 Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia nº 79 dezembro de 2015 No Brasil a adoção dos sistemas automáticos de ordenha é recente porém crescente e demandará mão de obra qualificada e a realização de pesquisas que comprovem a viabilidade de uso em condições brasileiras mas Heikkila et al 2010 indicaram uma rentabilida de menor de fazendas com AMS comparadas aos sis temas convencionais prin cipalmente nos anos logo após a sua adoção O custo de aquisição de um robô di fere entre fabricantes e mo delo com preços variando entre US 17500000 e US25000000 por uma unidade básica Hyde e Engel 2002 Holloway et al 2014 Além do investimento no robô em si normalmente se faz necessária a adaptação ou construção de novas estrutu ras para acomodar os equipamentos poden do o investimento total ultrapassar facilmente US 50000000 Os custos de manutenção desses equi pamentos também variam entre fabricantes modelos e perfil de manutenção de cada fa zenda mas estimase um custo mensal entre US 40000 e US 120000 Considerando o mesmo tamanho de rebanho e nível de pro dução estimase que o custo de investimento em uma unidade do AMS seja entre 150 a 260 superior ao de um sistema de ordenha convencional Reinemann 1999 No senti do de amortizar esses custos recomendamse ações focadas no aumento da produção e no tamanho do rebanho como forma de maximi zar os investimentos do AMS Heikkila et al 2010 Schewe e Stuart 2015 Schewe e Stuart 2015 estudaram o im pacto financeiro na adoção do AMS e encon traram diferenças significativas entre países e entre fazendas Os autores argumentam que as implicações da adoção do AMS não são vivenciadas de forma uniforme pelos produ tores e que as variações na adoção e uso do AMS apresentam variações nos resultados obtidos Os benefícios econômicos advindos da adoção do AMS variaram em função das fontes e custos de financia mento capacidade de endi vidamento e preço do leite pago ao produtor Dessa forma para cada proprie dade se faz necessária uma análise econômica detalha da das condições de merca do para a melhor tomada de decisão 6 Considerações finais A automação do processo de ordenha é uma tendência mundial e uma resposta aos aumentos do custo à escassez de mão de obra rural e à necessidade de melhoria da qualida de de vida e da rotina de trabalho na fazen da leiteira Os equipamentos disponíveis no mercado geram informações que permitem o entendimento da variabilidade individual dos animais contribuindo para a aplicação dos conceitos de pecuária de precisão No Brasil a adoção dos sistemas automáticos de ordenha é recente porém crescente e demandará mão de obra qualificada e a realização de pesquisas que comprovem a viabilidade de uso em con dições brasileiras 7 Referências bibliográficas 1 AHRNE L BJORK L Lipolysis and the distribution of lipase activity in bovine milk in relation to stage of lactation and time of milking J Dairy Res v52 p5564 1985 2 AUTOR D H Why Are There Still So Many Jobs The History and Future of Workplace Automation Journal of Economic Perspectives v29 p330 2015 3 BACH A BUSTO I Effects on milk yield of robotic milking interval regularity and teat cup attachment fai lures with robotic milking systems J Dairy Res v72 p101106 2005 4 BIJL R KOOISTRA S R HOGEVEEN H The pro fitability of automatic milking on Dutch dairy farms J Dairy Sci v90 p239248 2007 5 BILLON P TOURNAIRE F Impact of automatic mi 51 Sistema de ordenha automático lking 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KERRISK K L THOMSON P C LYONS N A GARCIA S C Voluntary cow traffic and behaviour in the premilking yard of a pasturebased automatic milking system with a feed supplementation regime Livestock Science v171 p5263 2015 54 SPERONI M PIRLO G LOLLI S Effect of automa tic milking systems on milk yield in a hot environment J Dairy Sci v89 p46874693 2006 55 STEENEVELD W HOGEVEEN H Characterization of Dutch dairy farms using sensor systems for cow mana gement J Dairy Sci v98 p709717 2015 56 STEENEVELD W VERNOOIJ J C M HOGEVEEN H Effect of sensor systems for cow management on milk 53 Sistema de ordenha automático production somatic cell count and reproduction J Dairy Sci v98 p38963905 2015 57 STEENEVELD W VERNOOIJ J C M HOGEVEEN H Effect of sensor systems for cow management on milk production somatic cell count and reproduction J Dairy Sci v98 p38963905 2015 58 SVENNERSTEN K GOREWIT R SJAUNJA LO UVNA SMOBERG K Feeding during milking enhan ces milking