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Fisioterapia ·
Anatomia
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FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL NAS DISFUNÇÕES LINFÁTICA AS DISFUNÇÕES LINFÁTICAS As disfunções linfáticas são afecções que cursam com o surgimento de quadros de edema associados a outros sinais e sintomas como alterações de pele e limitações de amplitude de movimento impactando na funcionalidade e de modo direto na qualidade de vida do paciente ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO O sistema linfático humano é constituído por duas principais estruturas anatômicas e funcionais os vasos linfáticos e os órgãos linfáticos Os vasos linfáticos que incluem vasos de diferentes tamanhos incluindo pequenos vasos chamados de capilares percorrem todo o corpo enquanto aos órgãos linfáticos são representados por linfonodos tonsilas baço timo e medula óssea Adenoides Amígdalas Timo Linfonodos Vasos linfáticos Baço Estômago Cólon Intestino delgado Reto Medula ósea ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO Essas estruturas atuam de maneira conjunta para proporcionar drenagem fisiológica dos tecidos humanos mediante a remoção dos líquidos extravasados dos vasos sanguíneos venosos e arteriais e que se depositam no espaço intersticial devolvendoos novamente à circulação sanguínea ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO Desse modo percebese que o sistema linfático está intimamente ligado ao sistema circulatório especialmente por meio de pequenos vasos vênulas e arteríolas possuindo ação de equilíbrio junto a ele de modo a garantir que os líquidos não se acumulem no espaço intersticial ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO O líquido extravasado e proveniente dos vasos sanguíneos que se encontra no espaço intersticial recebe o nome de linfa que é constituída por água pelo extravasamento de plasma sanguíneo pedaços de proteínas lipídeos restos celulares hormônios restos de bactérias e outras substâncias estranhas ao organismo Dos líquidos que extravasam dos vasos sanguíneos 90 retorna à circulação através do sistema venoso e os 10 restantes retornam pelo sistema linfático o que corresponde à drenagem de aproximadamente 25 litros de linfa a cada 24 horas ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO Os vasos e capilares linfáticos se encontram distribuídos em todo o corpo tanto superficialmente quanto em regiões mais profundas mas a maioria deles se localiza na superfície da pele no tecido conjuntivo subcutâneo A função dessas estruturas é transportar a linfa da periferia para o interior dos vasos sanguíneos Segundo Vasconcelos 2015 os vasos mais superficiais removem a linfa da pele enquanto os mais profundos removem a linfa de músculos órgãos vasos sanguíneos e articulações OS CAPILARES Os capilares são vasos linfáticos muito pequenos também chamados de vasos linfáticos iniciais Esses vasos são formados por uma única camada de células dispostas de maneira superposta semelhante a escamas de modo que se abrem para permitir a entrada do líquido intersticial Essa composição torna as paredes dos capilares linfáticos extremamente finas e frágeis Eles nascem do tecido conjuntivo e se espalham por toda a superfície desse tecido como se fosse uma teia de aranha Estão presentes entre as células do corpo e se encontram fixados aos tecidos adjacentes através de filamentos de ancoragem que permitem que se mantenham fixos e suportem a pressão exercida pelos líquidos sobre eles Figura 2 Capilar linfático Fonte Adaptada de Alila Medical MediaShutterstockcom CAPILARES A anatomia dos capilares linfáticos permite que a linfa absorvida flua em todas as direções dentre deles uma vez que não possuem mecanismos que direcionam esse líquido Após absorverem a linfa os capilares linfáticos a direcionam para os vasos linfáticos que possuem uma estrutura um pouco maior chamados de vasos précoletores Os vasos précoletores por sua vez direcionam a linfa para vasos coletores que são maiores de modo que a linfa é carreada de vasos muito pequenos para vasos cada vez maiores Sobre a estrutura a parede dos vasos coletores linfáticos é formada por três camadas de células que possuem em sua camada interna válvulas que possibilitam o direcionamento da linfa em apenas uma direção impedindo o refluxo VASCONCELOS 2015 Desse modo à medida que a linfa passa pelo vaso a válvula se fecha impedindo o seu retorno ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO A camada intermediária dos coletores linfáticos é formada por músculo liso que permite a contração desses vasos Outra característica importante dos coletores linfáticos é a presença de linfângions estruturas localizadas entre as válvulas e tidas como pequenos corações linfáticos Possuem pulsação própria feita de 6 a 8 vezes por minuto e funcionam como bombas auxiliares no direcionamento da linfa Vasconcelos 2015 cita ainda que o direcionamento da linfa além de ser impulsionado pelas válvulas e pelos linfângions é feito pela contração de músculos esqueléticos pela pulsação das artérias pelos movimentos respiratórios pelos batimentos cardíacos e ainda pelo movimento das vísceras Os coletores linfáticos estão localizados em áreas estratégicas do corpo e direcionam a linfa para outras estruturas do sistema linfático chamadas de linfonodos ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO Os linfonodos são estruturas constituídas por nódulos fibrosos semelhantes a um feijão e responsáveis por filtrar a linfa que chega até eles Estão distribuídos pelo corpo mas de maneira localizada em alguns pontos chamados de cadeias ganglionares que concentram maiores quantidades dessas estruturas AS PRINCIPAIS CADEIAS GANGLIONARES SE ENCONTRAM LOCALIZADAS NAS REGIÕES temporais reatroauriculares préauriculares occipitais cervicais posteriores cervicais laterais supra e infraclaviculares axilares inframamária fossa cubital regiões inguinais poplíteas maleolares dentre outras tonsilas palatinas amígdalas veia subclávia direita veia subclávia esquerda timo baço nódulos linfáticos vasos linfáticos ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO A linfa que chega até esses linfonodos localizados nas cadeias ganglionares é rica em resíduos metabólicos e nessas estruturas é filtrada Além disso os linfonodos produzem células T envolvidas no sistema imune do organismo realizando a fagocitose de partículas e agentes estranhos como microrganismos Figura 4 a Linfonodo e b distribuição dos linfonodos em cadeias ganglionares Fonte Adaptada de a SakurraShutterstockcom b Hank GrebeShutterstockcom ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO Além dessas estruturas a linfa ainda passa por vasos coletores finais também chamados de troncos linfáticos Segundo Vasconcelos 2015 as estruturas linfáticas se comunicam através de 11 troncos principais que são tronco intestinal transporta a linfa das vísceras intestinais troncos lombares direito e esquerdo drenam região de membros inferiores sistema urinário e genital troncos subclávios direito e esquerdo recebem a linfa proveniente dos quadrantes torácicos superiores glândulas mamarias membros superiores e drenam os linfonodos axilares ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO troncos bronco mediastinais direito e esquerdo drenam a região de mediastino brônquios e pulmões troncos descendentes intercostais direito e esquerdo drenam a região profunda do tórax parte posterior troncos descendentes intercostais direito e esquerdo drenam a região profunda do tórax parte posterior ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO Esses troncos terminam de carrear a linfa em dois ductos chamados de ducto torácico e ducto linfático direito Os ductos constituem o trajeto final pelo qual a linfa percorre pois posterior à passagem por eles ela é devolvida aos vasos sanguíneos venosos O ducto linfático direito é responsável pela drenagem do quadrante superior direito do corpo ou seja lado direito da cabeça pescoço tórax e membro superior direito Na raiz do pescoço tem a presença do ângulo venoso direito que entra na junção das veias jugulares interna e subclávia direita O ducto torácico é a união de vasos linfáticos dos membros inferiores no nível do abdômen aos viscerais Ele é responsável por drenar a linfa do restante do corpo Os troncos linfáticos que drenam a metade inferior do corpo unemse no abdome podendo formar a cisterna do quilo ou seja um saco coletor dilatado A partir disso ou da união dos troncos o ducto torácico ascende entrando no tórax e atravessandoo para chegar ao ângulo venoso esquerdo isto é junção da veia jugular interna esquerda com a subclávia ÓRGÃOS LINFÁTICOS Além dessas estruturas linfáticas o sistema linfático ainda possui órgãos como o timo o baço as tonsilas e a medula óssea que possuem funções atreladas aos capilares vasos e linfonodos Segundo Marieb e Hoehn 2009 o timo se localiza