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Materiais de Construção Civil 1
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Texto de pré-visualização
IMPERMEABILIZAÇÃO E COBERTURA Lauri Anderson Lenz Impermeabilização e Cobertura 2 22 16 1 IMPERMEABILIZAÇÃO 11 CONCEITO Impermeabilização é a proteção das construções contra a infiltração da água Fundamentalmente é da ação da umidade nos materiais e estruturas de construção que advém a necessidade dos procedimentos técnicos de impermeabilização ou seja a elaboração dos projetos de especificação orientação e execução de obras de impermeabilização A ação da umidade sobre as edificações Não há dúvida de que a umidade é a responsável por muitas das patologias que aparecem nas edificações ao longo de sua utilização e que contribui de modo a afetar negativamente não só as estruturas de construção como a saúde dos usuários O ideal é prever e analisar todas as condições que favoreçam o aparecimento e o acúmulo de água nas edificações na fase de projeto para a partir daí adotar os procedimentos mais adequados segundo a tipologia com que ocorrerá a presença indesejada de umidade na construção ao longo de sua vida útil Figura 01 Principais responsáveis por manifestações patológicas por problemas de impermeabilizaão Fonte YAZIGI 1998 Impermeabilização e Cobertura 3 33 16 Presença característica da umidade a umidade do solo lençol freático vazamentos de tubulações subterrâneas e umidade natural do solo b umidade da atmosfera chuva e outras intempéries e condensação c umidade vinda de outras obras vizinhas desnível com o arruamento e outras obras falta de drenagem superficial e proximidade com estruturas d umidade provinda da construção vazamentos infiltrações falta de ventilação falta e insolação capilaridade dos materiais e falhas de projeto 12 AS CONSEQÜÊNCIAS DA UMIDADE SOBRE AS EDIFICAÇÕES Além das graves conseqüências em termos da saúde das pessoas a umidade não controlada pode ocasionar o aparecimento dos seguintes problemas os mais significativos que por sua vez irão acarretar outras patologias na edificação muito severas em alguns casos a goteiras é gotejamento direto de água advinda de chuvas vazamentos ou infiltrações em marquizes floreiras terraços etc b manchas é a saturação de água nos materiais sujeitos a umidade tendo como conseqüência o aparecimento de manchas características e posterior deterioração c mofo é o desenvolvimento de fungos que irão causar deterioração dos materiais apodrecimento de madeiras e desagregação de revestimentos e alvenaria d oxidação é a reação química que ocorre nos metais sujeitos a umidade No aço chamase ferrugem e causa o aumento considerável de volume das barras desagregando o recobrimento expondo as armaduras a mais ataques externos e eflorescência é formação de sais solúveis que se depositam nas superfícies dos materiais carreados do seu interior pela umidade que os atravessa formando manchas brancas ou em outras situações aumentando de volume na forma de estalactites Estes sais estão presentes nos tijolos no cimento na areia no concreto na argamassa etc Impermeabilização e Cobertura 4 44 16 f criptoflorescência também são formações salinas de mesma causa e mecanismo que as eflorescências mas que formam grandes cristais que se fixam no interior da própria parede ou estrutura vindo aumentar muito de volume e causando a desagregação dos materiais g gelividade é o fenômeno causado pelo congelamento da umidade existente nos poros dos materiais na presença de temperaturas entre 0º a 6º C aumentando de volume e desagregando continuadamente a face do material h condensação em certas condições de temperatura e umidade pode ocorrer condensação ou seja o agrupamento de moléculas de água no resfriamento das mesmas i deterioração efeitos da ação constante da água umidade sobre os materiais e estruturas reduzindo a duração dos mesmos 13 TIPOS DE INFILTRAÇÕES O CAMINHO DA ÁGUA NAS EDIFICAÇÕES a Pressão Hidrostática que ocorre devido à pressão exercida por um determinado volume de água confinada e permeia através de fissuras trincas e rachaduras das estruturas e dos materiais Figura 02 Pressão hidrostática Fonte YAZIGI 1998 Impermeabilização e Cobertura 5 55 16 Quando falamos em formas de pressão dágua estamos nos referindo às pressões hidrostáticas positivas e negativas A pressão positiva é a força exercida pela água ou umidade diretamente sobre o sistema impermeabilizante que o comprime contra a base sobre a qual está aplicado Já a pressão negativa é a pressão exercida pela água atuando no sentido oposto ao da impermeabilização isto é penetrando através da estrutura e forçando a impermeabilização de modo a tentar soltála de onde foi aplicada De acordo com a NBR 9575 temos as seguintes definições água sob pressão negativa água confinada ou não que exerce pressão hidrostática superior a 1 kPa 01 mca de forma inversa à impermeabilização água sob pressão positiva água confinada ou não que exerce pressão hidrostática superior a 1 kPa 01 mca de forma direta à impermeabilização b Percolação a água escoa por gravidade livre da ação de pressão hidrostática situação muito comum em lâminas de água sobre terraços e coberturas conforme se observa na Figura 03 c Capilaridade que ocorre através dos poros dos materiais pela ação da chamada tensão superficial onde a situação mais características é a presença de umidade do solo que se eleva no material em geral 70 a 80 cm conforme observase na Figura 04 Figura 03 Percolação da água Fonte YAZIGI 1998 Impermeabilização e Cobertura 6 66 16 Figura 04 Capilaridade da água Fonte YAZIGI 1998 d Condensação que ocorre pelo esfriamento de vapores ou de certo teor de umidade existente no ambiente Figura 05 Condensação da água Fonte YAZIGI 1998 Impermeabilização e Cobertura 7 77 16 12 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO Os sistemas de impermeabilização podem ser classificados quanto à aderência flexibilidade e execução Esta classificação está apresentada na tabela 3 Tabela 1 Sistemas de impermeabilização Fonte YAZIGI 1998 Classificação quanto à Aderência A norma NBR 9575 2003 classifica os processos quanto à aderência em aderentes parcialmente aderentes e não aderentes Os processos aderentes são totalmente ligados à estrutura de concreto armado constituído por materiais de seu próprio corpo São exemplos deste processo o chapisco na argamassa impermeável e a imprimação no revestimento impermeável Os processos parcialmente aderentes são definidos como o conjunto de materiais ou produtos aplicáveis nas partes construtivas parcialmente aderidos ao substrato Este processo só tem aderência na zona de compressão da ferragem do concreto e soltos na zona de tração Já os processos não aderentes são definidos como um conjunto de materiais ou produtos aplicáveis nas partes construtivas totalmente não aderidos ao substrato É exemplificada pelo contato do processo somente com as superfícies verticais de arremate Impermeabilização e Cobertura 8 88 16 Classificação quanto à Flexibilidade Nesta classificação os sistemas podem ser rígidos semiflexíveis e flexíveis Os sistemas rígidos são utilizados em estruturas com sub pressão e não sujeitas à movimentação forte exposição solar e variações térmicas e vibração Este sistema acompanha proporcionalmente o trabalho estrutural sem sofrer infiltração nas zonas de fissuração Utilizamse argamassas impermeáveis e processos de cristalização para este sistema Aplicase este sistema em reservatórios piscinas e caixas dágua enterradas fundações subsolos pisos paredes de encosta entre outros Os sistemas semiflexíveis são muito eficientes para superfícies sujeitas a rachaduras e fissuras Aplicação de argamassas poliméricas e resinas epóxicas flexibilizadas são exemplos deste sistema Os polímeros empregados lhes conferem a propriedade de dar certa flexibilidade além de aumentar a aderência e a impermeabilidade dos mesmos Utilizase este sistema em saunas banheiros piso de cozinhas paredes de subsolos sem influência do lençol freático entre outros Os sistemas flexíveis são aplicados em estruturas que estão sujeitas ao trabalho térmico e não sujeitas ao lençol freático Utilizamos para estes sistemas mantas prémoldadas e mantas moldadas in loco Aplicase este sistema em terraços pilotis expostos ao sol bases de torre de refrigeração juntas de dilatação entre outros Sistemas rígidos As impermeabilizações rígidas são os concretos impermeáveis e os revestimentos com argamassas impermeabilizados pela inclusão de aditivos especiais Concreto impermeabilizado Para tornar o concreto impermeável basta seguir o traço adequado e adotar cuidados especiais na sua produção e aplicação a elaboração de traço adequado dosagem racional com consumo mínimo de cimento de 300 kgm3 e fator águacimento menor de 050 controlando a granulometria dos agregados Impermeabilização e Cobertura 9 99 16 b uso de cimento pozolânico CP IV ou de altoforno CP III também é recomendado c uso de cimento poliméricos cimentos modificados com polímeros látex é uma novidade para a impermeabilização de elementos de concreto principalmente para reparos em caixas dágua reservatórios paredes em subsolos poços de elevador pisos de cozinhas e banheiros etc d uso de aditivos incorporador de ar para diminuir a possibilidade de ascensão capilar em estruturas em contato com umidade e escolha correta dos aditivos plastificantes e superplastificantes devem ser usados se for o caso para reduzir a relação águacimento f lançamento evitar a ocorrência de juntas frias e tratamento adequado às emendas g adensamento evitar falhas no adensamento com armaduras bem espaçadas e fôrmas estanques h cura executar cura úmida no mínimo por 14 dias i desforma atendimento dos prazos