related oxytocin secretion and milk produc tion in dairy cows whereas food deprivation decreases it Acta Physiol Scand v153 p309310 1995 59 SVENNERSTENSJAUNJA K M PETTERSSON G Pros and cons of automatic milking in Europe J Anim Sci v86 1 p3746 2008 60 SVENNERSTENSJAUNJA K M PETTERSSON G Pros and cons of automatic milking in Europe J Anim Sci v86 13 p3746 2008 61 SVENNERSTENSJAUNJA K BERGLUND I PETTERSSON G The milking process in an automated milking system evaluation of milk yield teat condition and udder health In PROC ROBOTIC MILKING PROC INT SYMP Lelystad the Netherlands Wageningen the NetherlandsWageningen Pers p277 287 2000 62 TRANEL L BENTLEY J SCHULTE K Making Successful Decisions on Robotic Milking Technology In Animal Industry Report Iowa EUA 2012 Disponível em httplibdriastateeducgiviewcontent cgiarticle1755contextansair Acesso em 15 de setembro de 2015 63 TUCKEY S L STADHOUDERS J Increase in sensiti vity of organoleptic detection of lipolysis in cows milk by culturing or direct acidification Neth Milk Dairy J v21 p158162 1967 64 WAGNERSTORCH A M PALMER R W Feeding behavior milking behavior and milk yields of cows mi lked in a parlor versus an automatic milking system J Dairy Sci v86 p14941502 2003 65 WALKER J WADDY F PERRY R MACGILLIVRAY L ROBERTS D CHRISTIE J WALKER D ANDERSON D MACDONALD B New Brunswick Dairy Milking System Comparison Guide New Brunswick Canada 2014 Disponível em httpwww milk2020caendwnGUIDEENGpdf Acesso em 15 de setembro de 2015 66 WAUTERS E MATHIJS E Socioeconomic impli cations of automatic milking on dairy farms European Union 2004 Disponível em httpswwwacademia edu3017560Theeconomicimplicationsofauto maticmilkingasimulationanalysisforBelgium DenmarkGermanyandtheNetherlands Acesso em 15 de setembro de 2015 67 WIKING L BJORK L NIELSEN J H Influence of feed composition on stability of fat globules during pum ping of raw milk Int Dairy J v13 p797803 2003 68 WIKING L NIELSEN J H BAVIUS AK EDVARDSSON A SVENNERSTENSJAUNJA K Impact of milking frequencies on the level of free 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41 Sistema de ordenha automático Cláudio Antônio Versiani Paiva1 CRMVMG 6203 Luiz Gustavo Ribeiro Pereira1 CRMVMG5930 Thier ry Ribeiro Tomich1 Fernando Pimont Possas2 CRMVMG 7779 Sistema de ordenha automático 1 Introdução O aumento no valor dos preços de terra e da mão de obra e a diminuição da lucrativi dade nas últimas décadas têm motivado pro dutores de leite a aumentarem a eficiência dos sistemas de produção de Koning 2004 A adoção de tecnologias de automação e pecuá ria de precisão tem contribuído para o aumen to dessa eficiência O maior impacto pode ser constatado na redução do tempo e dos custos de atividades como remoção e tratamento de dejetos alimentação e ordenha dos animais Tradicionalmente a ordenha das vacas está associada a uma atividade laboral intensa mesmo após o advento dos sistemas de or denha mecânicos No entanto a robotização dos sistemas de ordenha tornou o processo mais flexível e menos laborioso Hogeveen et al 2004 O sistema de ordenha robotizado também conhecido como automático AMS do inglês Automatic Milking System ou vo luntário VMS do inglês Voluntary Milking System promoveu a automação completa de todo o processo de ordenha Sensores moni toram e registram automaticamente o volume de leite parâmetros de qualidade do leite e frequência de ordenha dos animais manten do um arquivo de todos os processos realiza dos sem a intervenção humana Bloss 2014 Várias empresas lançaram comercialmente os seus robôs de ordenha incluindo a DeLaval Fullwood GEA Farm Technologies SAC Lely Boumatic e Insentec O primeiro sistema de ordenha automá tico foi instalado na Holanda em 1992 pela empresa Lely Schewe e Stuart 2015 Desde então temse observado um crescimento sig nificativo no número de fazendas ao redor do mundo que têm adotado o AMS Atualmente estimase que mais de 10000 sistemas de bigstockphotocom 1 Embrapa Gado de Leite Complexo Multiusuário de Bioeficiência e Sustentabilidade da Pecuária Coronel Pacheco Minas Gerais 2 Bolsista PósDoc CAPES Universidade Federal de São João delReiEmbrapa 42 Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia nº 79 dezembro de 2015 A adoção dos sistemas robotizados de ordenha deve continuar crescendo ao redor do mundo impulsionada pela escassez e encarecimento da mão de obra associada à preferência por não empregar mão de obra não familiar e à demanda por mais flexibilidade