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Cinesiologia e Biomecânica Prof Me Hugo Politano 1ª Edição Autoria ProfMe Hugo Politano Possui graduação em Educação Física pósgraduado em Fisiologia do Exercício pósgradu ado em Treinamento Desportivo e Fisiologia e mestre em Ciência do Movimento Humano e doutorando em Ciências do Movimento Humano Atualmente é docente da pósgraduação do UNIS MG Membro do Laboratório de Biociência do Movimento Humano membro do grupo Ciências da Performance Humana e sócioproprietário professor e avaliador físico da HFFitness Academia Currículo Lattes httplattescnpqbr7056639424877394 Politano Hugo Cinesiologia e Biomecânica Varginha GEaDUNIS MG 2021 XX p 1 Movimento Humano 2 Movimento Humano 3 Torque Muscular 4 Vantagem e Desvantagem mecânica Unis EaD Cidade Universitária Bloco C Avenida Alzira Barra Gazzola 650 Bairro Aeroporto Varginha MG eadunisedubr 5 Carons alunos como é bom poder construir conhecimento com vocês A disciplina de Cinesiologia e Biomecânica tem como proposta apresentar noções bási cas sobre a Anatomia Humana relacionada aos movimentos humanos e as leis da física internas e externas que agem no desenvolvimento das atividades físicas Poder têlos aqui é um privilégio Contem comigo para conduzilos aqui e no ambiente virtual um grande abraço Professor Hugo Ementa Introdução ao movimento humano planos e eixos posição anatômica ações musculares sistemas de alavancas forças internas e forças externas que agem no corpo humano aplicabilidade da cinesiologia e biomecânica Orientações Ver Plano de Estudos da disciplina disponível no ambiente virtual Palavraschave 1 Movimento Humano 2 Movimento Humano 3 Torque Muscular 4 Vantagem e Desvantagem mecânica UNIDADE I Introdução à Cinesiologia e Biomecânica 16 Introdução 16 11 História da Cinesiologia e Biomecânica 16 12 Posição anatômica 18 13 Planos e Eixos 18 131 Plano Sagital 19 132 Plano Horizontal ou transversal 20 133 Plano Frontal 21 UNIDADE II Cinesiologia I Membros Superiores MMSS Cintura Escapu lar e Ombro 26 21 Estruturas Ósseas da Cintura Escapular e Ombro 27 211 Úmero 29 22 Estruturas Musculares 30 221 Músculo Trapézio 31 222 Músculo Serrátil 32 223 Músculo Romboide Menor 32 224 Músculo Romboide Maior 32 225 Músculo Levantador da Escápula 33 226 Músculo Peitoral Menor 33 227 Músculo Peitoral Maior 33 228 Músculo Latíssimo do Dorso 34 229 Músculo Deltoide 34 2210 Músculo Supraespinhal 35 2211 Músculo Infraespinhal 35 2212 Músculo Redondo Maior 35 2212 Músculo Redondo Menor 36 2213 Músculo Subescapular 36 2214 Músculo Coracobraquial 36 UNIDADE III Cinesiologia I Membros Superiores MMSS Cotovelo e Punho 38 31 Articulação umeroulnar 38 32 Articulação umerorradial 39 33 Articulação radioulnar proximal 39 34 Os movimentos do complexo do cotovelo 39 35 Complexo do punho 40 351 Principais Músculos que envolvem a articulação do cotovelo e punho 41 3511 Músculo Bíceps Braquial 41 3512 Músculo Braquial 42 3513 Músculo Tríceps Braquial 42 3514 Músculo Pronador Redondo 42 3515 Músculo Pronador Quadrado 43 3518 Músculo Palmar Longo 43 3516 Músculo Flexor Radial do Carpo 43 3517 Músculo Flexor Ulnar do Carpo 43 3519 Músculo Flexor superficial dos dedos 44 35110 Músculo Flexor longo do polegar 44 35111 Músculo Braquiorradial 44 35112 Músculo Extensor radial longo do carpo 45 35113 Músculo Extensor radial curto do carpo 45 35114 Músculo Extensor ulnar do carpo 45 35115 Músculo Extensor dos dedos 45 35118 Músculo extensor do indicador 46 35119 Músculo supinador 46 35116 Músculo Extensor do dedo mínimo 46 35117 Músculo ancôneo pequeno músculo triangular 46 35120 Músculo abdutor longo do polegar 47 35121 Músculo extensor curto do polega r 47 35122 Músculo extensor longo do polegar 47 35123 Músculo abdutor curto do polegar 48 35124 Músculo flexor curto do polegar 48 35125 Músculo oponente do polegar 48 35126 Músculo adutor do polegar 48 35127 Músculo flexor curto do dedo mínimo 49 35128 Músculo oponente do polegar 49 35129 Músculo oponente do dedo mínimo 49 35130 Músculo abdutor do dedo mínimo 50 35131 Músculo palmar curto 50 35132 Músculos lumbricais 50 35133 Músculos interósseos palmares 50 35134 Músculos interósseos dorsais 51 UNIDADE IV Cinesiologia II Membros Inferiores MMII Quadril 53 41 Introdução 53 411 Músculo Glúteo Máximo 54 413 Músculo Glúteo Mínimo 54 414 Músculo Tensor da Fáscia Lata 55 414 Músculo Iliopsoas 55 4141 Músculo Ilíaco 55 4142 Psoas Maior 55 415 Músculo Reto Femoral 56 416 Músculo Sartório 56 417 Músculo Pectíneo 56 418 Músculo Grácil 57 419 Músculo Adutor Magno 57 4110 Músculo Adutor Longo 57 57 4111 Músculo Adutor Curto 58 4112 Músculo Semitendinoso 58 4113 Músculo Semimembranoso 58 4114 Músculo Bíceps Femoral Porção Longa 59 UNIDADE V Cinesiologia II Membros Inferiores MMII Joelho e Tornoze lo 61 51 A articulação do joelho 61 511 Músculo Bíceps Femoral PL 62 512 Músculo Vasto Medial 62 513 Músculo Vasto Lateral 62 514 Músculo Vasto Intermédio 63 515 Músculo Gastrocnêmio Medial e Lateral 63 5151 Porção Medial 63 5152 Porção Lateral 63 516 Músculo Plantar Delgado 64 52 A articulação talocrural 64 521 Articulação Subtalar 65 5211 Músculo Sóleo 66 5212 Músculo Tibial Anterior 66 5213 Músculo Extensor Longo dos Dedos 67 5214 Músculo Extensor Longo do Hálux 67 5215 Músculo Tibial Posterior 67 5216 Músculo Fibular Longo e Curto 68 52161 Fibular Longo 68 52162 Fibular Curto 68 5217 Flexor Longo dos Dedos 68 5218 Flexor Longo do Hálux 69 UNIDADE VI Cinesiologia III Abdômen e Lombar 71 61 Abdômen 71 62 Lombar 71 UNIDADE VII Biomecânica I 74 71 Introdução 74 72 Biomecânica Interna e Externa 74 73 Áreas de atuação da Biomecânica 75 74 Biomecânica do esporte 75 75 Métodos de Investigação e Análise do Movimento 75 76 Cinemetria 76 78 Dinamometria 77 79 Antropometria 78 710 Eletromiografia 78 UNIDADE VIII Biomecânica I Sistema de alavancas 82 81 Introdução 82 82 Alavancas de 1ª 2ª e 3ª classe 83 822 Alavancas interresistentes 84 823 Alavanca interpotente 84 821 Alavancas interfixas 84 824 Exemplos de alavancas 85 8242 Exemplo de Alavanca Interresistente 86 8241 Exemplo de Alavanca Interfixa 86 8243 Exemplo de Alavanca Interpotente 87 83 Vantagem e Desvantagem Mecânica 87 UNIDADE IX Biomecânica I Torque Muscular 89 91 Introdução 89 UNIDADE X Biomecânica II Aplicabilidade 92 101 Aplicabilidade 92 Referências Bibliográficas 94 Cinesiologia e I Biomecânica Unidade I Introdução à Objetivos da Unidade Conhecer a História da Cinesiologia e Biomecânica Aprender os termos anatômicos utilizados na área da saúde Compreender e aplicar os planos e eixos nos respectivos movi mentos articulares UNIDADE I Introdução à Cinesiologia e Biomecânica Introdução Durante a realização de um movimento por meio das análises cinesiológicas pode ser realizada a descrição da sua trajetória identificando as fases do movimento e definindo os músculos efetores ENOKA 2000 A cinesiologia e a biomecânica são disciplinas teórico práticas relacionadas ao estudo e ao aprimoramento do movi mento humano ou do corpo humano em si para realizar um mo vimento Em primeira instância pode parecer que estas pouco têm em comum mas a verdade é que elas são complementares e apresentam alto grau de interdependência A cinesiologia e a biomecânica podem ser entendidas como disciplinas que buscam a caracterização e o funcionamento do movimento humano A cinesiologia e a biomecânica descrevem de que forma o corpo humano realiza o movimento quais movimentos especificamente são realizados e em quais articulações quais músculos atuam para a movimentação destas articulações de que forma esses músculos se ativam em sincronia para a realização dos movimentos quais forças são produzidas e recebidas pelo corpo humano É somente na compreensão de como o movimento ocorre e de como os músculos produzem energia e potência para que se possa pensar em possibilidades para apri morar o movimento humano 11 História da Cinesiologia e Biomecânica Aristóteles 384 322 AC Foi um dos primeiros estudiosos da área Seus estudos foram baseados em observações práticas dos animais no seu ambiente natural Responsável por descrever a função e ação dos músculos e ossos bem como as alavancas anatômicas 16 Galeno 131 201 DC Médico dos gladiadores e do Imperador de Roma Marco Aurélio em 170 DC descobriu que artérias transportam sangue por meio da vivissecção Também identificou que quando um músculo se contraía ou outro alongava Agonista Antagonista Leonardo da Vinci 1452 1519 Descreveu a mecânica do corpo na atitude ereta a marcha na descida e na subida no erguerse de uma posição sentada e no salto Alfonso Borelli 1608 1679 Matemático físico e médico observou as alavancas do corpo considerado o pai da Biomecânica ação dos músculos e ossos em bases mecânicas e explicou que as alavancas potencializam o movimento mais que a força John Hunter 1728 1793 Médico que estudou a disposição mecânica das fibras musculares observando sua ori gem e inserção Foi um dos maiores colecionadores de peças anatômicas com mais de 13 mil exemplares em seu Museu de Anatomia Adrian Pearsall 1925 2011 Observou a atividade muscular por meio da eletromiografia Cinesiologia se refere então ao estudo científico do movimento humano de forma abrangente utilizado para descrever qualquer forma de avaliação anatômica fisiológica psi cológica ou mecânica do movimento humano Atualmente com os significativos avanços tec nológicos e metodológicos a cinesiologia é uma das principais disciplinas de formação nas ciências do movimento humano 17 12 Posição anatômica A posição anatômica é uma referência consensual ou seja em qualquer lugar do mun do que estivermos estudando o corpo humano a posição anatômica será a mesma Ela é uma baseada em um posicionamento específico do corpo ou seja ereto em pé em posição ortos tática com a cabeça no plano de Frankfurt com os braços posicionados ao lado do corpo com as palmas das mãos voltadas para frente e com os membros inferiores próximos pés paralelos e voltados anteriormente 13 Planos e Eixos Os planos anatômicos estão em número de três São eles sagital horizontal ou trans versal e frontal Um plano de movimento determina a direção espacial na qual o movimento ocorre e nele está presente um eixo imaginário sobre o qual um dos segmentos do corpo gira Os eixos anatômicos estão associados com o movimento em cada um desses planos como láterolateral vertical ou longitudinal e ânteroposterior respectivamente Assim o conheci mento sobre esses planos e eixos é importante para o entendimento das descrições dos mo vimentos 18 131 Plano Sagital É o plano anatômico imaginário que divide o corpo humano em metades esquerda e direita A partir do plano medial qualquer plano paralelo à esquerda ou à direita do medial é considerado plano sagital Nesse plano conforme citado anteriormente o eixo é láterolateral e a ele estão associados os seguintes movimentos flexão e extensão 19 Seguem abaixo alguns dos principais movimentos 132 Plano Horizontal ou transversal É o plano anatômico imaginário que divide o corpo humano em metades superior e inferior Nesse plano conforme citado ante riormente o eixo é longitudinal ou vertical e a ele estão associados os seguintes movimentos rotação interna e rotação externa 20 Seguem abaixo alguns dos principais movimentos 133 Plano Frontal É o plano anatômico imaginário que divide o corpo huma no em metades anterior e posterior Nesse plano conforme citado anteriormente o eixo é ânteroposterior e a ele estão associados os seguintes movimentos abdução e adução 21 Seguem abaixo alguns dos principais movimentos Tabela dos Planos e eixos Anatômicos 22 Termos Anatômicos quanto ao movimento Flexão aproximação dos segmentos ósseos com diminuição do ângulo articular Extensão afastamento dos segmentos ósseos com aumento do ângulo articular Abdução afastamento lateral da linha média do corpo Adução aproximação lateral da linha média do corpo Rotação giro em relação ao eixo longitudinal Interna ou Medial e Externa ou Lateral Circundunção movimento circular Termos Anatômicos quanto a posição Decúbito dorsal o corpo está deitado com a face voltada para cima Decúbito ventral o corpo está deitado com a face voltada para baixo Decúbito lateral o corpo está deitado de lado direito e esquerdo Termos Anatômicos particularidade do quadril Anteversão progressão da Crista Ilíaca para frente Retroversão progressão da Crista Ilíaca para trás Inclinação lateral direita e esquerda com Crista Ilíaca mais alta Deambulação combinação de movimentos utilizados ao caminhar Termos Anatômicos particularidades do tornozelo Dorsiflexão aproximação do dorso do pé em relação a perna Flexão plantar afastamento do dorso do pé em relação a perna Inversão movimento subtalar de aproximação da planta do pé em relação à linha média do corpo 23 Eversão movimento subtalar de afastamento da planta do pé em relação à linha média do corpo Termos Anatômicos particularidades da escápula Elevação elevar as escápulas em relação à posição anatômica Depressão abaixar as escápulas em relação à posição anatômica Retração aproximação das escápulas em relação a coluna vertebral Protação afastamento das escápulas em relação à coluna vertebral Termos Anatômicos particularidades do antebraço Supinação movimento caracterizado pela rotação da palma da mão para cima Pronação movimento caracterizado pela rotação da palma da mão para baixo 24 Superiores MMSS II Cintura Escapular e Ombro Unidade II Cinesiologia I Membros Objetivos da Unidade Aprender os movimentos realizados pelos tecidos musculares dos MMSS que envolvem a cintura escapular e ombro Identificar a origem e inserção dos tecidos musculares do MMSS que envolvem a cintura escapular e ombro Unidade II Cinesiologia I Membros Superiores MMSS Cintura Escapular e Ombro A Osteologia é o estudo do Sistema Esquelético que se refere aos ossos O esqueleto humano é constituído de aproximadamente 206 ossos em um adulto podendo ser dividido em duas categorias distintas esqueleto axial e esqueleto apendicular A Vista Anterior B Vista Posterior O Esqueleto Axial é formado pelas seguintes estruturas ósseas cabeça óssea osso hioi de coluna vertebral e caixa torácica forma o eixo vertical do esqueleto humano assegurando a integridade do encéfalo da medula espinhal e dos órgãos vitais que se encontram no tórax O Esqueleto Apendicular é formado pelos ossos dos membros inferiores superiores e pelas cinturas Estes últimos são responsáveis por efetuar a ligação entre o esqueleto axial e esqueleto apendicular são elas cintura pélvica e cintura escapular A cintura escapular corresponde quase à totalidade do complexo do ombro humano 26 no entanto existem outras estruturas que são igualmente vitais para a materialização de todas as funções do complexo em questão merecendo por isso a devida atenção Assim para que seja possível analisar de forma completa e rigorosa o complexo do ombro é necessário per ceber quais as estruturas