mínimos para desforma e cuidados especiais na retirada das fôrmas e escoras j proteção superficial podese proteger a superfície exposta do concreto impermeável com calda cristalização com cimento pintura betuminosa ou argamassa cimento e areia fina 11 alisada com espátula de aço Argamassa impermeável A impermeabilização com argamassa de cimento e areia adicionada com hidrofugante é indicada para servir de substrato para outros tipos de impermeabilizações para impermeabilizar paredes de alvenaria elementos em contato com solos etc A desvantagem do uso isolado desse tipo de impermeabilização consiste na facilidade com que ocorrem fissuras e trincas devidas a variação de temperatura ou quando não tiveram suas bases devidamente dimensionadas para suportar tensões juntas Para a execução de argamassa impermeável devem ser adotados os seguintes cuidados redobrados na obra a cimento usase o portland comum de boa procedência novo e isento de grumos empelotado Impermeabilização e Cobertura 10 10 10 16 b areia deve ser de granulometria média lavada de rio totalmente isenta de impurezas e peneirada na obra com peneira de 24 a 42 mm para emboço e 12 mm para massa fina areia fina c água potável e relação de águacimento baixa e que imprima a trabalhabilidade necessária em geral algo em torno de 05 d aditivo deve ser incorporado na mistura dependendo do tipo devendose sempre seguir as recomendações do fabricante e aplicação no caso de revestimentos o ideal é fazer a superposição de três camadas de 1 cm com juntas desencontradas em intervalos de 18 horas entre elas chapiscar se for necessário sendo as duas primeiras com acabamento a feltro desempenadeira de feltro e a última com desempenadeira de aço f proteção superficial o reforço pode ser obtido com calda cristalização com cimento pintura betuminosa ou argamassa cimento e areia fina 11 alisada com espátula de aço Preparação das superfícies Para a execução de sistemas de impermeabilização é quase sempre necessário preparar e regularizar as superfícies que irão receber o tratamento especial Os seguintes cuidados são necessários levandose em conta o tipo de impermeabilização que virá sobre a camada de preparação a limpeza retirar e eliminar restos soltos manchas incrustações lavandose energicamente o uso de solução de ácido muriático é possível entretanto não é recomendável b tubulações verificar se todos os embutidos tubulações e caixas já foram assentados e se estão no nível da regularização ou preferencialmente 1 cm abaixo c retoques falhas e nichos devem ser corrigidas e partes não aderidas ou trincadas devem ser refeitas d regularização aplicar uma argamassa de 2 cm de espessura no traço 13 de cimento e areia média desempenada a feltro com os cantos arredondados e de preferência seguindo uma declividade de 05 a 2 e coletores as bolsas dos ralos devem ficar a 1 cm do nível da regularização e vedados com mastique elástico Impermeabilização e Cobertura 11 11 11 16 f secagem é importante deixar secar bem o substrato antes de iniciar qualquer camada impermeável Figura 06 Regularização de piso com argamassa Fonte YAZIGI 1998 Sistemas flexíveis São as impermeabilizações executadas com mantas lençois préfabricadas ou com elastômeros dissolvidos e aplicados no local em forma de pintura ou melação em várias camadas e que ao se evaporar o solvente deixam uma membrana elástica sobre a superfície Mantas de borracha butílica membranas de asfalto com armadura mantas de polietileno lona preta e outras combinações de materiais sempre sem intercalação de tecidos rígidos ou lâminas metálicas cobre alumínio etc A principal vantagem dos sistemas de impermeabilização elástica reside no fato de absorver pequenas movimentações da base substrato sem que ocorram fissuras ou trincamentos ou perda de eficiência 13 IMPERMEABILIZAÇÕES LAMINARES A estanqueidade e a eliminação da umidade são objetivos a serem alcançados na execução das obras de construção que devem conceber especificação de tratamento para os pontos por onde a água penetra nas estruturas Neste sentido podese identificar Impermeabilização e Cobertura 12 12 12 16 nas edificações áreas clássicas que devem ser tratadas por algum processo de impermeabilização ou sejam a telhados e coberturas planas b terraços e áreas descobertas c calhas de escoamento das águas pluviais d caixas dágua piscinas e floreiras e pisos molhados como banheiros áreas de serviços lavanderias etc f marquises g paredes externas sob efeito de intempéries chuvas neve ventos etc h junta de dilatação estrutural e lesões em estruturas i esquadrias peitoris de janelas e soleiras de portas externas j muros de arrimos k água contida no terreno que sobe por capilaridade ou se infiltra em subsolos abaixo do nível freático etc Para que um sistema de impermeabilização tenha um desempenho adequado deverá haver a observação de vários fatores relacionados entre si pois a falha de um deles pode prejudicar o desempenho e a durabilidade da impermeabilização Os principais são Projeto de impermeabilização Deve fazer parte integrante dos projetos complementares de uma construção pois necessita ser estudada e compatibilizada com todos os elementos e detalhes de forma a não sofrer ou ocasionar interferências no projeto Qualidade dos materiais e sistemas de impermeabilização Existem 25 sistemas normalizados pela ABNT no entanto existem mais de 100 produtos no mercado com desempenhos variáveis de diversas origens e métodos de aplicação normalizados ou não que deverão ter suas características analisadas para se Impermeabilização e Cobertura 13 13 13 16 especificar como solução devendose sempre procurar conhecer todos os parâmetros técnicos e esforços mecânicos envolvidos para a escolha do sistema Qualidade da execução da impermeabilização Devese sempre recorrer a mãodeobra especializada na aplicação dos materiais impermeabilizantes pois melhor que seja o material ou sistema empregado de nada adianta se o mesmo for mal aplicado Qualidade da construção A impermeabilização deve sempre ser executada sobre um substrato adequado de forma a não sofrer interferência que comprometa seu desempenho tais como regularização mal executada fissuração do substrato falhas de concretagem sujeiras resíduos de desmoldantes ralos e tubulações mal chumbadas detalhes construtivos que dificultam a impermeabilização etc Preservação da impermeabilização Devese impedir que a impermeabilização aplicada seja danificada por terceiros ainda que involuntários por ocasião da colocação de pregos luminárias páraraios antenas coletivas playground pisos e revestimentos etc Para tanto se deve antecipar a estas interferências na fase de projeto ou caso não seja possível compatibilizala evitando escolher soluções paliativas 14 DETALHES DE SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO São apresentados a seguir detalhes e especificações de sistemas e procedimentos de impermeabilização em situações freqüentes nas edificações como Impermeabilização e Cobertura 14 14 14 16 Figura 07 Detalhe da impermeabilização de baldrame Fonte YAZIGI 1998 15 MATERIAIS UTILIZADOS EM SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO O mercado oferece diversos sistemas que têm aplicações bastante definidas Sua escolha deverá ser determinada em função da dimensão da obra forma de estrutura interferências existentes na área custo vida útil etc Basicamente existem os seguintes sistemas a tamponamento argamassas especiais aditivadas com grande aderência e cura rápida vedação uso de borracha de silicone monocomponente ou a base de poliuretano para a colagem vedação e selagem de materiais de construção como cerâmica metal vidro plástico madeira concreto gesso e outros b membranas flexíveis moldadas in loco emulsões asfálticas soluções asfálticas emulsões acrílicas asfaltos oxidados estrutura asfaltos modificados estrutura elastômeros em solução neoprene e hypalon c membranas flexíveis préfabricadas mantas asfálticas mantas elastoméricas butil EPDM mantas poliméricas PVC d membranas rígidas moldadas in Loco cristalização argamassa rígida aditivada Impermeabilização e Cobertura 15 15 15 16 Manta asfáltica A manta asfáltica é produzida a partir da modificação física do asfalto com uma mescla de polímeros especiais que proporcionam à manta excelente aderência durabilidade e resistência Estruturada com um nãotecido de filamentos contínuos de poliéster resinado e termofixado garante perfeita impermeabilização da área a ser utilizada A Figura 08 apresenta um exemplo com a sequência de execução de impermeabilização com manta asfáltica Essas mantas são produtos impermeabilizantes recomendados para coberturas transitáveis de pedestres e veículos Apresentaremos a sequência da execução de impermeabilização com manta asfáltica 1 Passo Regularização de superfície A superfície deve estar limpa seca e isenta de óleos graxas e partículas soltas de qualquer natureza Executar a regularização da superfície com argamassa desempenada de cimento e areia no traço 13 a 14 com caimento mínimo de 1 para áreas externas e 05 para áreas internas e calhas Arredondar cantos vivos e arestas Tubulações emergentes e ralos deverão estar rigidamente fixados garantindo assim a perfeita execução dos arremates Recomendase que se execute um rebaixamento de 1 cm de profundidade ao redor dos ralos com diâmetro de 50 cm A impermeabilização deve ser executada nos rodapés com altura mínima de 30 cm do piso acabado e embutida com profundidade 3 cm Figura 08 Sequência de execução de impermeabilização com manta asfáltica Fonte YAZIGI 1998 Impermeabilização e Cobertura 16 16 16 16 Figura 09 Regularizaão da superfície Fonte Pezzolo 2022 2 Passo Aplicação do Primer Após regularizar a superfície devese aguardar a secagem no mínimo 