do trabalho e qualidade de vida Uma vez contida no box de ordenha o braço robótico encontra os tetos da vaca lavaos estimulaos retira e examina os primeiros jatos para anormalidades para posterior acoplamento individual dos insufladores ordenha robotizados estejam operando em aproximadamente 5500 fazendas no mun do inteiro de Koning 2011 Svennersten Sjaunjae Pettersson 2014 A maioria das fazendas que adotaram o sistema de ordenha automático está localizada no continente eu ropeu em países como Holanda Dinamarca Noruega e Suécia porém a sua adoção vem crescendo também nos países da América do Norte Bisaglia et al 2012 A primeira orde nha robótica instalada na América do Norte ocorreu no fim dos anos 90 Walker et al 2014 Estimase que mais de 200 fazendas nos EUA e 350 no Canadá operavam com AMS entre 2011e 2012 Gillespie et al 2014 Schewe e Stuart 2015 Tranel et al 2015 A ado ção dos sistemas robotiza dos de ordenha deve conti nuar crescendo ao redor do mundo impulsionada pela escassez e encarecimento da mão de obra associada à preferência por não empre gar mão de obra não familiar e à demanda por mais flexi bilidade do trabalho e qua lidade de vida Bloss 2014 Schewe e Stuart 2015 No Brasil a primeira ordenha robótica foi instala da em CastroPR e entrou em operação em 2012 Em 2015 pouco mais de dez unidades robóticas encontravamse em operação em 10 fazen das Até o momento duas empresas estão comercia lizando o equipamento no Brasil e a estimativa é que em 2020 aproximadamente 50 unidades estejam em fun cionamento no Brasil Uma recente pesquisa realizada com produtores de leite da Europa indicou que 40 dos investimentos a serem realizados em novas salas de ordenha pre veem a instalação de sistemas de ordenha robotizados Estimase que a proporção de vacas ordenhadas com o AMS no mundo al cance 18 em 2016 Holloway 2014 2 Operação do sistema de ordenha automático O sistema de ordenha automático AMS é composto por diferentes módulos sistema de contenção sistema de detecção de tetos braço robótico para colocação dos insu fladores sistema de limpeza de tetos sistema de sen sores software e o próprio equipamento de ordenha Hogeveen et al 2001 A entrada e a saída da vaca dentro do sistema de con tenção são controladas por portões automáticos Uma vez contida no box de orde nha o braço robótico encon tra os tetos da vaca lavaos estimulaos retira e examina os primeiros jatos para anor malidades para posterior acoplamento individual dos insufladores O fluxo de leite é monitorado e o desacoplamento é realizado individualmente por quarto Após a retirada dos insufladores o braço robótico aplica um spray de desinfetante em to dos os tetos para posterior liberação da vaca Walker et al 2014 Os sistemas de orde nha automáticos apresen tam várias configurações e composições dependendo 43 Sistema de ordenha automático do fabricante A apresentação mais simples é constituída por uma única unidade com um único braço robótico Essas unidades pos suem capacidade para ordenhar um rebanho de 50 a 60 vacas Alguns fabricantes projeta ram sistemas em que um único braço robótico serve duas unidades de ordenha aumentando a capacidade de ordenha para 80 a 90 vacas Há ainda a opção de se organizarem as unida des de ordenha robóticas em clusters disper sas por todo o galpão em galpões tipo tie stall e adaptadas em sistemas convencionais ro tativos e dessa forma expandir a capacidade de ordenha para médios e grandes rebanhos Walker et al 2014 O design do AMS exige pouco espaço para a sua instalação podendo operar em praticamente qualquer sistema desde aque les confinados até sistemas a pasto poden do ser facilmente realocado em função de uma nova instalação ou expansão do siste ma de produção de Koning e Rodenburg 2004 Reinemann 2008 de Koning 2011 Rodenburg 2013 Scott et al 2015 Ao projetar o layout das instalações é necessário levar em conta uma série de fato res como oferecer máximo conforto para as vacas altas taxas de frequência de ordenha curtos períodos de espera para ordenha e fácil acesso à área de descanso No entanto nenhum projeto consegue suprir todos es ses fatores integralmente devido aos confli tos entre oferecer máximo conforto e obter máxima eficiência no manejo das vacas de Koning 2011 O tipo de fluxo a ser adotado depende de fatores relacionados às questões estruturais e de manejos específicos de cada fazenda Geralmente as vacas podem acessar o AMS por três tipos de fluxo Fluxo livre