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3 Inflamação x infecção NOVA EBook Apostila Inflammacao x infeccao Olá estudante As defesas do nosso organismo contra agentes agressores podem acontecer de maneira natural e inespecífica resposta imune inata ou podem ser construídas resposta imune adquirida por meio de exposição prévia ao agente agressor o que pode acontecer de maneira natural ou com a ajuda de processos de imunização vacinação Tal processo leva ao surgimento de algumas reações visíveis como você pode ver a seguir Caso clínico Jurandir 45 anos casado dois filhos engenheiro sofreu um acidente enquanto realizava uma inspeção em uma construção localizada na cidade de Salvador BA No acidente Jurandir perdeu o equilíbrio e caiu do andaime causando algumas lesões em vários membros do corpo Algumas partes apresentaram lesões na superfície epidérmica outras apresentaram edema e rubor além de um ferimento profundo no braço esquerdo provocado por uma barra de ferro da construção O processo inflamatório pode ser melhor compreendido se o tomarmos como uma resposta do sistema imunológico que se ativa em resposta a lesões ou infecções que têm como consequência dor calor rubor edema e perda de função FIGURA 1 Sinais cardinais da inflamação Enquanto o tecido lesionado se prepara por meio da inflamação para melhor lidar com a injúria diversas citoquinas sinalizadores imunológicos são liberadas com o intuito de recrutar células de defesa dentre elas as com características fagocitárias dano tecidual Mas há ainda outro processo enfrentado pelo organismo que pode ser provocado pela ação de agentes agressors biológicos ou toxinas liberadas por eles a chamada infecção Para melhor compreensão do processo infeccioso acompanhe as informações contidas na galeria a seguir FIGURA 2 Início da Infecção A infecção ocorre quando há uma lesão na pele e agentes nocivos ao nosso organismo entram nesses ferimentos Enquanto o corpo se prepara para reparar o tecido lesionado por meio da inflamação também trata de defender o corpo dos invasores que entraram por meio dessa lesão 7 13 EBook Apostila FIGURA 3 Sinalizando os invasores Quando esses invasores são bactérias diversas citocinas sinalizadores imunológicos são liberadas com o intuito de recrutar células de defesa dentre elas as fagocíticas FIGURA 4 Combatendo os microorganismos Essas células de defesa conseguem englobar os microrganismos que se encontram no ambiente extracelular fazem a sua digestão pelos lisossomos e por meio do complexo de histocompatibilidade expressam em sua superfície os peptídeos fragmentos desses microrganismos 8 13 EBook Apostila Saiba Mais Assista ao vídeo a seguir que trata das relações entre inflamação e infecção Quando o agente que vence as barreiras da pele e mucosas é um vírus a reação de nosso organismo para combatêlo será a defesa antiviral Os vírus apresentam algumas particularidades que precisam ser melhor compreendidas Eles são considerados seres acelulares sendo assim só conseguem se desenvolver e se replicar dentro de uma célula Quando a invasão se dá por meio de microorganismos intracelulares como os vírus nossas células fagocitárias não apresentam efetividade visto que só conseguem agir frente a invasores que se encontram no meio extracelular fora das células Diante de um invasor com tais características nosso exército libera uma substância chamada de interferon e recruta imediatamente as células natural killers NK O interferon é liberado pelas células infectadas pelo vírus e tem o poder de tornar o organismo mais resistente à infecção e a replicação viral além de aumentar a atividade destrutiva das células NK 9 13 No Estudo Guiado a seguir você encontrará mais informações sobre a defesa antiviral Estudo Guiado Leia o subtópico Imunidade aos vírus nas páginas 315 e 316 do livro Imunologia COICO R SUNSHINE G Imunologia 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2010 Além da defesa viral que você conheceu a partir da leitura o sistema imune possui ferramentas específicas para atuar diante dos demais microorganismos No caso dos eosinófilos um tipo de célula de defesa do nosso sistema imunológico não são suas propriedades fagocíticas que fornecem seu potencial destrutivo e sim sua