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DESENHO TÉCNICO Profa Elaine Alcântara Freitas Peixoto 2 2 NORMAS ABNT PARA DESENHO TÉCNICO Como vimos no bloco anterior existem diversas normas utilizadas em desenho técnico e neste bloco estudaremos algumas delas escala cotagem tolerâncias folhas de desenho caligrafia técnica tipos de linhas e no subtema relativo ao CAD veremos comandos de criação A utilização de softwares CAD reduziu bastante a circulação de desenhos em papel entre os departamentos da empresa No entanto os desenhos em papel ainda têm grande importância de acordo com Silva et al 2006 particularmente na fabricação dos objetos para o qual é necessário o conhecimento de todas as vistas do objeto bem como informações complementares como cotas as medidas do desenho as tolerâncias dimensionais e geométricas e acabamentos superficiais Também estão presentes nas obras de construção civil de todos portes e embora haja meios de consultar projetos utilizando recursos digitais a cópia impressa ainda existe em várias situações O quadro 21 apresenta as normas que estudaremos nesse bloco Quadro 21 Normas ABNT para desenho técnico ABNT NBR 6158 Sistema de tolerâncias e ajustes ABNT NBR 6409 Tolerâncias geométricas tolerâncias de forma orientação posição e batimento generalidades símbolos definições e indicações em desenho ABNT NBR 8402 Execução de caractere para escrita em desenho técnico ABNT NBR 8403 Aplicação de linhas em desenhos Tipos de linhas Larguras das linhas ABNT NBR 10067 Princípios gerais de representação em desenho técnico ABNT NBR 10068 Folha de desenho leiaute e dimensões ABNT NBR 10126 Cotagem de desenho técnico ABNT NBR 10582 Apresentação da folha para desenho Fonte Adaptado de ABNT Catálogo Disponível em httpwwwabntcatalogocombr Acesso em 4 fev 2019 3 As normas apresentadas no quadro 21 referemse à representação do desenho no papel Para podermos discutir a representação de um objeto por meio do desenho técnico é importante conhecer essas regras que dizem respeito ao papel propriamente dito seus formatos e dimensões NBR 10068 aos tipos de linhas utilizadas num desenho e suas respectivas espessuras NBR 8403 aos tipos de escrita e suas características NBR 8402 às legendas do desenho e listas de peças em desenhos do conjunto NBR 10582 Existem também regras para a cotagem do desenho NBR 10126 e as tolerâncias permitidas NBR 6158 e NBR 6409 Discutiremos ainda sobre a escala dos desenhos embora a norma que abordava este conteúdo não esteja mais em vigor Vamos iniciar os estudos e bom trabalho 21 Escala e cotagem Iniciamos abordando escala Segundo Silva et al 2006 as peças devem ser representadas em escala real ou seja segundo suas dimensões originais Todavia na prática notase que isso não é possível para a maioria das peças Para que elas sejam representadas de forma clara precisa e rigorosa escalas de conversão das dimensões reais para as dimensões do desenho devem ser utilizadas A escala indica a relação do tamanho do desenho da peça com o tamanho real dela Ela permite representar no papel peças de qualquer tamanho real Peças muito grandes podem ser representadas num desenho pequeno e detalhes de peças muito pequenas num desenho grande A norma ABNT NBR 8196 Emprego de escalas atualmente cancelada e sem substituta definia as escalas a serem utilizadas nos desenhos Embora essa norma não exista mais o assunto de escala ainda é muito importante A escala pode ser de três tipos 1 Escala natural 2 Escala de redução 3 Escala de ampliação 4 No desenho as medidas lineares do objeto são mantidas ampliadas ou reduzidas proporcionalmente Quando as dimensões lineares do objeto são mantidas chamamos de escala natural Quando as medidas do objeto real são reduzidas chamamos de escala de redução e quando aumentadas chamamos de escala de ampliação A escala é representada por dois números que indicam a proporção do objeto em relação ao desenho A escala 51 lêse escala cinco para um indica que o desenho do objeto representado no papel é cinco vezes maior que o objeto real enquanto a escala 1200 indica que o objeto é 200 vezes maior que o desenho ou equivalentemente que o desenho é 200 vezes menor que o objeto Assim para os três tipos de escala existentes temos Escala natural onde o desenho técnico tem as mesmas dimensões do objeto Indicamos essa escala como 11 sempre Escala de redução nessa escala a medida do desenho é menor que a medida do objeto real A escala é indicada como 1X e X é o fator de escala empregado Pode ser por exemplo 12 15 1100 Nesses casos o desenho é 2 5 ou 100 vezes menor que o objeto real Escala de ampliação nesse caso a medida do desenho é maior que a do objeto representado A escala é indicada como X1 sendo X o fator de escala Exemplos incluem 201 e 5001 onde o desenho é 20 ou 500 vezes maior que o objeto Segundo Silva et al 2006 escolha da escala deve ser feita de modo a representar convenientemente todos os aspectos do desenho no formato de papel escolhido Nas áreas de arquitetura e engenharia civil as escalas mais empregadas são normalmente as de redução devido às grandes dimensões das construções civis e mapas Utilizamse escalas de 1100000 125000 e 110000 no nível dos estudos de planejamento regional e as escalas de 15000 12000 11000 e 1500 no nível de planejamento urbano Na área de arquitetura as escalas empregadas usualmente são de 1100 para plantas vistas e cortes da definição arquitetônica global e as escalas 150 110 e 15 para detalhes construtivos 5 A norma NBR 8196 sugeria a utilização das escalas representadas no quadro 22 Assim podese utilizar uma escala de redução de 150000 ou uma escala de ampliação de 201 mas não se utiliza uma escala de 1137 ou 171 por exemplo Quadro 22 Escalas normalizadas estabelecidas pela extinta NBR 8196 Redução Natural Ampliação 120 11 201 150 501 1100 1001 Nota As escalas desta tabela podem ser reduzidas ou ampliadas à razão de 10 Fonte Adaptado de ABNT 1999 A fórmula abaixo nos auxilia na utilização da escala 𝑀𝑑 𝑀𝑜 𝐸 Nessa fórmula tendo dois dados encontramos o terceiro Temos na fórmula que 𝐌𝐝 é a medida do desenho a medida da representação gráfica no papel 𝐌𝐨 é a medida do objeto a medida da peça real e 𝐄 é o fator de escala Assim por exemplo se um muro é desenhado por uma linha de 3 cm e a escala do desenho é 1100 sabemos que 𝐌𝐝 𝟑 𝐜𝐦 e 𝐄 𝟏 𝟏𝟎𝟎 𝟎 𝟎𝟏 e portanto 𝐌𝐨 𝐌𝐝 𝐄 𝟑 𝟎𝟎𝟏 𝟑𝟎𝟎 𝐜𝐦 𝟑 𝐦 Logo o muro representado no desenho tem 3 m de altura Dando continuidade ao conteúdo vamos abordar cotagem A representação de um objeto físico por meio de um desenho só é feita com exatidão se suas dimensões estão corretamente indicadas no desenho A indicação de uma medida do objeto é a sua cota A norma ABNT NBR 10126 Cotagem em desenho técnico estabelece os critérios para a correta cotagem de um desenho De acordo com a norma ela é definida como representação gráfica no desenho da característica do elemento através de linhas símbolos notas e valor numérico numa unidade de medida ABNT1987 p 1 6 A cotagem deve ser representada diretamente no desenho localizada na vista ou corte que melhor represente o objeto As