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Mandel\nO Capitalismo Tardio OS ECONOMISTAS Mandel, Ernest, 1923-\nM239c\nO capitalismo tardio / Ernest Mandel ; introdução de Paulo Singer ; tradução de Carlos Eduardo Silveira Matos, Regis de Castro Andrade e Dinah de Abreu Azevedo. — São Paulo : Abril Cultural, 1982.\n(Os economistas)\n\n1. Capitalismo 2. Capitalismo - História I. Singer, Paulo Israel, 1932- II. Título. III. Série.\n\n82-1095\n\nÍndices para catálogo sistemático: 1. Capitalismo : Economia 330.15 (17) . 330.122 (18.) 2. Capitalismo : História 330.1509 (17.) 330.12209 (18.) 3. Economia capitalista 330.15 17.7 330.122 (18.) ERNEST MANDEL\n\nO Capitalismo\nTardio\n\nApresentação de Paulo Singer\n\nTradução de Carlos Eduardo Silveira Matos,\nRegis de Castro Andrade e Dinah de Abreu Azevedo\n\n1982\nEDITOR: VICTOR CIVITA Título original:\n\nDer Spraekapitalismus:\nVersuch einer marxistischen Erklaerung\n\n© Copyright desta edição, Abril S.A. Cultural e Industrial,\nSão Paulo, 1982.\n\nTexto publicado sob licença de Suhrkamp Verlag,\nFrankfurt am Main, 1972.\n\nDireitos exclusivos sobre a tradução deste volume,\nAbril S.A. Cultural e Industrial, São Paulo.\n\nDireitos exclusivos sobre a Apresentação de autoria de Paulo Singer,\nAbril S.A. Cultural e Industrial, São Paulo. Ernest MANDEL\n\n(1923. ) Apresentação\n\nEste livro é um dos poucos dos quais se pode dizer que ganham atualidade à medida que o tempo passa. Concluído em 1972, em sua versão original, sua tese central – de que o capitalismo acabava de entrar numa fase de \"estagnação\" – estava longe de ser evidente. Antes, pelo contrário, a economia capitalista mundial parecia estar no auge de um longo período de prosperidade que, de modo algum, aparentemente estava chegando ao seu fim. O mercado internacional estava, na verdade, dando sinais tão fortes de vigor que chegava a estimular em alguns países taxas de crescimento extraordinariamente altas e abundantes. Era a época dos \"milagres econômicos\" no Japão, no Brasil e em outros países. Sustentar, nessas condições, que o capitalismo tardio já tinha ultrapassado o zênite de sua fase ascendente e estava, desde o fim dos anos 60, mergulhando numa onda caracterizada por dificuldades contínuas crescentes, requeria considerável presciência, como os fatos demonstraram logo a seguir. Com a chamada \"crise do petróleo\", em fins de 1973, a economia capitalista realmente entrou na pior recessão do pós-guerra, e isso culpa foi precária para recair em novas recessões, das quais o momento não mostra ser capaz de escapar. Sem dúvida, a história desta década que não se separou do lançamento o original de O Capitalismo Tardio confirma de modo cabal que a tendência do longo prazo de o capitalismo mudou nitidamente de direção e no sentido previsto pelo seu autor. Dificilmente se encontrará justificativa melhor para recomendar uma obra à atenção e ao estudo dos que almejam entender a época em que vivemos.\n\nI. Ernest Mandel\nO autor deste volume é um veterano do movimento operário. Nascido na Bélgica em 1923, Mandel, muito jovem ainda, aderiu em 1940 à IV Internacional, a organização que Leon Trotsky fundara dois anos antes para suceder às três internacionais anteriores. Nesse mesmo ano, a Bélgica foi invadida e ocupada pelos nazistas, o que levou Mandel a se integrar na resistência. Foi aprisionado pelos ocupantes mas conseguiu fugir. Recapturado em 1944, Mandel foi internado em um campo de prisioneiros, na Alemanha.\n\nTerminada a guerra, a IV Internacional reuniu o seu 2º Congresso Mundial, no qual Mandel foi eleito para a direção. O movimento trotsquista resurgiu enfraquecido da Guerra Mundial, pela perda de numerosos militantes, principalmente de seu líder supremo, Leon Trotsky, assassinado em agosto de 1940. Sem a presença polarizadora do grande revolucionário, a IV Internacional começou a se fragmentar. Em 1952 dá-se a primeira cisão, ficando a maior sob a liderança de Michel Pablo e E. Mandel. Desde então a facção que conservou o título de \"IV Internacional\" em Mandel seu principal teórico, nos últimos anos representando intelectuais mundialmente conhecidos.