posteriormente ao osso esterno e tem funções relativas ao sistema linfático principalmente nos primeiros anos de vida até a adolescência Depois disso vai descrendo e perdendo suas funções e na velhice é praticamente todo substituído por tecido fibroso No primeiro ano de vida o timo libera certos hormônios responsáveis por ativar linfócitos T na proteção do organismo ÓRGÃOS LINFÁTICOS O baço é o maior órgão linfático localizase no lado esquerdo da cavidade abdominal abaixo do diafragma e é responsável por estocar plaquetas armazenar alguns produtos metabólicos para posterior reutilização e na fase embrionária é o responsável pela produção de eritrócitos para o feto As tonsilas são órgãos linfáticos mais simples localizadas na garganta e responsáveis pela proteção do organismo por meio da remoção de agentes que passam pela laringe e possam se tornar prejudiciais ao organismo ÓRGÃOS LINFÁTICOS Além desses a medula óssea que se localiza na cavidade dos ossos esponjosos e no canal medular de ossos é um órgão responsável formar as células do sistema sanguíneo como eritrócitos leucócitos plaquetas e ainda os linfócitos T que são células envolvidas na proteção do organismo e localizadas em algumas áreas do sistema linfático como no interior do linfonodos MARIEB HOEHN 2009 Órgãos Linfáticos FUNÇÕES DO SISTEMA LINFÁTICO Redução na concentração de líquido no espaço intersticial o sistema linfático é responsável por capturar a linfa acumulada no interstício e devolvêla à circulação sanguínea Nesse caso os líquidos dos espaços intersticiais estão constantemente em circulação e em situações em que o plasma e proteínas plasmáticas escapam dos vasos e se acumulam no interstício são capturadas pelo sistema linfático PRENTICE 2014 FUNÇÕES DO SISTEMA LINFÁTICO Prevenção de edema essa função é desempenhada pelo sistema linfático porque ele age como uma válvula de segurança e evita que o edema se forme em condições em que há sobrecarga de líquidos PRENTICE 2014 À medida que o volume de líquido no espaço intersticial aumenta elevase a pressão e com isso aumentase o fluxo linfático evitando ao máximo a formação do edema FUNÇÕES DO SISTEMA LINFÁTICO Homeostase a homeostase do ambiente extracelular é garantida pelo sistema linfático por meio da remoção de linfa moléculas de proteínas em excesso e resíduos do líquido intersticial PRENTICE 2014 Proteção o sistema linfático limpa o líquido recolhido do espaço intersticial e quando necessário bloqueia a disseminação de agentes infecciosos ou de células malignas por meio da ação dos linfonodos ALTERAÇÕES CINÉTICOFUNCIONAIS QUE ACOMETEM O SISTEMA LINFÁTICO Na prática diversas condições podem afetar a estrutura eou o funcionamento do sistema linfático levando a desequilíbrios desse sistema e consequentemente a acúmulo de líquido no espaço intersticial e formação de edema Segundo Prentice 2014 o edema é definido como o acúmulo anormal de líquido nos espaços intersticiais dos tecidos e é a principal manifestação relacionada a comprometimentos do sistema linfático manifestandose através de tumefação tecidual com aumento do volume da região PRENTICE 2014 ALTERAÇÕES CINÉTICOFUNCIONAIS QUE ACOMETEM O SISTEMA LINFÁTICO Quais as causas mais comuns ALTERAÇÕES CINÉTICOFUNCIONAIS QUE ACOMETEM O SISTEMA LINFÁTICO Permeabilidade vascular aumentada o aumento da permeabilidade vascular faz com que os poros dos vasos sanguíneos sofram dilatação facilitando a saída de plasma e de proteínas plasmáticas que extravasam e se acumulam no espaço intersticial Condições como calor excessivo e processo inflamatório que pode surgir na fase pósoperatória são exemplos ALTERAÇÕES CINÉTICOFUNCIONAIS QUE ACOMETEM O SISTEMA LINFÁTICO Redução do fluxo linfático condições que afetam a anatomia ou o funcionamento das estruturas linfáticas podem causar edema Retirada cirúrgica de componentes do sistema linfático incisões cirúrgicas que lesionem as vias linfáticas obstruções causadas por tumores compressões geradas pelo uso de roupas apertadas ALTERAÇÕES CINÉTICOFUNCIONAIS QUE ACOMETEM O SISTEMA LINFÁTICO Redução da pressão osmótica nos capilares esta pressão em níveis normais faz com que as proteínas presentes no plasma atraiam a água do espaço extracelular para dentro do vaso reabsorvendo os líquidos e evitando a formação do edema Contudo reduções nessa pressão comum em pacientes com déficits proteicos como nos casos de pacientes queimados por exemplo fazem com que o líquido extravase para o