cotas podem ser funcionais não funcionais e auxiliares CRUZ 2014 p 89 1 Cota funcional essencial ao funcionamento da peça 2 Cota não funcional não interfere no funcionamento da peça 3 Cota auxiliar é informativa derivada de outros valores que já foram apresentados no desenho servindo para evitar cálculos Fonte Adaptado de CRUZ 2014 p 89 Figura 21 Cota funcional F cota não funcional NF e cota auxiliar AUX Ela também pode ser inserida no desenho em perspectiva Devese considerar que todas as cotas do desenho utilizam a mesma unidade de medida que deve estar indicada em algum lugar da folha do desenho técnico Existem cotas lineares que indicam medidas de comprimento largura e altura e cotas angulares que indicam medidas de abertura de ângulos As cotas devem ser indicadas no desenho de modo que a informação seja lida da esquerda para direita e de baixo para cima paralelamente à dimensão cotada As figuras abaixo indicam as duas formas de cota que podem aparecer num desenho 7 Figura 22 Cotagem linear desenho sem escala Figura 23 Cotagem angular desenho sem escala Vários são os elementos necessários para a cotagem De acordo com Silva et al 2006 as regras gerais relacionadas às inscrições das cotas nos desenhos podem ser sumarizadas As cotas indicadas no desenho sempre são as dimensões reais do objeto independente da escala utilizada A dimensão dos caracteres deve ser adequada à legibilidade do mesmo e sua escrita deve obedecer às normas da caligrafia técnica Nenhuma cota necessária à definição da peça pode ser omitida Os elementos devem ser cotados preferencialmente na vista que dá mais informação em relação à sua forma ou localização Cruzamentos de linhas de cota entre ou com outros tipos de linha devem ser evitados sempre que possível As cotas devem ser localizadas preferencialmente fora do contorno das peças 8 As cotas devem se localizar o mais próximo possível do detalhe a cotar respeitandose as recomendações anteriores Cada elemento deve ser cotado uma única vez independente da quantidade de vistas da peça As cotas devem ser posicionadas sobre alinha de cota preferencialmente no ponto médio da linha Os algarismos da cota não devem ficar sobrepostos ou separados com nenhum outro detalhe do desenho As unidades de todas as cotas devem ser sempre as mesmas A indicação da unidade é indicada no campo apropriado da legenda e não na indicação da cota As cotas podem ser indicadas junto a uma das setas e a linha de cota interrompida de forma a evitar linhas de cotas muito longas ou cruzamentos eventuais de linhas Se o espaço necessário para a cota não é suficiente a cota pode ser posicionada abaixo da linha de cota ligada à linha de cota através de uma pequena linha de referência As figuras abaixo ilustram os principais elementos da cotagem Fonte Adaptado de ABNT 1987 p 3 Figura 24 Elementos da cotagem 9 Existem simbologias que podem ser adotadas na cotagem como prefixo das cotas facilitando a interpretação destas Quadro 23 Simbologia em cotagem Fonte Adaptado de ABNT 1987 p 7 Fonte CRUZ 2014 p 94 Figuras 25 Indicação de diâmetros e raios em cotagem Fonte CRUZ 2014 p 95 10 Figura 26 Quadrado Fonte CRUZ 2014 p 95 Figura 27 Raio esférico e diâmetro esférico Há diferentes tipos de cotagem em cadeia por elemento de referência e por coordenadas Na cotagem em cadeia as cotas são indicadas uma ao lado da outra Fonte Cruz 2014 p 95 Figura 28 Cotagem em cadeia A cotagem por elemento de referência pode ser por cotas aditivas ou paralelas As figuras 29 e 210 apresentam esses exemplos 11 Fonte CRUZ 2014 p 97 Figura 29 Cotagem por elemento de referência cotagem aditiva Fonte CRUZ 2014 p 96 Figura 210 Cotagem por elemento de referência cotagem paralela Existem ainda situações em que há elementos que se repetem equidistantes e uniformemente distribuídos 12 Na cotagem simplificada no caso deste exemplo figura 211 colocase 8 como a quantidade de objetos pela distância deles 10 mm e entre parênteses a distância total de 80 mm Fonte CRUZ 2014 p 97 Figura 211 Cotagem simplificada Eliminandose possíveis dúvidas é possível indicar a cota de um dos espaços Fonte CRUZ 2014 p 97 Figura 212 Cotagem de um dos espaços Poderá ainda haver a representação de elementos repetidos e para evitar a repetição da mesma cota a cotagem pode ser efetuada indicandose a quantidade 9 neste exemplo pela dimensão 4 Fonte Cruz 2014 p 98 Figura 213 Cotagem de elementos repetidos 13 22 Tolerâncias Embora a cotagem de uma peça deixe claro para o leitor do desenho quais as dimensões corretas do objeto representado e a localização de cada um de seus detalhes o desenho com as suas cotas não possui informação suficiente para a produção da peça representada Para que uma indústria consiga produzir uma peça representada por um desenho técnico é necessário também indicar as tolerâncias da peça Segundo Silva et al 2006 a tolerância é uma extensão da cotagem fornecendo informação adicional acerca da forma dimensão e posição dos elementos A tolerância fornece informações essenciais para a fabricação pois a partir da especificação da tolerância podese escolher um ou outro modo de fabricação A tolerância busca limitar os erros de fabricação das peças podendo ser geométrica ou dimensional A tolerância dimensional destinase a limitar os erros dimensionais de fabricação das peças Uma cota de 20 mm da peça indicada no desenho significa dizer que a peça é fabricada com aproximadamente 20 mm A dimensão real pode ser 1965 2018 2042 ou 20001 Em todos os casos ao arredondar a medida à unidade todos os valores indicam uma dimensão de 20 mm A tolerância geométrica limita os erros geométricos cometidos na fabricação das peças impondo variações admissíveis na forma e localização dos diferentes elementos ou partes de uma peça A tolerância geométrica quando aplicada a um elemento define uma zona de tolerância na qual o elemento deve estar contido A figura 214 mostra o desenho de uma peça cujos diâmetros e comprimentos apresentam as tolerâncias permitidas de fabricação Observe que se utilizam os símbolos e para indicar o desvio permitido a partir do valor nominal indicado no desenho Nesta peça o diâmetro da parte rebaixada tem dimensão nominal 12 mm As tolerâncias indicam no entanto que o valor permitido para esse diâmetro varia de 1212 a 1223 mm Analogamente o diâmetro maior tem valor nominal 16 mm mas as tolerâncias especificam que seu valor pode estar dentro da faixa de 1559 a 1580 mm 14 O comprimento total da peça tem dimensão nominal de 40 mm mas pode variar de 3975 a 4025 mm Fonte httpsesselcombrcursosmaterial01DesenhoTecnicoaula28pdf Acesso em 4 fev 2019 Figura 214 Desenho de peça com tolerâncias As tolerâncias dimensionais especificam a faixa de valores em que a grandeza medida se situa Já as tolerâncias geométricas especificam os desvios da forma do objeto Observe na figura 215 que o desenho de projeto da peça à esquerda especifica as dimensões permitidas do objeto No desenho à direita está o desenho da peça real Fonte httpjpbdesenhoblogspotcom201510normal021falsefalsefalseptbrxhtml Acesso em 4 fev 2019 Figura 215 Tolerância