48 horas e em seguida fazer a aplicação na área utilizando primer tinta de ligação fornecido pelo fabricante com consumo aproximado de 05 litrom² Camada de imprimação é o estrato com a função de favorecer a aderência da camada impermeável Figura 10 Aplicação do primer Fonte Pezzolo 2022 3 Passo Aplicação de manta asfáltica Quando o primer estiver seco desenrolar a manta que tem 1 m x 10 m do ponto mais baixo para o mais alto A sobreposição entre duas mantas devem ser de no mínimo 10 cm tomandose os cuidados necessários para uma perfeita aderência Figura XX É Impermeabilização e Cobertura 17 17 17 16 importante prever um banho de asfalto após a colagem da emenda no caso de não ser prevista um banho geral de asfalto Figura 11 Aplicação da manta com sopreposição de 10 cm Fonte Pezzolo 2022 5 Passo Teste de estaiqueidade Para comprovar a eficiência da impermeabilização quando este é composto por mantas utilizamos o teste de estanqueidade por 72 horas Após este período observase a ocorrência de sinais de infiltração Na figura 5 observase este teste de estanqueidade Figura 12 Teste de estaiqueidade de 72 hrs Fonte Pezzolo 2022 Impermeabilização e Cobertura 18 18 18 16 5 Passo Aplicação de camada separadora Sobre a impermeabilização colocar camada separadora composta por papel kraft filme de polietileno ou similar A camada separadora tem a função de evitar a aderência da proteção mecânica sobre a impermeabilização evitando que atuem diretamente sobre a mesma provocando seu desgaste Figura 12 Camada separadora Fonte Pezzolo 2022 6 Passo Proteção mecânica Tratase basicamente do revestimento primário ou definitivo para evitar abrasão ou perfuração da manta com objetos cortantes ou desgaste prematuro ou ressecamento do material Executase em seguida uma argamassa de cimento e areia no traço 13 ou 14 e espessura mínima entre 3 e 4 cm Essa camada é importante porque absorve e ajuda a dissipar esforços estáticos ou dinâmicos que acontecem na área impermeabilizada formando uma verdadeira barreira de proteção Impermeabilização e Cobertura 19 19 19 16 2 COBERTURA O mercado oferece uma diversidade de materiais para telhamento de coberturas cuja escolha na especificação de um projeto depende de diversos fatores entre eles o custo que irá determinar o patamar de exigência com relação à qualidade final do conjunto devendose considerar as seguintes condições mínimas Deve ser impermeável sendo esta a condição fundamental mais relevante Resistente o suficiente para suportar as solicitações e impactos Possuir leveza com peso próprio e dimensões que exijam menos densidade de estruturas de apoio Deve possuir articulação para permitir pequenos movimentos Ser durável e devem manterse inalteradas suas características mais importantes Deve proporcionar um bom isolamento térmico e acústico 21 COBERTURAS EM TELHADOS Caracterizase aqui o telhado como sendo um revestimento descontínuo constituído de materiais capazes de prover estanqueidade à água de chuva repousados ou fixados sobre uma estruturação leve Neste item serão apresentados as partes constituintes das coberturas em telhados 211 Partes constituintes As partes constituintes das coberturas em telhados e suas funções principais são assim a telhamento constituído por telhas de diversos materiais cerâmica fibrocimento concreto metálica e outros e dimensões tendo a função de vedação b trama constituída geralmente por terças caibros e ripas tendo como função a sustentação das telhas Impermeabilização e Cobertura 20 20 20 16 c estrutura de apoio constituída geralmente por tesouras oitões pontaletes ou vigas tendo a função de receber e distribuir adequadamente as cargas verticais ao restante do edifício d sistemas de captação de águas pluviais constituídos geralmente por rufos calhas condutores verticais e acessórios tendo como função a drenagem das águas pluviais Telhamento O mercado oferece uma diversidade de materiais para telhamento de coberturas cuja escolha na especificação de um projeto depende de diversos fatores entre eles o custo que irá determinar o patamar de exigência com relação à qualidade final do conjunto devendose considerar as seguintes condições mínimas a deve ser impermeável sendo esta a condição fundamental mais relevante b resistente o suficiente para suportar as solicitações e impactos c possuir leveza com peso próprio e dimensões que exijam menos densidade de estruturas de apoio d deve possuir articulação para permitir pequenos movimentos e ser durável e devem manterse inalteradas suas características mais importantes f deve proporcionar um bom isolamento térmico e acústico Chapa de aço zincado a existem perfis ondulados trapezoidais e especiais b podem ser obtidas em cores com pintura eletrostática c permitem executar coberturas com pequenas inclinações d podem ser fornecidas com aderência na face inferior de poliestireno expandido para a redução térmica de calor e principais fornecedores Chapas Dobel sueca Mini Kalha Tekno e Perkrom Impermeabilização e Cobertura 21 21 21 16 Telhas autoportantes a executadas com chapas metálicas ou concreto protendido em perfis especiais autoportantes para vencer grandes vãos variando de 10 a 30 metros em coberturas planas e arcadas sem a existência de estrutura de apoio b utilizadas em construções de galpões industriais agrícolas esportivos hangares etc c principais fornecedores Kalha Tekno Imasa Pimental Macmetal Cimasa Cassol Consid etc Telhas de alumínio a é o material mais leve e de maior custo b fornecidas em perfil ondulados e trapezoidais c refletem 60 das irradiações solares mantendo o conforto térmico sob a cobertura São resistentes e duráveis d cuidado deve ser observado para não apoiar as peças diretamente sobre a estrutura de apoio em metal ferroso as peças devem ser isoladas no contato e principais fornecedores Alcan Alcoa Asa Belmetal etc Telhas plásticas a fornecidas em chapas onduladas e trapezoidais translúcidas e opacas de PVC ou Poliester e em cores b principais fornecedores Goyana Tigre Plagon Trorion etc Telhas cerâmicas As telhas cerâmicas são tradicionalmente usadas na construção civil Em princípio há dois tipos de telhas cerâmicas as planas e as curvas As telhas planas são do tipo Marselha também conhecidas por telhas francesas e as telhas de escamas pouco encontradas As telhas francesas são planas com encaixes laterais e nas extremidades com agarração para fixação às ripas Pesam aproximadamente 2 kg e são necessárias 15 peças por metro quadrado de cobertura Para a inclinação usual de 30º isso corresponde a 22 peças por metro quadrado de projeção Impermeabilização e Cobertura 22 22 22 16 As telhas do tipo capa e canal também chamadas romanas ou coloniais podem ser simples ou com encaixes e de cumeeira As coloniais simples sem encaixe pesam 180 kg por unidade As coloniais de encaixe são de diversos desenhos e tamanhos O sistema de fixação destas telhas também variam muito As telhas de cumeeira são usadas nas cumeeiras e nos espigões são do tipo capa mas com encaixe e desenho de arremate Figura 13 Telhas de barro cozido cerâmica Fonte UEPG 2001 Telhas de fibrocimento a são fabricadas com cimento portland e fibras de amianto sob pressão b incombustíveis leves resistentes e de grande durabilidade c fácil instalação existindo peças de concordância e acabamento e exigindo estrutura de apoio de pouco volume d perfis variados e também autoportantes com até 90 m de comprimento A Tabela 02 apresenta as dimensões padronizadas das telhas onduladas de fibrocimento Tabela 02 dimensões padronizadas das telhas onduladas de fibrocimento Fonte YAZIGI 1998 Impermeabilização e Cobertura 23 23 23 16 O recobrimento lateral é de ¼ de onda O recobrimento mínimo longitudinal é de 14 cm As telhas com comprimento superior a 183 m de 6 mm e de 213 m de 8 mm exigem terça intermediária de apoio Na montagem da primeira fiada as chapas precisam ser fixadas com um parafuso por chapa colocado na crista da 2a onda necessitando a última chapa ser fixada com dois parafusos na crista das 2a e 5a ondas Nas chapas das fiadas intermediárias terão de ser aplicados dois ganchos chatos na cava da 1a e 4a onda O caimento mínimo a ser empregado é de 10º ou seja 176 abaixo desse limite estarseá arriscando infiltração de água através da junção das telhas A superposição das chapas variam conforme sua inclinação sendo portanto para telhados com menos de 15º de inclinação usar recobrimento longitudinal mínimo de 20 cm para caimentos maiores de 15º podese usar recobrimento longitudinal de 14 cm O espaçamento máximo entre as terças é de 169 m Por essa razão a chapa mais econômica é a de 183 m já que para as telhas maiores se torna indispensável a colocação de terça intermediária para telhas de 6 mm de espessura Quanto aos beirais os comprimentos das chapas máximo e mínimo em balanço são beirais sem calha máximo 40 cm e mínimo 25 cm beirais com calha máximo 25 cm e mínimo 10 cm Telhas de concreto a telhas produzidas com traço especial de concreto leve proporcionando um telhado com 105 telhas por metro quadrado e peso de 50 kgm² b perfis variados com textura em cores obtidas pela aplicação de camada de verniz especial de base polímero acrílica c alta resistência das peças superior a 300 kg A Tabela 02 apresenta as dimensões nominais da telha de concreto comumente conhecida como tipo tégula que é o seu principal fabricante Impermeabilização e Cobertura 24 24 24 16 Tabela 03 Dimensões nominais da telha de concreto do tipo Fonte GUIA TÉGULA1999 Figura 14 Telhas de concreto Fonte YAZIGI 1998 22 ESTRUTURA A estrutura dos telhados tem como funções principais a sustentação e fixação das telhas e a transmissão dos esforços solicitantes para os elementos estruturais garantindo assim a estabilidade do