Perfil Epidemiológico das Meningites no Estado do Pará de 2010 a 2020

Revista Eletrônica Acervo Saúde ISSN 21782091 REAS Vol157 DOI httpsdoiorg1025248REASe105392022 Página 1 de 9 Perfil epidemiológico das meningites no estado do Pará de 2010 a 2020 Epidemiological profile of meningitis in the state of Pará from 2010 to 2020 Perfil epidemiológico de la meningitis en el estado de Pará de 2010 a 2020 André Luis Silva Nunes1 Kallyto Amorim Costa1 Gustavo Pinto dos Santos1 Aritana Ferreira Santos Barbosa1 RESUMO Objetivo Traçar o perfil epidemiológico das meningites no estado do Pará de 2010 a 2020 Métodos Trata se de um estudo epidemiológico retrospectivo longitudinal de caráter exploratório e analítico além de ser quantitativa com coleta de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde DATASUS entre os anos de 20152020 Resultados No estado do Pará de 2010 a 2020 foram confirmados 4426 casos de meningite O maior número absoluto de casos por ano foi em 2018 com 515 1163 O sexo masculino foi o mais acometido com 2483 registros 5741 A raça parda lidera com 3393 casos 7666 De acordo com a faixa etária a maior prevalência ocorreu entre 20 e 39 anos com 1470 3321 Em relação a distribuição dos casos no estado do Pará por regiões de saúde a região Metropolitana I foi a que apresentou maior incidência dos casos com 3579 registros correspondendo a 8238 do total Conclusão Inferese que a meningite bacteriana no Pará apresentou um aumento no número dos casos notificados entre os anos de 20102020 O perfil epidemiológico desses pacientes mostrou maior acometimento do sexo masculino raça parda e maior incidência na região metropolitana I Palavraschave Epidemiologia Saúde pública Meningite ABSTRACT Objective To trace the epidemiological profile of meningitis in the state of Pará from 2010 to 2020 Methods This is an epidemiological retrospective longitudinal exploratory and analytical study in addition to being quantitative with data collection from the Department of Informatics of the Unified Health System DATASUS between the years 20152020 Results In the state of Pará from 2010 to 2020 4426 cases of meningitis were confirmed The highest absolute number of cases per year was in 2018 with 515 1163 Males were the most affected with 2483 records 5741 The brown race leads with 3393 cases 7666 According to age group the highest prevalence occurred between 20 and 39 years old with 1470 3321 Regarding the distribution of cases in the state of Pará by health regions Metropolitan Region I was the one with the highest incidence of cases with 3579 records corresponding to 8238 of the total Conclusion It is inferred that bacterial meningitis in Pará showed an increase in the number of reported cases between the years 2010 2020 The epidemiological profile of these patients showed greater involvement of males mixed race and higher incidence in the metropolitan region I Keywords Epidemiology Public health Meningitis RESUMEN Objetivo Rastrear el perfil epidemiológico de la meningitis en el estado de Pará de 2010 a 2020 Métodos se trata de un estudio epidemiológico retrospectivo longitudinal exploratorio y analítico además de cuantitativo con recolección de datos del Departamento de Informática del Sistema Único de Salud 1 Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida FESAR Liga Acadêmica de Clínica Médica LACLIM Redenção PA SUBMETIDO EM 62022 ACEITO EM 62022 PUBLICADO EM 72022 Revista Eletrônica Acervo Saúde ISSN 21782091 REAS Vol157 DOI httpsdoiorg1025248REASe105392022 Página 2 de 9 DATASUS entre los años 20152020 Resultados En el estado de Pará de 2010 a 2020 fueron confirmados 4426 casos de meningitis El mayor número absoluto de casos por año fue en 2018 con 515 1163 El sexo masculino fue el más afectado con 2483 registros 5741 La raza parda lidera con 3393 casos 7666 Según el grupo de edad la mayor prevalencia se presentó entre los 20 y 39 años con 1470 3321 En cuanto a la distribución de casos en el estado de Pará por regiones de salud la Región Metropolitana I fue la de mayor incidencia de casos con 3579 registros correspondientes al 8238 del total Conclusión Se infiere que la meningitis bacteriana en Pará mostró un aumento en el número de casos notificados entre los años 20102020 El perfil epidemiológico de estos pacientes mostró mayor afectación del sexo masculino mestizos y mayor incidencia en la región metropolitana I Palabras clave Epidemiología Salud pública Meningitis INTRODUÇÃO A meningite é a inflamação das meninges que são membranas que recobrem o sistema nervoso central podendo envolver o córtex cerebral e a medula espinhal devido à sua proximidade anatômica BRASIL 2021 Uma variedade de produtos inflamatórios decorrentes de bactérias e células do sistema imunológico podem cruzar a barreira hematoencefálica e causar necrose neuronal ou comprimir nervos cranianos DAVIS LE 2018 A meningite é uma doença infecciosa potencialmente catastrófica associada a mortalidade