as vacas acessam o robô quando este se encontra livre assim como possuem acesso irrestrito à pista de alimen tação e à área de descanso Esse tipo de fluxo normalmente resulta em menores taxas de frequência de ordenha e maior número de vacas a serem ordenhadas involuntariamente Contudo é o sistema que confere maior liber dade e bemestar às vacas Fig 1 Fluxo forçado com alimentação primei ro as vacas possuem acesso livre à pista de alimentação e obrigatoriamente passam pelo robô para obterem acesso à área de descan so Se elas foram recentemente ordenhadas serão desviadas diretamente para a área de descanso Esse tipo de fluxo resulta em inter valos entre ordenhas mais regulares menor número de vacas com longos intervalos entre ordenhas e reduzido número de ordenhas in voluntárias Contudo nesse sistema as vacas podem hesitar em passar pelos portões de se paração e permanecerem por mais tempo na área de alimentação Fig 2 Fluxo forçado com ordenha primeiro as vacas devem obrigatoriamente passar pelo robô para obterem acesso à pista de alimen tação e retornarem à área de descanso Nesse Figura 1 Modelo de layout de fluxo livre Fonte Adaptado de Rodenburg 2014 44 Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia nº 79 dezembro de 2015 sistema as vacas podem formar longas filas e permanecerem por mais tempo em pé na área de espera impactando frequência de ordenha e aumentando problemas relacionados ao casco Um bom projeto deve contemplar uma área de espera adequada próxima à unidade robótica Fig 3 Estudo realizado por Schewe e Stuart 2015 com pequenas e médias fazendas mostrou que a maioria absoluta dos produ tores europeus que adotaram o AMS fizeram opção pelo sistema de fluxo livre Em contras te a maioria dos produtores americanos teve preferência pelo fluxo forçado Para motivar a entrada no robô normal mente é ofertada uma quantidade variável de concentrado no momento da ordenha Prescott et al 1998 impactando direta mente no fluxo de animais ordenhados Nesse sentido Scott et al 2015 observaram uma forte associação entre a ordenha voluntária e o acesso à alimentação concentrada pósor denha possuindo ainda potencial de manejar essa relação para influenciar o tráfego de ani mais na sala de espera Além de manter o in teresse das vacas em se aproximarem do robô a adequada oferta de concentrado contribui para a manutenção da condição corporal e a garantia de uma suficiente produção de leite Cada sistema de produção determina a frequência máxima de visitas diárias das va cas ao robô podendo ser programado valores individuais por lote ou para todo o rebanho Normalmente esse valor varia de 5 a 6 visi tas por dia com o objetivo de maximizar a produção sem causar estresse adicional aos animais Schewe e Stuart 2015 Forsberg et al 2002 observaram que fazendas que op taram pelo fluxo livre obtiveram as menores frequências de visitas voluntárias quando comparadas àquelas que adotaram o fluxo for çado Por outro lado a produção de leite não diferiu significativamente entre os dois tipos de sistema Figura 3 Modelo de layout de fluxo forçado com ordenha primeiro Fonte Adaptado de Rodenburg 2014 Figura 2 Modelo de layout de fluxo forçado com alimentação primeiro Fonte Adaptado de Rodenburg 2014 45 Sistema de ordenha automático O período de adaptação das vacas ao novo sistema normalmente apresenta gran des variações entre fazendas Castro et al 2015 observaram que o período médio de adaptação das vacas foi de 188 dias ao pas so que Jacobs e Siegford 2012 observaram que em fazendas americanas 95 das vacas foram ordenhadas voluntariamente dentro de 30 dias Divergências entre fazendas podem indicar que o protocolo de transição utilizado talvez não seja o recomendado pelos fabri cantes do AMS Adicionalmente o sucesso da implantação de um sistema de ordenha automático dependerá de fatores como pla nejamento adequado das instalações conhe cimento e capacitação da mão de obra para operálo Hillerton et al 2004 As fazendas que obtiveram maior nível de sucesso na tran sição para o sistema de ordenha automático foram aquelas em que o número de animais estava de acordo com o dimensionamento do equipamento e que os fazendeiros já possuíam co nhecimento e experiência prévia com sistemas de ge renciamento computadori zado de rebanho Castro et al 2015 Por outro lado Hillerton et al 2004 observaram que a maioria das fazendas que converteram do sis tema convencional para o sistema robotizado o fizeram