geométrica 15 Os valores medidos estão dentro das tolerâncias especificadas mas observe que a forma do objeto está diferente De fato a linha de centro do cilindro não é perpendicular ao plano da circunferência de 20 mm de diâmetro Isso caracteriza um desvio de forma do objeto Outros desvios de forma podem ser permitidos as tolerâncias geométricas e os símbolos que a representam no desenho são estabelecidas pela norma ABNT NBR 6409 e o quadro 24 nos apresenta os símbolos utilizados de acordo com a norma Quadro 24 Símbolos para a característica tolerada Símbolo Retitude Planeza Circularidade Cilindricidade Perfil de linha qualquer Perfil de superfície qualquer Paralelismo Perpendicularidade Inclinação Posição Concentricidade Coaxilidade Simetria Circular Total Batimento Para elementos isolados ou associados Para elementos associados Característica tolerada Para elementos isolados Forma Orientação Posição Fonte ABNT 1997 p 3 16 23 Folhas de desenho caligrafia técnica tipos de linhas A utilização de programas CAD para execução de desenhos tem reduzido a utilização de desenhos em papel No entanto de acordo com Silva et al 2006 a impressão e reprodução dos desenhos desempenham uma importante função na documentação técnica do objeto Primeiramente é importante escolher o formato ou as dimensões da folha de papel a ser utilizada Essa escolha é de responsabilidade do desenhista ou projetista e deve ser feita com cautela As folhas menores são mais fáceis de manusear mas em muitos casos acaba sendo necessário utilizar escalas de redução para representar a peça inteira na folha o que pode prejudicar a interpretação e compreensão do objeto representado Já nas folhas maiores o problema da clareza é solucionado com um custo maior de impressão e reprodução do desenho aliado à dificuldade elevada no manuseio da folha Silva et al 2006 p 30 A norma que estabelece os formatos de papel e sua orientação é a ABNT NBR 10068 Folha de desenho Leiaute e dimensões As dimensões dos formatos de papel da série A estão mostradas no quadro 25 Essas dimensões não são escolhidas por acaso são determinadas a partir da folha base A0 cuja área tem 1 m² Os lados do papel têm proporção 𝟏 𝟐 e o lado maior do formato seguinte é o dobro do lado menor do formato anterior Os diferentes formatos podem ser obtidos a partir do formato A0 através de sucessivas subdivisões como mostra a figura 216 Os diferentes formatos podem ser utilizados em pé lado maior na vertical ou deitados lado maior na horizontal dependendo do que for mais adequado Silva et al 2006 p 30 Quadro 25 Formatos da série A Designação Dimensões mm A0 841 1189 A1 594 841 A2 420 594 A3 295 420 A4 210 297 Fonte ABNT 1987 p 2 17 Fonte CRUZ 2014 p 31 Figura 216 Folha A0 e os formatos derivados Numa folha de desenho toda informação inscrita seja um algarismo ou outro caractere deve ser apresentada em escrita normalizada A norma ABNT NBR 8402 Execução de caractere para escrita em desenho técnico estabelece as condições exigidas para a escrita em desenhos técnicos A escrita normalizada tem como objetivo a legibilidade uniformidade e reprodução do desenho sem perda de qualidade A norma NBR 8402 estabelece que todos os caracteres devem ser distinguíveis entre si e escritos de forma que todas as linhas se cruzem ou se toquem num ângulo reto e que as letras maiúsculas e minúsculas devem ser escritas com a mesma largura de linha A norma estabelece também as dimensões dos caracteres sendo altura 𝐡 das letras maiúsculas tomada como base para o dimensionamento e as outras dimensões baseadas nessa mesma altura 𝐡 O quadro 26 indica as proporções e as dimensões dos caracteres num desenho técnico e a figura 217 ilustra essas proporções e dimensões A figura 218 apresenta exemplo de escrita manuscrita já a figura 219 exemplo de letras e numerais empregados na escrita em software CAD 18 Quadro 26 Proporções e dimensões de símbolos gráficos Fonte ABNT 1994 p 2 Fonte ABNT 1994 p 2 Figura 217 Características da forma de escrita Fonte CRUZ 2014 p 43 Figura 218 Exemplo de escrita Características Relação Dimensões mm Altura das letras maiúsculas h 1010 h 25 35 5 7 10 14 20 Altura das letras minúsculas c 710 h 25 35 5 7 10 14 Distância mínima entre caracteres a 210 h 05 07 1 14 2 28 4 Distância mínima entre linhas de base b 1410 h 35 5 7 10 14 20 28 Distância mínima entre palavras e 610 h 15 21 3 42 6 84 12 Largura da linha d 110 h 025 035 05 07 1 14 2 19 Fonte CRUZ 2014 p 44 Figura 219 Letras e numerais empregados em software CAD A norma NBR 8402 estabelece que todos os caracteres do desenho devem ser escritos com a mesma largura de linha o que indica que diferentes tipos de linhas podem ser utilizados num desenho técnico De fato diferentes tipos de linha existem e são descritos na norma ABNT NBR 8403 Aplicação de linhas em desenhos Tipos de linhas Larguras das linhas A figura 220 apresenta o desenho de uma peça com um furo quadrado no meio Observe que nos desenhos das vistas frontal e lateral o furo é representado por linhas tracejas e isso indica arestas não visíveis nessa vista Já as linhas contínuas e largas representam arestas e contornos visíveis Na vista em perspectiva segundo Silva et al 2006 apenas linhas contínuas são utilizadas pois apenas os contornos da peça são representados Figura 220 Utilização de linhas em representação gráfica 20 Atentese ao fato de que portanto diferentes tipos de linha fornecem variadas informações a respeito do objeto Um desenho mais complexo da própria norma NBR 8403 que ilustra vários tipos diferentes de linhas pode ser visto na figura 217 O quadro 27 apresenta os diferentes tipos de linha e suas aplicações A norma NBR 8403 estabelece que existindo duas possiblidades de uso de linhas num mesmo desenho aplicar apenas uma das opções Quadro 27 Tipos de linha utilizadas em desenho técnico conforme NBR 8403 Fonte CRUZ 2014 p 41 21 Legenda Contorno visível A1 linhas de interseção imaginárias B1 linhas de cotas B2 linhas auxiliares B3 linhas de chamadas B4 hachuras B5 contornos de seções rebatidas na própria vista B6 linhas de centros curtas B7 linha destinada a desenhos confeccionados por máquinas D1 contornos não visíveis F1 linhas de centro G1 linhas de simetrias G2 trajetórias G3 indicação das linhas ou superfícies com indicação especial J1 contornos de peças adjacentes K1 posição limite de peças móveis K2 Fonte ABNT 1984 p 3 Figura 221 Exemplo de aplicação dos diferentes tipos de linhas NBR 8403 Observe assim que um mesmo desenho adota vários tipos de linha para expressar as características do objeto 24 Escala cotagem e tolerância Esta parte do bloco é dedicada às atividades práticas da disciplina Para tanto você deverá baixar o arquivo Atividades práticas bloco 2 imprimindoo em folha A4 sem qualquer diminuição ou ampliação na impressão para realizar as atividades propostas Exercício 1 Efetuar a cotagem das figuras observando as escalas indicadas 22 a escala 120 b escala 150 c escala 1100 23 Exercício 2 Indique as dimensões solicitadas a Altura da construção em metros desenho na escala 1100 R m b Largura da cadeira em centímetros