fundamentais que o constituem ou que possuem influência nesse sistema tanto do ponto de vista ósseo como do ponto de vista muscular e ligamentar 21 Estruturas Ósseas da Cintura Escapular e Ombro A Cintura Escapular é inte grada por dois ossos são eles es cápula e clavícula Possuindo um papel relevante nos vários movi mentos admitidos pelo ombro hu mano A Escápula tratase de um osso achatado e triangular que cir cunda a parede posterior do tórax e progride desde a primeira até à sé tima costela posicionase espacial mente na caixa torácica assumindo a forma de um triângulo invertido A sua face anterior é côncava de nominada de fossa subescapular e encontrase voltada para a caixa Vista Posterior torácica enquanto a superfície posterior convexa e irregular encontrase dividida em duas regiões por intermédio da espinha da escápula são elas fossa supra espinhosa e fossa infra espinhosa Além das duas faces posterior e anterior a escápula de forma genérica é delimitada por três bordos ou margens são elas externa ou lateral interna ou medial e superior A escápu la possui ainda diversas zonas notáveis dignas de destaque sobretudo por se tratar de regiões 27 onde se articulam outros elementos ósseos ou regiões onde ocorre a in serção de músculos fundamentais para o movimento ou estabilidade do ombro Já a Clavícula tratase de um osso comprido e largo com dupla curvatura É responsável por não só suportar o membro superior juntamente com a escápula mas também por transmitir esforços ou impactos traumáticos do membro superior para o tronco através das Vista Anterior duas articulações que se materiali zam em cada uma das extremidades do osso A superfície superior da clavícula é lisa e possui o chamado tubérculo deltoideo ponto de inserção do músculo deltoide enquanto a sua superfície inferior é rugosa devido à exis tência de ligamentos que efetuam a ligação entre a clavícula e a primeira costela Possui o tubérculo conoide onde se materializa a inserção do ligamento coracoclavicular conoide e a linha trapezoidal onde se dá a inserção do ligamento coracoclavicular trapezoide Em termos espaciais a extremidade acromial da clavícula extremidade externa região plana e elíptica articulase com o acrômio dando origem à articulação acromioclavicular en quanto a sua extremidade esternal extremidade interna com uma forma progressivamente triangular articulase com o manúbrio do esterno materializando a articulação esternoclavicu lar 28 211 Úmero O Osso Úmero corresponde ao maior osso do membro superior inserindose na cate goria de ossos longos e articulase com a escápula constituindo a articulação glenoumeral e com o rádio e a ulna formando a articulação do cotovelo Por ser um osso longo o mesmo pode ser dividido em três regiões fundamentais epífi se proximal ou extremidade superior epífise distal ou extremidade inferior e o corpo ou diáfise A epífise proximal engloba a cabeça do úmero o colo anatômico e cirúrgico o tubérculo maior e menor enquanto a epífise distal engloba os epicôndilos lateral e medial e suas cristas capí tulo tróclea e fossa do olecrano 29 22 Estruturas Musculares Os músculos são estruturas fundamentais para o correto funcionamento de qualquer sistema ou região do corpo humano Complementam a estrutura óssea e articular conferindo a mobilidade característica de vários pontos do corpo É importante ressalvar que as forças que realizam e o efeito que impõem nas restantes estruturas do corpo humano nomeadamente ossos e articulações podem ser analisadas efetuando um paralelo simples com conceitos e princípios mecânicos básicos sistemas de alavanca Permitem garantir a estabilidade de es truturas que são pouco rígidas e instáveis Assim mesmo quando um indivíduo não se move existem músculos que estão ativos e que nos permitem efetuar as tarefas mais básicas como respirar músculos respiratórios e estar sentado ou de pé músculos posturais Geralmente as estruturas musculares possuem as suas inserções de origem e terminais ao ní vel dos ossos cruzando as articulações A fixação nos ossos é materializada por tendões es 30 truturas fibrosas de tecido conjuntivo com elevada resistência que garantem a transmissão das forças exercidas pelos músculos às estruturas a que estão associados Os músculos que envolvem a cintura escapular CE e ombro O serão analisados indi vidualmente São eles CE Trapézio Serrátil anterior Rombóide maior Rombóide menor Le vantador da escápula e Peitoral menor O Peitoral maior Latíssimo do dorso Deltóide Supra espinhal Infraespinhal Redondo maior Redondo menor subescapular coracobraquial além da porção longa do bíceps braquial e porção longa do tríceps braquial 221 Músculo Trapézio Fibras superiores fibras médias fibras inferiores Origem Fibras superiores protuberância occipital externa porção proximal do lig Mucal Fibras médias parte do lig Mucal processo espinho so da 7ª cervical 1º e 2º torácica Fibras inferiores processos espinhosos da 3ª até a 12ª toráxica Inserção Fibras superiores metade lateral da clavícula postero superiormente Fibras médias acrômio da escápula superiormente Fibras inferiores borda inferior da espinha escapular Ação Fibras superiores elevação do ombro Fibras médias retração e depressão Fibras inferiores depressão do ombro 31 222 Músculo Serrátil Origem face externa das 8 primeiras costelas Inserção bordo medial da escápula do ângulo inferior ao supe rior Ação protação ou anteversão OBS Abduz a partir de 90º e trabalha na inspiração forçada 223 Músculo Romboide Menor Origem processo espinhoso da 7ª cervical e 1ª torácica Inserção bordo medial da escápula 23 superior da es pinha até o ângulo inferior Ação retroversão do ombro ou retração adutor da es cápula e elevação da escápula 224 Músculo Romboide Maior Origem processo espinhoso da 2ª a 5ª vértebra torácica Inserção bordo medial da escápula 13 inferior da es pinha até o ângulo inferior Ação retroversão do ombro ou retração adutor da escápula e elevação da escápula 32 225 Músculo Levantador da Escápula Origem Tubérculos posteriores dos processos transversos das 4 primeiras cervicais Inserção bordo medial da escápula Da espinha da escápula até o ângulo superior Ação elevação da escápula 226 Músculo Peitoral Menor Origem face externa da 3ª 4ª e 5ª costelas próximo a carti lagem costal Inserção processo coracoide da escápula Ação depressão da escápula e trabalha na inspeção forçada 227 Músculo Peitoral Maior Origem Metade lateral da clavícula osso esterno as 6 primeiras cartilagens costais e aponeurose do músculo oblí quo externo do abdome Inserção crista do tubérculo maior do Úmero Ação a porção superior clavicular do músculo flete o om bro a outra porção aduz o braço 33 228 Músculo Latíssimo do Dorso Origem processos espinhosos das 6 últimas vértebras torácicas fáscia torácicolombar e crista ilíaca Inserção crista do tubérculo menor do Úmero e assoalho do sulco intertubercular Ação extensão adução e rotação medial do braço 229 Músculo Deltoide Origem Anterior metade lateral da clavícula Média acrômio da escápula Posterior espinha da escápula Inserção tuberosidade deltoidea do úmero Ação Anterior flexão e rotação medial Média abdução até 90º Posterior extensão e rotação lateral 34 2210 Músculo Supraespinhal Origem fossa supra espinhal da escápula Inserção tubérculo maior do úmero Ação abduz o braço até aproximadamente 30º 2211 Músculo Infraespinhal Origem fossa infra espinhal da escápula Inserção tubérculo maior do úmero Ação rotação lateral do braço 2212 Músculo Redondo Maior Origem borda lateral da escápula 13 inferior Inserção crista do tubérculo menor do úmero Ação rotador medial do braço 35 2212 Músculo Redondo Menor Origem borda lateral da escápula 23 superiores Inserção tubérculo maior do úmero Ação rotação lateral do braço 2213 Músculo Subescapular Origem face costal da escápula Inserção tubérculo menor do úmero Ação é o mais importante rotador medial do braço 2214 Músculo Coracobraquial Origem processo coracoide da escápula Inserção terço médio do úmero medialmente Ação flexão do braço e um pouco de adução 36 Superiores MMSS III Cotovelo e Punho Unidade III Cinesiologia I Membros Objetivos da Unidade Unidade III Cinesiologia I Membros Superiores MMSS Cotovelo e Punho O cotovelo é composto por três articulações envolvidas por uma única cápsula articular que têm como função realizar a junção mecânica entre o braço e o antebraço Dessa forma trabalha em conjunto com o complexo do ombro com a finalidade de aproximar e afastar os objetos apanhados pela mão O complexo do cotovelo é formado por três ossos o úmero o rádio e a ulna e três articulações a umeroulnar a umerorradial e a radioulnar proximal Osso Rádio Osso Ulna 31 Articulação umeroulnar A articulação umeroulnar do tipo gínglimo ou em dobradiça uniaxial é a principal do complexo do cotovelo Na extremidade inferior do úmero a superfície articular da tróclea ume ral possui a estrutura de um carretel que se estende anteriormente até a fossa supratroclear e posteriormente até a fossa olecraniana Essas duas fossas têm a função de aumentar a amplitu de da flexoextensão uma vez que retardam o contato do processo coronoide da ulna com a fossa supratroclear durante a flexão e do olécrano com a fossa olecraniana durante a extensão 38 32 Articulação umerorradial A articulação umerorradial é sinovial em gínglimo que atua em conjunto com a ulna nos movimentos de flexoextensão do complexo do cotovelo Durante a flexoextensão a face superior côncava da cabeça do rádio desliza sobre o capítulo do úmero e na pronação e na supinação gira como um pivô 33 Articulação radioulnar proximal A pronosupinação é definida como o movimento de rotação do antebraço em torno de seu eixo longitudinal Tal movimento oferece ao punho um terceiro grau de liberdade ca racterizado como fundamental para diversas atividades funcionais da mão por exemplo abrir uma maçaneta A pronosupinação dáse na articulação radioulnar proximal pertencente ao complexo do cotovelo e na radioulnar distal pertencente ao punho Na articulação radioulnar proximal o rádio e a ulna estão lado a lado formando uma articulação uniaxial em pivô do tipo trocoide Esta é formada entre a cabeça do rádio convexa e o anel ósseo fibroso pertencente à incisura radial da ulna côncava Estabilizando a cabeça do rádio a ulna nessa região está o ligamento anular o qual compõe 80 da superfície articular 34 Os movimentos do complexo do cotovelo Os movimentos do complexo do cotovelo envolvem importantes forças de tração nas unidades musculotendíneas e ligamentares e grande força de cisalhamento e compressão nas extremidades ósseas Os movimentos de flexão e extensão do cotovelo plano sagital eixo la terolateral ocorrem nas articulações umeroulnar e umerorradial Já a pronosupinação ocorre na radioulnar proximal e distal Ao se partir da extensão total é possível alcançar ativamente 145 de flexão Já passiva 39 mente podese chegar a 160 de flexão e 10 de hiperextensão Rotações automáticas adução e abdução ocorrem simultaneamente aos movimentos de flexão e extensão Além disso a pro nosupinação compõe o movimento nos extremos da amplitude de movimento Os principais flexores do cotovelo são os músculos braquial bíceps braquial e braquior radial A ação dos flexores do cotovelo é máxima próximo a 90 nessa posição a força muscular tornase perpendicular à direção do braço de alavanca fato que favorece a ação dos motores primários da articulação O principal extensor do cotovelo é o músculo tríceps braquial Os músculos principais que efetuam a supinação são bíceps braquial e supinador e os principais pronadores são pronador redondo e pronador quadrado 35 Complexo do punho A mão extremidade distal do membro superior agrega estruturas anatômicas e ca racterísticas mecânicas capazes de desempenhar com grande destreza tarefas motoras finas como tocar piano e grossas como as executadas por um carateca para partir fibras de madeira e tijolos O complexo do punho da mão carpo é formado por 8 ossos e relacionase ainda dire tamente à articulação radioulnar distal 40 A radioulnar distal é uma articulação sinovial do tipo trocoide formada pela cabeça da ulna e pela incisura ulnar do rádio unidas por um disco articular fibrocartilaginoso Esse disco fixase medialmente à margem da incisura ulnar e lateralmente ao processo estiloide do rádio e forma a superfície proximal da articulação radiocarpiana O complexo do punho é formado pelas articulações radiocarpiana e mediocarpiana A articulação radiocarpiana é formada proximalmente pela extremidade distal do rádio e pelo complexo da fibrocartilagem triangular e distalmente pelos ossos escafoide semilunar e pira midal pertencentes à primeira fileira dos ossos do carpo Essa articulação é do tipo elipsoide sendo que a superfície proximal é côncava e se articula na sua correspondente convexa forma da pela porção distal da articulação Na fileira proximal do carpo temse ainda o pisiforme o qual não se articula com o rá dio 351 Principais Músculos que envolvem a articulação do cotovelo e punho 3511 Músculo Bíceps Braquial Origem Porção longa tubérculo supraglenoidal e a Porção curta pro cesso coracoide da escápula Inserção tuberosidade do rádio Ação é um poderoso flexor do antebraço e auxilia na supinação além de flexionar o ombro 41 3512 Músculo Braquial Origem 23 distais da face anterior do úmero Inserção tuberosidade da ulna Ação é um poderoso flexor do antebraço 3513 Músculo Tríceps Braquial Origem Porção longa tubérculo infraglenoidal da escápula Por ção lateral face posterior do úmero acima do sulco do nervo radial e a Porção medial face posterior do úmero abaixo do sulco do nervo radial Inserção face posterior do olécrano da Ulna Ação é um poderoso extensor do antebraço e do ombro 3514 Músculo Pronador Redondo Origem Porção Umeral crista supracondilar medial do Úmero e a Porção Ulnar processo coroide da Ulna Inserção terço médio da face lateral do Rádio Ação responsável pela pronação do antebraço e auxilia na flexão do antebraço 42 3515 Músculo Pronador Quadrado Origem face anterior da Ulna Inserção face anterior do Rádio Ação pronação do antebraço 3516 Músculo Flexor Radial do Carpo Origem epicôndilo medial Inserção base do 2º metacarpo às vezes também no 3º Ação flexão e abdução da mão 3517 Músculo Flexor Ulnar do Carpo Origem epicôndilo Medial pelo tendão flexor comum e olécrano Inserção osso pisiforme Ação flexão e adução da mão 3518 Músculo Palmar Longo Origem epicôndilo medial Inserção aponeurose palmar Ação o palmar longo tenciona a aponeurose palmar e é um flexor auxiliar da mão 43 3519 Músculo Flexor superficial dos dedos Origem Porção Úmeroulnar epicôndilo medial pelo tendão flexor comum e da face medial do processo coroide e a porção Radial parte proximal da borda anterior do rádio Inserção por 4 tendões na base da falange média dos dedos II à V Ação flexão da falange média dos dedos II à V 35110 Músculo Flexor longo do polegar