telhado A estrutura dos telhados pode ser dividida em estrutura de apoio trama A trama é a estrutura que serve de sustentação e fixação das telhas Para telhas com pequenas dimensões tais como as telhas cerâmicas e de concreto a trama geralmente é constituída por terças caibros e ripas de madeira Figura 15 Impermeabilização e Cobertura 25 25 25 16 Figura 15 Telhas de concreto Fonte YAZIGI 1998 Para telhas de dimensões maiores tais como as telhas metálicas plásticas e de fibrocimento é possível eliminar os caibros e ripas Terças As terças apoiamse sobre as tesouras consecutivas pontaletes e suas bitolas dependem do espaço entre elas vão livre entre tesouras do tipo de madeira e da telha empregada Podese adotar em geral bitolas de 6 x 12 se o vão entre tesouras não exceder a 250m bitolas de 6 x 16 para vãos entre 250 a 350m Para vãos maiores que 350m devese utilizar bitolas especiais o que não é aconselhável pelo custo mais elevado dessas peças Tabela 04 Vão máximo das terças m Fonte YAZIGI 1998 Impermeabilização e Cobertura 26 26 26 16 As terças são peças horizontais colocadas em direção perpendicular às tesouras e recebem o nome de cumeeiras quando são colocadas na parte mais alta do telhado cume e contra frechal na parte baixa As terças devem ser apoiadas nos nós das tesouras Caibros Os caibros são colocados em direção perpendicular às terças portanto paralela às tesouras São inclinados sendo que seu declive determina o caimento do telhado A bitola do caibro varia com o espaçamento das terças com o tipo de madeira e da telha Os caibros são colocados com uma distância máxima de 050m eixo a eixo para que se possa usar ripas comuns de peroba 1x5cm Podese adotar em geral terças espaçadas até 200m usamos caibros de 5 x 6 cm quando as terças excederem a 200m e não ultrapassarem a 250m usamos caibros de 5x7 6x8 Tabela 05 Vão Máximo dos Caibros m Fonte YAZIGI 1998 Ripas As ripas são a última parte da trama e são pregadas perpendicularmente aos caibros São encontradas com seções de 10x50cm 12x50cm O espaçamento entre ripas depende da telha utilizada Para a colocação das ripas é necessário que se tenha na obra algumas telhas para medir a sua galga Figura 16 Portanto para se garantir esse espaçamento constante o carpinteiro deve preparar uma guia galga Impermeabilização e Cobertura 27 27 27 16 Figura 16 Montagem das ripas Fonte FACENS 2001 As ripas suportam o peso da telhas devemos portanto verificar o espaçamento entre os caibros Se este espaçamento for de 050 em 050m podemos utilizar as ripas 10x50m Se for maior utilizamos sarrafos de 25x50m peroba Pontaletes Podese construir o telhado sem o uso de tesouras Para isso devese apoiar as terças em estruturas de concreto ou em pontaletes Em construções residenciais as paredes internas e as lajes oferecem apoios intermediárias Nesses casos portanto o custo da estrutura pode se tornar menor Figura 17 Apoio dos pontaletes em paredes Fonte FACENS 2001 O pontalete trabalha à compressão e deve fixado em um berço de madeira apoiado na laje Figura 17 Sendo assim a laje recebe uma carga distribuída Nas lajes maciças podese apoiar em qualquer ponto Havendo necessidade de se colocar um pontalete fora das paredes é necessário que se faça uma viga de concreto invertida para vão grandes ou vigas de madeira para vãos pequenos Impermeabilização e Cobertura 28 28 28 16 Para execução de telhado com pontaletes devese ainda atentar para alguns pontos a distância dos pontaletes deve ser igual a das tesouras a distância entre as terças deve ser igual à distância das mesmas quando apoiadas nas tesoura para distribuir melhor os esforços deverá ser acrescido aos pontaletes berço de no mínimo 40cm mãos francesas nas duas direções do pontalete Figura 18 ou tirantes chumbados nas lajes para dar estabilidade ao conjunto Figura 18 Detalhes de apoio dos pontaletes com berço ou com mãos francesas Fonte FACENS 2001 Impermeabilização e Cobertura 29 29 29 16 Estruturas de apoio tipo tesoura As armações tipo tesouras correspondem ao sistema de vigas estruturais treliçadas ou seja estruturas isostáticas executadas com barras situadas num plano e ligadas umas ao outras em suas extremidades por articulações denominadas de nós em forma de triângulos interligados e constituindo uma cadeia rija apoiada nas extremidades Independente do material a ser utilizado na execução de estruturas tipo tesoura as concepções estruturais são definidas pelas necessidades arquitetônicas do projeto e das dimensões da estrutura requerida onde podemos ter os seguintes esquemas Figura 19 Tipos de tesouras Fonte YAZIGI 1998 Para orientar a comunicação com o pessoal nas obras a terminologia das peças que compõem um telhado é a seguinte Impermeabilização e Cobertura 30 30 30 16 Figura 20 Componentes de uma tesoura Fonte YAZIGI 1998 23 SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS Os condutores são os complementos das coberturas dandolhes o arremate e evitando com isso as infiltrações de águas de chuvas As partes constituintes do sistema de águas pluviais são Calhas São captadoras de águas pluviais e são colocadas horizontalmente São confeccionadas com chapas galvanizadas nº 26 e 24 mas geralmente se utiliza a chapa nº26 As chapas galvanizadas geralmente medem 100m de largura por diversos valores de comprimento Portanto para maior aproveitamento das chapas quanto a sua largura e para reduzir o preço das peças as mesmas são cortadas em medidas padrões Os principais modelos de calhas são as internas que ficam escondidas pelas platibandas e as externas que são fixadas aparentes Impermeabilização e Cobertura 31 31 31 16 Figura 21 Modelos de calhas internas escondidas pelas platibandas Fonte FACENS 2001 Fonte Facens 2001 Água furtada São captadoras de águas pluviais e são colocadas inclinadas entre os panos de água São confeccionadas como as calhas com chapas galvanizadas nº 26 e 24 Figura 22 Água furtada Fonte Facens 2001 Condutores São canalizações verticais que transportam as águas coletadas pelas calhas e pelas águas furtadas aos coletores Podem ser feitas de chapas galvanizadas ou de PVC Coletores São canalizações compreendidas entre os condutores e o sistema público de águas pluviais Rufos e Pingadeiras Os rufos são elementos metálicos que protegem a junção entre o final do telhado a parede interna das platibandas para evitar a penetração de água pluvial A pingadeira é um elemento externo às fachadas constituído de um sulco Impermeabilização e Cobertura 32 32 32 16 ou saliência destinado a desviar as águas pluviais impedindo que escorram ao longo das paredes Um modelo simplificado de rufo e pingadeira encontrase na Figura 23 Figura 23 Rufo e pingadeira Fonte Facens 2001 Beirais Beiral é a parte do telhado que avança além dos alinhamentos das paredes externas Geralmente possui largura variando entre 040 a 100 m sendo o mais comum entre 060 e 080m Figura 24 Figura 24 Tipo de beiral em telha vã Fonte Facens 2001 Impermeabilização e Cobertura 33 33 33 16 Platibanda São peças executadas em alvenaria que escondem os telhados e eliminam os beirais Neste caso sempre se coloca uma calha Figura 25 Figura 25 Tipos de platibandas Fonte Facens 2001 Linhas do telhado As principais linhas do telhado são as cumeeiras os espigões e as águasfurtadas ou rincões Na Figura 26 a cumeeira apresentase como um divisor de águas horizontal sendo representada pela letra A os espigões são divisores de águas inclinados marcados pela letra B e as águasfurtadas ou rincões são receptoras de água inclinados identificados pela letra C Figura 26 Marcações representando a cumeeira os espigões e as águasfurtadas Fonte Facens 2001 Impermeabilização e Cobertura 34 34 34 16 Figura 27 Partes do telhado Fonte FACENS 2001 Fonte Facens 2001 O telhado pode terminar em um oitão ou em água Na Figura 28 apresentase um telhado com duas águas terminando em dois oitões ou um telhado de quatro águas sem oitões Figura 28 Telhados com águas e oitões Fonte Facens 2001 Impermeabilização e Cobertura 35 35 35 16 Figura 29 Telhados com apenas 1 água Fonte Facens 2001 Figura 30 Telhados com 2 águas Fonte Facens 2001 Figura 31 Telhados com 3 águas Fonte Facens 2001 Impermeabilização e Cobertura 36 36 36 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AZEREDO Hélio Alves de O edifício e seu acabamento São Paulo Edgard Blücher 1987 1178p AZEREDO Hélio Alves de O edifício e sua cobertura São Paulo Edgard Blücher 1977 182p BAUER L A Falcão Materiais de construção 5ª edição Rio de Janeiro RJ LTC Livros Técnicos e Científicos Editora SA 1994 935p ABCP Manual de estruturas de concreto armado Associação Brasileira de Cimento Portland Versão preliminar 2002 ABIMCI Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente Endereço eletrônico visitado na Internet wwwabimcicombr Acesso em 18072000 Associação Brasileira de Normas Técnicas NB71911982 NB16 Execução de desenhos para obras de concreto simples ou armado Procedimento BARROS MMSB MELHADO SB Produção de concreto armado de edifícios São Paulo 1993 Texto Técnico da Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia de Construção Civil TT PCC04 BATLOUNI NETO J Projeto de estruturas de concreto armado diretrizes para otimização do desempenho e do custo do edifício Dissertação de mestrado IPT São Paulo 2003 171p BELGO a Belgo 50 e Belgo 60 Artigo Técnico Disponível em httpbelgocombr Acesso em 30012022 BELGO b Alterações da norma brasileira NBR 7480 Artigo Técnico Disponível em httpbelgocombr Acesso em 30012022 BUKHART AF Selecting a wall forming system for your next job In SEMINAR BRITO José Luis Wey de Fundações do edifício São Paulo EPUSP 1987 ESTACAS FUNDESP Fundações Indústria e Comercio SA Catálogo São Paulo Fundesp 1987 NACIONAL Engenharia de Fundações e Solos Ltda Tecnologia em estacas do tipo raiz São Paulo Nacional sd