desenho na escala 115 R m 24 c Altura da pessoa em metros desenho na escala 130 R m d Desenhe uma pessoa com altura de 185 m na escala 175 Represente um modelo simplificado como no exercício anterior 25 Exercício 4 Observando a imagem responda O desenho técnico permite apresentar dados sobre a dimensão dos objetos Neste exemplo os dados relativos ao furo e ao eixo estão expressos indicando as dimensões máxima e mínima destes Considerando os dados expressos indique a alternativa que apresenta a dimensão máxima e a dimensão mínima do furo nesta ordem expressos em milímetros Fonte httpsesselcombrcursosmaterial01DesenhoTecnicoaula28pdf Acesso em 4 fev 2019 Figura 222 Dimensões máxima e mínima dos dados relativos ao furo e ao eixo a 30 mm 3025 mm b 3025 mm 30 mm c 3002 mm 3018 mm d 3018 mm 3002 mm e 3018 mm 3025 mm 26 25 CAD comandos de criação Vamos ver comandos de criação utilizando a barra de ferramentas Draw a Line linha Uma linha apresenta dois pontos um no início e outro no final Para construir linha Draw Line Indicar o ponto inicial da linha A e Indicar o ponto final da linha B Podese utilizar algumas opções como definir o comprimento da linha ou o ângulo da orientação por exemplo Depois de desenhar um segmento de linha pode ser utilizado o comando Undo para remover o segmento de linha precedente Após desenhar dois ou mais segmentos de reta clicar em Close para fechar o comando linha A partir de um arco desenhar uma linha a partir da extremidade do arco Draw Line selecionar o ponto final do arco A extremidade do arco e indicar o comprimento da linha B 27 Ponto final do arco A e comprimento da linha expresso pela distância entre pontos A e B b Poliline Polilinha Poliline é uma sequência de linhas e arcos conectados tratados como entidade única Ao editar uma polilinha ela pode ser modificada por segmentos ou inteira Para construir a polilinha especificar o ponto inicial e em seguida aparecerá uma caixa de opções enquanto você desenha com Distância Meia largura e Largura É possível especificar diferentes inícios e finais das larguras criando um segmento de polilinha Draw Poliline Acessar o comando e especificar o ponto inicial da polilinha Especificar o ponto final de cada segmento Clicar enter para terminar o comando 28 Ao desenhar segmentos de arco o primeiro ponto do arco é o ponto final do segmento que o precede e assim você desenha segmentos de arco ao especificar o ponto final de cada segmento Assim cada segmento de arco sucessivo é desenhado tangente ao arco ou ao segmento de linha que o precede c Polygon Polígono Polígonos são polilinhas fechadas por no mínimo três linhas e no máximo 1024 lados de mesmo comprimento Utilizado para especificar o centro do polígono e a distância do centro a cada vértice d Rectangle Retângulo Retângulos são polilinhas fechadas com quatro lados Para desenhar o retângulo especificamse os cantos opostos Draw Rectangle Especificar o canto do retângulo A Especificar o canto oposto do retângulo B Cada lado do retângulo pode ser editado usandose a ferramenta Editar Polilinha na barra de ferramentas Modificar e Arc Arco O arco é uma parte de um círculo Podese desenhar um arco especificandose três pontos o ponto inicial um segundo ponto o ponto final 29 f Circle Círculo O círculo pode ser desenhado especificandose um ponto central e um raio Os métodos para desenhar o círculo são Centroraio Centrodiâmetro Dois pontos Três pontos Raiotangentetangente Converter arco em círculo Draw circle Para desenhar círculo especificando centro e raio especificar o ponto central A especificar o raio do círculo B 30 g Spline Draw spline especificar o primeiro ponto da spline especificar o segundo ponto da spline especificar a maior quantidade de pontos ao terminar clicar enter h Elipse Draw elipse clicar num ponto ou entrar com os valores de coordenada clicar em outro ponto ou especificar coordenada em qualquer eixo entrar com a distância do outro eixo i Hachuras A hachura é inserida numa área fechada sendo a hachura tratada como entidade única Para especificar a hachura é possível utilizar as hachuras existentes nos arquivos da biblioteca do programa ou a de bibliotecas externas Draw hatch selecionar Pattern para ter acesso às hachuras disponíveis escolher uma hachura dentre as opções disponíveis voltar para Boundary Há duas opções de como aplicar a hachura Select Area ou Select Entities selecionase um ponto interno de uma área ou as linhas do perímetro da região que receberá a hachura Em Pattern Properties é possível alterar as configurações da hachura escala ângulo da hachura etc 31 Depois de inserida a hachura para modificála efetuar duplo clique sobre a mesma escolher a opção Edit e alterar as configurações da hachura Vimos comandos de criação que proporcionam a construção de elementos gráficos para a representação de objetos utilizando software CAD Conclusão Neste bloco abordamos as principais normas do desenho técnico e seu conhecimento é fundamental para compreendêlo corretamente Vimos quais os formatos e a orientação da folha de papel a norma para a escrita correta dos elementos numa folha de papel os tipos e espessuras de linha convenientes para cada caso e como escolher adequadamente a escala do desenho Vimos também que a cotagem tem por finalidade a indicação da forma e localização dos elementos de uma peça ou objeto e suas principais características Junto à cotagem o conceito de tolerância deve também ficar claro pois dados de tolerância são indicados no desenho técnico Dando continuidade à apresentação de comandos do software CAD apresentamos também os comandos de criação A realização dos exercícios propostos auxilia o processo de aprendizagem Então comece a realizar as atividades propostas conforme o estudo de cada bloco Bons estudos REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 8196 Desenho técnico Emprego de escalas Rio de Janeiro ABNT 1999 NBR 8402 Execução de caracter para escrita em desenho técnico Procedimento Rio de Janeiro ABNT 1994 NBR 8403 Aplicação de linhas em desenhos Tipos de linhas Larguras das linhas Rio de Janeiro ABNT 1984 32 NBR 10068 Folha de desenho leiaute e dimensões Padronização Rio de Janeiro ABNT 1987 NBR 10126 Cotagem em desenho técnico Procedimento Rio de Janeiro ABNT 1987 CRUZ M D Desenho tecnico Sao Paulo Erica 2014 DESENHO TÉCNICO Tolerância Dimensional x Tolerância Geométrica Disponível em httpjpbdesenhoblogspotcom201510normal021falsefalsefalseptbr xhtml Acesso em 4 fev 2019 ESSEL ENGENHARIA Cursos profissionalizantes Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico Aula 28 Tolerância dimensional Disponível em httpsesselcombrcursosmaterial01DesenhoTecnicoaula28pdf Acesso em 4 fev 2019 MULTIPLUS SOFTWARES TÉCNICOS CADMultiplus PRO V8 Ediçãoversão CADMultiplus v8 Pro 8114150PVC11x86 São Paulo IntelliCAD Technology Consortium 2015 Extensão Licença do software CADMultiplus PRO V8 SILVA A et al Desenho técnico moderno Tradução de Antônio Eustáquio de Melo Pertence Ricardo Nicolau Nassar Koury 4 ed Rio de Janeiro Livros Técnicos e Científicos 2006 475 p il ISBN 8521615221 broch