em condições abaixo do nível ideal de estrutura conhecimento e planejamento Essas condições ajudam a explicar por que al gumas fazendas não obtêm sucesso em man ter o sistema AMS 3 Implicações sobre a mão de obra e a qualidade de vida A pecuária de leite é uma atividade que apresenta limitações em relação ao número de horas trabalhadas diariamente e às folgas dos funcionários fatores dependentes da dinâmi ca de cada fazenda A operação de ordenha em especial requer mão de obra capacitada porém cada vez mais escassa e onerosa Entre as principais razões para a aquisi ção do AMS destacamse escassez e encare cimento da mão de obra problemas relativos à sucessão familiar e uso de tecnologia ino vadora pelos mais jovens procura por mais tempo com a família mais qualidade de vida redução e maior flexibilidade do trabalho prolongamento do tempo de vida no trabalho a partir da terceira idade Enfim o sistema de ordenha robotizado é visto como um sistema poupador de mão de obra e de tempo tornan do o uso do tempo mais produtivo e lucrativo Butler et al 2012 Haan et al 2012 Mathijs 2004 Castro et al 2015 Schewe e Stuart 2015 Walker et al 2015 Pesquisas realizadas até o presente mo mento têm apontado redu ções entre 19 e 50 do tempo associado à ordenha das vacas além da redução no quantitativo e custo da mão de obra após a instala ção do AMS de Koning and Rodenburg 2004 Mathijs 2004 Bijl et al 2007 Heikkila et al 2010 Borchers 2015 Castro et al 2015 Steeneveld e Hogeveen 2015 Nesse sentido Dijkhuizen et al 1997 observaram que a substituição de mão de obra em fazendas que adotaram o AMS pode resultar em economia de US 20000 vacaano No entanto o número de pessoas dedica das à atividade como um todo não tem sofri do grandes mudanças em relação ao sistema de produção convencional Nesse sentido a vantagem do AMS está na disponibilidade de se ter mais tempo para atividades geren ciais e estratégicas Edmondson 2015 A a vantagem do AMS está na disponibilidade de mais tempo para atividades gerenciais e estratégicas 46 Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia nº 79 dezembro de 2015 maior parte desse tempo é ocupada com ati vidades ou funções associadas à checagem e monitoramento dos dados e informações ge rados pelo sistema enquanto ocorre redução do tempo gasto com atividades operacionais Butler et al 2012 Castro et al 2015 A adoção do AMS tem alterado de forma significativa o papel do produtor de leite e sua relação com as vacas Em vez de gastarem o tempo ordenhando as vacas eles permane cem mais tempo inspecionando e observando os animais o que pode ser considerado uma vantagem em relação ao sistema de ordenha convencional Dessa forma os produtores podem detectar problemas mais precocemen te em função da maior disponibilidade de tempo para observar os animais Butler et al 2012 Schewe e Stuart 2015 Nesse contexto as tecnologias de auto mação e precisão em todas as suas dimensões e áreas aplicáveis surgem para complementar a mão de obra Ao criar novas oportunidades demandam mão de obra especializada am pliam os salários pagos aos novos trabalhos e funções promovem o aumento da produti vidade e eficiência dos sistemas de produção David H Autor 2015 4 Implicações sobre a produtividade saúde do úbere e bemestar animal Uma unidade de ordenha robótica pode aumentar a produção de leite entre 6 e 35 devido principalmente ao aumento da frequência de ordenha Kruip et al 2002 WagnerStorch e Palmer 2003 de Koning e Rodenburg 2004 Speroni et al 2006 Walker et al 2014 Steeneveld et al 2015 O número de frequências de ordenha alcan çado no AMS depende de fatores como tipo de fluxo e rotina de ordenha adotados sendo que as frequências podem ser prédetermina das e adaptadas ao estágio de lactação ou ao tipo de sistema de produção Svennersten Sjaunja e Pettersson 2008 Estudos têm de monstrado que a frequência média de orde nhas em um sistema de ordenha automático tem variado entre 25 a 30 ordenhasvaca dia Vacas de alta produção são incentivadas a serem ordenhadas até quatro a cinco vezes por dia estimulando o acesso à ordenha pelo fornecimento de alimentação concentra da várias vezes ao dia Walker et al 2014 Adicionalmente o fornecimento de alimen tação concentrada durante a ordenha nesse tipo de sistema tem sido associado à redução do tempo de ordenha aumento do fluxo e maior extração do leite Samuelsson et al 1993 A explicação mais provável tem a ver com a melhora do reflexo de liberação