Origem 13 médio da face anterior do rádio e membrana interóssea Inserção falange distal do polegar medialmente Ação flexão do polegar fletindo a falange distal 35111 Músculo Braquiorradial Origem crista supracondilar lateral do úmero Inserção face lateral do rádio logo acima do processo estiloide Ação flexor do antebraço 44 35112 Músculo Extensor radial longo do carpo Origem crista supracondilar lateral do úme ro Inserção base do 2º metacarpo Ação Extensão e abdução da mão 35113 Músculo Extensor radial curto do carpo Origem epicôndilo lateral do úmero pelo tendão extensor comum Inserção base do 3º metacarpo Ação extensão e abdução da mão 35114 Músculo Extensor ulnar do carpo Origem uma porção se origina do epi comum e a outra da borda posterior da ulna Inserção na base do 5º metacarpo Ação extensão e adução da mão 35115 Músculo Extensor dos dedos côndilo lateral através do tendão extensor Origem epicôndilo lateral pelo tendão extensor comum Inserção na falange distal dos dedos II e V Ação extensão dos dedos 45 35116 Músculo Extensor do dedo mínimo Origem epicôndilo lateral do úmero pelo tendão comum dos dedos muitas vezes é par te do extensor dos dedos Inserção falange distal do V dedo Ação extensão do dedo 35117 Músculo ancôneo pequeno músculo triangular Origem face posterior do epicôndilo lateral do úmero Inserção face lateral do olécrano ulna Ação auxilia na extensão do antebraço 35118 Músculo extensor do indicador Origem terço distal da face posterior da ulna Inserção falange distal do 2º dedo Ação extensão do indicador 35119 Músculo supinador Origem epicôndilo lateral do úmero dos lig colateral e anular do rádio e da face posterior da extremidade proximal da ulna Inserção face lateral do rádio superiormente a inserção do pronador redondo 46 Ação responsável pela supinação po dendo fazer sozinho ou quando necessá rio com o auxílio do bíceps braquial 35120 Músculo abdutor longo do polegar Origem faces posteriores da ulna e do rádio e membrana interóssea Inserção face lateral da base do primeiro metacarpo Ação abdução do polegar 35121 Músculo extensor curto do polega r Origem no rádio distalmente ao m ab dutor longo do polegar e membrana interóssea Inserção falange proximal do polegar Ação estende a falange proximal do polegar 35122 Músculo extensor longo do polegar Origem 13 distal da face posterior da ulna e membrana interóssea Inserção falange distal do polegar Ação estende a falange distal do polegar 47 35123 Músculo abdutor curto do polegar Origem retináculo dos flexores trapézio e escafoide Inserção base da falange proximal do polegar Ação abdução do polegar 35124 Músculo flexor curto do polegar Origem juntamente com o abdutor curto do polegar Inserção base da falange proximal do polegar Ação flexão do polegar 35125 Músculo oponente do polegar Origem profundamente do retináculo dos flexores e trapézio Inserção borda lateral do 1º metacarpo Ação faz a oposição Oposição vários mm participam deste movimento pois ele envolve abdução rotação medial e flexão Ao se tocar a polpa dos outros dedos sucessivamente com a polpa do po legar ele estará em oposição a cada um deles Este movimento é essencial para a apreensão e é prova de integridade motora e nervosa da mão 35126 Músculo adutor do polegar Origem Porção oblíqua base do 2º metacarpo trapezoide e grande osso e a Porção trans versa face anterior do 3º metacarpo Inserção base da falange proximal do polegar medialmente Ação faz a adução do polegar 48 Adução é a volta do polegar de qualquer grau de abdução fazendo com que se aproxi me do indicador 35127 Músculo flexor curto do dedo mínimo Origem hâmulo do osso ganchoso e retináculo dos flexores Inserção fundese com o abdutor do dedo mínimo e com ele se insere Ação flexão do 5º dedo 35128 Músculo oponente do polegar Origem profundamente do retináculo dos flexores e trapézio Inserção borda lateral do 1º metacarpo Ação faz a oposição Oposição vários mm participam deste movimento pois ele envolve abdução rotação medial e flexão Ao se tocar a polpa dos outros dedos sucessivamente com a polpa do po legar ele estará em oposição a cada um deles Este movimento é essencial para a apreensão e é prova de integridade motora e nervosa da mão 35129 Músculo oponente do dedo mínimo Origem hâmulo do osso ganchoso e retináculo dos flexores Inserção corpo do 5º metacarpo Ação realiza flexão e rotação lateral permitidas pelo 5º metacarpo tornando mais côncava a mão e aumentando o poder de segurar objetos com força 49 35130 Músculo abdutor do dedo mínimo Origem osso pisiforme Inserção falange proximal do 5º dedo Ação abdução do dedo mínimo 35131 Músculo palmar curto Origem borda ulnar da aponeurose palmar Inserção na pele da borda ulnar da palma da mão Ação apenas tensiona a pele da região hipotenar 35132 Músculos lumbricais São quatro pequenos músculos associados com os tendões do flexor profundo dos de dos dos quais se originam São numerados de 1 a 4 do lado lateral para o lado medial O 1º e o 2º originamse cada um por uma cabeça única dos contornos laterais do flexor profundoO 3º e o 4º originamse cada um por duas cabeças dos lados adjacentes dos tendões medial do flexor profundo Todos eles se inserem na aponeurose extensora Ação são flexores das falanges proximais e extensores das falanges distal e média em virtude de sua inserção na aponeurose extensora 35133 Músculos interósseos palmares São 4 numerados de 1 a 4 do lado lateral para o lado medial Cada um originase da diáfise dos dedos 1 2 4 e 5 não existindo no dedo 3 Ação os interósseos palmares promovem a adução dos dedos Esta adução não se refere à 50 aproximação dos dedos no plano mediano do corpo mas de uma linha que passa pelo dedo médio Como os lumbricais eles também agem fletindo a falange proximal e estendendo as falanges média e distal 35134 Músculos interósseos dorsais São 4 ocupam os intervalos entre os ossos metacárpicos Originamse cada um por duas cabeças das faces adjacentes dos ossos metacárpicos O primeiro entre os ossos meta cárpicos 1 e 2 é maior que os outros Ação são abdutores dos dedos Também são capazes de fletir a falange proximal e estender as falanges média e distal 51 gia II Membros Inferiores IV MMII Quadril Unidade IV Cinesiologia I Cinesiolo Objetivos da Unidade UNIDADE IV Cinesiologia II Membros Inferiores MMII Quadril 41 Introdução A cintura pélvica compreende três ossos separados os dois ilíacos que são constituí dos pelo ílio ísquio e púbis e o sacro Constitui o segmento que une o esqueleto axial e apen dicular O acetábulo é uma concavidade em forma de bola e soquete com a superfície coberta de cartilagem articular a qual favorece a maior proteção da região Essa superfície articular possui espessuras diferenciadas e apresenta paredes articulares anterior posterior e superior aprofundadas as quais vão circundar a fossa acetabular Em adição encontrase aí o lábio acetabular anel incompleto de fibrocartilagem que é fixado na borda da cavidade acetabular Além de auxiliar que a cavidade acetabular fique mais aprofundada ele contém em sua superfície terminações nervosas livres que participam dos mecanismos nociceptivos e proprioceptivos O fêmur é o osso mais longo e mais pesado do corpo e articulase em sua extremida de proximal por meio da cabeça femoral com a região acetabular formando a articulação propriamente dita do quadril A cabeça femoral é constituída por uma esfera que possui uma cartilagem articular espessa em sua região medial para central e mais fina na periferia Dessa forma a articulação do quadril é composta pela cabeça do fêmur e pelo acetá bulo da pelve e faz a junção do membro inferior ao tronco Considerada como uma articulação sinovial do tipo esferoide ou esférica possui três eixos e três planos sendo indispensável para o suporte e a transferência de peso durante marcha corrida e outras importantes atividades funcionais Os movimentos do quadril ocorrem em três planos sagital flexãoextensão frontal abduçãoadução e transversal rotação interna rotação externa Para que os movimentos do quadril sejam realizados é necessária a ação de um grupo complexo de músculos em torno da articulação dentre eles glúteo máximo glúteo médio glúteo mínimo tensor de fáscia lata 53 iliopsoas sartório reto femoral pectíneo grácil adutor magno adutor longo adutor curto semitendinoso semimembranoso porção longa do bíceps femoral 411 Músculo Glúteo Máximo Origem Linha glútea posterior do ilíaco sacro cóccix e ligamento sacrotuberoso Inserção Trato iliotibial da fáscia lata e tu berosidade glútea do fêmur Ação Extensão e Rotação Lateral do Qua dril 412 Músculo Glúteo Médio Origem Face externa do ílio entre a crista ilíaca linha glútea posterior e anterior Inserção Trocânter Maior Ação Abdução e Rotação Medial da Coxa 413 Músculo Glúteo Mínimo Origem Ilíaco entre linha glútea anterior e inferior Inserção Trocânter Maior Ação Abdução e Rotação Medial da Coxa As fibras anteriores realizam Flexão do Quadril 54 414 Músculo Tensor da Fáscia Lata Origem Crista ilíaca e Espinha ilíaca ântero superior Inserção Trato íleotibial Ação Flexão Abdução e Rotação Medial do Quadril e Rotação Lateral do Joelho 414 Músculo Iliopsoas 4141 Músculo Ilíaco Origem Fossa ilíaca crista ilíaca e sacro Inserção Trocânter menor Ação Flexão de quadril anteversão da pelve e flexão da coluna lombar 30 90 4142 Psoas Maior Origem Processo transverso das vértebras lombares corpos e discos intervertebrais das últimas torácicas e todas lombares Inserção Trocânter menor Ação Flexão da coxa flexão da coluna lombar 30 90 e inclinação homolateral 55 415 Músculo Reto Femoral Origem Espinha ilíaca ânteroinferior Inserção Patela e através do ligamento patelar na tuberosidade anterior da tíbia Ação Flexão do quadril e extensão do joelho 416 Músculo Sartório Origem Espinha ilíaca ânterosuperior Inserção Superfície medial da tuberosidade da tíbia pata de ganso Ação Flexão Abdução e Rotação Lateral da Coxa e Flexão e Rotação Medial do Joelho 417 Músculo Pectíneo Origem Eminência íleopectínea tubérculo púbico e ramo superior do púbis Inserção Linha pectínea do fêmur Ação Flexão do Quadril e Adução da Coxa 56 418 Músculo Grácil Origem Sínfise púbica e ramo inferior do púbis Inserção Superfície medial da tuberosidade da tíbia pata de ganso Ação Adução da Coxa Flexão e Rotação Medial do Joelho 419 Músculo Adutor Magno Tuberosidade isquiática ramo do púbis e do ísquio Inserção Distal Linha áspera e tubérculo adjutório Ação Adução da Coxa 4110 Músculo Adutor Longo Origem Superfície anterior do púbis e sínfise púbica Inserção Distal Linha áspera Ação Adução da Coxa 57 4111 Músculo Adutor Curto Origem Ramo inferior do púbis Inserção Linha áspera Ação Adução da Coxa 4112 Músculo Semitendinoso Origem Tuberosidade isquiática Inserção Superfície medial da tuberosidade da tíbia pata de gan so Ação Extensão do Quadril Flexão e Rotação Medial do Joelho 4113 Músculo Semimembranoso Origem Tuberosidade isquiática Inserção Côndilo medial da tíbia Ação Extensão do Quadril Flexão e Rotação Medial do Joelho 58 4114 Músculo Bíceps Femoral Porção Longa Origem Tuberosidade isquiática e ligamento sacrotuberoso Inserção Cabeça da fíbula e côndilo lateral da tíbia Ação Extensão do Quadril Flexão do Joelho e Rotação Lateral do Joelho Além desses não menos importante localizados profunda mente na região do quadril encontramos os gêmeos superior e in ferior obturadores interno e externo piriforme e quadrado femoral 59 Inferiores MMII V Joelho e Tornozelo Unidade V Cinesiologia II Membros Objetivos da Unidade UNIDADE V Cinesiologia II Membros Inferiores MMII Joelho e Tornozelo 51 A articulação do joelho A articulação do joelho é composta por uma cápsula sinovial que restringe dois com plexos articulares 1 articulação tibiofemoral entre os côndilos convexos do fêmur e os platôs côncavos da tíbia 2 articulação patelofemoral entre a região posterior da patela e a face pa telar do fêmur Dessa forma o joelho é composto da articulação entre o fêmur e a tíbia e entre o fêmur e a patela sendo dividido em três compartimentos medial entre o côndilo medial do fêmur e o platô medial da tíbia lateral entre o côndilo lateral do fêmur e o platô lateral da tíbia e patelofemoral entre a patela e o fêmur Essa articulação é do tipo gínglimo ou dobradiça Diante disso realizamse nesta região movimentos de flexão e extensão As rotações interna e externa somente são possíveis de serem realizadas com o joelho flexionado Associados a isso o rolamento e o deslizamento do fêmur sobre a tíbia são importantes para a boa harmonia dos movimentos fisiológicos existen tes Os movimentos funcionais do fêmur sobre a tíbia relacionados às atividades de vida diária são realizados em cadeia cinética fechada Nesse caso os côndilos convexos deslizam em dire ção oposta ao movimento do osso e rolam no mesmo sentido Já em cadeia cinética aberta a tíbia rola e desliza no mesmo sentido do movimento Os dois platôs da tíbia estão separados pelos tubérculos intercondilares sendo que o platô lateral é menor circular e côncavo enquanto o medial é mais oval e achatado Essas ca racterísticas contribuem para o mecanismo da rotação interna femoral associado com a rota ção externa tibial que ocorre durante os últimos graus de extensão Para que os movimentos do joelho sejam realizados é necessária a ação de um grupo complexo de músculos em torno da articulação dentre eles reto femoral semitendinoso se mimembranoso e porção longa do bíceps femoral já mencionado porção curta do bíceps fe moral vasto medial vasto lateral vasto intermédio gastrocnêmio medial gastrocnêmio lateral e plantar delgado 61 511 Músculo Bíceps Femoral PL Origem Linha Áspera do Fêmur Inserção Cabeça da Fíbula e côndilo lateral da tíbia Ação Flexão do joelho 512 Músculo Vasto Medial Origem Face ânteromedial do fêmur Inserção Tuberosidade da tíbia Origem Extensão do joelho 513 Músculo Vasto Lateral Origem Face ânterolateral do fêmur Inserção Tuberosidade da tíbia Ação Extensão do joelho 62 514 Músculo Vasto Intermédio Origem Face anterior do fêmur Inserção Tuberosidade da tíbia Ação Extensão do joelho 515 Músculo Gastrocnêmio Medial e Lateral 5151 Porção Medial Origem Logo acima do côndilo medial do fêmur Inserção Tuberosidade Calcânea Origem Flexão do joelho e Flexão plantar 5152 Porção Lateral Origem Côndilo lateral do fêmur Inserção Tuberosidade Calcânea Inserção Flexão do joelho e Flexão plantar 63 516 Músculo Plantar Delgado Origem Face poplítea do fêmur acima do côndilo lateral Inserção Tuberosidade Calcânea Ação Flexão do joelho e Flexão plantar 52 A articulação talocrural A articulação talocrural do tipo sinovial é denominada como a articulação propria mente dita do tornozelo e é formada pela tíbia e pela fíbula as quais pinçam o tálus Essa pinça é formada pela superfície côncava da tíbia e pelo maléolo fibular sendo que dentro desse encaixe penetra a superfície convexa do tálus O tálus é um dos ossos mais