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DESENHO TÉCNICO Profa Elaine Alcântara Freitas Peixoto 2 2 NORMAS ABNT PARA DESENHO TÉCNICO Como vimos no bloco anterior existem diversas normas utilizadas em desenho técnico e neste bloco estudaremos algumas delas escala cotagem tolerâncias folhas de desenho caligrafia técnica tipos de linhas e no subtema relativo ao CAD veremos comandos de criação A utilização de softwares CAD reduziu bastante a circulação de desenhos em papel entre os departamentos da empresa No entanto os desenhos em papel ainda têm grande importância de acordo com Silva et al 2006 particularmente na fabricação dos objetos para o qual é necessário o conhecimento de todas as vistas do objeto bem como informações complementares como cotas as medidas do desenho as tolerâncias dimensionais e geométricas e acabamentos superficiais Também estão presentes nas obras de construção civil de todos portes e embora haja meios de consultar projetos utilizando recursos digitais a cópia impressa ainda existe em várias situações O quadro 21 apresenta as normas que estudaremos nesse bloco Quadro 21 Normas ABNT para desenho técnico ABNT NBR 6158 Sistema de tolerâncias e ajustes ABNT NBR 6409 Tolerâncias geométricas tolerâncias de forma orientação posição e batimento generalidades símbolos definições e indicações em desenho ABNT NBR 8402 Execução de caractere para escrita em desenho técnico ABNT NBR 8403 Aplicação de linhas em desenhos Tipos de linhas Larguras das linhas ABNT NBR 10067 Princípios gerais de representação em desenho técnico ABNT NBR 10068 Folha de desenho leiaute e dimensões ABNT NBR 10126 Cotagem de desenho técnico ABNT NBR 10582 Apresentação da folha para desenho Fonte Adaptado de ABNT Catálogo Disponível em httpwwwabntcatalogocombr Acesso em 4 fev 2019 3 As normas apresentadas no quadro 21 referemse à representação do desenho no papel Para podermos discutir a representação de um objeto por meio do desenho técnico é importante conhecer essas regras que dizem respeito ao papel propriamente dito seus formatos e dimensões NBR 10068 aos tipos de linhas utilizadas num desenho e suas respectivas espessuras NBR 8403 aos tipos de escrita e suas características NBR 8402 às legendas do desenho e listas de peças em desenhos do conjunto NBR 10582 Existem também regras para a cotagem do desenho NBR 10126 e as tolerâncias permitidas NBR 6158 e NBR 6409 Discutiremos ainda sobre a escala dos desenhos embora a norma que abordava este conteúdo não esteja mais em vigor Vamos iniciar os estudos e bom trabalho 21 Escala e cotagem Iniciamos abordando escala Segundo Silva et al 2006 as peças devem ser representadas em escala real ou seja segundo suas dimensões originais Todavia na prática notase que isso não é possível para a maioria das peças Para que elas sejam representadas de forma clara precisa e rigorosa escalas de conversão das dimensões reais para as dimensões do desenho devem ser utilizadas A escala indica a relação do tamanho do desenho da peça com o tamanho real dela Ela permite representar no papel peças de qualquer tamanho real Peças muito grandes podem ser representadas num desenho pequeno e detalhes de peças muito pequenas num desenho grande A norma ABNT NBR 8196 Emprego de escalas atualmente cancelada e sem substituta definia as escalas a serem utilizadas nos desenhos Embora essa norma não exista mais o assunto de escala ainda é muito importante A escala pode ser de três tipos 1 Escala natural 2 Escala de redução 3 Escala de ampliação 4 No desenho as medidas lineares do objeto são mantidas ampliadas ou reduzidas proporcionalmente Quando as dimensões lineares do objeto são mantidas chamamos de escala natural Quando as medidas do objeto real são reduzidas chamamos de escala de redução e quando aumentadas chamamos de escala de ampliação A escala é representada por dois números que indicam a proporção do objeto em relação ao desenho A escala 51 lêse escala cinco para um indica que o desenho do objeto representado no papel é cinco vezes maior que o objeto real enquanto a escala 1200 indica que o objeto é 200 vezes maior que o desenho ou equivalentemente que o desenho é 200 vezes menor que o objeto Assim para os três tipos de escala existentes temos Escala natural onde o desenho técnico tem as mesmas dimensões do objeto Indicamos essa escala como 11 sempre Escala de redução nessa escala a medida do desenho é menor que a medida do objeto real A escala é indicada como 1X e X é o fator de escala empregado Pode ser por exemplo 12 15 1100 Nesses casos o desenho é 2 5 ou 100 vezes menor que o objeto real Escala de ampliação nesse caso a medida do desenho é maior que a do objeto representado A escala é indicada como X1 sendo X o fator de escala Exemplos incluem 201 e 5001 onde o desenho é 20 ou 500 vezes maior que o objeto Segundo Silva et al 2006 escolha da escala deve ser feita de modo a representar convenientemente todos os aspectos do desenho no formato de papel escolhido Nas áreas de arquitetura e engenharia civil as escalas mais empregadas são normalmente as de redução devido às grandes dimensões das construções civis e mapas Utilizamse escalas de 1100000 125000 e 110000 no nível dos estudos de planejamento regional e as escalas de 15000 12000 11000 e 1500 no nível de planejamento urbano Na área de arquitetura as escalas empregadas usualmente são de 1100 para plantas vistas e cortes da definição arquitetônica global e as escalas 150 110 e 15 para detalhes construtivos 5 A norma NBR 8196 sugeria a utilização das escalas representadas no quadro 22 Assim podese utilizar uma escala de redução de 150000 ou uma escala de ampliação de 201 mas não se utiliza uma escala de 1137 ou 171 por exemplo Quadro 22 Escalas normalizadas estabelecidas pela extinta NBR 8196 Redução Natural Ampliação 120 11 201 150 501 1100 1001 Nota As escalas desta tabela podem ser reduzidas ou ampliadas à razão de 10 Fonte Adaptado de ABNT 1999 A fórmula abaixo nos auxilia na utilização da escala 𝑀𝑑 𝑀𝑜 𝐸 Nessa fórmula tendo dois dados encontramos o terceiro Temos na fórmula que 𝐌𝐝 é a medida do desenho a medida da representação gráfica no papel 𝐌𝐨 é a medida do objeto a medida da peça real e 𝐄 é o fator de escala Assim por exemplo se um muro é desenhado por uma linha de 3 cm e a escala do desenho é 1100 sabemos que 𝐌𝐝 𝟑 𝐜𝐦 e 𝐄 𝟏 𝟏𝟎𝟎 𝟎 𝟎𝟏 e portanto 𝐌𝐨 𝐌𝐝 𝐄 𝟑 𝟎𝟎𝟏 𝟑𝟎𝟎 𝐜𝐦 𝟑 𝐦 Logo o muro representado no desenho tem 3 m de altura Dando continuidade ao conteúdo vamos abordar cotagem A representação de um objeto físico por meio de um desenho só é feita com exatidão se suas dimensões estão corretamente indicadas no desenho A indicação de uma medida do objeto é a sua cota A norma ABNT NBR 10126 Cotagem em desenho técnico estabelece os critérios para a correta cotagem de um desenho De acordo com a norma ela é definida como representação gráfica no desenho da característica do elemento através de linhas símbolos notas e valor numérico numa unidade de medida ABNT1987 p 1 6 A cotagem deve ser representada diretamente no desenho localizada na vista ou corte que melhor represente o objeto As