da oxi tocina quando a alimentação concentrada é fornecida Svennersten et al 1995 Outro fator que tem sido associado ao aumento da produção de leite no AMS é a adoção de uma rotina de ordenha consistente e sistemática Rasmussen et al 1990 O AMS permite que o processo de ordenha seja executado sempre da mesma forma a cada ordenha tor nando a rotina previsível para as vacas Contudo algumas fazendas comerciais têm reportado que a expectativa de aumento na produção de leite não se concretizou após a implantação do AMS O resultado negativo pode ser creditado parcialmente à redução da curva de lactação ocorrida em função dos intervalos irregulares entre ordenhas e às fa lhas na colocação dos insufladores Billon e Tournaire 2002 Bach e Busto 2005 Porém a maioria dos casos reportados de queda na produção foi devido às mudanças estrutu rais e de manejo que ocorreram concomi tantemente à adoção do AMS Steeneveld e Hogeveen 2015 Walker et al 2014 avaliaram sete reba nhos que fizeram a transição de um sistema 47 Sistema de ordenha automático de ordenha convencional para o automático Observaram que quatro fazendas aumenta ram a produção média de leite por lactação uma fazenda apresentou diminuição enquan to em duas não foi possível determinar o efei to sobre a produção Tab 1 Sistemas de ordenha automáticos geram grande quantidade de dados relacionados aos parâmetros de ordenha qualidade do leite alimentação e atividade dos animais Garcia et al 2014 Esses dados constituem a base para os alarmes prédefinidos pelo usuário os quais podem ser consultados diariamente pelo gestor da fazenda Estudos realizados até o momento relatam que a incidência de doen ças é extremamente variável entre fazendas que adotaram o AMS Entre os principais fa tores que influenciam os parâmetros de saúde das vacas destacamse o manejo de adaptação ao sistema robótico a estrutura disponível a temporalidade e tipificação das decisões tomadas Hillerton et al 2004 Schewe e Stuart 2015 Edmondson 2015 cita que em reba nhos bem dimensionados e manejados os níveis de mastite e outras doenças podem ser menores com o uso de robôs Porém quando essas condições não estão presentes pode ha ver aumento da CCS de problemas de casco e aqueles relacionados à nutrição Nesse sen tido Zecconi et al 2003 reportaram que a adoção do sistema de ordenha automático por si só não piorou a saúde do úbere das vacas quando o manejo e o status sanitário do rebanho estavam em níveis satisfatórios no momento da sua implantação Sarikaya e Bruckmaier 2006 reportaram que a adoção do AMS reduziu a taxa de sobreordenha co mumente observada em sistemas de ordenha convencionais influenciando de forma positi va a CCS do leite individual das vacas Por outro lado há estudos demonstran do que imediatamente após a adoção do AMS ocorre um aumento da CCS do leite de tanques individuais porém retornando aos níveis préadoção após o período de tran sição Klungel et al 2000 Rasmussen et al 2001 2002 Kruip et al 2002 Alguns fato res como intervalos maiores e irregulares de ordenha podem ocasionar maior pressão in tramamária fazendo com que algumas vacas apresentem maior nível de gotejamento de Tabela 1 Comparação da produção de leite entre sistemas de ordenha automáticos e convencionais no Canadá Fazenda Tamanho do rebanho n Frequência média de ordenha dia Produção vacaano an tes da adoção do AMS Produção vaca ano após a adoção do AMS Diferença A 49 31 9000 10600 178 B 50 28 C 125 27 8900 9550 73 D 55 32 8482 9739 148 E 59 26 F 65 25 7500 8600 147 G 95 28 8700 7200 172 Fonte Adaptado de Walker et al 2014 48 Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia nº 79 dezembro de 2015 Tabela 2 Comparação dos parâmetros de qualidade do leite entre sistemas de ordenha automáticos e convencionais no Canadá Fazenda Tamanho do rebanho n CCS antes da adoção do AMS CCS após a adoção do AMS Diferença CBT antes da adoção do mas CBT após a adoção do AMS Diferença A 49 200000 100000 500 4000 2500 375 B 50 125000 225000 800 C 125 200166 185833 77 7634 4925 355 D 55 150000 162000 80 1346 2102 560 E 59 200000 200000 00 3000 3000 00 F 65 325000 225000 308 18000 G 95 100000 325000 2250 Baixa Acima da média Aumentou leite entre ordenhas o que por sua vez está relacionado a um maior risco de incidência de mastite no rebanho Persson Waller et al 2003 Outro fator que explicaria a maior contagem de CCS é a parada técnica do robô para manutenção Novamente algumas vacas podem experimentar