importantes da região em decorrência de alguns fatores pontuais Dentre eles destacase sua localização na região mais proeminente da parte posterior do tarso Dessa forma ele tem grande função em distribuir o peso do corpo para a região superior por meio da tróclea articular transmitindo as forças pela pinça maleolar para trás e para baixo em direção ao calcâneo e para a frente para os ossos tarsais dentre eles o navicular Por não ter nenhuma inserção tendínea sua nutrição é oriunda dos ligamentos inseridos nessa região e dessa forma seu aporte arterial é suficiente em condições de normalidade Já em casos de fraturas há grandes possibilidades de dificulda des de consolidação podendo ser gerada até uma necrose óssea A articulação talocrural possui a grande função de propiciar os movimentos de dorsifle xão e flexão plantar fundamentais para propiciar a movimentação humana Por meio do goni ômetro ou flexímetro podemos encontrar uma variação angular que vai de 20 de dorsiflexão até 45 a 50 de flexão plantar quando o joelho se encontra flexionado 64 Notase que o maléolo fibular se encontra mais distal e inferior quando comparado com o maléolo tibial Com isso o eixo articular da articulação talocrural encontrase em um sentido ântero medial superior para póstero lateral inferior fazendo com que existam peque nos movimentos adicionais à dorsiflexão e à flexão plantar Articulação do Tornozelo talocrural 521 Articulação Subtalar A articulação entre o calcâneo e o tálus é conhecida como subtalar Nela encontrase o principal movimento de inversão e eversão Ressaltase que a movimentação de in versão é duas vezes maior do que a eversão Como o calcâneo é o segmento mais distal dessa região do retropé as movimentações acessórias que ocor rem nessa região por exemplo durante a marcha e a cor rida irão repercutir diretamente nas estruturas adjacentes principalmente no tálus e na tíbia Articulação Subtalar movimentos de Eversão e Inversão 65 Para que os movimentos do tornozelo sejam realizados é necessária a ação de um gru po complexo de músculos em torno da articulação dentre eles gastrocnêmio medial gas trocnêmio lateral e plantar delgado já mencionados além do sóleo tibial anterior extensor longo dos dedos extensor longo do hálux tibial posterior fibular longo e curto flexor logo dos dedos e flexor longo do hálux 5211 Músculo Sóleo Origem 13 intermédio da face medial da tíbia e cabeça da fíbula Inserção Calcâneo tendão dos gastrocnêmios Ação Flexão Plantar do Tornozelo 5212 Músculo Tibial Anterior Origem Côndilo lateral da tíbia e ½ proximal da face lateral da tíbia e membrana interóssea Inserção Cuneiforme medial e base do 1º metatarsal Ação Flexão Dorsal e Inversão do Pé 66 5213 Músculo Extensor Longo dos Dedos Origem Côndilo lateral da tíbia ¾ proximal da fíbula e membrana interóssea Inserção Falange média e distal do 2º ao 5º dedo Ação Extensão do 2º ao 5º dedo 5214 Músculo Extensor Longo do Hálux Origem 24 intermediários da fíbula e membrana interóssea Inserção Falange distal do hálux Ação Extensão do Hálux Flexão Dorsal e Inversão do Pé 5215 Músculo Tibial Posterior Origem Face posterior da tíbia e 23 proximais da fíbula e membrana interóssea Inserção 3 cuneiformes medial médio e lateral cubóide navicular e base do 2º ao 4º metatarsais Ação Flexão Plantar e Inversão do Pé 67 5216 Músculo Fibular Longo e Curto 52161 Fibular Longo Origem Cabeça 23 proximais da superfície lateral da fíbula e côndilo la teral da tíbia Inserção 1º metatarso e cuneiforme medial Ação Flexão Plantar e Eversão do Pé 52162 Fibular Curto Origem 23 distais da face lateral da fíbula Inserção Base do 5º metatarsal Ação Flexão Plantar e Eversão do Pé 5217 Flexor Longo dos Dedos Origem Face posterior da tíbia Inserção Falanges distais do 2º ao 5º dedo Ação Flexão Plantar e Inversão do Tornozelo Flexão do 2º ao 5º Dedos 68 5218 Flexor Longo do Hálux Origem 23 distais da face posterior da fíbula e membrana interóssea Inserção Falange distal do hálux Ação Flexão do Hálux Flexão Plantar e Inversão do Tornozelo Além desses não menos importantes identificamos os músculos fibular terceiro e po plíteo 69 Cinesiologia III VI Abdômen e Lombar Unidade VI Objetivos da Unidade UNIDADE VI Cinesiologia III Abdômen e Lombar 61 Abdômen A região abdominal é a porção média do tronco situada entre o tórax limitada su periormente pelo processo xifoide e margens costais e a pelve limitada inferiormente pelos ossos pélvicos e ligamento inguinal Ao contrário de outras regiões do tronco o abdome não tem proteção óssea Sendo assim ele é constituído posteriormente pela coluna vertebral prin cipalmente pelas vértebras da região torácica e lombar e suas paredes laterais e anteriores estas formadas basicamente por músculos 62 Lombar Essas estruturas funcionam como uma espécie de cinta e são importantíssimas não apenas para a sustentação e manutenção da postura e das vísceras mas também na movimen 71 tação lombar Em conjunto com a musculatura dorsal elas atuam na estabilização da coluna vertebral e na respiração Para que os movimentos desta região abdominal e lombar sejam realizados é neces sária a ação de um grupo complexo de músculos dentre eles reto do abdome transverso do abdome oblíquo interno e externo do abdome piramidal diafragma psoas menores e qua drado lombar além dos já mencionado iliopsoas 72 Unidade VII VII Biomecânica I Objetivos da Unidade UNIDADE VII Biomecânica I 71 Introdução A biomecânica estuda investiga e analisa o movimento humano usando os princípios e conceitos da Física particularmente a mecânica Devido à sua natureza é compreensível que tenha como característica mais fundamental a interdisciplinaridade pois para que seus estu dos possam ser realizados a biomecânica depende dos conhecimentos provenientes de disci plinas mais básicas como Anatomia Cinesiologia Fisiologia e a própria Física No movimento humano o aparelho locomotor é constantemente submetido a forças produzidas pelos músculos do corpo e recebidas pela interação do corpo com os objetos Nes se sentido é importante entender o efeito dessas forças para que possamos garantir a integri dade do aparelho locomotor e o aumento da sua resistência às forças impostas sobre ele Por isso o objetivo da biomecânica é prevenir o surgimento de lesões e melhorar o rendimento e a eficiência do movimento Prevenir o surgimento de lesões implica conhecer a característica dos movimentos de que forma eles irão sobrecarregar o aparelho locomotor conhecer a resistência e a caracte rística de resposta mecânicas das estruturas do corpo e conhecer os efeitos da interação dos efeitos das diferentes solicitações mecânicas sobre as estruturas do corpo 72 Biomecânica Interna e Externa A biomecânica interna investiga as características mecânicas das diferentes estruturas do aparelho locomotor e a interação entre elas quando o movimento humano é realizado A biomecânica externa investiga a interação do aparelho locomotor com o meio am biente assim como busca a realização do movimento como um todo de forma mais eficiente para que seu resultado seja melhor 74 73 Áreas de atuação da Biomecânica São muitas as áreas de atuação profissional nas quais a biomecânica se faz importante porém em cada uma delas diferentes aspectos da análise do movimento são implementados As áreas nas quais a biomecânica pode atuar são Anatomia Funcional Biomecânica Clínica Biomecânica Ocupacional Biomateriais Biomecânica da Reabilitação e Biomecânica do Espor te Neste momento o objetivo é integrar os conhecimentos provenientes da cinesiologia e biomecânica onde a ênfase será dada exclusivamente às áreas de atuação pertinentes a esta análise e integração portanto analisase as ações dos principais músculos do corpo bem como investigase a Fisiologia Articular de estruturas dos membros superiores e inferiores e da coluna vertebral 74 Biomecânica do esporte A biomecânica do esporte é uma área que investiga a realização do exercício físico como instrumento para manter o corpo humano saudável e bemcondicionado mas também investiga as formas mais específicas de execução de movimento presentes nas diferentes mo dalidades esportivas com o objetivo de maximizar a eficiência deste movimento em busca de alto rendimento A intervenção da biomecânica no âmbito esportivo pode ser evidenciada de quatro for mas na técnica de movimento nas estratégias de treinamento nos equipamentos esportivos e no controle da incidência de lesões 75 Métodos de Investigação e Análise do Movimento Como visto anteriormente a biomecânica é uma disciplina que descreve analisa e in terpreta o movimento a partir dos princípios e conceitos da Física mais precisamente a partir 75 dos conceitos da mecânica clássica Para tanto utiliza procedimentos e técnicas de investiga ção específicos a cinemetria a dinamometria a antropometria e a eletromiografia AMADIO DUARTE 1996 76 Cinemetria A cinemetria usa de métodos que permitem descrever o movimento a partir de parâmetros cinemáticos do movi mento pelos quais se torna possível determinar a posição e a orientação dos segmentos corporais a velocidade e a aceleração do corpo ou dos seus segmentos Assim a cine metria descreve mas não se ocupa de explicar as causas do movimento A cinemetria é basicamente composta pela utilização de procedimentos ópticos com imagem de marcadores indire tos Essa técnica permite análise qualitativa do movimento utilizando fotografias ou imagens Entretanto por meio do deslocamento dos segmentos do corpo representados pe 76 los pontos selecionados no corpo humano e do tempo obtido pela frequência de amostra gem é possível derivar grandezas e encontrar os valores correspondentes às velocidades line ares e angulares e suas respectivas acelerações Dessa forma a cinemetria permite uma análise biomecânica quantitativa do movimento 78 Dinamometria A dinamometria permite entender as causas do movimento ou seja estuda as forças que iniciam e alteram o movimento humano As características biomecânicas na fase de apoio de qualquer movimento de locomoção são de complexo entendimento devido às variáveis dinâmicas que influenciam esta fase do movimento ou seja suas forças internas ou externas Na natureza constantemente o aparelho locomotor está sujeito a diferentes forças Essas for ças são aplicadas pelo aparelho locomotor sobre o meio ambiente e aplicadas pelo meio am biente sobre o aparelho locomotor Dessa forma podese ter forças internas ou externas ao corpo humano Essas forças refletem a interação das estruturas do aparelho locomotor frente às diferentes solicitações mecâni cas como torções tensões e compressões A plataforma de força é um instrumento posicionado no piso ou em esteiras rolantes Esse instrumento irá regis trar as forças aplicadas sobre ela A importância desta medida está na aplicação da terceira Lei de Newton em que uma for ça aplicada por um corpo receberá outra de igual magnitude e direção e sentido oposto o que significa que a força aplica da sobre a plataforma será exatamente igual à força que será recebida e propagada pelo aparelho locomotor 77 79 Antropometria A antropometria é o método de investiga ção que se ocupa em determinar características e propriedades do aparelho locomotor como di mensões do corpo e de seus segmentos distri buição de massa braços de alavanca posições ar ticulares entre outros AMADIO DUARTE 1996 Dessa forma a antropometria busca mo delos que possam ser utilizados para representar o corpo humano Para tanto tornase necessária a obtenção de medidas médias de densidade cor poral por segmento tamanho e proporção média dos segmentos corporais A caracterização e a determinação das propriedades da massa corporal e de seus seg mentos permitem a avaliação da distribuição dessa massa corporal do centro de massa do corpo ou de cada segmento e do momento de inércia do corpo ou de cada segmento corporal 710 Eletromiografia A eletromiografia é um método de investigação da biomecânica que registra a ativida de elétrica associada à contração muscular e possui aplicação em várias áreas de atuação para a solução de problemas O sinal eletromiográfico EMG representa os potenciais de ação dos sinais elétricos emanados pelo músculo BASMAJIAN DE LUCA 1985 o que corresponde à somação algébrica de todos os potenciais de ação de determinada área A avaliação do sinal EMG pode fornecer informações que contribuem significativamen te para o entendimento da ação muscular pois pode indicar como o aparelho locomotor co ordena a ação muscular no movimento Esse sinal é obtido por meio de eletrodos que fazem a conexão do corpo com o sistema de aquisição e por isso representa a zona de detecção Para 78 a avaliação de músculos grandes e superficiais utilizamse eletrodos de superfície e para a avaliação de músculos profundos e pequenos são utilizados eletrodos de profundidade como os de fio e agulha SODEBERG KNUTSON 2000 Esta técnica apresenta aplicação com diferentes finalidades como identificação de músculos ativos análise da marcha análise da fadiga muscular diagnóstico clínico controle motor análise do rendimento esportivo entre outras Entretanto devese ressaltar que o sinal EMG pode apresentar grande variabilidade sendo altamente influenciado por fatores como posicionamento do eletrodo músculo selecionado tipo de contração muscular forma de rea lização do movimento tipo de eletrodo e sistema de captação entre outros fatores Assim tor nase imprescindível que haja controle desses fatores para que eles não influenciem de forma inadequada a captação e o processamento do sinal EMG A figura abaixo mostra um sinal EMG coletado que chamamos de sinal bruto o que sig nifica que esse sinal não passou por uma série de etapas de processamento indicadas para sua adequada quantificação As etapas mais conhecidas de processamento do sinal EMG são filtragem retificação normalização temporal e normalização de intensidade Após processado o sinal EMG pode ser analisado de forma quantitativa no domínio do tempo ao longo do tempo e do domínio de suas frequências a partir da análise das frequên 79 cias características do sinal As variáveis mais co muns analisadas no domínio tempo são o valor de pico o valor médio o valor da integral área abaixo da curva e o valor de root mean square RMS No domínio das frequências os valores corresponden tes à média e à mediana são mais utilizados para análise A eletromiografia pode ainda ser associa da a outros instrumentos de medição permitindo assim investigar a ativação em função da fase na qual a pessoa se encontra no ciclo da marcha por suposição Por exemplo a atividade de um músculo extensor do joelho durante uma flexão de joelho denota uma contração muscular na qual o músculo está alongando portanto denota uma contração excêntrica Os resultados obtidos pela eletromiografia permitem várias análises Uma delas por exemplo é a análise da coordenação das ações musculares para a realização da marcha 80