substancial e risco de invalidez permanente em sobreviventes YOUNG N e THOMAS M 2018 Os agentes etiológicos são bactérias vírus fungos protozoários e helmintos A infecção bacteriana tem como os principais agentes a Neisseria meningitidis meningococo Streptococcus pneumoniae pneumococo e Haemophylus influenzae tipo b Hib que juntos correspondem à 90 dos casos notificados BRASIL 2016 As etiologias virais mais frequentes são HSV1 HSV2 e o EBV Os agentes etiológicos fúngicos mais descritos são Cryptococcus neoformans espécies de cândida Histoplasma capsulatum Coccidioides immitis e o Blastomyces dermatites Agentes etiológicos parasitários Espécies de Echinococcosis Strongyloides stercoralis e Toxoplasma gondii ROSENBERG J e GALEN BT 2017 A meningite bacteriana pode ser transmitida por gotículas para outras pessoas através do beijo da tosse ou de espirros ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE 2020 Já na meningite viral a transmissão é fecal oral BRASIL 2016 Os enterovírus são transmitidos de forma fecaloral ao tocar objetos ou superfícies contaminadas em seguida tocar no nariz boca ou olhos sem lavar as mãos beber água ou ingerir alimentos que contenham o vírus MORAIS JMR et al 2017 Geralmente os fungos são adquiridos pela inalação dos esporos acessando as vias aéreas e podendo chegar até as meninges MORAIS JMR et al 2017 As pessoas infectadas pela meningite causada por parasitas adquiremna pela ingestão de alimentos contaminados que tenham a forma ou fase infecciosa do parasita BRASIL 2019 A patogênese envolve a infecção do hospedeiro humano e a proliferação do agente infeccioso no organismo A resposta celular imunológica os fatores de virulência dos patógenos e as características do paciente são importantes para a evolução da enfermidade No acometimento viral ocorre uma replicação local no tecido linfoide próximo ao local da infecção e essas células atuam como um reservatório do patógeno Em seguida ocorre uma replicação secundária que é o fator responsável pela disseminação viral para o Sistema Nervoso Central SNC Protegidos no interior dos leucócitos as cepas virais cruzam a Barreira Hematoencefálica BHE por via endotelial dos capilares cerebrais por disseminação direta ao longo dos nervos olfatórios dos nervos periféricos ou através de o epitélio do plexo coroide LYONS JL 2018 Nas meningites bacterianas os fatores predisponentes são a bacteremia elevada e fatores de superfície que medeiam a invasão celular como OmpA e uma proteína codificada por ibe10 em Escherichia coli ácido lipotecóico em Streptococcus agalactiae receptor de ativação de plaquetas em S pneumoniae e absorção pelas células endoteliais via fagossomas com a ajuda da proteína de superfície In1B em Listeria monocytogenes HEROLD R et al 2019 Revista Eletrônica Acervo Saúde ISSN 21782091 REAS Vol157 DOI httpsdoiorg1025248REASe105392022 Página 3 de 9 Nesse sentido os efeitos deletérios da inflamação do SNC são o aumento da pressão intracraniana que resulta do aumento da permeabilidade da Barreira Hematoencefálica A interação entre leucócitos e toxinas bacterianas induzem inchaço celular e obstrução do fluxo do LCR ocasionando hidrocefalia RUA R e MCGAVERN DB 2018 Os radicais livres produzidos por granulócitos células endoteliais e bactérias contribuem para direcionar as lesões neuronais A progressão da resposta inflamatória pode levar a vasculite necrose celular e edema cerebral O fluxo sanguíneo cerebral pode ser diminuído por causa da vasculite e pode levar à trombose e isquemia PUTZ K et al 2013 As manifestações clínicas mais prevalentes são febre cefaleia rigidez de nuca náuseas vômitos fotofobia e confusão mental Alguns podem indicar maior gravidade como convulsões delírio tremores e coma BRASIL 2016 Em recémnascidos e lactentes alguns sintomas podem não estar presentes ou de difícil percepção mas a irritabilidade choro persistente vômitos dificuldade para se alimentar letargia irresponsividade a estímulos fontanelas abauladas podem estar presentes NEVES SZTAJNBOK DC 2012 Os exames para o diagnóstico laboratorial da meningite incluem a cultura do líquor sangue ou soro sendo essas as técnicas mais utilizadas seguida da bacterioscopia direta do líquor na suspeita de meningite de etiologia bacteriana porém o Sistema Único de Saúde SUS possui métodos quimiocitológicos liquor ContraImunoeletroforese Cruzada CIE líquor e soro aglutinação pelo látex líquor e soro e pelo método molecular RTPCR BRASIL 2019 O padrão ouro para o diagnóstico de meningite é a punção lombar onde logo em seguida é feita a avaliação do exame do líquido cefalorraquidiano MCGILL F et al 2016 A característica do líquor é um indicativo de infecção Em situações normais o líquor apresenta aspecto límpido e incolor tendo aparência de água de rocha em processos infecciosos ocorre aumento de células imunológicas causando turvação GUIMARÃES MGB et al 2017 Os achados típicos incluem aumento na contagem de leucócitos no Líquido