atividade citotóxica frente aos helmintos tipo de verme As células que são infectadas no caso de uma infecção por vírus liberam diversas citocinas mediadores inflamatórios responsáveis pelo recrutamento de glóbulos brancos específicos como os linfócitos TCD8 e as células natural killer para atuarem diante dessa situação O recurso seguinte apresenta a atuação da defesa do corpo humano frente ao vírus Preste atenção às etapas 1 Ação 1 Duas pessoas conversam sem máscara Vírus saem da boca de uma pessoa e entram pelo nariz da outra quando ela inspira 2 Ação 2 O vírus entra nas células por endocitose encosta na membrana da célula no pulmão por exemplo e a força abrir essa membrana passando para a porção interna da célula 3 Ação 3 As células infectadas começam a liberar interferon IFN tipo 1 4 Ação 4 Células não infectadas se aproximam da célula infectada que liberou IFN tipo 1 e há a ligação entre IFN tipo 1 da célula infectada e o receptor IFN da célula não infectada 5 Ação 5 Depois da ligação do IFN da célula infectada com o receptor de IFN de células sadias ocorre a fosforilação do fator de iniciação de tradução o que inibe a síntese de proteínas do vírus ação da RNAse que degrada o material genético viral e inibição da expressão de genes virais Tudo isso inibe a replicação viral Quando os microorganismos se encontram no meio extracellular as células com características fagocíticas são selecionadas para o enfrentamento desses agentes Após realizarem a fagocitose diferem por exemplo as bactérias por meio de enzimas lisossomais e expressam seus fragmentos fragmentos pelo complexo de histocompatibilidade MHC presente em sua membrana para que os linfócitos TCD4 possam destruilas ABBAS LICHTMAN PILLAI 2013 Apesar disso alguns microorganismos em especial as bactérias foram adquirindo ao longo dos anos diversas ferramentas que auxiliam e sobrevivência delas a chamada evasão microbiana As células fagocitárias passam a poder e obstruir e digerir bactérias No entanto algumas espécies de bactérias produzem proteínas que lhes permitem escapar da ação das vesículas fagocitárias que estão no citoplasma das células de defesa As bactérias e os vírus são considerados os principais agentes causadores de infecções nos humanos sendo que são organismos diferentes de dano ao hospedeiro Portanto é importante ressaltar que não se inclui a capacidade de infectar as células ou seja algumas espécies de bactérias por exemplo por serem acelulares necessitam entretanto de algumas formas de driblar ABBAS LICHTMAN PILLAI 2013 Diante de tantas reações como o processo inflamatório chega ao fim Para controlar o processo inflamatório de maneira efetiva os macrófagos e as células dendríticas liberam diversas substâncias antiinflamatórias Elas serão cruciais na interrupção do dano tecidual As diversas interleucinas antiinflamatórias em especial a IL10 inibem as funções microbicidas e próinflamatórias dos macrófagos sinalizam as células de defesa que a batalha foi vencida e que nosso esforço de defesa pode aos poucos ir descansando Essa ação dá lugar ao reabstinamento do fibroblasto das células epiteliais e endoteliais no reparo tecidual Essa série de eventos promove a regulação da resposta para que não sejam causados danos excessivos ao tecido ABBAS LICHTMAN PILLAI 2013 ATENÇÃO Nem sempre o nosso sistema imune reage da maneira correta A regulação da resposta muitas vezes pode não ser eficaz e a resposta oferecida pode ser dirigida de maneira incorreta ou ser desproporcional a possível agressão Nesse caso podemos sofrer processo de doença hipersensibilidade ou doenças autoimunes Acompanhe no texto a seguir os problemas relacionados à autoimunidade e doenças Estudo Guiado Leia o tópico Autoimunidade e doença da página 190 a 194 do livro Imunologia COICO R SUNSHINE G Imunologia 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2010 Síntese Para encerrar o conteúdo desta unidade acompanhe o podcast com um convidado que resume inflamação infecção e questões relacionadas ao tratamento CRUVINEL W de M et al Sistema imunitário Parte I Fundamentos da imunidade inata com ênfase nos mecanismos moleculares e celulares das respostas inflamatórias Revista Brasileira de Reumatologia São Paulo v 50 n 4 p 434447 2010