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Texto de pré-visualização
Cinesiologia e Biomecânica Prof Me Hugo Politano 1ª Edição Autoria ProfMe Hugo Politano Possui graduação em Educação Física pósgraduado em Fisiologia do Exercício pósgradu ado em Treinamento Desportivo e Fisiologia e mestre em Ciência do Movimento Humano e doutorando em Ciências do Movimento Humano Atualmente é docente da pósgraduação do UNIS MG Membro do Laboratório de Biociência do Movimento Humano membro do grupo Ciências da Performance Humana e sócioproprietário professor e avaliador físico da HFFitness Academia Currículo Lattes httplattescnpqbr7056639424877394 Politano Hugo Cinesiologia e Biomecânica Varginha GEaDUNIS MG 2021 XX p 1 Movimento Humano 2 Movimento Humano 3 Torque Muscular 4 Vantagem e Desvantagem mecânica Unis EaD Cidade Universitária Bloco C Avenida Alzira Barra Gazzola 650 Bairro Aeroporto Varginha MG eadunisedubr 5 Carons alunos como é bom poder construir conhecimento com vocês A disciplina de Cinesiologia e Biomecânica tem como proposta apresentar noções bási cas sobre a Anatomia Humana relacionada aos movimentos humanos e as leis da física internas e externas que agem no desenvolvimento das atividades físicas Poder têlos aqui é um privilégio Contem comigo para conduzilos aqui e no ambiente virtual um grande abraço Professor Hugo Ementa Introdução ao movimento humano planos e eixos posição anatômica ações musculares sistemas de alavancas forças internas e forças externas que agem no corpo humano aplicabilidade da cinesiologia e biomecânica Orientações Ver Plano de Estudos da disciplina disponível no ambiente virtual Palavraschave 1 Movimento Humano 2 Movimento Humano 3 Torque Muscular 4 Vantagem e Desvantagem mecânica UNIDADE I Introdução à Cinesiologia e Biomecânica 16 Introdução 16 11 História da Cinesiologia e Biomecânica 16 12 Posição anatômica 18 13 Planos e Eixos 18 131 Plano Sagital 19 132 Plano Horizontal ou transversal 20 133 Plano Frontal 21 UNIDADE II Cinesiologia I Membros Superiores MMSS Cintura Escapu lar e Ombro 26 21 Estruturas Ósseas da Cintura Escapular e Ombro 27 211 Úmero 29 22 Estruturas Musculares 30 221 Músculo Trapézio 31 222 Músculo Serrátil 32 223 Músculo Romboide Menor 32 224 Músculo Romboide Maior 32 225 Músculo Levantador da Escápula 33 226 Músculo Peitoral Menor 33 227 Músculo Peitoral Maior 33 228 Músculo Latíssimo do Dorso 34 229 Músculo Deltoide 34 2210 Músculo Supraespinhal 35 2211 Músculo Infraespinhal 35 2212 Músculo Redondo Maior 35 2212 Músculo Redondo Menor 36 2213 Músculo Subescapular 36 2214 Músculo Coracobraquial 36 UNIDADE III Cinesiologia I Membros Superiores MMSS Cotovelo e Punho 38 31 Articulação umeroulnar 38 32 Articulação umerorradial 39 33 Articulação radioulnar proximal 39 34 Os movimentos do complexo do cotovelo 39 35 Complexo do punho 40 351 Principais Músculos que envolvem a articulação do cotovelo e punho 41 3511 Músculo Bíceps Braquial 41 3512 Músculo Braquial 42 3513 Músculo Tríceps Braquial 42 3514 Músculo Pronador Redondo 42 3515 Músculo Pronador Quadrado 43 3518 Músculo Palmar Longo 43 3516 Músculo Flexor Radial do Carpo 43 3517 Músculo Flexor Ulnar do Carpo 43 3519 Músculo Flexor superficial dos dedos 44 35110 Músculo Flexor longo do polegar 44 35111 Músculo Braquiorradial 44 35112 Músculo Extensor radial longo do carpo 45 35113 Músculo Extensor radial curto do carpo 45 35114 Músculo Extensor ulnar do carpo 45 35115 Músculo Extensor dos dedos 45 35118 Músculo extensor do indicador 46 35119 Músculo supinador 46 35116 Músculo Extensor do dedo mínimo 46 35117 Músculo ancôneo pequeno músculo triangular 46 35120 Músculo abdutor longo do polegar 47 35121 Músculo extensor curto do polega r 47 35122 Músculo extensor longo do polegar 47 35123 Músculo abdutor curto do polegar 48 35124 Músculo flexor curto do polegar 48 35125 Músculo oponente do polegar 48 35126 Músculo adutor do polegar 48 35127 Músculo flexor curto do dedo mínimo 49 35128 Músculo oponente do polegar 49 35129 Músculo oponente do dedo mínimo 49 35130 Músculo abdutor do dedo mínimo 50 35131 Músculo palmar curto 50 35132 Músculos lumbricais 50 35133 Músculos interósseos palmares 50 35134 Músculos interósseos dorsais 51 UNIDADE IV Cinesiologia II Membros Inferiores MMII Quadril 53 41 Introdução 53 411 Músculo Glúteo Máximo 54 413 Músculo Glúteo Mínimo 54 414 Músculo Tensor da Fáscia Lata 55 414 Músculo Iliopsoas 55 4141 Músculo Ilíaco 55 4142 Psoas Maior 55 415 Músculo Reto Femoral 56 416 Músculo Sartório 56 417 Músculo Pectíneo 56 418 Músculo Grácil 57 419 Músculo Adutor Magno 57 4110 Músculo Adutor Longo 57 57 4111 Músculo Adutor Curto 58 4112 Músculo Semitendinoso 58 4113 Músculo Semimembranoso 58 4114 Músculo Bíceps Femoral Porção Longa 59 UNIDADE V Cinesiologia II Membros Inferiores MMII Joelho e Tornoze lo 61 51 A articulação do joelho 61 511 Músculo Bíceps Femoral PL 62 512 Músculo Vasto Medial 62 513 Músculo Vasto Lateral 62 514 Músculo Vasto Intermédio 63 515 Músculo Gastrocnêmio Medial e Lateral 63 5151 Porção Medial 63 5152 Porção Lateral 63 516 Músculo Plantar Delgado 64 52 A articulação talocrural 64 521 Articulação Subtalar 65 5211 Músculo Sóleo 66 5212 Músculo Tibial Anterior 66 5213 Músculo Extensor Longo dos Dedos 67 5214 Músculo Extensor Longo do Hálux 67 5215 Músculo Tibial Posterior 67 5216 Músculo Fibular Longo e Curto 68 52161 Fibular Longo 68 52162 Fibular Curto 68 5217 Flexor Longo dos Dedos 68 5218 Flexor Longo do Hálux 69 UNIDADE VI Cinesiologia III Abdômen e Lombar 71 61 Abdômen 71 62 Lombar 71 UNIDADE VII Biomecânica I 74 71 Introdução 74 72 Biomecânica Interna e Externa 74 73 Áreas de atuação da Biomecânica 75 74 Biomecânica do esporte 75 75 Métodos de Investigação e Análise do Movimento 75 76 Cinemetria 76 78 Dinamometria 77 79 Antropometria 78 710 Eletromiografia 78 UNIDADE VIII Biomecânica I Sistema de alavancas 82 81 Introdução 82 82 Alavancas de 1ª 2ª e 3ª classe 83 822 Alavancas interresistentes 84 823 Alavanca interpotente 84 821 Alavancas interfixas 84 824 Exemplos de alavancas 85 8242 Exemplo de Alavanca Interresistente 86 8241 Exemplo de Alavanca Interfixa 86 8243 Exemplo de Alavanca Interpotente 87 83 Vantagem e Desvantagem Mecânica 87 UNIDADE IX Biomecânica I Torque Muscular 89 91 Introdução 89 UNIDADE X Biomecânica II Aplicabilidade 92 101 Aplicabilidade 92 Referências Bibliográficas 94 Cinesiologia e I Biomecânica Unidade I Introdução à Objetivos da Unidade Conhecer a História da Cinesiologia e Biomecânica Aprender os termos anatômicos utilizados na área da saúde Compreender e aplicar os planos e eixos nos respectivos movi mentos articulares UNIDADE I Introdução à Cinesiologia e Biomecânica Introdução Durante a realização de um movimento por meio das análises cinesiológicas pode ser realizada a descrição da sua trajetória identificando as fases do movimento e definindo os músculos efetores ENOKA 2000 A cinesiologia e a biomecânica são disciplinas teórico práticas relacionadas ao estudo e ao aprimoramento do movi mento humano ou do corpo humano em si para realizar um mo vimento Em primeira instância pode parecer que estas pouco têm em comum mas a verdade é que elas são complementares e apresentam alto grau de interdependência A cinesiologia e a biomecânica podem ser entendidas como disciplinas que buscam a caracterização e o funcionamento do movimento humano A cinesiologia e a biomecânica descrevem de que forma o corpo humano realiza o movimento quais movimentos especificamente são realizados e em quais articulações quais músculos atuam para a movimentação destas articulações de que forma esses músculos se ativam em sincronia para a realização dos movimentos quais forças são produzidas e recebidas pelo corpo humano É somente na compreensão de como o movimento ocorre e de como os músculos produzem energia e potência para que se possa pensar em possibilidades para apri morar o movimento humano 11 História da Cinesiologia e Biomecânica Aristóteles 384 322 AC Foi um dos primeiros estudiosos da área Seus estudos foram baseados em observações práticas dos animais no seu ambiente natural Responsável por descrever a função e ação dos músculos e ossos bem como as alavancas anatômicas 16 Galeno 131 201 DC Médico dos gladiadores e do Imperador de Roma Marco Aurélio em 170 DC descobriu que artérias transportam sangue por meio da vivissecção Também identificou que quando um músculo se contraía ou outro alongava Agonista Antagonista Leonardo da Vinci 1452 1519 Descreveu a mecânica do corpo na atitude ereta a marcha na descida e na subida no erguerse de uma posição sentada e no salto Alfonso Borelli 1608 1679 Matemático físico e médico observou as alavancas do corpo considerado o pai da Biomecânica ação dos músculos e ossos em bases mecânicas e explicou que as alavancas potencializam o movimento mais que a força John Hunter 1728 1793 Médico que estudou a disposição mecânica das fibras musculares observando sua ori gem e inserção Foi um dos maiores colecionadores de peças anatômicas com mais de 13 mil exemplares em seu Museu de Anatomia Adrian Pearsall 1925 2011 Observou a atividade muscular por meio da eletromiografia Cinesiologia se refere então ao estudo científico do movimento humano de forma abrangente utilizado para descrever qualquer forma de avaliação anatômica fisiológica psi cológica ou mecânica do movimento humano Atualmente com os significativos avanços tec nológicos e metodológicos a cinesiologia é uma das principais disciplinas de formação nas ciências do movimento humano 17 12 Posição anatômica A posição anatômica é uma referência consensual ou seja em qualquer lugar do mun do que estivermos estudando o corpo humano a posição anatômica será a mesma Ela é uma baseada em um posicionamento específico do corpo ou seja ereto em pé em posição ortos tática com a cabeça no plano de Frankfurt com os braços posicionados ao lado do corpo com as palmas das mãos voltadas para frente e com os membros inferiores próximos pés paralelos e voltados anteriormente 13 Planos e Eixos Os planos anatômicos estão em número de três São eles sagital horizontal ou trans versal e frontal Um plano de movimento determina a direção espacial na qual o movimento ocorre e nele está presente um eixo imaginário sobre o qual um dos segmentos do corpo gira Os eixos anatômicos estão associados com o movimento em cada um desses planos como láterolateral vertical ou longitudinal e ânteroposterior respectivamente Assim o conheci mento sobre esses planos e eixos é importante para o entendimento das descrições dos mo vimentos 18 131 Plano Sagital É o plano anatômico imaginário que divide o corpo humano em metades esquerda e direita A partir do plano medial qualquer plano paralelo à esquerda ou à direita do medial é considerado plano sagital Nesse plano conforme citado anteriormente o eixo é láterolateral e a ele estão associados os seguintes movimentos flexão e extensão 19 Seguem abaixo alguns dos principais movimentos 132 Plano Horizontal ou transversal É o plano anatômico imaginário que divide o corpo humano em metades superior e inferior Nesse plano conforme citado ante riormente o eixo é longitudinal ou vertical e a ele estão associados os seguintes movimentos rotação interna e rotação externa 20 Seguem abaixo alguns dos principais movimentos 133 Plano Frontal É o plano anatômico imaginário que divide o corpo huma no em metades anterior e posterior Nesse plano conforme citado anteriormente o eixo é ânteroposterior e a ele estão associados os seguintes movimentos abdução e adução 21 Seguem abaixo alguns dos principais movimentos Tabela dos Planos e eixos Anatômicos 22 Termos Anatômicos quanto ao movimento Flexão aproximação dos segmentos ósseos com diminuição do ângulo articular Extensão afastamento dos segmentos ósseos com aumento do ângulo articular Abdução afastamento lateral da linha média do corpo Adução aproximação lateral da linha média do corpo Rotação giro em relação ao eixo longitudinal Interna ou Medial e Externa ou Lateral Circundunção movimento circular Termos Anatômicos quanto a posição Decúbito dorsal o corpo está deitado com a face voltada para cima Decúbito ventral o corpo está deitado com a face voltada para baixo Decúbito lateral o corpo está deitado de lado direito e esquerdo Termos Anatômicos particularidade do quadril Anteversão progressão da Crista Ilíaca para frente Retroversão progressão da Crista Ilíaca para trás Inclinação lateral direita e esquerda com Crista Ilíaca mais alta Deambulação combinação de movimentos utilizados ao caminhar Termos Anatômicos particularidades do tornozelo Dorsiflexão aproximação do dorso do pé em relação a perna Flexão plantar afastamento do dorso do pé em relação a perna Inversão movimento subtalar de aproximação da planta do pé em relação à linha média do corpo 23 Eversão movimento subtalar de afastamento da planta do pé em relação à linha média do corpo Termos Anatômicos particularidades da escápula Elevação elevar as escápulas em relação à posição anatômica Depressão abaixar as escápulas em relação à posição anatômica Retração aproximação das escápulas em relação a coluna vertebral Protação afastamento das escápulas em relação à coluna vertebral Termos Anatômicos particularidades do antebraço Supinação movimento caracterizado pela rotação da palma da mão para cima Pronação movimento caracterizado pela rotação da palma da mão para baixo 24 Superiores MMSS II Cintura Escapular e Ombro Unidade II Cinesiologia I Membros Objetivos da Unidade Aprender os movimentos realizados pelos tecidos musculares dos MMSS que envolvem a cintura escapular e ombro Identificar a origem e inserção dos tecidos musculares do MMSS que envolvem a cintura escapular e ombro Unidade II Cinesiologia I Membros Superiores MMSS Cintura Escapular e Ombro A Osteologia é o estudo do Sistema Esquelético que se refere aos ossos O esqueleto humano é constituído de aproximadamente 206 ossos em um adulto podendo ser dividido em duas categorias distintas esqueleto axial e esqueleto apendicular A Vista Anterior B Vista Posterior O Esqueleto Axial é formado pelas seguintes estruturas ósseas cabeça óssea osso hioi de coluna vertebral e caixa torácica forma o eixo vertical do esqueleto humano assegurando a integridade do encéfalo da medula espinhal e dos órgãos vitais que se encontram no tórax O Esqueleto Apendicular é formado pelos ossos dos membros inferiores superiores e pelas cinturas Estes últimos são responsáveis por efetuar a ligação entre o esqueleto axial e esqueleto apendicular são elas cintura pélvica e cintura escapular A cintura escapular corresponde quase à totalidade do complexo do ombro humano 26 no entanto existem outras estruturas que são igualmente vitais para a materialização de todas as funções do complexo em questão merecendo por isso a devida atenção Assim para que seja possível analisar de forma completa e rigorosa o complexo do ombro é necessário per ceber quais