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IMPERMEABILIZAÇÃO E COBERTURA Lauri Anderson Lenz Impermeabilização e Cobertura 2 22 16 1 IMPERMEABILIZAÇÃO 11 CONCEITO Impermeabilização é a proteção das construções contra a infiltração da água Fundamentalmente é da ação da umidade nos materiais e estruturas de construção que advém a necessidade dos procedimentos técnicos de impermeabilização ou seja a elaboração dos projetos de especificação orientação e execução de obras de impermeabilização A ação da umidade sobre as edificações Não há dúvida de que a umidade é a responsável por muitas das patologias que aparecem nas edificações ao longo de sua utilização e que contribui de modo a afetar negativamente não só as estruturas de construção como a saúde dos usuários O ideal é prever e analisar todas as condições que favoreçam o aparecimento e o acúmulo de água nas edificações na fase de projeto para a partir daí adotar os procedimentos mais adequados segundo a tipologia com que ocorrerá a presença indesejada de umidade na construção ao longo de sua vida útil Figura 01 Principais responsáveis por manifestações patológicas por problemas de impermeabilizaão Fonte YAZIGI 1998 Impermeabilização e Cobertura 3 33 16 Presença característica da umidade a umidade do solo lençol freático vazamentos de tubulações subterrâneas e umidade natural do solo b umidade da atmosfera chuva e outras intempéries e condensação c umidade vinda de outras obras vizinhas desnível com o arruamento e outras obras falta de drenagem superficial e proximidade com estruturas d umidade provinda da construção vazamentos infiltrações falta de ventilação falta e insolação capilaridade dos materiais e falhas de projeto 12 AS CONSEQÜÊNCIAS DA UMIDADE SOBRE AS EDIFICAÇÕES Além das graves conseqüências em termos da saúde das pessoas a umidade não controlada pode ocasionar o aparecimento dos seguintes problemas os mais significativos que por sua vez irão acarretar outras patologias na edificação muito severas em alguns casos a goteiras é gotejamento direto de água advinda de chuvas vazamentos ou infiltrações em marquizes floreiras terraços etc b manchas é a saturação de água nos materiais sujeitos a umidade tendo como conseqüência o aparecimento de manchas características e posterior deterioração c mofo é o desenvolvimento de fungos que irão causar deterioração dos materiais apodrecimento de madeiras e desagregação de revestimentos e alvenaria d oxidação é a reação química que ocorre nos metais sujeitos a umidade No aço chamase ferrugem e causa o aumento considerável de volume das barras desagregando o recobrimento expondo as armaduras a mais ataques externos e eflorescência é formação de sais solúveis que se depositam nas superfícies dos materiais carreados do seu interior pela umidade que os atravessa formando manchas brancas ou em outras situações aumentando de volume na forma de estalactites Estes sais estão presentes nos tijolos no cimento na areia no concreto na argamassa etc Impermeabilização e Cobertura 4 44 16 f criptoflorescência também são formações salinas de mesma causa e mecanismo que as eflorescências mas que formam grandes cristais que se fixam no interior da própria parede ou estrutura vindo aumentar muito de volume e causando a desagregação dos materiais g gelividade é o fenômeno causado pelo congelamento da umidade existente nos poros dos materiais na presença de temperaturas entre 0º a 6º C aumentando de volume e desagregando continuadamente a face do material h condensação em certas condições de temperatura e umidade pode ocorrer condensação ou seja o agrupamento de moléculas de água no resfriamento das mesmas i deterioração efeitos da ação constante da água umidade sobre os materiais e estruturas reduzindo a duração dos mesmos 13 TIPOS DE INFILTRAÇÕES O CAMINHO DA ÁGUA NAS EDIFICAÇÕES a Pressão Hidrostática que ocorre devido à pressão exercida por um determinado volume de água confinada e permeia através de fissuras trincas e rachaduras das estruturas e dos materiais Figura 02 Pressão hidrostática Fonte YAZIGI 1998 Impermeabilização e Cobertura 5 55 16 Quando falamos em formas de pressão dágua estamos nos referindo às pressões hidrostáticas positivas e negativas A pressão positiva é a força exercida pela água ou umidade diretamente sobre o sistema impermeabilizante que o comprime contra a base sobre a qual está aplicado Já a pressão negativa é a pressão exercida pela água atuando no sentido oposto ao da impermeabilização isto é penetrando através da estrutura e forçando a impermeabilização de modo a tentar soltála de onde foi aplicada De acordo com a NBR 9575 temos as seguintes definições água sob pressão negativa água confinada ou não que exerce pressão hidrostática superior a 1 kPa 01 mca de forma inversa à impermeabilização água sob pressão positiva água confinada ou não que exerce pressão hidrostática superior a 1 kPa 01 mca de forma direta à impermeabilização b Percolação a água escoa por gravidade livre da ação de pressão hidrostática situação muito comum em lâminas de água sobre terraços e coberturas conforme se observa na Figura 03 c Capilaridade que ocorre através dos poros dos materiais pela ação da chamada tensão superficial onde a situação mais características é a presença de umidade do solo que se eleva no material em geral 70 a 80 cm conforme observase na Figura 04 Figura 03 Percolação da água Fonte YAZIGI 1998 Impermeabilização e Cobertura 6 66 16 Figura 04 Capilaridade da água Fonte YAZIGI 1998 d Condensação que ocorre pelo esfriamento de vapores ou de certo teor de umidade existente no ambiente Figura 05 Condensação da água Fonte YAZIGI 1998 Impermeabilização e Cobertura 7 77 16 12 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO Os sistemas de impermeabilização podem ser classificados quanto à aderência flexibilidade e execução Esta classificação está apresentada na tabela 3 Tabela 1 Sistemas de impermeabilização Fonte YAZIGI 1998 Classificação quanto à Aderência A norma NBR 9575 2003 classifica os processos quanto à aderência em aderentes parcialmente aderentes e não aderentes Os processos aderentes são totalmente ligados à estrutura de concreto armado constituído por materiais de seu próprio corpo São exemplos deste processo o chapisco na argamassa impermeável e a imprimação no revestimento impermeável Os processos parcialmente aderentes são definidos como o conjunto de materiais ou produtos aplicáveis nas partes construtivas parcialmente aderidos ao substrato Este processo só tem aderência na zona de compressão da ferragem do concreto e soltos na zona de tração Já os processos não aderentes são definidos como um conjunto de materiais ou produtos aplicáveis nas partes construtivas totalmente não aderidos ao substrato É exemplificada pelo contato do processo somente com as superfícies verticais de arremate Impermeabilização e Cobertura 8 88 16 Classificação quanto à Flexibilidade Nesta classificação os sistemas podem ser rígidos semiflexíveis e flexíveis Os sistemas rígidos são utilizados em estruturas com sub pressão e não sujeitas à movimentação forte exposição solar e variações térmicas e vibração Este sistema acompanha proporcionalmente o trabalho estrutural sem sofrer infiltração nas zonas de fissuração Utilizamse argamassas impermeáveis e processos de cristalização para este sistema Aplicase este sistema em reservatórios piscinas e caixas dágua enterradas fundações subsolos pisos paredes de encosta entre outros Os sistemas semiflexíveis são muito eficientes para superfícies sujeitas a rachaduras e fissuras Aplicação de argamassas poliméricas e resinas epóxicas flexibilizadas são exemplos deste sistema Os polímeros empregados lhes conferem a propriedade de dar certa flexibilidade além de aumentar a aderência e a impermeabilidade dos mesmos Utilizase este sistema em saunas banheiros piso de cozinhas paredes de subsolos sem influência do lençol freático entre outros Os sistemas flexíveis são aplicados em estruturas que estão sujeitas ao trabalho térmico e não sujeitas ao lençol freático Utilizamos para estes sistemas mantas prémoldadas e mantas moldadas in loco Aplicase este sistema em terraços pilotis expostos ao sol bases de torre de refrigeração juntas de dilatação entre outros Sistemas rígidos As impermeabilizações rígidas são os concretos impermeáveis e os revestimentos com argamassas impermeabilizados pela inclusão de aditivos especiais Concreto impermeabilizado Para tornar o concreto impermeável basta seguir o traço adequado e adotar cuidados especiais na sua produção e aplicação a elaboração de traço adequado dosagem racional com consumo mínimo de cimento de 300 kgm3 e fator águacimento menor de 050 controlando a granulometria dos agregados Impermeabilização e Cobertura 9 99 16 b uso de cimento pozolânico CP IV ou de altoforno CP III também é recomendado c uso de cimento poliméricos cimentos modificados com polímeros látex é uma novidade para a impermeabilização de elementos de concreto principalmente para reparos em caixas dágua reservatórios paredes em subsolos poços de elevador pisos de cozinhas e banheiros etc d uso de aditivos incorporador de ar para diminuir a possibilidade de ascensão capilar em estruturas em contato com umidade e escolha correta dos aditivos plastificantes e superplastificantes devem ser usados se for o caso para reduzir a relação águacimento f lançamento evitar a ocorrência de juntas frias e tratamento adequado às emendas g adensamento evitar falhas no adensamento com armaduras bem espaçadas e fôrmas estanques h cura executar cura úmida no mínimo por 14 dias i desforma atendimento dos prazos mínimos para desforma e cuidados especiais na retirada