\n\nAlém de sua atividade internacional, Mandel também se engajou no movimento operário em sua terra. Foi membro da comissão de estudos econômicos da Central Sindical Belga e dirigiu o jornal do Partido Socialista Belga, do qual acabou expulso em 1965, juntamente com companheiros. Além de militante e dirigente político, Mandel é também estudioso da Economia Política e como tal é que se tornou famoso. Sua preparação universitária foi realizada na Universidade de Bruxelas e na École des Hautes Études de Paris. A primeira de suas obras que alcançou merecida repercussão, tendo sido traduzida em inúmeras línguas, é o Traité d'Économie Marxiste, que veio a lume em 1962. Na introdução dessa obra, o autor adverte: \"O leitor deve procurar numerosas citações de Marx, de Engels ou de seus principais discípulos, fechando, decalcando, este livro. Contrariamente a todos os autores de manuscritos econômicos marxistas, nós nos abstivemos rigorosamente — com algumas raras exceções — de citar textos ou de lhes fazer a exegese. Nós citamos em abundância os principais economistas, historiadores econômicos, etnólogos, antropólogos, sociólogos, psicólogos de nossa época, na medida em que formulam julgamentos sobre os fenômenos que caracterizam a sociedade econômica passada, presente ou futura sociedades humanas. O que procuramos demonstrar é que, partindo dos dados empíricos das ciências contemporâneas, pode reconstituir o conjunto do sistema econômico de Karl Marx. Melhor; procuramos demonstrar que somente a doutrina Apresentação CONTINUAÇÃO\nMandel abandonou o propósito de se abster de citações de “textos sagrados ou de lhes fazer a exegese”. Numerosas e às vezes extensas transcrições de Marx (e também de Lênin e de Trotsky) permeiam a obra, no que não haveria mal se não tivessem, muitas vezes, valor provante. Lamentavelmente, algumas controvérsias são encerradas mediante citações, como se as propostas de Marx fossem dogmas e não julgamentos da realidade, permanentemente sujeitas (como as de qualquer outro autor) a revisão e crítica.\n\nPara Mandel, o “capitalismo tardio” não tem o sentido de uma nova essência do capitalismo e “não seria absolutamente que o capitalismo tenha mudado em essência, tornando ultrapassadas as descobertas analíticas de O Capital, de Marx, e de O Imperialismo, de Lênin... só para nos tentar uma análise marxista do capitalismo do século XX”, definindo seu objeto de O Imperialismo (p. 4). Dessa maneira, o autor afirma sua orientação “marxista-leninista”, definindo uma fase de capitalismo concentracional, dividida em uma subfase de capitalismo monopolizado e uma fase de capitalismo clássico (dividida em atual do “capitalismo tardio”). Ela distingue a segunda subfase, tendo como base a forma consequente do capitalismo industrial crônico, em seu ciclo XVIII, ao que se referiu em 1848, proporcionou a produção de motores a vapor por meio de máquinas; a segunda, iniciada em 1896, levou ao desenvolvimento e aplicação do motor elétrico e do motor a explosão; e a terceira, iniciada em 1945 nos EUA e em 1945 nos demais países imperialistas, produziu a regulagem de máquinas por aparelhos eletrônicos (automação) e a energia nuclear (p. 83-84).\n\nNão fica inteiramente clara a relação entre a sucessão de fases e de revoluções técnicas. O capitalismo comercial surge como resultado da Revolução Industrial (desenvolvimento da máquina a vapor, produzida manualmente), no fim do século XVIII. Sua segunda subfase, entre 1848 e 1873, é consequência da primeira revolução técnica. A fase imperialista surge no esgotamento da longa continuidade expansionista, desencadeada por outra revolução. A segunda revolução tecnológica iniciou a onda longa com tonalidade expansionista, mas não marca – apesar de suas amplas repercussões – qualquer subfase específica. Somente a partir da revolução tecnológica, em 1940/45, que se inicia a subfase atual do capitalismo tardio.\n\nA análise histórica de Mandel se baseia em numerosos fatores, que condicionam, em grande período, a produção do trabalho e a repartição da renda de capitalistas e trabalhadores. A produtividade do trabalho é afetada, evidentemente, pelas revoluções técnicas, mas também ex...