cotas podem ser funcionais não funcionais e auxiliares CRUZ 2014 p 89 1 Cota funcional essencial ao funcionamento da peça 2 Cota não funcional não interfere no funcionamento da peça 3 Cota auxiliar é informativa derivada de outros valores que já foram apresentados no desenho servindo para evitar cálculos Fonte Adaptado de CRUZ 2014 p 89 Figura 21 Cota funcional F cota não funcional NF e cota auxiliar AUX Ela também pode ser inserida no desenho em perspectiva Devese considerar que todas as cotas do desenho utilizam a mesma unidade de medida que deve estar indicada em algum lugar da folha do desenho técnico Existem cotas lineares que indicam medidas de comprimento largura e altura e cotas angulares que indicam medidas de abertura de ângulos As cotas devem ser indicadas no desenho de modo que a informação seja lida da esquerda para direita e de baixo para cima paralelamente à dimensão cotada As figuras abaixo indicam as duas formas de cota que podem aparecer num desenho 7 Figura 22 Cotagem linear desenho sem escala Figura 23 Cotagem angular desenho sem escala Vários são os elementos necessários para a cotagem De acordo com Silva et al 2006 as regras gerais relacionadas às inscrições das cotas nos desenhos podem ser sumarizadas As cotas indicadas no desenho sempre são as dimensões reais do objeto independente da escala utilizada A dimensão dos caracteres deve ser adequada à legibilidade do mesmo e sua escrita deve obedecer às normas da caligrafia técnica Nenhuma cota necessária à definição da peça pode ser omitida Os elementos devem ser cotados preferencialmente na vista que dá mais informação em relação à sua forma ou localização Cruzamentos de linhas de cota entre ou com outros tipos de linha devem ser evitados sempre que possível As cotas devem ser localizadas preferencialmente fora do contorno das peças 8 As cotas devem se localizar o mais próximo possível do detalhe a cotar respeitandose as recomendações anteriores Cada elemento deve ser cotado uma única vez independente da quantidade de vistas da peça As cotas devem ser posicionadas sobre alinha de cota preferencialmente no ponto médio da linha Os algarismos da cota não devem ficar sobrepostos ou separados com nenhum outro detalhe do desenho As unidades de todas as cotas devem ser sempre as mesmas A indicação da unidade é indicada no campo apropriado da legenda e não na indicação da cota As cotas podem ser indicadas junto a uma das setas e a linha de cota interrompida de forma a evitar linhas de cotas muito longas ou cruzamentos eventuais de linhas Se o espaço necessário para a cota não é suficiente a cota pode ser posicionada abaixo da linha de cota ligada à linha de cota através de uma pequena linha de referência As figuras abaixo ilustram os principais elementos da cotagem Fonte Adaptado de ABNT 1987 p 3 Figura 24 Elementos da cotagem 9 Existem simbologias que podem ser adotadas na cotagem como prefixo das cotas facilitando a interpretação destas Quadro 23 Simbologia em cotagem Fonte Adaptado de ABNT 1987 p 7 Fonte CRUZ 2014 p 94 Figuras 25 Indicação de diâmetros e raios em cotagem Fonte CRUZ 2014 p 95 10 Figura 26 Quadrado Fonte CRUZ 2014 p 95 Figura 27 Raio esférico e diâmetro esférico Há diferentes tipos de cotagem em cadeia por elemento de referência e por coordenadas Na cotagem em cadeia as cotas são indicadas uma ao lado da outra Fonte Cruz 2014 p 95 Figura 28 Cotagem em cadeia A cotagem por elemento de referência pode ser por cotas aditivas ou paralelas As figuras 29 e 210 apresentam esses exemplos 11 Fonte CRUZ 2014 p 97 Figura 29 Cotagem por elemento de referência cotagem aditiva Fonte CRUZ 2014 p 96 Figura 210 Cotagem por elemento de referência cotagem paralela Existem ainda situações em que há elementos que se repetem equidistantes e uniformemente distribuídos 12 Na cotagem simplificada no caso deste exemplo figura 211 colocase 8 como a quantidade de objetos pela distância deles 10 mm e entre parênteses a distância total de 80 mm Fonte CRUZ 2014 p 97 Figura 211 Cotagem simplificada Eliminandose possíveis dúvidas é possível indicar a cota de um dos espaços Fonte CRUZ 2014 p 97 Figura 212 Cotagem de um dos espaços Poderá ainda haver a representação de elementos repetidos e para evitar a repetição da mesma cota a cotagem pode ser efetuada indicandose a quantidade 9 neste exemplo pela dimensão 4 Fonte Cruz 2014 p 98 Figura 213 Cotagem de elementos repetidos 13 22 Tolerâncias Embora a cotagem de uma peça deixe claro para o leitor do desenho quais as dimensões corretas do objeto representado e a localização de cada um de seus detalhes o desenho com as suas cotas não possui informação suficiente para a produção da peça representada Para que uma indústria consiga produzir uma peça representada por um desenho técnico é necessário também indicar as tolerâncias da peça Segundo Silva et al 2006 a tolerância é uma extensão da cotagem fornecendo informação adicional acerca da forma dimensão e posição dos elementos A tolerância fornece informações essenciais para a fabricação pois a partir da especificação da tolerância podese escolher um ou outro modo de fabricação A tolerância busca limitar os erros de fabricação das peças podendo ser geométrica ou dimensional A tolerância dimensional destinase a limitar os erros dimensionais de fabricação das peças Uma cota de 20 mm da peça indicada no desenho significa dizer que a peça é fabricada com aproximadamente 20 mm A dimensão real pode ser 1965 2018 2042 ou 20001 Em todos os casos ao arredondar a medida à unidade todos os valores indicam uma dimensão de 20 mm A tolerância geométrica limita os erros geométricos cometidos na fabricação das peças impondo variações admissíveis na forma e localização dos diferentes elementos ou partes de uma peça A tolerância geométrica quando aplicada a um elemento define uma zona de tolerância na qual o elemento deve estar contido A figura 214 mostra o desenho de uma peça cujos diâmetros e comprimentos apresentam as tolerâncias permitidas de fabricação Observe que se utilizam os símbolos e para indicar o desvio permitido a partir do valor nominal indicado no desenho Nesta peça o diâmetro da parte rebaixada tem dimensão nominal 12 mm As tolerâncias indicam no entanto que o valor permitido para esse diâmetro varia de 1212 a 1223 mm Analogamente o diâmetro maior tem valor nominal 16 mm mas as tolerâncias especificam que seu valor pode estar dentro da faixa de 1559 a 1580 mm 14 O comprimento total da peça tem dimensão nominal de 40 mm mas pode variar de 3975 a 4025 mm Fonte httpsesselcombrcursosmaterial01DesenhoTecnicoaula28pdf Acesso em 4 fev 2019 Figura 214 Desenho de peça com tolerâncias As tolerâncias dimensionais especificam a faixa de valores em que a grandeza medida se situa Já as tolerâncias geométricas especificam os desvios da forma do objeto Observe na figura 215 que o desenho de projeto da peça à esquerda especifica as dimensões permitidas do objeto No desenho à direita está o desenho da peça real Fonte httpjpbdesenhoblogspotcom201510normal021falsefalsefalseptbrxhtml Acesso em 4 fev 2019 Figura 215 Tolerância