das fôrmas e escoras j proteção superficial podese proteger a superfície exposta do concreto impermeável com calda cristalização com cimento pintura betuminosa ou argamassa cimento e areia fina 11 alisada com espátula de aço Argamassa impermeável A impermeabilização com argamassa de cimento e areia adicionada com hidrofugante é indicada para servir de substrato para outros tipos de impermeabilizações para impermeabilizar paredes de alvenaria elementos em contato com solos etc A desvantagem do uso isolado desse tipo de impermeabilização consiste na facilidade com que ocorrem fissuras e trincas devidas a variação de temperatura ou quando não tiveram suas bases devidamente dimensionadas para suportar tensões juntas Para a execução de argamassa impermeável devem ser adotados os seguintes cuidados redobrados na obra a cimento usase o portland comum de boa procedência novo e isento de grumos empelotado Impermeabilização e Cobertura 10 10 10 16 b areia deve ser de granulometria média lavada de rio totalmente isenta de impurezas e peneirada na obra com peneira de 24 a 42 mm para emboço e 12 mm para massa fina areia fina c água potável e relação de águacimento baixa e que imprima a trabalhabilidade necessária em geral algo em torno de 05 d aditivo deve ser incorporado na mistura dependendo do tipo devendose sempre seguir as recomendações do fabricante e aplicação no caso de revestimentos o ideal é fazer a superposição de três camadas de 1 cm com juntas desencontradas em intervalos de 18 horas entre elas chapiscar se for necessário sendo as duas primeiras com acabamento a feltro desempenadeira de feltro e a última com desempenadeira de aço f proteção superficial o reforço pode ser obtido com calda cristalização com cimento pintura betuminosa ou argamassa cimento e areia fina 11 alisada com espátula de aço Preparação das superfícies Para a execução de sistemas de impermeabilização é quase sempre necessário preparar e regularizar as superfícies que irão receber o tratamento especial Os seguintes cuidados são necessários levandose em conta o tipo de impermeabilização que virá sobre a camada de preparação a limpeza retirar e eliminar restos soltos manchas incrustações lavandose energicamente o uso de solução de ácido muriático é possível entretanto não é recomendável b tubulações verificar se todos os embutidos tubulações e caixas já foram assentados e se estão no nível da regularização ou preferencialmente 1 cm abaixo c retoques falhas e nichos devem ser corrigidas e partes não aderidas ou trincadas devem ser refeitas d regularização aplicar uma argamassa de 2 cm de espessura no traço 13 de cimento e areia média desempenada a feltro com os cantos arredondados e de preferência seguindo uma declividade de 05 a 2 e coletores as bolsas dos ralos devem ficar a 1 cm do nível da regularização e vedados com mastique elástico Impermeabilização e Cobertura 11 11 11 16 f secagem é importante deixar secar bem o substrato antes de iniciar qualquer camada impermeável Figura 06 Regularização de piso com argamassa Fonte YAZIGI 1998 Sistemas flexíveis São as impermeabilizações executadas com mantas lençois préfabricadas ou com elastômeros dissolvidos e aplicados no local em forma de pintura ou melação em várias camadas e que ao se evaporar o solvente deixam uma membrana elástica sobre a superfície Mantas de borracha butílica membranas de asfalto com armadura mantas de polietileno lona preta e outras combinações de materiais sempre sem intercalação de tecidos rígidos ou lâminas metálicas cobre alumínio etc A principal vantagem dos sistemas de impermeabilização elástica reside no fato de absorver pequenas movimentações da base substrato sem que ocorram fissuras ou trincamentos ou perda de eficiência 13 IMPERMEABILIZAÇÕES LAMINARES A estanqueidade e a eliminação da umidade são objetivos a serem alcançados na execução das obras de construção que devem conceber especificação de tratamento para os pontos por onde a água penetra nas estruturas Neste sentido podese identificar Impermeabilização e Cobertura 12 12 12 16 nas edificações áreas clássicas que devem ser tratadas por algum processo de impermeabilização ou sejam a telhados e coberturas planas b terraços e áreas descobertas c calhas de escoamento das águas pluviais d caixas dágua piscinas e floreiras e pisos molhados como banheiros áreas de serviços lavanderias etc f marquises g paredes externas sob efeito de intempéries chuvas neve ventos etc h junta de dilatação estrutural e lesões em estruturas i esquadrias peitoris de janelas e soleiras de portas externas j muros de arrimos k água contida no terreno que sobe por capilaridade ou se infiltra em subsolos abaixo do nível freático etc Para que um sistema de impermeabilização tenha um desempenho adequado deverá haver a observação de vários fatores relacionados entre si pois a falha de um deles pode prejudicar o desempenho e a durabilidade da impermeabilização Os principais são Projeto de impermeabilização Deve fazer parte integrante dos projetos complementares de uma construção pois necessita ser estudada e compatibilizada com todos os elementos e detalhes de forma a não sofrer ou ocasionar interferências no projeto Qualidade dos materiais e sistemas de impermeabilização Existem 25 sistemas normalizados pela ABNT no entanto existem mais de 100 produtos no mercado com desempenhos variáveis de diversas origens e métodos de aplicação normalizados ou não que deverão ter suas características analisadas para se Impermeabilização e Cobertura 13 13 13 16 especificar como solução devendose sempre procurar conhecer todos os parâmetros técnicos e esforços mecânicos envolvidos para a escolha do sistema Qualidade da execução da impermeabilização Devese sempre recorrer a mãodeobra especializada na aplicação dos materiais impermeabilizantes pois melhor que seja o material ou sistema empregado de nada adianta se o mesmo for mal aplicado Qualidade da construção A impermeabilização deve sempre ser executada sobre um substrato adequado de forma a não sofrer interferência que comprometa seu desempenho tais como regularização mal executada fissuração do substrato falhas de concretagem sujeiras resíduos de desmoldantes ralos e tubulações mal chumbadas detalhes construtivos que dificultam a impermeabilização etc Preservação da impermeabilização Devese impedir que a impermeabilização aplicada seja danificada por terceiros ainda que involuntários por ocasião da colocação de pregos luminárias páraraios antenas coletivas playground pisos e revestimentos etc Para tanto se deve antecipar a estas interferências na fase de projeto ou caso não seja possível compatibilizala evitando escolher soluções paliativas 14 DETALHES DE SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO São apresentados a seguir detalhes e especificações de sistemas e procedimentos de impermeabilização em situações freqüentes nas edificações como Impermeabilização e Cobertura 14 14 14 16 Figura 07 Detalhe da impermeabilização de baldrame Fonte YAZIGI 1998 15 MATERIAIS UTILIZADOS EM SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO O mercado oferece diversos sistemas que têm aplicações bastante definidas Sua escolha deverá ser determinada em função da dimensão da obra forma de estrutura interferências existentes na área custo vida útil etc Basicamente existem os seguintes sistemas a tamponamento argamassas especiais aditivadas com grande aderência e cura rápida vedação uso de borracha de silicone monocomponente ou a base de poliuretano para a colagem vedação e selagem de materiais de construção como cerâmica metal vidro plástico madeira concreto gesso e outros b membranas flexíveis moldadas in loco emulsões asfálticas soluções asfálticas emulsões acrílicas asfaltos oxidados estrutura asfaltos modificados estrutura elastômeros em solução neoprene e hypalon c membranas flexíveis préfabricadas mantas asfálticas mantas elastoméricas butil EPDM mantas poliméricas PVC d membranas rígidas moldadas in Loco cristalização argamassa rígida aditivada Impermeabilização e Cobertura 15 15 15 16 Manta asfáltica A manta asfáltica é produzida a partir da modificação física do asfalto com uma mescla de polímeros especiais que proporcionam à manta excelente aderência durabilidade e resistência Estruturada com um nãotecido de filamentos contínuos de poliéster resinado e termofixado garante perfeita impermeabilização da área a ser utilizada A Figura 08 apresenta um exemplo com a sequência de execução de impermeabilização com manta asfáltica Essas mantas são produtos impermeabilizantes recomendados para coberturas transitáveis de pedestres e veículos Apresentaremos a sequência da execução de impermeabilização com manta asfáltica 1 Passo Regularização de superfície A superfície deve estar limpa seca e isenta de óleos graxas e partículas soltas de qualquer natureza Executar a regularização da superfície com argamassa desempenada de cimento e areia no traço 13 a 14 com caimento mínimo de 1 para áreas externas e 05 para áreas internas e calhas Arredondar cantos vivos e arestas Tubulações emergentes e ralos deverão estar rigidamente fixados garantindo assim a perfeita execução dos arremates Recomendase que se execute um rebaixamento de 1 cm de profundidade ao redor dos ralos com diâmetro de 50 cm A impermeabilização deve ser executada nos rodapés com altura mínima de 30 cm do piso acabado e embutida com profundidade 3 cm Figura 08 Sequência de execução de impermeabilização com manta asfáltica Fonte YAZIGI 1998 Impermeabilização e Cobertura 16 16 16 16 Figura 09 Regularizaão da superfície Fonte Pezzolo 2022 2 Passo Aplicação do Primer Após regularizar a superfície devese aguardar a secagem no mínimo 48 horas e em seguida fazer a aplicação na área