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A influência do marxismo no pensamento histórico contemporâneo CAPÍTULO VIII O MÉTODO COMPARATIVO NA HISTÓRIA Ciro Flamarion S Cardoso Héctor Pérez Brignoli OS MÉTODOS DA HISTÓRIA Introdução aos problemas métodos e técnicas da história demográfica econômica e social Traduzido por JOÃO MAIA 6ª Edição A política entre os defensores e os detratores da comparação na história pode ser tida como uma manifestação no campo da disciplina do posicionamento entre duas atitudes científicas ambas possivelmente necessárias por um lado a busca da precisão do exato do certo o que leva a destacar a acuidade histórica e o dito de cada objeto observado por outro lado a corrida criada para as verdadeiras descobertas que exige o apelo à comparação e à abstração De qualquer modo como Witold Kula o demonstra nenhum trabalho científico por mais limitado e monográfico que seja pode dispensar totalmente o método comparativo pois é impossível o conhecimento sem comparações com os próprios conteúdos assim comparando embora às vezes não explícito é absolutamente necessário pois do contrário não se poderia dar uma noção mais mencionada de menos novos Vejamos agora as vantagens que podem ser esperadas da aplicação do método comparativo às pesquisas históricas A mais importante é sem dúvida a possibilidade de um controle efetivo muito mais ético e digno de confiança do que as ardidosas técnicas da counterfactual hypothesis da New Economic History sobre os hipóteses e generalizações explicativas Em outras palavras a determinação de leis históricas e a construção de modelos históricos não podem ser feitas sem recorrerse ao método comparativo A verificação das generalizações explicativas parte do princípio de que temos duas séries de fenômenos onde achamos que existem fatores devidamente a crença nos referidos fatores serem considerados a presença de uma série de outros à medida que vamos encontrando caso a caso outras condições sendo assim devemos enunciar novas explicações e problemáticas admitese insuportáveis