geométrica 15 Os valores medidos estão dentro das tolerâncias especificadas mas observe que a forma do objeto está diferente De fato a linha de centro do cilindro não é perpendicular ao plano da circunferência de 20 mm de diâmetro Isso caracteriza um desvio de forma do objeto Outros desvios de forma podem ser permitidos as tolerâncias geométricas e os símbolos que a representam no desenho são estabelecidas pela norma ABNT NBR 6409 e o quadro 24 nos apresenta os símbolos utilizados de acordo com a norma Quadro 24 Símbolos para a característica tolerada Símbolo Retitude Planeza Circularidade Cilindricidade Perfil de linha qualquer Perfil de superfície qualquer Paralelismo Perpendicularidade Inclinação Posição Concentricidade Coaxilidade Simetria Circular Total Batimento Para elementos isolados ou associados Para elementos associados Característica tolerada Para elementos isolados Forma Orientação Posição Fonte ABNT 1997 p 3 16 23 Folhas de desenho caligrafia técnica tipos de linhas A utilização de programas CAD para execução de desenhos tem reduzido a utilização de desenhos em papel No entanto de acordo com Silva et al 2006 a impressão e reprodução dos desenhos desempenham uma importante função na documentação técnica do objeto Primeiramente é importante escolher o formato ou as dimensões da folha de papel a ser utilizada Essa escolha é de responsabilidade do desenhista ou projetista e deve ser feita com cautela As folhas menores são mais fáceis de manusear mas em muitos casos acaba sendo necessário utilizar escalas de redução para representar a peça inteira na folha o que pode prejudicar a interpretação e compreensão do objeto representado Já nas folhas maiores o problema da clareza é solucionado com um custo maior de impressão e reprodução do desenho aliado à dificuldade elevada no manuseio da folha Silva et al 2006 p 30 A norma que estabelece os formatos de papel e sua orientação é a ABNT NBR 10068 Folha de desenho Leiaute e dimensões As dimensões dos formatos de papel da série A estão mostradas no quadro 25 Essas dimensões não são escolhidas por acaso são determinadas a partir da folha base A0 cuja área tem 1 m² Os lados do papel têm proporção 𝟏 𝟐 e o lado maior do formato seguinte é o dobro do lado menor do formato anterior Os diferentes formatos podem ser obtidos a partir do formato A0 através de sucessivas subdivisões como mostra a figura 216 Os diferentes formatos podem ser utilizados em pé lado maior na vertical ou deitados lado maior na horizontal dependendo do que for mais adequado Silva et al 2006 p 30 Quadro 25 Formatos da série A Designação Dimensões mm A0 841 1189 A1 594 841 A2 420 594 A3 295 420 A4 210 297 Fonte ABNT 1987 p 2 17 Fonte CRUZ 2014 p 31 Figura 216 Folha A0 e os formatos derivados Numa folha de desenho toda informação inscrita seja um algarismo ou outro caractere deve ser apresentada em escrita normalizada A norma ABNT NBR 8402 Execução de caractere para escrita em desenho técnico estabelece as condições exigidas para a escrita em desenhos técnicos A escrita normalizada tem como objetivo a legibilidade uniformidade e reprodução do desenho sem perda de qualidade A norma NBR 8402 estabelece que todos os caracteres devem ser distinguíveis entre si e escritos de forma que todas as linhas se cruzem ou se toquem num ângulo reto e que as letras maiúsculas e minúsculas devem ser escritas com a mesma largura de linha A norma estabelece também as dimensões dos caracteres sendo altura 𝐡 das letras maiúsculas tomada como base para o dimensionamento e as outras dimensões baseadas nessa mesma altura 𝐡 O quadro 26 indica as proporções e as dimensões dos caracteres num desenho técnico e a figura 217 ilustra essas proporções e dimensões A figura 218 apresenta exemplo de escrita manuscrita já a figura 219 exemplo de letras e numerais empregados na escrita em software CAD 18 Quadro 26 Proporções e dimensões de símbolos gráficos Fonte ABNT 1994 p 2 Fonte ABNT 1994 p 2 Figura 217 Características da forma de escrita Fonte CRUZ 2014 p 43 Figura 218 Exemplo de escrita Características Relação Dimensões mm Altura das letras maiúsculas h 1010 h 25 35 5 7 10 14 20 Altura das letras minúsculas c 710 h 25 35 5 7 10 14 Distância mínima entre caracteres a 210 h 05 07 1 14 2 28 4 Distância mínima entre linhas de base b 1410 h 35 5 7 10 14 20 28 Distância mínima entre palavras e 610 h 15 21 3 42 6 84 12 Largura da linha d 110 h 025 035 05 07 1 14 2 19 Fonte CRUZ 2014 p 44 Figura 219 Letras e numerais empregados em software CAD A norma NBR 8402 estabelece que todos os caracteres do desenho devem ser escritos com a mesma largura de linha o que indica que diferentes tipos de linhas podem ser utilizados num desenho técnico De fato diferentes tipos de linha existem e são descritos na norma ABNT NBR 8403 Aplicação de linhas em desenhos Tipos de linhas Larguras das linhas A figura 220 apresenta o desenho de uma peça com um furo quadrado no meio Observe que nos desenhos das vistas frontal e lateral o furo é representado por linhas tracejas e isso indica arestas não visíveis nessa vista Já as linhas contínuas e largas representam arestas e contornos visíveis Na vista em perspectiva segundo Silva et al 2006 apenas linhas contínuas são utilizadas pois apenas os contornos da peça são representados Figura 220 Utilização de linhas em representação gráfica 20 Atentese ao fato de que portanto diferentes tipos de linha fornecem variadas informações a respeito do objeto Um desenho mais complexo da própria norma NBR 8403 que ilustra vários tipos diferentes de linhas pode ser visto na figura 217 O quadro 27 apresenta os diferentes tipos de linha e suas aplicações A norma NBR 8403 estabelece que existindo duas possiblidades de uso de linhas num mesmo desenho aplicar apenas uma das opções Quadro 27 Tipos de linha utilizadas em desenho técnico conforme NBR 8403 Fonte CRUZ 2014 p 41 21 Legenda Contorno visível A1 linhas de interseção imaginárias B1 linhas de cotas B2 linhas auxiliares B3 linhas de chamadas B4 hachuras B5 contornos de seções rebatidas na própria vista B6 linhas de centros curtas B7 linha destinada a desenhos confeccionados por máquinas D1 contornos não visíveis F1 linhas de centro G1 linhas de simetrias G2 trajetórias G3 indicação das linhas ou superfícies com indicação especial J1 contornos de peças adjacentes K1 posição limite de peças móveis K2 Fonte ABNT 1984 p 3 Figura 221 Exemplo de aplicação dos diferentes tipos de linhas NBR 8403 Observe assim que um mesmo desenho adota vários tipos de linha para expressar as características do objeto 24 Escala cotagem e tolerância Esta parte do bloco é dedicada às atividades práticas da disciplina Para tanto você deverá baixar o arquivo Atividades práticas bloco 2 imprimindoo em folha A4 sem qualquer diminuição ou ampliação na impressão para realizar as atividades propostas Exercício 1 Efetuar a cotagem das figuras observando as escalas indicadas 22 a escala 120 b escala 150 c escala 1100 23 Exercício 2 Indique as dimensões solicitadas a Altura da construção em metros desenho na escala 1100 R m b Largura da cadeira em centímetros