utilizando primer tinta de ligação fornecido pelo fabricante com consumo aproximado de 05 litrom² Camada de imprimação é o estrato com a função de favorecer a aderência da camada impermeável Figura 10 Aplicação do primer Fonte Pezzolo 2022 3 Passo Aplicação de manta asfáltica Quando o primer estiver seco desenrolar a manta que tem 1 m x 10 m do ponto mais baixo para o mais alto A sobreposição entre duas mantas devem ser de no mínimo 10 cm tomandose os cuidados necessários para uma perfeita aderência Figura XX É Impermeabilização e Cobertura 17 17 17 16 importante prever um banho de asfalto após a colagem da emenda no caso de não ser prevista um banho geral de asfalto Figura 11 Aplicação da manta com sopreposição de 10 cm Fonte Pezzolo 2022 5 Passo Teste de estaiqueidade Para comprovar a eficiência da impermeabilização quando este é composto por mantas utilizamos o teste de estanqueidade por 72 horas Após este período observase a ocorrência de sinais de infiltração Na figura 5 observase este teste de estanqueidade Figura 12 Teste de estaiqueidade de 72 hrs Fonte Pezzolo 2022 Impermeabilização e Cobertura 18 18 18 16 5 Passo Aplicação de camada separadora Sobre a impermeabilização colocar camada separadora composta por papel kraft filme de polietileno ou similar A camada separadora tem a função de evitar a aderência da proteção mecânica sobre a impermeabilização evitando que atuem diretamente sobre a mesma provocando seu desgaste Figura 12 Camada separadora Fonte Pezzolo 2022 6 Passo Proteção mecânica Tratase basicamente do revestimento primário ou definitivo para evitar abrasão ou perfuração da manta com objetos cortantes ou desgaste prematuro ou ressecamento do material Executase em seguida uma argamassa de cimento e areia no traço 13 ou 14 e espessura mínima entre 3 e 4 cm Essa camada é importante porque absorve e ajuda a dissipar esforços estáticos ou dinâmicos que acontecem na área impermeabilizada formando uma verdadeira barreira de proteção Impermeabilização e Cobertura 19 19 19 16 2 COBERTURA O mercado oferece uma diversidade de materiais para telhamento de coberturas cuja escolha na especificação de um projeto depende de diversos fatores entre eles o custo que irá determinar o patamar de exigência com relação à qualidade final do conjunto devendose considerar as seguintes condições mínimas Deve ser impermeável sendo esta a condição fundamental mais relevante Resistente o suficiente para suportar as solicitações e impactos Possuir leveza com peso próprio e dimensões que exijam menos densidade de estruturas de apoio Deve possuir articulação para permitir pequenos movimentos Ser durável e devem manterse inalteradas suas características mais importantes Deve proporcionar um bom isolamento térmico e acústico 21 COBERTURAS EM TELHADOS Caracterizase aqui o telhado como sendo um revestimento descontínuo constituído de materiais capazes de prover estanqueidade à água de chuva repousados ou fixados sobre uma estruturação leve Neste item serão apresentados as partes constituintes das coberturas em telhados 211 Partes constituintes As partes constituintes das coberturas em telhados e suas funções principais são assim a telhamento constituído por telhas de diversos materiais cerâmica fibrocimento concreto metálica e outros e dimensões tendo a função de vedação b trama constituída geralmente por terças caibros e ripas tendo como função a sustentação das telhas Impermeabilização e Cobertura 20 20 20 16 c estrutura de apoio constituída geralmente por tesouras oitões pontaletes ou vigas tendo a função de receber e distribuir adequadamente as cargas verticais ao restante do edifício d sistemas de captação de águas pluviais constituídos geralmente por rufos calhas condutores verticais e acessórios tendo como função a drenagem das águas pluviais Telhamento O mercado oferece uma diversidade de materiais para telhamento de coberturas cuja escolha na especificação de um projeto depende de diversos fatores entre eles o custo que irá determinar o patamar de exigência com relação à qualidade final do conjunto devendose considerar as seguintes condições mínimas a deve ser impermeável sendo esta a condição fundamental mais relevante b resistente o suficiente para suportar as solicitações e impactos c possuir leveza com peso próprio e dimensões que exijam menos densidade de estruturas de apoio d deve possuir articulação para permitir pequenos movimentos e ser durável e devem manterse inalteradas suas características mais importantes f deve proporcionar um bom isolamento térmico e acústico Chapa de aço zincado a existem perfis ondulados trapezoidais e especiais b podem ser obtidas em cores com pintura eletrostática c permitem executar coberturas com pequenas inclinações d podem ser fornecidas com aderência na face inferior de poliestireno expandido para a redução térmica de calor e principais fornecedores Chapas Dobel sueca Mini Kalha Tekno e Perkrom Impermeabilização e Cobertura 21 21 21 16 Telhas autoportantes a executadas com chapas metálicas ou concreto protendido em perfis especiais autoportantes para vencer grandes vãos variando de 10 a 30 metros em coberturas planas e arcadas sem a existência de estrutura de apoio b utilizadas em construções de galpões industriais agrícolas esportivos hangares etc c principais fornecedores Kalha Tekno Imasa Pimental Macmetal Cimasa Cassol Consid etc Telhas de alumínio a é o material mais leve e de maior custo b fornecidas em perfil ondulados e trapezoidais c refletem 60 das irradiações solares mantendo o conforto térmico sob a cobertura São resistentes e duráveis d cuidado deve ser observado para não apoiar as peças diretamente sobre a estrutura de apoio em metal ferroso as peças devem ser isoladas no contato e principais fornecedores Alcan Alcoa Asa Belmetal etc Telhas plásticas a fornecidas em chapas onduladas e trapezoidais translúcidas e opacas de PVC ou Poliester e em cores b principais fornecedores Goyana Tigre Plagon Trorion etc Telhas cerâmicas As telhas cerâmicas são tradicionalmente usadas na construção civil Em princípio há dois tipos de telhas cerâmicas as planas e as curvas As telhas planas são do tipo Marselha também conhecidas por telhas francesas e as telhas de escamas pouco encontradas As telhas francesas são planas com encaixes laterais e nas extremidades com agarração para fixação às ripas Pesam aproximadamente 2 kg e são necessárias 15 peças por metro quadrado de cobertura Para a inclinação usual de 30º isso corresponde a 22 peças por metro quadrado de projeção Impermeabilização e Cobertura 22 22 22 16 As telhas do tipo capa e canal também chamadas romanas ou coloniais podem ser simples ou com encaixes e de cumeeira As coloniais simples sem encaixe pesam 180 kg por unidade As coloniais de encaixe são de diversos desenhos e tamanhos O sistema de fixação destas telhas também variam muito As telhas de cumeeira são usadas nas cumeeiras e nos espigões são do tipo capa mas com encaixe e desenho de arremate Figura 13 Telhas de barro cozido cerâmica Fonte UEPG 2001 Telhas de fibrocimento a são fabricadas com cimento portland e fibras de amianto sob pressão b incombustíveis leves resistentes e de grande durabilidade c fácil instalação existindo peças de concordância e acabamento e exigindo estrutura de apoio de pouco volume d perfis variados e também autoportantes com até 90 m de comprimento A Tabela 02 apresenta as dimensões padronizadas das telhas onduladas de fibrocimento Tabela 02 dimensões padronizadas das telhas onduladas de fibrocimento Fonte YAZIGI 1998 Impermeabilização e Cobertura 23 23 23 16 O recobrimento lateral é de ¼ de onda O recobrimento mínimo longitudinal é de 14 cm As telhas com comprimento superior a 183 m de 6 mm e de 213 m de 8 mm exigem terça intermediária de apoio Na montagem da primeira fiada as chapas precisam ser fixadas com um parafuso por chapa colocado na crista da 2a onda necessitando a última chapa ser fixada com dois parafusos na crista das 2a e 5a ondas Nas chapas das fiadas intermediárias terão de ser aplicados dois ganchos chatos na cava da 1a e 4a onda O caimento mínimo a ser empregado é de 10º ou seja 176 abaixo desse limite estarseá arriscando infiltração de água através da junção das telhas A superposição das chapas variam conforme sua inclinação sendo portanto para telhados com menos de 15º de inclinação usar recobrimento longitudinal mínimo de 20 cm para caimentos maiores de 15º podese usar recobrimento longitudinal de 14 cm O espaçamento máximo entre as terças é de 169 m Por essa razão a chapa mais econômica é a de 183 m já que para as telhas maiores se torna indispensável a colocação de terça intermediária para telhas de 6 mm de espessura Quanto aos beirais os comprimentos das chapas máximo e mínimo em balanço são beirais sem calha máximo 40 cm e mínimo 25 cm beirais com calha máximo 25 cm e mínimo 10 cm Telhas de concreto a telhas produzidas com traço especial de concreto leve proporcionando um telhado com 105 telhas por metro quadrado e peso de 50 kgm² b perfis variados com textura em cores obtidas pela aplicação de camada de verniz especial de base polímero acrílica c alta resistência das peças superior a 300 kg A Tabela 02 apresenta as dimensões nominais da telha de concreto comumente conhecida como tipo tégula que é o seu principal fabricante Impermeabilização e Cobertura 24 24 24 16 Tabela 03 Dimensões nominais da telha de concreto do tipo Fonte GUIA TÉGULA1999 Figura 14 Telhas de concreto Fonte YAZIGI 1998 22 ESTRUTURA A estrutura dos telhados tem como funções principais a sustentação e fixação das telhas e a transmissão dos esforços solicitantes para os elementos estruturais garantindo assim a estabilidade do telhado A estrutura dos telhados pode ser dividida em