as estruturas fundamentais que o constituem ou que possuem influência nesse sistema tanto do ponto de vista ósseo como do ponto de vista muscular e ligamentar 21 Estruturas Ósseas da Cintura Escapular e Ombro A Cintura Escapular é inte grada por dois ossos são eles es cápula e clavícula Possuindo um papel relevante nos vários movi mentos admitidos pelo ombro hu mano A Escápula tratase de um osso achatado e triangular que cir cunda a parede posterior do tórax e progride desde a primeira até à sé tima costela posicionase espacial mente na caixa torácica assumindo a forma de um triângulo invertido A sua face anterior é côncava de nominada de fossa subescapular e encontrase voltada para a caixa Vista Posterior torácica enquanto a superfície posterior convexa e irregular encontrase dividida em duas regiões por intermédio da espinha da escápula são elas fossa supra espinhosa e fossa infra espinhosa Além das duas faces posterior e anterior a escápula de forma genérica é delimitada por três bordos ou margens são elas externa ou lateral interna ou medial e superior A escápu la possui ainda diversas zonas notáveis dignas de destaque sobretudo por se tratar de regiões 27 onde se articulam outros elementos ósseos ou regiões onde ocorre a in serção de músculos fundamentais para o movimento ou estabilidade do ombro Já a Clavícula tratase de um osso comprido e largo com dupla curvatura É responsável por não só suportar o membro superior juntamente com a escápula mas também por transmitir esforços ou impactos traumáticos do membro superior para o tronco através das Vista Anterior duas articulações que se materiali zam em cada uma das extremidades do osso A superfície superior da clavícula é lisa e possui o chamado tubérculo deltoideo ponto de inserção do músculo deltoide enquanto a sua superfície inferior é rugosa devido à exis tência de ligamentos que efetuam a ligação entre a clavícula e a primeira costela Possui o tubérculo conoide onde se materializa a inserção do ligamento coracoclavicular conoide e a linha trapezoidal onde se dá a inserção do ligamento coracoclavicular trapezoide Em termos espaciais a extremidade acromial da clavícula extremidade externa região plana e elíptica articulase com o acrômio dando origem à articulação acromioclavicular en quanto a sua extremidade esternal extremidade interna com uma forma progressivamente triangular articulase com o manúbrio do esterno materializando a articulação esternoclavicu lar 28 211 Úmero O Osso Úmero corresponde ao maior osso do membro superior inserindose na cate goria de ossos longos e articulase com a escápula constituindo a articulação glenoumeral e com o rádio e a ulna formando a articulação do cotovelo Por ser um osso longo o mesmo pode ser dividido em três regiões fundamentais epífi se proximal ou extremidade superior epífise distal ou extremidade inferior e o corpo ou diáfise A epífise proximal engloba a cabeça do úmero o colo anatômico e cirúrgico o tubérculo maior e menor enquanto a epífise distal engloba os epicôndilos lateral e medial e suas cristas capí tulo tróclea e fossa do olecrano 29 22 Estruturas Musculares Os músculos são estruturas fundamentais para o correto funcionamento de qualquer sistema ou região do corpo humano Complementam a estrutura óssea e articular conferindo a mobilidade característica de vários pontos do corpo É importante ressalvar que as forças que realizam e o efeito que impõem nas restantes estruturas do corpo humano nomeadamente ossos e articulações podem ser analisadas efetuando um paralelo simples com conceitos e princípios mecânicos básicos sistemas de alavanca Permitem garantir a estabilidade de es truturas que são pouco rígidas e instáveis Assim mesmo quando um indivíduo não se move existem músculos que estão ativos e que nos permitem efetuar as tarefas mais básicas como respirar músculos respiratórios e estar sentado ou de pé músculos posturais Geralmente as estruturas musculares possuem as suas inserções de origem e terminais ao ní vel dos ossos cruzando as articulações A fixação nos ossos é materializada por tendões es 30 truturas fibrosas de tecido conjuntivo com elevada resistência que garantem a transmissão das forças exercidas pelos músculos às estruturas a que estão associados Os músculos que envolvem a cintura escapular CE e ombro O serão analisados indi vidualmente São eles CE Trapézio Serrátil anterior Rombóide maior Rombóide menor Le vantador da escápula e Peitoral menor O Peitoral maior Latíssimo do dorso Deltóide Supra espinhal Infraespinhal Redondo maior Redondo menor subescapular coracobraquial além da porção longa do bíceps braquial e porção longa do tríceps braquial 221 Músculo Trapézio Fibras superiores fibras médias fibras inferiores Origem Fibras superiores protuberância occipital externa porção proximal do lig Mucal Fibras médias parte do lig Mucal processo espinho so da 7ª cervical 1º e 2º torácica Fibras inferiores processos espinhosos da 3ª até a 12ª toráxica Inserção Fibras superiores metade lateral da clavícula postero superiormente Fibras médias acrômio da escápula superiormente Fibras inferiores borda inferior da espinha escapular Ação Fibras superiores elevação do ombro Fibras médias retração e depressão Fibras inferiores depressão do ombro 31 222 Músculo Serrátil Origem face externa das 8 primeiras costelas Inserção bordo medial da escápula do ângulo inferior ao supe rior Ação protação ou anteversão OBS Abduz a partir de 90º e trabalha na inspiração forçada 223 Músculo Romboide Menor Origem processo espinhoso da 7ª cervical e 1ª torácica Inserção bordo medial da escápula 23 superior da es pinha até o ângulo inferior Ação retroversão do ombro ou retração adutor da es cápula e elevação da escápula 224 Músculo Romboide Maior Origem processo espinhoso da 2ª a 5ª vértebra torácica Inserção bordo medial da escápula 13 inferior da es pinha até o ângulo inferior Ação retroversão do ombro ou retração adutor da escápula e elevação da escápula 32 225 Músculo Levantador da Escápula Origem Tubérculos posteriores dos processos transversos das 4 primeiras cervicais Inserção bordo medial da escápula Da espinha da escápula até o ângulo superior Ação elevação da escápula 226 Músculo Peitoral Menor Origem face externa da 3ª 4ª e 5ª costelas próximo a carti lagem costal Inserção processo coracoide da escápula Ação depressão da escápula e trabalha na inspeção forçada 227 Músculo Peitoral Maior Origem Metade lateral da clavícula osso esterno as 6 primeiras cartilagens costais e aponeurose do músculo oblí quo externo do abdome Inserção crista do tubérculo maior do Úmero Ação a porção superior clavicular do músculo flete o om bro a outra porção aduz o braço 33 228 Músculo Latíssimo do Dorso Origem processos espinhosos das 6 últimas vértebras torácicas fáscia torácicolombar e crista ilíaca Inserção crista do tubérculo menor do Úmero e assoalho do sulco intertubercular Ação extensão adução e rotação medial do braço 229 Músculo Deltoide Origem Anterior metade lateral da clavícula Média acrômio da escápula Posterior espinha da escápula Inserção tuberosidade deltoidea do úmero Ação Anterior flexão e rotação medial Média abdução até 90º Posterior extensão e rotação lateral 34 2210 Músculo Supraespinhal Origem fossa supra espinhal da escápula Inserção tubérculo maior do úmero Ação abduz o braço até aproximadamente 30º 2211 Músculo Infraespinhal Origem fossa infra espinhal da escápula Inserção tubérculo maior do úmero Ação rotação lateral do braço 2212 Músculo Redondo Maior Origem borda lateral da escápula 13 inferior Inserção crista do tubérculo menor do úmero Ação rotador medial do braço 35 2212 Músculo Redondo Menor Origem borda lateral da escápula 23 superiores Inserção tubérculo maior do úmero Ação rotação lateral do braço 2213 Músculo Subescapular Origem face costal da escápula Inserção tubérculo menor do úmero Ação é o mais importante rotador medial do braço 2214 Músculo Coracobraquial Origem processo coracoide da escápula Inserção terço médio do úmero medialmente Ação flexão do braço e um pouco de adução 36 Superiores MMSS III Cotovelo e Punho Unidade III Cinesiologia I Membros Objetivos da Unidade Unidade III Cinesiologia I Membros Superiores MMSS Cotovelo e Punho O cotovelo é composto por três articulações envolvidas por uma única cápsula articular que têm como função realizar a junção mecânica entre o braço e o antebraço Dessa forma trabalha em conjunto com o complexo do ombro com a finalidade de aproximar e afastar os objetos apanhados pela mão O complexo do cotovelo é formado por três ossos o úmero o rádio e a ulna e três articulações a umeroulnar a umerorradial e a radioulnar proximal Osso Rádio Osso Ulna 31 Articulação umeroulnar A articulação umeroulnar do tipo gínglimo ou em dobradiça uniaxial é a principal do complexo do cotovelo Na extremidade inferior do úmero a superfície articular da tróclea ume ral possui a estrutura de um carretel que se estende anteriormente até a fossa supratroclear e posteriormente até a fossa olecraniana Essas duas fossas têm a função de aumentar a amplitu de da flexoextensão uma vez que retardam o contato do processo coronoide da ulna com a fossa supratroclear durante a flexão e do olécrano com a fossa olecraniana durante a extensão 38 32 Articulação umerorradial A articulação umerorradial é sinovial em gínglimo que atua em conjunto com a ulna nos movimentos de flexoextensão do complexo do cotovelo Durante a flexoextensão a face superior côncava da cabeça do rádio desliza sobre o capítulo do úmero e na pronação e na supinação gira como um pivô 33 Articulação radioulnar proximal A pronosupinação é definida como o movimento de rotação do antebraço em torno de seu eixo longitudinal Tal movimento oferece ao punho um terceiro grau de liberdade ca racterizado como fundamental para diversas atividades funcionais da mão por exemplo abrir uma maçaneta A pronosupinação dáse na articulação radioulnar proximal pertencente ao complexo do cotovelo e na radioulnar distal pertencente ao punho Na articulação radioulnar proximal o rádio e a ulna estão lado a lado formando uma articulação uniaxial em pivô do tipo trocoide Esta é formada entre a cabeça do rádio convexa e o anel ósseo fibroso pertencente à incisura radial da ulna côncava Estabilizando a cabeça do rádio a ulna nessa região está o ligamento anular o qual compõe 80 da superfície articular 34 Os movimentos do complexo do cotovelo Os movimentos do complexo do cotovelo envolvem importantes forças de tração nas unidades musculotendíneas e ligamentares e grande força de cisalhamento e compressão nas extremidades ósseas Os movimentos de flexão e extensão do cotovelo plano sagital eixo la terolateral ocorrem nas articulações umeroulnar e umerorradial Já a pronosupinação ocorre na radioulnar proximal e distal Ao se partir da extensão total é possível alcançar ativamente 145 de flexão Já passiva 39 mente podese chegar a 160 de flexão e 10 de hiperextensão Rotações automáticas adução e abdução ocorrem simultaneamente aos movimentos de flexão e extensão Além disso a pro nosupinação compõe o movimento nos extremos da amplitude de movimento Os principais flexores do cotovelo são os músculos braquial bíceps braquial e braquior radial A ação dos flexores do cotovelo é máxima próximo a 90 nessa posição a força muscular tornase perpendicular à direção do braço de alavanca fato que favorece a ação dos motores primários da articulação O principal extensor do cotovelo é o músculo tríceps braquial Os músculos principais que efetuam a supinação são bíceps braquial e supinador e os principais pronadores são pronador redondo e pronador quadrado 35 Complexo do punho A mão extremidade distal do membro superior agrega estruturas anatômicas e ca racterísticas mecânicas capazes de desempenhar com grande destreza tarefas motoras finas como tocar piano e grossas como as executadas por um carateca para partir fibras de madeira e tijolos O complexo do punho da mão carpo é formado por 8 ossos e relacionase ainda dire tamente à articulação radioulnar distal 40 A radioulnar distal é uma articulação sinovial do tipo trocoide formada pela cabeça da ulna e pela incisura ulnar do rádio unidas por um disco articular fibrocartilaginoso Esse disco fixase medialmente à margem da incisura ulnar e lateralmente ao processo estiloide do rádio e forma a superfície proximal da articulação radiocarpiana O complexo do punho é formado pelas articulações radiocarpiana e mediocarpiana A articulação radiocarpiana é formada proximalmente pela extremidade distal do rádio e pelo complexo da fibrocartilagem triangular e distalmente pelos ossos escafoide semilunar e pira midal pertencentes à primeira fileira dos ossos do carpo Essa articulação é do tipo elipsoide sendo que a superfície proximal é côncava e se articula na sua correspondente convexa forma da pela porção distal da articulação Na fileira proximal do carpo temse ainda o pisiforme o qual não se articula com o rá dio 351 Principais Músculos que envolvem a articulação do cotovelo e punho 3511 Músculo Bíceps Braquial Origem Porção longa tubérculo supraglenoidal e a Porção curta pro cesso coracoide da escápula Inserção tuberosidade do rádio Ação é um poderoso flexor do antebraço e auxilia na supinação além de flexionar o ombro 41 3512 Músculo Braquial Origem 23 distais da face anterior do úmero Inserção tuberosidade da ulna Ação é um poderoso flexor do antebraço 3513 Músculo Tríceps Braquial Origem Porção longa tubérculo infraglenoidal da escápula Por ção lateral face posterior do úmero acima do sulco do nervo radial e a Porção medial face posterior do úmero abaixo do sulco do nervo radial Inserção face posterior do olécrano da Ulna Ação é um poderoso extensor do antebraço e do ombro 3514 Músculo Pronador Redondo Origem Porção Umeral crista supracondilar medial do Úmero e a Porção Ulnar processo coroide da Ulna Inserção terço médio da face lateral do Rádio Ação responsável pela pronação do antebraço e auxilia na flexão do antebraço 42 3515 Músculo Pronador Quadrado Origem face anterior da Ulna Inserção face anterior do Rádio Ação pronação do antebraço 3516 Músculo Flexor Radial do Carpo Origem epicôndilo medial Inserção base do 2º metacarpo às vezes também no 3º Ação flexão e abdução da mão 3517 Músculo Flexor Ulnar do Carpo Origem epicôndilo Medial pelo tendão flexor comum e olécrano Inserção osso pisiforme Ação flexão e adução da mão 3518 Músculo Palmar Longo Origem epicôndilo medial Inserção aponeurose palmar Ação o palmar longo tenciona a aponeurose palmar e é um flexor auxiliar da mão 43 3519 Músculo Flexor superficial dos dedos Origem Porção Úmeroulnar epicôndilo medial pelo tendão flexor comum e da face medial do processo coroide e a porção Radial parte proximal da borda anterior do rádio Inserção por 4 tendões na base da falange média dos dedos II à V Ação flexão da falange média dos dedos II à V 35110 Músculo Flexor longo