desenho na escala 115 R m 24 c Altura da pessoa em metros desenho na escala 130 R m d Desenhe uma pessoa com altura de 185 m na escala 175 Represente um modelo simplificado como no exercício anterior 25 Exercício 4 Observando a imagem responda O desenho técnico permite apresentar dados sobre a dimensão dos objetos Neste exemplo os dados relativos ao furo e ao eixo estão expressos indicando as dimensões máxima e mínima destes Considerando os dados expressos indique a alternativa que apresenta a dimensão máxima e a dimensão mínima do furo nesta ordem expressos em milímetros Fonte httpsesselcombrcursosmaterial01DesenhoTecnicoaula28pdf Acesso em 4 fev 2019 Figura 222 Dimensões máxima e mínima dos dados relativos ao furo e ao eixo a 30 mm 3025 mm b 3025 mm 30 mm c 3002 mm 3018 mm d 3018 mm 3002 mm e 3018 mm 3025 mm 26 25 CAD comandos de criação Vamos ver comandos de criação utilizando a barra de ferramentas Draw a Line linha Uma linha apresenta dois pontos um no início e outro no final Para construir linha Draw Line Indicar o ponto inicial da linha A e Indicar o ponto final da linha B Podese utilizar algumas opções como definir o comprimento da linha ou o ângulo da orientação por exemplo Depois de desenhar um segmento de linha pode ser utilizado o comando Undo para remover o segmento de linha precedente Após desenhar dois ou mais segmentos de reta clicar em Close para fechar o comando linha A partir de um arco desenhar uma linha a partir da extremidade do arco Draw Line selecionar o ponto final do arco A extremidade do arco e indicar o comprimento da linha B 27 Ponto final do arco A e comprimento da linha expresso pela distância entre pontos A e B b Poliline Polilinha Poliline é uma sequência de linhas e arcos conectados tratados como entidade única Ao editar uma polilinha ela pode ser modificada por segmentos ou inteira Para construir a polilinha especificar o ponto inicial e em seguida aparecerá uma caixa de opções enquanto você desenha com Distância Meia largura e Largura É possível especificar diferentes inícios e finais das larguras criando um segmento de polilinha Draw Poliline Acessar o comando e especificar o ponto inicial da polilinha Especificar o ponto final de cada segmento Clicar enter para terminar o comando 28 Ao desenhar segmentos de arco o primeiro ponto do arco é o ponto final do segmento que o precede e assim você desenha segmentos de arco ao especificar o ponto final de cada segmento Assim cada segmento de arco sucessivo é desenhado tangente ao arco ou ao segmento de linha que o precede c Polygon Polígono Polígonos são polilinhas fechadas por no mínimo três linhas e no máximo 1024 lados de mesmo comprimento Utilizado para especificar o centro do polígono e a distância do centro a cada vértice d Rectangle Retângulo Retângulos são polilinhas fechadas com quatro lados Para desenhar o retângulo especificamse os cantos opostos Draw Rectangle Especificar o canto do retângulo A Especificar o canto oposto do retângulo B Cada lado do retângulo pode ser editado usandose a ferramenta Editar Polilinha na barra de ferramentas Modificar e Arc Arco O arco é uma parte de um círculo Podese desenhar um arco especificandose três pontos o ponto inicial um segundo ponto o ponto final 29 f Circle Círculo O círculo pode ser desenhado especificandose um ponto central e um raio Os métodos para desenhar o círculo são Centroraio Centrodiâmetro Dois pontos Três pontos Raiotangentetangente Converter arco em círculo Draw circle Para desenhar círculo especificando centro e raio especificar o ponto central A especificar o raio do círculo B 30 g Spline Draw spline especificar o primeiro ponto da spline especificar o segundo ponto da spline especificar a maior quantidade de pontos ao terminar clicar enter h Elipse Draw elipse clicar num ponto ou entrar com os valores de coordenada clicar em outro ponto ou especificar coordenada em qualquer eixo entrar com a distância do outro eixo i Hachuras A hachura é inserida numa área fechada sendo a hachura tratada como entidade única Para especificar a hachura é possível utilizar as hachuras existentes nos arquivos da biblioteca do programa ou a de bibliotecas externas Draw hatch selecionar Pattern para ter acesso às hachuras disponíveis escolher uma hachura dentre as opções disponíveis voltar para Boundary Há duas opções de como aplicar a hachura Select Area ou Select Entities selecionase um ponto interno de uma área ou as linhas do perímetro da região que receberá a hachura Em Pattern Properties é possível alterar as configurações da hachura escala ângulo da hachura etc 31 Depois de inserida a hachura para modificála efetuar duplo clique sobre a mesma escolher a opção Edit e alterar as configurações da hachura Vimos comandos de criação que proporcionam a construção de elementos gráficos para a representação de objetos utilizando software CAD Conclusão Neste bloco abordamos as principais normas do desenho técnico e seu conhecimento é fundamental para compreendêlo corretamente Vimos quais os formatos e a orientação da folha de papel a norma para a escrita correta dos elementos numa folha de papel os tipos e espessuras de linha convenientes para cada caso e como escolher adequadamente a escala do desenho Vimos também que a cotagem tem por finalidade a indicação da forma e localização dos elementos de uma peça ou objeto e suas principais características Junto à cotagem o conceito de tolerância deve também ficar claro pois dados de tolerância são indicados no desenho técnico Dando continuidade à apresentação de comandos do software CAD apresentamos também os comandos de criação A realização dos exercícios propostos auxilia o processo de aprendizagem Então comece a realizar as atividades propostas conforme o estudo de cada bloco Bons estudos REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 8196 Desenho técnico Emprego de escalas Rio de Janeiro ABNT 1999 NBR 8402 Execução de caracter para escrita em desenho técnico Procedimento Rio de Janeiro ABNT 1994 NBR 8403 Aplicação de linhas em desenhos Tipos de linhas Larguras das linhas Rio de Janeiro ABNT 1984 32 NBR 10068 Folha de desenho leiaute e dimensões Padronização Rio de Janeiro ABNT 1987 NBR 10126 Cotagem em desenho técnico Procedimento Rio de Janeiro ABNT 1987 CRUZ M D Desenho tecnico Sao Paulo Erica 2014 DESENHO TÉCNICO Tolerância Dimensional x Tolerância Geométrica Disponível em httpjpbdesenhoblogspotcom201510normal021falsefalsefalseptbr xhtml Acesso em 4 fev 2019 ESSEL ENGENHARIA Cursos profissionalizantes Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico Aula 28 Tolerância dimensional Disponível em httpsesselcombrcursosmaterial01DesenhoTecnicoaula28pdf Acesso em 4 fev 2019 MULTIPLUS SOFTWARES TÉCNICOS CADMultiplus PRO V8 Ediçãoversão CADMultiplus v8 Pro 8114150PVC11x86 São Paulo IntelliCAD Technology Consortium 2015 Extensão Licença do software CADMultiplus PRO V8 SILVA A et al Desenho técnico moderno Tradução de Antônio Eustáquio de Melo Pertence Ricardo Nicolau Nassar Koury 4 ed Rio de Janeiro Livros Técnicos e Científicos 2006 475 p il ISBN 8521615221 broch