espaço extracelular e tenha dificuldades em retornar para o interior dos vasos ALTERAÇÕES CINÉTICOFUNCIONAIS QUE ACOMETEM O SISTEMA LINFÁTICO Aumento da pressão hidrostática a elevação dessa pressão induz a perda de líquidos para o meio extracelular pois aumenta a pressão que os líquidos exercem na parede dos vasos Condições que aumentem o volume de sangue podem elevar a pressão hidrostática e causar o edema EDEMA O processo de formação do edema pode ser classificado em quatro estágios com características distintas e que demandam diferentes abordagens terapêuticas Esses estágios incluem edema latente estágio I II e III EDEMA No edema latente não é observado aumento de volume dos tecidos entretanto o sistema linfático já não se encontra saudável No estágio I há presença de edema visível e macio e é totalmente reversível com a elevação do membro No estágio II começam a surgir alteração na pele com formação de fibrose e mesmo elevando membro não há redução do volume No edema grau III já acontece fibrose com redução da imunidade podendo surgir lesões cutâneas
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tecidos humanos mediante a remoção dos líquidos extravasados dos vasos sanguíneos venosos e arteriais e que se depositam no espaço intersticial devolvendoos novamente à circulação sanguínea ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO Desse modo percebese que o sistema linfático está intimamente ligado ao sistema circulatório especialmente por meio de pequenos vasos vênulas e arteríolas possuindo ação de equilíbrio junto a ele de modo a garantir que os líquidos não se acumulem no espaço intersticial ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO O líquido extravasado e proveniente dos vasos sanguíneos que se encontra no espaço intersticial recebe o nome de linfa que é constituída por água pelo extravasamento de plasma sanguíneo pedaços de proteínas lipídeos restos celulares hormônios restos de bactérias e outras substâncias estranhas ao organismo Dos líquidos que extravasam dos vasos sanguíneos 90 retorna à circulação através do sistema venoso e os 10 restantes retornam pelo sistema 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SISTEMA LINFÁTICO troncos bronco mediastinais direito e esquerdo drenam a região de mediastino brônquios e pulmões troncos descendentes intercostais direito e esquerdo drenam a região profunda do tórax parte posterior troncos descendentes intercostais direito e esquerdo drenam a região profunda do tórax parte posterior ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO Esses troncos terminam de carrear a linfa em dois ductos chamados de ducto torácico e ducto linfático direito Os ductos constituem o trajeto final pelo qual a linfa percorre pois posterior à passagem por eles ela é devolvida aos vasos sanguíneos venosos O ducto linfático direito é responsável pela drenagem do quadrante superior direito do corpo ou seja lado direito da cabeça pescoço tórax e membro superior direito Na raiz do pescoço tem a presença do ângulo venoso direito que entra na junção das veias jugulares interna e subclávia direita O ducto torácico é a união de vasos linfáticos dos membros inferiores no nível do abdômen 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comum em pacientes com déficits proteicos como nos casos de pacientes queimados por exemplo fazem com que o líquido extravase para o espaço extracelular e tenha dificuldades em retornar para o interior dos vasos ALTERAÇÕES CINÉTICOFUNCIONAIS QUE ACOMETEM O SISTEMA LINFÁTICO Aumento da pressão hidrostática a elevação dessa pressão induz a perda de líquidos para o meio extracelular pois aumenta a pressão que os líquidos exercem na parede dos vasos Condições que aumentem o volume de sangue podem elevar a pressão hidrostática e causar o edema EDEMA O processo de formação do edema pode ser classificado em quatro estágios com características distintas e que demandam diferentes abordagens terapêuticas Esses estágios incluem edema latente estágio I II e III EDEMA No edema latente não é observado aumento de volume dos tecidos entretanto o sistema linfático já não se encontra saudável No estágio I há presença de edema visível e macio e é totalmente reversível com a elevação do membro No estágio II começam a surgir alteração na pele com formação de fibrose e mesmo elevando membro não há redução do volume No edema grau III já acontece fibrose com redução da imunidade podendo surgir lesões cutâneas