do polegar Origem 13 médio da face anterior do rádio e membrana interóssea Inserção falange distal do polegar medialmente Ação flexão do polegar fletindo a falange distal 35111 Músculo Braquiorradial Origem crista supracondilar lateral do úmero Inserção face lateral do rádio logo acima do processo estiloide Ação flexor do antebraço 44 35112 Músculo Extensor radial longo do carpo Origem crista supracondilar lateral do úme ro Inserção base do 2º metacarpo Ação Extensão e abdução da mão 35113 Músculo Extensor radial curto do carpo Origem epicôndilo lateral do úmero pelo tendão extensor comum Inserção base do 3º metacarpo Ação extensão e abdução da mão 35114 Músculo Extensor ulnar do carpo Origem uma porção se origina do epi comum e a outra da borda posterior da ulna Inserção na base do 5º metacarpo Ação extensão e adução da mão 35115 Músculo Extensor dos dedos côndilo lateral através do tendão extensor Origem epicôndilo lateral pelo tendão extensor comum Inserção na falange distal dos dedos II e V Ação extensão dos dedos 45 35116 Músculo Extensor do dedo mínimo Origem epicôndilo lateral do úmero pelo tendão comum dos dedos muitas vezes é par te do extensor dos dedos Inserção falange distal do V dedo Ação extensão do dedo 35117 Músculo ancôneo pequeno músculo triangular Origem face posterior do epicôndilo lateral do úmero Inserção face lateral do olécrano ulna Ação auxilia na extensão do antebraço 35118 Músculo extensor do indicador Origem terço distal da face posterior da ulna Inserção falange distal do 2º dedo Ação extensão do indicador 35119 Músculo supinador Origem epicôndilo lateral do úmero dos lig colateral e anular do rádio e da face posterior da extremidade proximal da ulna Inserção face lateral do rádio superiormente a inserção do pronador redondo 46 Ação responsável pela supinação po dendo fazer sozinho ou quando necessá rio com o auxílio do bíceps braquial 35120 Músculo abdutor longo do polegar Origem faces posteriores da ulna e do rádio e membrana interóssea Inserção face lateral da base do primeiro metacarpo Ação abdução do polegar 35121 Músculo extensor curto do polega r Origem no rádio distalmente ao m ab dutor longo do polegar e membrana interóssea Inserção falange proximal do polegar Ação estende a falange proximal do polegar 35122 Músculo extensor longo do polegar Origem 13 distal da face posterior da ulna e membrana interóssea Inserção falange distal do polegar Ação estende a falange distal do polegar 47 35123 Músculo abdutor curto do polegar Origem retináculo dos flexores trapézio e escafoide Inserção base da falange proximal do polegar Ação abdução do polegar 35124 Músculo flexor curto do polegar Origem juntamente com o abdutor curto do polegar Inserção base da falange proximal do polegar Ação flexão do polegar 35125 Músculo oponente do polegar Origem profundamente do retináculo dos flexores e trapézio Inserção borda lateral do 1º metacarpo Ação faz a oposição Oposição vários mm participam deste movimento pois ele envolve abdução rotação medial e flexão Ao se tocar a polpa dos outros dedos sucessivamente com a polpa do po legar ele estará em oposição a cada um deles Este movimento é essencial para a apreensão e é prova de integridade motora e nervosa da mão 35126 Músculo adutor do polegar Origem Porção oblíqua base do 2º metacarpo trapezoide e grande osso e a Porção trans versa face anterior do 3º metacarpo Inserção base da falange proximal do polegar medialmente Ação faz a adução do polegar 48 Adução é a volta do polegar de qualquer grau de abdução fazendo com que se aproxi me do indicador 35127 Músculo flexor curto do dedo mínimo Origem hâmulo do osso ganchoso e retináculo dos flexores Inserção fundese com o abdutor do dedo mínimo e com ele se insere Ação flexão do 5º dedo 35128 Músculo oponente do polegar Origem profundamente do retináculo dos flexores e trapézio Inserção borda lateral do 1º metacarpo Ação faz a oposição Oposição vários mm participam deste movimento pois ele envolve abdução rotação medial e flexão Ao se tocar a polpa dos outros dedos sucessivamente com a polpa do po legar ele estará em oposição a cada um deles Este movimento é essencial para a apreensão e é prova de integridade motora e nervosa da mão 35129 Músculo oponente do dedo mínimo Origem hâmulo do osso ganchoso e retináculo dos flexores Inserção corpo do 5º metacarpo Ação realiza flexão e rotação lateral permitidas pelo 5º metacarpo tornando mais côncava a mão e aumentando o poder de segurar objetos com força 49 35130 Músculo abdutor do dedo mínimo Origem osso pisiforme Inserção falange proximal do 5º dedo Ação abdução do dedo mínimo 35131 Músculo palmar curto Origem borda ulnar da aponeurose palmar Inserção na pele da borda ulnar da palma da mão Ação apenas tensiona a pele da região hipotenar 35132 Músculos lumbricais São quatro pequenos músculos associados com os tendões do flexor profundo dos de dos dos quais se originam São numerados de 1 a 4 do lado lateral para o lado medial O 1º e o 2º originamse cada um por uma cabeça única dos contornos laterais do flexor profundoO 3º e o 4º originamse cada um por duas cabeças dos lados adjacentes dos tendões medial do flexor profundo Todos eles se inserem na aponeurose extensora Ação são flexores das falanges proximais e extensores das falanges distal e média em virtude de sua inserção na aponeurose extensora 35133 Músculos interósseos palmares São 4 numerados de 1 a 4 do lado lateral para o lado medial Cada um originase da diáfise dos dedos 1 2 4 e 5 não existindo no dedo 3 Ação os interósseos palmares promovem a adução dos dedos Esta adução não se refere à 50 aproximação dos dedos no plano mediano do corpo mas de uma linha que passa pelo dedo médio Como os lumbricais eles também agem fletindo a falange proximal e estendendo as falanges média e distal 35134 Músculos interósseos dorsais São 4 ocupam os intervalos entre os ossos metacárpicos Originamse cada um por duas cabeças das faces adjacentes dos ossos metacárpicos O primeiro entre os ossos meta cárpicos 1 e 2 é maior que os outros Ação são abdutores dos dedos Também são capazes de fletir a falange proximal e estender as falanges média e distal 51 gia II Membros Inferiores IV MMII Quadril Unidade IV Cinesiologia I Cinesiolo Objetivos da Unidade UNIDADE IV Cinesiologia II Membros Inferiores MMII Quadril 41 Introdução A cintura pélvica compreende três ossos separados os dois ilíacos que são constituí dos pelo ílio ísquio e púbis e o sacro Constitui o segmento que une o esqueleto axial e apen dicular O acetábulo é uma concavidade em forma de bola e soquete com a superfície coberta de cartilagem articular a qual favorece a maior proteção da região Essa superfície articular possui espessuras diferenciadas e apresenta paredes articulares anterior posterior e superior aprofundadas as quais vão circundar a fossa acetabular Em adição encontrase aí o lábio acetabular anel incompleto de fibrocartilagem que é fixado na borda da cavidade acetabular Além de auxiliar que a cavidade acetabular fique mais aprofundada ele contém em sua superfície terminações nervosas livres que participam dos mecanismos nociceptivos e proprioceptivos O fêmur é o osso mais longo e mais pesado do corpo e articulase em sua extremida de proximal por meio da cabeça femoral com a região acetabular formando a articulação propriamente dita do quadril A cabeça femoral é constituída por uma esfera que possui uma cartilagem articular espessa em sua região medial para central e mais fina na periferia Dessa forma a articulação do quadril é composta pela cabeça do fêmur e pelo acetá bulo da pelve e faz a junção do membro inferior ao tronco Considerada como uma articulação sinovial do tipo esferoide ou esférica possui três eixos e três planos sendo indispensável para o suporte e a transferência de peso durante marcha corrida e outras importantes atividades funcionais Os movimentos do quadril ocorrem em três planos sagital flexãoextensão frontal abduçãoadução e transversal rotação interna rotação externa Para que os movimentos do quadril sejam realizados é necessária a ação de um grupo complexo de músculos em torno da articulação dentre eles glúteo máximo glúteo médio glúteo mínimo tensor de fáscia lata 53 iliopsoas sartório reto femoral pectíneo grácil adutor magno adutor longo adutor curto semitendinoso semimembranoso porção longa do bíceps femoral 411 Músculo Glúteo Máximo Origem Linha glútea posterior do ilíaco sacro cóccix e ligamento sacrotuberoso Inserção Trato iliotibial da fáscia lata e tu berosidade glútea do fêmur Ação Extensão e Rotação Lateral do Qua dril 412 Músculo Glúteo Médio Origem Face externa do ílio entre a crista ilíaca linha glútea posterior e anterior Inserção Trocânter Maior Ação Abdução e Rotação Medial da Coxa 413 Músculo Glúteo Mínimo Origem Ilíaco entre linha glútea anterior e inferior Inserção Trocânter Maior Ação Abdução e Rotação Medial da Coxa As fibras anteriores realizam Flexão do Quadril 54 414 Músculo Tensor da Fáscia Lata Origem Crista ilíaca e Espinha ilíaca ântero superior Inserção Trato íleotibial Ação Flexão Abdução e Rotação Medial do Quadril e Rotação Lateral do Joelho 414 Músculo Iliopsoas 4141 Músculo Ilíaco Origem Fossa ilíaca crista ilíaca e sacro Inserção Trocânter menor Ação Flexão de quadril anteversão da pelve e flexão da coluna lombar 30 90 4142 Psoas Maior Origem Processo transverso das vértebras lombares corpos e discos intervertebrais das últimas torácicas e todas lombares Inserção Trocânter menor Ação Flexão da coxa flexão da coluna lombar 30 90 e inclinação homolateral 55 415 Músculo Reto Femoral Origem Espinha ilíaca ânteroinferior Inserção Patela e através do ligamento patelar na tuberosidade anterior da tíbia Ação Flexão do quadril e extensão do joelho 416 Músculo Sartório Origem Espinha ilíaca ânterosuperior Inserção Superfície medial da tuberosidade da tíbia pata de ganso Ação Flexão Abdução e Rotação Lateral da Coxa e Flexão e Rotação Medial do Joelho 417 Músculo Pectíneo Origem Eminência íleopectínea tubérculo púbico e ramo superior do púbis Inserção Linha pectínea do fêmur Ação Flexão do Quadril e Adução da Coxa 56 418 Músculo Grácil Origem Sínfise púbica e ramo inferior do púbis Inserção Superfície medial da tuberosidade da tíbia pata de ganso Ação Adução da Coxa Flexão e Rotação Medial do Joelho 419 Músculo Adutor Magno Tuberosidade isquiática ramo do púbis e do ísquio Inserção Distal Linha áspera e tubérculo adjutório Ação Adução da Coxa 4110 Músculo Adutor Longo Origem Superfície anterior do púbis e sínfise púbica Inserção Distal Linha áspera Ação Adução da Coxa 57 4111 Músculo Adutor Curto Origem Ramo inferior do púbis Inserção Linha áspera Ação Adução da Coxa 4112 Músculo Semitendinoso Origem Tuberosidade isquiática Inserção Superfície medial da tuberosidade da tíbia pata de gan so Ação Extensão do Quadril Flexão e Rotação Medial do Joelho 4113 Músculo Semimembranoso Origem Tuberosidade isquiática Inserção Côndilo medial da tíbia Ação Extensão do Quadril Flexão e Rotação Medial do Joelho 58 4114 Músculo Bíceps Femoral Porção Longa Origem Tuberosidade isquiática e ligamento sacrotuberoso Inserção Cabeça da fíbula e côndilo lateral da tíbia Ação Extensão do Quadril Flexão do Joelho e Rotação Lateral do Joelho Além desses não menos importante localizados profunda mente na região do quadril encontramos os gêmeos superior e in ferior obturadores interno e externo piriforme e quadrado femoral 59 Inferiores MMII V Joelho e Tornozelo Unidade V Cinesiologia II Membros Objetivos da Unidade UNIDADE V Cinesiologia II Membros Inferiores MMII Joelho e Tornozelo 51 A articulação do joelho A articulação do joelho é composta por uma cápsula sinovial que restringe dois com plexos articulares 1 articulação tibiofemoral entre os côndilos convexos do fêmur e os platôs côncavos da tíbia 2 articulação patelofemoral entre a região posterior da patela e a face pa telar do fêmur Dessa forma o joelho é composto da articulação entre o fêmur e a tíbia e entre o fêmur e a patela sendo dividido em três compartimentos medial entre o côndilo medial do fêmur e o platô medial da tíbia lateral entre o côndilo lateral do fêmur e o platô lateral da tíbia e patelofemoral entre a patela e o fêmur Essa articulação é do tipo gínglimo ou dobradiça Diante disso realizamse nesta região movimentos de flexão e extensão As rotações interna e externa somente são possíveis de serem realizadas com o joelho flexionado Associados a isso o rolamento e o deslizamento do fêmur sobre a tíbia são importantes para a boa harmonia dos movimentos fisiológicos existen tes Os movimentos funcionais do fêmur sobre a tíbia relacionados às atividades de vida diária são realizados em cadeia cinética fechada Nesse caso os côndilos convexos deslizam em dire ção oposta ao movimento do osso e rolam no mesmo sentido Já em cadeia cinética aberta a tíbia rola e desliza no mesmo sentido do movimento Os dois platôs da tíbia estão separados pelos tubérculos intercondilares sendo que o platô lateral é menor circular e côncavo enquanto o medial é mais oval e achatado Essas ca racterísticas contribuem para o mecanismo da rotação interna femoral associado com a rota ção externa tibial que ocorre durante os últimos graus de extensão Para que os movimentos do joelho sejam realizados é necessária a ação de um grupo complexo de músculos em torno da articulação dentre eles reto femoral semitendinoso se mimembranoso e porção longa do bíceps femoral já mencionado porção curta do bíceps fe moral vasto medial vasto lateral vasto intermédio gastrocnêmio medial gastrocnêmio lateral e plantar delgado 61 511 Músculo Bíceps Femoral PL Origem Linha Áspera do Fêmur Inserção Cabeça da Fíbula e côndilo lateral da tíbia Ação Flexão do joelho 512 Músculo Vasto Medial Origem Face ânteromedial do fêmur Inserção Tuberosidade da tíbia Origem Extensão do joelho 513 Músculo Vasto Lateral Origem Face ânterolateral do fêmur Inserção Tuberosidade da tíbia Ação Extensão do joelho 62 514 Músculo Vasto Intermédio Origem Face anterior do fêmur Inserção Tuberosidade da tíbia Ação Extensão do joelho 515 Músculo Gastrocnêmio Medial e Lateral 5151 Porção Medial Origem Logo acima do côndilo medial do fêmur Inserção Tuberosidade Calcânea Origem Flexão do joelho e Flexão plantar 5152 Porção Lateral Origem Côndilo lateral do fêmur Inserção Tuberosidade Calcânea Inserção Flexão do joelho e Flexão plantar 63 516 Músculo Plantar Delgado Origem Face poplítea do fêmur acima do côndilo lateral Inserção Tuberosidade Calcânea Ação Flexão do joelho e Flexão plantar 52 A articulação talocrural A articulação talocrural do tipo sinovial é denominada como a articulação propria mente dita do tornozelo e é formada pela tíbia e pela fíbula as quais pinçam o tálus Essa pinça é formada pela superfície côncava da tíbia e pelo maléolo fibular sendo que dentro desse encaixe penetra a superfície convexa do tálus O tálus é um