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Cultural e Industrial,\nSão Paulo, 1982.\n\nTexto publicado sob licença de Suhrkamp Verlag,\nFrankfurt am Main, 1972.\n\nDireitos exclusivos sobre a tradução deste volume,\nAbril S.A. Cultural e Industrial, São Paulo.\n\nDireitos exclusivos sobre a Apresentação de autoria de Paulo Singer,\nAbril S.A. Cultural e Industrial, São Paulo. Ernest MANDEL\n\n(1923. ) Apresentação\n\nEste livro é um dos poucos dos quais se pode dizer que ganham atualidade à medida que o tempo passa. Concluído em 1972, em sua versão original, sua tese central – de que o capitalismo acabava de entrar numa fase de \"estagnação\" – estava longe de ser evidente. Antes, pelo contrário, a economia capitalista mundial parecia estar no auge de um longo período de prosperidade que, de modo algum, aparentemente estava chegando ao seu fim. O mercado internacional estava, na verdade, dando sinais tão fortes de vigor que chegava a estimular em alguns países taxas de crescimento extraordinariamente altas e abundantes. Era a época dos \"milagres econômicos\" no Japão, no Brasil e em outros países. Sustentar, nessas condições, que o capitalismo tardio já tinha ultrapassado o zênite de sua fase ascendente e estava, desde o fim dos anos 60, mergulhando numa onda caracterizada por dificuldades contínuas crescentes, requeria considerável presciência, como os fatos demonstraram logo a seguir. Com a chamada \"crise do petróleo\", em fins de 1973, a economia capitalista realmente entrou na pior recessão do pós-guerra, e isso culpa foi precária para recair em novas recessões, das quais o momento não mostra ser capaz de escapar. Sem dúvida, a história desta década que não se separou do lançamento o original de O Capitalismo Tardio confirma de modo cabal que a tendência do longo prazo de o capitalismo mudou nitidamente de direção e no sentido previsto pelo seu autor. Dificilmente se encontrará justificativa melhor para recomendar uma obra à atenção e ao estudo dos que almejam entender a época em que vivemos.\n\nI. Ernest Mandel\nO autor deste volume é um veterano do movimento operário. Nascido na Bélgica em 1923, Mandel, muito jovem ainda, aderiu em 1940 à IV Internacional, a organização que Leon Trotsky fundara dois anos antes para suceder às três internacionais anteriores. Nesse mesmo ano, a Bélgica foi invadida e ocupada pelos nazistas, o que levou Mandel a se integrar na resistência. Foi aprisionado pelos ocupantes mas conseguiu fugir. Recapturado em 1944, Mandel foi internado em um campo de prisioneiros, na Alemanha.\n\nTerminada a guerra, a IV Internacional reuniu o seu 2º Congresso Mundial, no qual Mandel foi eleito para a direção. O movimento trotsquista resurgiu enfraquecido da Guerra Mundial, pela perda de numerosos militantes, principalmente de seu líder supremo, Leon Trotsky, assassinado em agosto de 1940. Sem a presença polarizadora do grande revolucionário, a IV Internacional começou a se fragmentar. Em 1952 dá-se a primeira cisão, ficando a maior sob a liderança de Michel Pablo e E. Mandel. Desde então a facção que conservou o título de \"IV Internacional\" em Mandel seu principal teórico, nos últimos anos representando intelectuais mundialmente conhecidos.\n\nAlém de sua atividade internacional, Mandel também se engajou no movimento operário em sua terra. Foi membro da comissão de estudos econômicos da Central Sindical Belga e dirigiu o jornal do Partido Socialista Belga, do qual acabou expulso em 1965, juntamente com companheiros. Além de militante e dirigente político, Mandel é também estudioso da Economia Política e como tal é que se tornou famoso. Sua preparação universitária foi realizada na Universidade de Bruxelas e na École des Hautes Études de Paris. 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