intervalos extremamen te longos o que aumenta o risco de mastite Pettersson et al 2002 Esse fato indica a importância de se ter a assistência técnica dis ponível 24 horas para minimizar os períodos de interrupções Steeneveld et al 2015 observaram que dependendo do manejo e dinâmica da fazen da os alarmes de mastite emitidos pelo AMS podem não ser atendidos imediatamente e mesmo os animais que não desencadearam o acionamento do alarme mas que seriam iden tificados como caso clínico de mastite pelo ordenhador em sistemas de ordenha conven cionais acabavam passando despercebida mente nos sistemas de ordenha automáticos Em relação à contagem bacteriana to tal do leite CBT estudos realizados na Holanda e Dinamarca indicaram que a CBT do leite de tanques individuais aumentaram após a introdução do AMS Entre as causas mais prováveis estão problemas relacionados à deficiência na gestão de processos como limpeza do equipamento e dos tetos maior tempo de permanência do leite dentro do sis tema de ordenha automático e aqueles ligados ao tempo de resfriamento do leite alimentos e camas contaminadas e condições de limpe za e higiene do ambiente Klungel et al 2000 Rasmussen et al 2002 Magnusson 2007 Walker et al 2014 avaliaram sete reba nhos que fizeram a transição de um sistema de ordenha convencional para o automático Observaram que a CCS diminuiu em três fazendas ao passo que três fazendas apresen taram aumento Apenas uma fazenda não ex perimentou nenhuma mudança na CCS após a transição Em relação à CBT observaram que duas fazendas apresentaram decréscimos uma fazenda não mostrou alteração no núme ro de bactérias totais e duas fazendas apresen taram uma tendência de alta após a transição Tab 2 Implicações sobre a composição do leite foram relatadas por SvennerstenSjaunja et al 2000 que demonstraram não haver dife rença nos teores de gordura e proteína quan do compararam sistemas de ordenha conven cional e automático Justesen e Rasmussen 2000 observaram que os níveis de ácidos 49 Sistema de ordenha automático graxos livres AGL aumentaram em fazendas após adoção do AMS Klungel et al 2000 de Koning et al 2003 Teores elevados de AGL são indesejáveis pois promovem alterações sensoriais diminuição da vida de prateleira e de rendimento de fabricação dos produtos lácteos Tuckey e Stadhouders 1967 Sapru et al 1997 Ainda não se conhece exatamen te o porquê do aumento dos AGL em leites de vacas ordenhadas automaticamente mas os estudos realizados até o momento mostram que esse fato pode estar ligado ao aumento da frequência e menor intervalo entre orde nhas impactando no aumento do tamanho dos glóbulos de gordura e tornandoos mais susceptíveis à lipólise Ahrne e Bjork 1985 Ipema e Schuiling 1992 Klei et al 1997 Wiking et al 2003 Wiking et al 2006 Questões sobre a influência do sistema de ordenha automático no bemestar animal têm sido levantadas constantemente Vacas cos tumam seguir uma rotina nas atividades de alimentação e descanso No AMS os animais seguem uma rotina de alimentação ordenha e descanso porém dependendo do tipo de fluxo a ordem pode ser alterada e aguardam em fila para serem ordenhadas Essa rotina levanta a questão se vacas de baixa dominân cia se adaptam a uma situação em que preci sam competir por um lugar na fila de espera da ordenha com vacas de alta dominância SvennerstenSjaunja e Pettersson 2008 Estudos sobre estresse proporcionado pelo AMS apresentam divergências Enquanto alguns demonstraram que o AMS promove o bemestar da vaca pois proporciona uma frequência de ordenha mais natural e as vacas se tornam muito mais calmas devido à me nor intervenção humana no manejo dos ani mais Reinemann 1999 Tranel et al 2012 Walker et al 2015 outros demonstraram que vacas apresentaram um aumento no ní vel de estresse mensurado pela variabilidade da taxa de batimento cardíaco Contudo esse mesmo nível de estresse não foi observado durante a ordenha quando medido pelo nível de cortisol Hagen et al 2005 Gygax et al 2006 5 Viabilidade econômica da adoção do sistema de ordenha automático Em avaliação realizada por Walker et al 2014 no Canadá o custo médio de aquisi ção por vaca de uma unidade nova do AMS é de US 484609 ao passo que esse valor é de US 170616 para um sistema novo de orde nha convencional uma diferença de 184 O custo médio de manutenção por vaca do AMS é de US 9312 enquanto esse valor é de US 4940 para o sistema de ordenha convencio nal uma diferença de 89 O custo