estrutura de apoio trama A trama é a estrutura que serve de sustentação e fixação das telhas Para telhas com pequenas dimensões tais como as telhas cerâmicas e de concreto a trama geralmente é constituída por terças caibros e ripas de madeira Figura 15 Impermeabilização e Cobertura 25 25 25 16 Figura 15 Telhas de concreto Fonte YAZIGI 1998 Para telhas de dimensões maiores tais como as telhas metálicas plásticas e de fibrocimento é possível eliminar os caibros e ripas Terças As terças apoiamse sobre as tesouras consecutivas pontaletes e suas bitolas dependem do espaço entre elas vão livre entre tesouras do tipo de madeira e da telha empregada Podese adotar em geral bitolas de 6 x 12 se o vão entre tesouras não exceder a 250m bitolas de 6 x 16 para vãos entre 250 a 350m Para vãos maiores que 350m devese utilizar bitolas especiais o que não é aconselhável pelo custo mais elevado dessas peças Tabela 04 Vão máximo das terças m Fonte YAZIGI 1998 Impermeabilização e Cobertura 26 26 26 16 As terças são peças horizontais colocadas em direção perpendicular às tesouras e recebem o nome de cumeeiras quando são colocadas na parte mais alta do telhado cume e contra frechal na parte baixa As terças devem ser apoiadas nos nós das tesouras Caibros Os caibros são colocados em direção perpendicular às terças portanto paralela às tesouras São inclinados sendo que seu declive determina o caimento do telhado A bitola do caibro varia com o espaçamento das terças com o tipo de madeira e da telha Os caibros são colocados com uma distância máxima de 050m eixo a eixo para que se possa usar ripas comuns de peroba 1x5cm Podese adotar em geral terças espaçadas até 200m usamos caibros de 5 x 6 cm quando as terças excederem a 200m e não ultrapassarem a 250m usamos caibros de 5x7 6x8 Tabela 05 Vão Máximo dos Caibros m Fonte YAZIGI 1998 Ripas As ripas são a última parte da trama e são pregadas perpendicularmente aos caibros São encontradas com seções de 10x50cm 12x50cm O espaçamento entre ripas depende da telha utilizada Para a colocação das ripas é necessário que se tenha na obra algumas telhas para medir a sua galga Figura 16 Portanto para se garantir esse espaçamento constante o carpinteiro deve preparar uma guia galga Impermeabilização e Cobertura 27 27 27 16 Figura 16 Montagem das ripas Fonte FACENS 2001 As ripas suportam o peso da telhas devemos portanto verificar o espaçamento entre os caibros Se este espaçamento for de 050 em 050m podemos utilizar as ripas 10x50m Se for maior utilizamos sarrafos de 25x50m peroba Pontaletes Podese construir o telhado sem o uso de tesouras Para isso devese apoiar as terças em estruturas de concreto ou em pontaletes Em construções residenciais as paredes internas e as lajes oferecem apoios intermediárias Nesses casos portanto o custo da estrutura pode se tornar menor Figura 17 Apoio dos pontaletes em paredes Fonte FACENS 2001 O pontalete trabalha à compressão e deve fixado em um berço de madeira apoiado na laje Figura 17 Sendo assim a laje recebe uma carga distribuída Nas lajes maciças podese apoiar em qualquer ponto Havendo necessidade de se colocar um pontalete fora das paredes é necessário que se faça uma viga de concreto invertida para vão grandes ou vigas de madeira para vãos pequenos Impermeabilização e Cobertura 28 28 28 16 Para execução de telhado com pontaletes devese ainda atentar para alguns pontos a distância dos pontaletes deve ser igual a das tesouras a distância entre as terças deve ser igual à distância das mesmas quando apoiadas nas tesoura para distribuir melhor os esforços deverá ser acrescido aos pontaletes berço de no mínimo 40cm mãos francesas nas duas direções do pontalete Figura 18 ou tirantes chumbados nas lajes para dar estabilidade ao conjunto Figura 18 Detalhes de apoio dos pontaletes com berço ou com mãos francesas Fonte FACENS 2001 Impermeabilização e Cobertura 29 29 29 16 Estruturas de apoio tipo tesoura As armações tipo tesouras correspondem ao sistema de vigas estruturais treliçadas ou seja estruturas isostáticas executadas com barras situadas num plano e ligadas umas ao outras em suas extremidades por articulações denominadas de nós em forma de triângulos interligados e constituindo uma cadeia rija apoiada nas extremidades Independente do material a ser utilizado na execução de estruturas tipo tesoura as concepções estruturais são definidas pelas necessidades arquitetônicas do projeto e das dimensões da estrutura requerida onde podemos ter os seguintes esquemas Figura 19 Tipos de tesouras Fonte YAZIGI 1998 Para orientar a comunicação com o pessoal nas obras a terminologia das peças que compõem um telhado é a seguinte Impermeabilização e Cobertura 30 30 30 16 Figura 20 Componentes de uma tesoura Fonte YAZIGI 1998 23 SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS Os condutores são os complementos das coberturas dandolhes o arremate e evitando com isso as infiltrações de águas de chuvas As partes constituintes do sistema de águas pluviais são Calhas São captadoras de águas pluviais e são colocadas horizontalmente São confeccionadas com chapas galvanizadas nº 26 e 24 mas geralmente se utiliza a chapa nº26 As chapas galvanizadas geralmente medem 100m de largura por diversos valores de comprimento Portanto para maior aproveitamento das chapas quanto a sua largura e para reduzir o preço das peças as mesmas são cortadas em medidas padrões Os principais modelos de calhas são as internas que ficam escondidas pelas platibandas e as externas que são fixadas aparentes Impermeabilização e Cobertura 31 31 31 16 Figura 21 Modelos de calhas internas escondidas pelas platibandas Fonte FACENS 2001 Fonte Facens 2001 Água furtada São captadoras de águas pluviais e são colocadas inclinadas entre os panos de água São confeccionadas como as calhas com chapas galvanizadas nº 26 e 24 Figura 22 Água furtada Fonte Facens 2001 Condutores São canalizações verticais que transportam as águas coletadas pelas calhas e pelas águas furtadas aos coletores Podem ser feitas de chapas galvanizadas ou de PVC Coletores São canalizações compreendidas entre os condutores e o sistema público de águas pluviais Rufos e Pingadeiras Os rufos são elementos metálicos que protegem a junção entre o final do telhado a parede interna das platibandas para evitar a penetração de água pluvial A pingadeira é um elemento externo às fachadas constituído de um sulco Impermeabilização e Cobertura 32 32 32 16 ou saliência destinado a desviar as águas pluviais impedindo que escorram ao longo das paredes Um modelo simplificado de rufo e pingadeira encontrase na Figura 23 Figura 23 Rufo e pingadeira Fonte Facens 2001 Beirais Beiral é a parte do telhado que avança além dos alinhamentos das paredes externas Geralmente possui largura variando entre 040 a 100 m sendo o mais comum entre 060 e 080m Figura 24 Figura 24 Tipo de beiral em telha vã Fonte Facens 2001 Impermeabilização e Cobertura 33 33 33 16 Platibanda São peças executadas em alvenaria que escondem os telhados e eliminam os beirais Neste caso sempre se coloca uma calha Figura 25 Figura 25 Tipos de platibandas Fonte Facens 2001 Linhas do telhado As principais linhas do telhado são as cumeeiras os espigões e as águasfurtadas ou rincões Na Figura 26 a cumeeira apresentase como um divisor de águas horizontal sendo representada pela letra A os espigões são divisores de águas inclinados marcados pela letra B e as águasfurtadas ou rincões são receptoras de água inclinados identificados pela letra C Figura 26 Marcações representando a cumeeira os espigões e as águasfurtadas Fonte Facens 2001 Impermeabilização e Cobertura 34 34 34 16 Figura 27 Partes do telhado Fonte FACENS 2001 Fonte Facens 2001 O telhado pode terminar em um oitão ou em água Na Figura 28 apresentase um telhado com duas águas terminando em dois oitões ou um telhado de quatro águas sem oitões Figura 28 Telhados com águas e oitões Fonte Facens 2001 Impermeabilização e Cobertura 35 35 35 16 Figura 29 Telhados com apenas 1 água Fonte Facens 2001 Figura 30 Telhados com 2 águas Fonte Facens 2001 Figura 31 Telhados com 3 águas Fonte Facens 2001 Impermeabilização e Cobertura 36 36 36 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AZEREDO Hélio Alves de O edifício e seu acabamento São Paulo Edgard Blücher 1987 1178p AZEREDO Hélio Alves de O edifício e sua cobertura São Paulo Edgard Blücher 1977 182p BAUER L A Falcão Materiais de construção 5ª edição Rio de Janeiro RJ LTC Livros Técnicos e Científicos Editora SA 1994 935p ABCP Manual de estruturas de concreto armado Associação Brasileira de Cimento Portland Versão preliminar 2002 ABIMCI Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente Endereço eletrônico visitado na Internet wwwabimcicombr Acesso em 18072000 Associação Brasileira de Normas Técnicas NB71911982 NB16 Execução de desenhos para obras de concreto simples ou armado Procedimento BARROS MMSB MELHADO SB Produção de concreto armado de edifícios São Paulo 1993 Texto Técnico da Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia de Construção Civil TT PCC04 BATLOUNI NETO J Projeto de estruturas de concreto armado diretrizes para otimização do desempenho e do custo do edifício Dissertação de mestrado IPT São Paulo 2003 171p BELGO a Belgo 50 e Belgo 60 Artigo Técnico Disponível em httpbelgocombr Acesso em 30012022 BELGO b Alterações da norma brasileira NBR 7480 Artigo Técnico Disponível em httpbelgocombr Acesso em 30012022 BUKHART AF Selecting a wall forming system for your next job In SEMINAR BRITO José Luis Wey de Fundações do edifício São Paulo EPUSP 1987 ESTACAS FUNDESP Fundações Indústria e Comercio SA Catálogo São Paulo Fundesp 1987 NACIONAL Engenharia de Fundações e Solos Ltda Tecnologia em estacas do tipo raiz São Paulo Nacional sd