dos ossos mais importantes da região em decorrência de alguns fatores pontuais Dentre eles destacase sua localização na região mais proeminente da parte posterior do tarso Dessa forma ele tem grande função em distribuir o peso do corpo para a região superior por meio da tróclea articular transmitindo as forças pela pinça maleolar para trás e para baixo em direção ao calcâneo e para a frente para os ossos tarsais dentre eles o navicular Por não ter nenhuma inserção tendínea sua nutrição é oriunda dos ligamentos inseridos nessa região e dessa forma seu aporte arterial é suficiente em condições de normalidade Já em casos de fraturas há grandes possibilidades de dificulda des de consolidação podendo ser gerada até uma necrose óssea A articulação talocrural possui a grande função de propiciar os movimentos de dorsifle xão e flexão plantar fundamentais para propiciar a movimentação humana Por meio do goni ômetro ou flexímetro podemos encontrar uma variação angular que vai de 20 de dorsiflexão até 45 a 50 de flexão plantar quando o joelho se encontra flexionado 64 Notase que o maléolo fibular se encontra mais distal e inferior quando comparado com o maléolo tibial Com isso o eixo articular da articulação talocrural encontrase em um sentido ântero medial superior para póstero lateral inferior fazendo com que existam peque nos movimentos adicionais à dorsiflexão e à flexão plantar Articulação do Tornozelo talocrural 521 Articulação Subtalar A articulação entre o calcâneo e o tálus é conhecida como subtalar Nela encontrase o principal movimento de inversão e eversão Ressaltase que a movimentação de in versão é duas vezes maior do que a eversão Como o calcâneo é o segmento mais distal dessa região do retropé as movimentações acessórias que ocor rem nessa região por exemplo durante a marcha e a cor rida irão repercutir diretamente nas estruturas adjacentes principalmente no tálus e na tíbia Articulação Subtalar movimentos de Eversão e Inversão 65 Para que os movimentos do tornozelo sejam realizados é necessária a ação de um gru po complexo de músculos em torno da articulação dentre eles gastrocnêmio medial gas trocnêmio lateral e plantar delgado já mencionados além do sóleo tibial anterior extensor longo dos dedos extensor longo do hálux tibial posterior fibular longo e curto flexor logo dos dedos e flexor longo do hálux 5211 Músculo Sóleo Origem 13 intermédio da face medial da tíbia e cabeça da fíbula Inserção Calcâneo tendão dos gastrocnêmios Ação Flexão Plantar do Tornozelo 5212 Músculo Tibial Anterior Origem Côndilo lateral da tíbia e ½ proximal da face lateral da tíbia e membrana interóssea Inserção Cuneiforme medial e base do 1º metatarsal Ação Flexão Dorsal e Inversão do Pé 66 5213 Músculo Extensor Longo dos Dedos Origem Côndilo lateral da tíbia ¾ proximal da fíbula e membrana interóssea Inserção Falange média e distal do 2º ao 5º dedo Ação Extensão do 2º ao 5º dedo 5214 Músculo Extensor Longo do Hálux Origem 24 intermediários da fíbula e membrana interóssea Inserção Falange distal do hálux Ação Extensão do Hálux Flexão Dorsal e Inversão do Pé 5215 Músculo Tibial Posterior Origem Face posterior da tíbia e 23 proximais da fíbula e membrana interóssea Inserção 3 cuneiformes medial médio e lateral cubóide navicular e base do 2º ao 4º metatarsais Ação Flexão Plantar e Inversão do Pé 67 5216 Músculo Fibular Longo e Curto 52161 Fibular Longo Origem Cabeça 23 proximais da superfície lateral da fíbula e côndilo la teral da tíbia Inserção 1º metatarso e cuneiforme medial Ação Flexão Plantar e Eversão do Pé 52162 Fibular Curto Origem 23 distais da face lateral da fíbula Inserção Base do 5º metatarsal Ação Flexão Plantar e Eversão do Pé 5217 Flexor Longo dos Dedos Origem Face posterior da tíbia Inserção Falanges distais do 2º ao 5º dedo Ação Flexão Plantar e Inversão do Tornozelo Flexão do 2º ao 5º Dedos 68 5218 Flexor Longo do Hálux Origem 23 distais da face posterior da fíbula e membrana interóssea Inserção Falange distal do hálux Ação Flexão do Hálux Flexão Plantar e Inversão do Tornozelo Além desses não menos importantes identificamos os músculos fibular terceiro e po plíteo 69 Cinesiologia III VI Abdômen e Lombar Unidade VI Objetivos da Unidade UNIDADE VI Cinesiologia III Abdômen e Lombar 61 Abdômen A região abdominal é a porção média do tronco situada entre o tórax limitada su periormente pelo processo xifoide e margens costais e a pelve limitada inferiormente pelos ossos pélvicos e ligamento inguinal Ao contrário de outras regiões do tronco o abdome não tem proteção óssea Sendo assim ele é constituído posteriormente pela coluna vertebral prin cipalmente pelas vértebras da região torácica e lombar e suas paredes laterais e anteriores estas formadas basicamente por músculos 62 Lombar Essas estruturas funcionam como uma espécie de cinta e são importantíssimas não apenas para a sustentação e manutenção da postura e das vísceras mas também na movimen 71 tação lombar Em conjunto com a musculatura dorsal elas atuam na estabilização da coluna vertebral e na respiração Para que os movimentos desta região abdominal e lombar sejam realizados é neces sária a ação de um grupo complexo de músculos dentre eles reto do abdome transverso do abdome oblíquo interno e externo do abdome piramidal diafragma psoas menores e qua drado lombar além dos já mencionado iliopsoas 72 Unidade VII VII Biomecânica I Objetivos da Unidade UNIDADE VII Biomecânica I 71 Introdução A biomecânica estuda investiga e analisa o movimento humano usando os princípios e conceitos da Física particularmente a mecânica Devido à sua natureza é compreensível que tenha como característica mais fundamental a interdisciplinaridade pois para que seus estu dos possam ser realizados a biomecânica depende dos conhecimentos provenientes de disci plinas mais básicas como Anatomia Cinesiologia Fisiologia e a própria Física No movimento humano o aparelho locomotor é constantemente submetido a forças produzidas pelos músculos do corpo e recebidas pela interação do corpo com os objetos Nes se sentido é importante entender o efeito dessas forças para que possamos garantir a integri dade do aparelho locomotor e o aumento da sua resistência às forças impostas sobre ele Por isso o objetivo da biomecânica é prevenir o surgimento de lesões e melhorar o rendimento e a eficiência do movimento Prevenir o surgimento de lesões implica conhecer a característica dos movimentos de que forma eles irão sobrecarregar o aparelho locomotor conhecer a resistência e a caracte rística de resposta mecânicas das estruturas do corpo e conhecer os efeitos da interação dos efeitos das diferentes solicitações mecânicas sobre as estruturas do corpo 72 Biomecânica Interna e Externa A biomecânica interna investiga as características mecânicas das diferentes estruturas do aparelho locomotor e a interação entre elas quando o movimento humano é realizado A biomecânica externa investiga a interação do aparelho locomotor com o meio am biente assim como busca a realização do movimento como um todo de forma mais eficiente para que seu resultado seja melhor 74 73 Áreas de atuação da Biomecânica São muitas as áreas de atuação profissional nas quais a biomecânica se faz importante porém em cada uma delas diferentes aspectos da análise do movimento são implementados As áreas nas quais a biomecânica pode atuar são Anatomia Funcional Biomecânica Clínica Biomecânica Ocupacional Biomateriais Biomecânica da Reabilitação e Biomecânica do Espor te Neste momento o objetivo é integrar os conhecimentos provenientes da cinesiologia e biomecânica onde a ênfase será dada exclusivamente às áreas de atuação pertinentes a esta análise e integração portanto analisase as ações dos principais músculos do corpo bem como investigase a Fisiologia Articular de estruturas dos membros superiores e inferiores e da coluna vertebral 74 Biomecânica do esporte A biomecânica do esporte é uma área que investiga a realização do exercício físico como instrumento para manter o corpo humano saudável e bemcondicionado mas também investiga as formas mais específicas de execução de movimento presentes nas diferentes mo dalidades esportivas com o objetivo de maximizar a eficiência deste movimento em busca de alto rendimento A intervenção da biomecânica no âmbito esportivo pode ser evidenciada de quatro for mas na técnica de movimento nas estratégias de treinamento nos equipamentos esportivos e no controle da incidência de lesões 75 Métodos de Investigação e Análise do Movimento Como visto anteriormente a biomecânica é uma disciplina que descreve analisa e in terpreta o movimento a partir dos princípios e conceitos da Física mais precisamente a partir 75 dos conceitos da mecânica clássica Para tanto utiliza procedimentos e técnicas de investiga ção específicos a cinemetria a dinamometria a antropometria e a eletromiografia AMADIO DUARTE 1996 76 Cinemetria A cinemetria usa de métodos que permitem descrever o movimento a partir de parâmetros cinemáticos do movi mento pelos quais se torna possível determinar a posição e a orientação dos segmentos corporais a velocidade e a aceleração do corpo ou dos seus segmentos Assim a cine metria descreve mas não se ocupa de explicar as causas do movimento A cinemetria é basicamente composta pela utilização de procedimentos ópticos com imagem de marcadores indire tos Essa técnica permite análise qualitativa do movimento utilizando fotografias ou imagens Entretanto por meio do deslocamento dos segmentos do corpo representados pe 76 los pontos selecionados no corpo humano e do tempo obtido pela frequência de amostra gem é possível derivar grandezas e encontrar os valores correspondentes às velocidades line ares e angulares e suas respectivas acelerações Dessa forma a cinemetria permite uma análise biomecânica quantitativa do movimento 78 Dinamometria A dinamometria permite entender as causas do movimento ou seja estuda as forças que iniciam e alteram o movimento humano As características biomecânicas na fase de apoio de qualquer movimento de locomoção são de complexo entendimento devido às variáveis dinâmicas que influenciam esta fase do movimento ou seja suas forças internas ou externas Na natureza constantemente o aparelho locomotor está sujeito a diferentes forças Essas for ças são aplicadas pelo aparelho locomotor sobre o meio ambiente e aplicadas pelo meio am biente sobre o aparelho locomotor Dessa forma podese ter forças internas ou externas ao corpo humano Essas forças refletem a interação das estruturas do aparelho locomotor frente às diferentes solicitações mecâni cas como torções tensões e compressões A plataforma de força é um instrumento posicionado no piso ou em esteiras rolantes Esse instrumento irá regis trar as forças aplicadas sobre ela A importância desta medida está na aplicação da terceira Lei de Newton em que uma for ça aplicada por um corpo receberá outra de igual magnitude e direção e sentido oposto o que significa que a força aplica da sobre a plataforma será exatamente igual à força que será recebida e propagada pelo aparelho locomotor 77 79 Antropometria A antropometria é o método de investiga ção que se ocupa em determinar características e propriedades do aparelho locomotor como di mensões do corpo e de seus segmentos distri buição de massa braços de alavanca posições ar ticulares entre outros AMADIO DUARTE 1996 Dessa forma a antropometria busca mo delos que possam ser utilizados para representar o corpo humano Para tanto tornase necessária a obtenção de medidas médias de densidade cor poral por segmento tamanho e proporção média dos segmentos corporais A caracterização e a determinação das propriedades da massa corporal e de seus seg mentos permitem a avaliação da distribuição dessa massa corporal do centro de massa do corpo ou de cada segmento e do momento de inércia do corpo ou de cada segmento corporal 710 Eletromiografia A eletromiografia é um método de investigação da biomecânica que registra a ativida de elétrica associada à contração muscular e possui aplicação em várias áreas de atuação para a solução de problemas O sinal eletromiográfico EMG representa os potenciais de ação dos sinais elétricos emanados pelo músculo BASMAJIAN DE LUCA 1985 o que corresponde à somação algébrica de todos os potenciais de ação de determinada área A avaliação do sinal EMG pode fornecer informações que contribuem significativamen te para o entendimento da ação muscular pois pode indicar como o aparelho locomotor co ordena a ação muscular no movimento Esse sinal é obtido por meio de eletrodos que fazem a conexão do corpo com o sistema de aquisição e por isso representa a zona de detecção Para 78 a avaliação de músculos grandes e superficiais utilizamse eletrodos de superfície e para a avaliação de músculos profundos e pequenos são utilizados eletrodos de profundidade como os de fio e agulha SODEBERG KNUTSON 2000 Esta técnica apresenta aplicação com diferentes finalidades como identificação de músculos ativos análise da marcha análise da fadiga muscular diagnóstico clínico controle motor análise do rendimento esportivo entre outras Entretanto devese ressaltar que o sinal EMG pode apresentar grande variabilidade sendo altamente influenciado por fatores como posicionamento do eletrodo músculo selecionado tipo de contração muscular forma de rea lização do movimento tipo de eletrodo e sistema de captação entre outros fatores Assim tor nase imprescindível que haja controle desses fatores para que eles não influenciem de forma inadequada a captação e o processamento do sinal EMG A figura abaixo mostra um sinal EMG coletado que chamamos de sinal bruto o que sig nifica que esse sinal não passou por uma série de etapas de processamento indicadas para sua adequada quantificação As etapas mais conhecidas de processamento do sinal EMG são filtragem retificação normalização temporal e normalização de intensidade Após processado o sinal EMG pode ser analisado de forma quantitativa no domínio do tempo ao longo do tempo e do domínio de suas frequências a partir da análise das frequên 79 cias características do sinal As variáveis mais co muns analisadas no domínio tempo são o valor de pico o valor médio o valor da integral área abaixo da curva e o valor de root mean square RMS No domínio das frequências os valores corresponden tes à média e à mediana são mais utilizados para análise A eletromiografia pode ainda ser associa da a outros instrumentos de medição permitindo assim investigar a ativação em função da fase na qual a pessoa se encontra no ciclo da marcha por suposição Por exemplo a atividade de um músculo extensor do joelho durante uma flexão de joelho denota uma contração muscular na qual o músculo está alongando portanto denota uma contração excêntrica Os resultados obtidos pela eletromiografia permitem várias análises Uma delas por exemplo é a análise da coordenação das ações musculares para a realização da marcha 80