médio de consumíveis químicos por vaca do AMS é de US 6499 enquanto que esse valor é de US 4803 para o sistema de ordenha convencio nal uma diferença de 35 Os autores repor taram que considerações em relação ao custo da mão de obra são questões fundamentais para a tomada de decisão entre adquirir um sistema de ordenha convencional ou um au tomático O número médio de vacas ordenha das por hora trabalhada do AMS é de 1384 enquanto esse valor é de 382 para o sistema de ordenha convencional uma diferença de 262 O tempo médio para se ordenhar uma vaca no AMS é de 062 minutos ao passo que esse valor é de 172 minutos para o sistema de ordenha convencional uma diferença de 64 O custo médio da mão de obra relati va à ordenha por vacaano em fazendas com AMS é de US 15700 enquanto esse valor é de US 33400 no sistema de ordenha con vencional uma diferença de 53 Existem poucos estudos de viabilidade econômica so bre o uso do sistema de ordenha automático 50 Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia nº 79 dezembro de 2015 No Brasil a adoção dos sistemas automáticos de ordenha é recente porém crescente e demandará mão de obra qualificada e a realização de pesquisas que comprovem a viabilidade de uso em condições brasileiras mas Heikkila et al 2010 indicaram uma rentabilida de menor de fazendas com AMS comparadas aos sis temas convencionais prin cipalmente nos anos logo após a sua adoção O custo de aquisição de um robô di fere entre fabricantes e mo delo com preços variando entre US 17500000 e US25000000 por uma unidade básica Hyde e Engel 2002 Holloway et al 2014 Além do investimento no robô em si normalmente se faz necessária a adaptação ou construção de novas estrutu ras para acomodar os equipamentos poden do o investimento total ultrapassar facilmente US 50000000 Os custos de manutenção desses equi pamentos também variam entre fabricantes modelos e perfil de manutenção de cada fa zenda mas estimase um custo mensal entre US 40000 e US 120000 Considerando o mesmo tamanho de rebanho e nível de pro dução estimase que o custo de investimento em uma unidade do AMS seja entre 150 a 260 superior ao de um sistema de ordenha convencional Reinemann 1999 No senti do de amortizar esses custos recomendamse ações focadas no aumento da produção e no tamanho do rebanho como forma de maximi zar os investimentos do AMS Heikkila et al 2010 Schewe e Stuart 2015 Schewe e Stuart 2015 estudaram o im pacto financeiro na adoção do AMS e encon traram diferenças significativas entre países e entre fazendas Os autores argumentam que as implicações da adoção do AMS não são vivenciadas de forma uniforme pelos produ tores e que as variações na adoção e uso do AMS apresentam variações nos resultados obtidos Os benefícios econômicos advindos da adoção do AMS variaram em função das fontes e custos de financia mento capacidade de endi vidamento e preço do leite pago ao produtor Dessa forma para cada proprie dade se faz necessária uma análise econômica detalha da das condições de merca do para a melhor tomada de decisão 6 Considerações finais A automação do processo de ordenha é uma tendência mundial e uma resposta aos aumentos do custo à escassez de mão de obra rural e à necessidade de melhoria da qualida de de vida e da rotina de trabalho na fazen da leiteira Os equipamentos disponíveis no mercado geram informações que permitem o entendimento da variabilidade individual dos animais contribuindo para a aplicação dos conceitos de pecuária de precisão No Brasil a adoção dos sistemas automáticos de ordenha é recente porém crescente e demandará mão de obra qualificada e a realização de pesquisas que comprovem a viabilidade de uso em con dições brasileiras 7 Referências bibliográficas 1 AHRNE L BJORK L Lipolysis and the distribution of lipase activity in bovine milk in relation to stage of lactation and time of milking J Dairy Res v52 p5564 1985 2 AUTOR D H Why Are There Still So Many Jobs The History and Future of Workplace Automation Journal of Economic Perspectives v29 p330 2015 3 BACH A BUSTO I Effects on milk yield of robotic milking interval regularity and teat cup attachment fai lures with robotic milking systems J Dairy Res v72 p101106 2005 4 BIJL R KOOISTRA S R HOGEVEEN H The pro fitability of automatic milking on Dutch dairy farms J Dairy Sci v90 p239248 2007 5 BILLON P TOURNAIRE F Impact of automatic mi 51 Sistema de ordenha automático lking 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