Cefalorraquidiano LCR geralmente superior a 1000 ml faixa 10000 ml uma pleocitose neutrofílica proteínas do LCR elevada geralmente 100 mg dl e hipoglicorraquia Uma tomografia computadorizada sem contraste da cabeça deve ser realizada antes da punção lombar se o paciente apresentar risco de herniação Os fatores de risco incluem Glasgow menor que 15 presença de sinais neurológicos focais convulsões a menos de 1 semana imunossupressão histórico de doenças no sistema nervoso central e papiledema ao exame físico HASBUN R 2019 Segundo o Ministério da Saúde 2021 a principal medida profilática para as meningites é a vacinação Nesse sentido o Sistema Único de Saúde fornece imunizantes como a vacina meningocócica C conjugada vacina pneumocócica conjugada 10 valente vacina pentavalente vacina BCG e a vacina tríplice viral Além disso a partir de março de 2020 foi adicionado ao Calendário Nacional de Vacinação a vacina meningocócica ACWY que previne contra os sorotipos A C W e Y Essas cepas tem importância epidemiológica pois são responsáveis pelo desenvolvimento da meningite meningocócica BRASIL 2021 Diante disso a realização do presente estudo teve como objetivo identificar e descrever o perfil epidemiológico das meningites no estado do Pará de 2010 a 2020 levando em consideração o número de casos faixa etária distribuição por sexo raça região de saúde etiologia e evolução da doença Com esse trabalho pretendese contribuir com a literatura sobre a temática considerandose que tal patologia é de suma relevância pela extensa frequência em que ocorre e as complicações que provoca incluindo o óbito MÉTODOS Tratase de um estudo retrospectivo analítico observacional e transversal de abordagem quantitativa baseado em dados que compõem o Sistema de Informação de Agravos de Notificação SINAN O local de estudo é o estado do Pará no período de 2010 a 2020 O estado se situa na região Norte do Brasil conta com uma população estimada de 8777124 pessoas com área territorial de 1245870700 km² limitandose ao norte com o Suriname e o Amapá a leste com Maranhão e Tocantins ao sul com o Mato Grosso a nordeste com oceano Atlântico e noroeste com a Guiana e o Estado de Roraima IBGE 2020 Revista Eletrônica Acervo Saúde ISSN 21782091 REAS Vol157 DOI httpsdoiorg1025248REASe105392022 Página 4 de 9 As informações são referentes às meningites no estado do Pará registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação entre 2010 e 2020 Os dados foram coletados por meio dos registros cadastrados no Sistema Nacional de Agravos de Notificação SINAN disponibilizados pelo Ministério da Saúde wwwdatasusgovbr Foram coletadas informações acerca do número de casos novos de meningite distribuição por sexo faixa etária etiologia da doença área de incidência por região de saúde e taxa de óbitos Foram considerados como critérios de inclusão todos os casos confirmados de meningite no estado registrados no SINAN nos anos de 2010 a 2020 Os critérios de exclusão foram os casos de meningite não confirmados ou confirmados fora do período de análise Os resultados foram apresentados em forma de tabelas e gráficos utilizando o programa Microsoft Excel versão 2016 Para análise de significância foi utilizado o teste qui quadrado com nível α 005 5 através do software bioestat 40 Nesse estudo preocupouse com as questões éticas e legais portanto encontrase em consonância com as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas envolvendo Seres Humanos e respeita os princípios éticos estabelecidos pela Resolução 46612 do Conselho Nacional de Saúde CNS RESULTADOS De acordo com a portaria GM nº 3 de 21 de fevereiro de 2006 do Ministério da Saúde a meningite é uma doença de notificação compulsória estimase que ocorra cerca de 12 milhões de casos por ano no mundo É um enorme problema de saúde pública devido a sua capacidade de produzir surtos e estar associada a elevada mortalidade sendo necessárias políticas públicas adequadas GUIMARÃES MGB et al 2017 No estado do Pará de 2010 a 2020 foram confirmados 4426 casos de meningite O maior número absoluto de casos por ano foi em 2018 com 515 1163 casos registrados e o menor em 2020 com 147 332 Tabela 1 De acordo com a faixa etária a maior prevalência ocorreu entre 20 e 39 anos com 1470 3321 notificações seguidos por 40 a 59 anos com 641 1448 e 10 a 14 anos com 526 1188 Os menores de um ano registraram 447 1009 casos de 1 a 4 anos registraram 355 802 casos de 5 a 9 anos registraram 437 987 casos entre 15 e 19 anos registraram 398 899 casos de 60 a 64 anos registraram 61 137 casos de 65 a 69 anos registraram 43 097 casos de 70 a 79 anos registraram 33 074 casos e os de 80 anos ou mais registraram 10 022 notificações Além disso cinco 011 casos em branco foram registrados Tabela 1 Tabela 1 Casos confirmados de Meningite e notificados ao SINAN no estado de Pará classificados por faixa etária Período 2010 2020 Faixa Etária 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 TOTAL EM BRANCO 1 2 0 0 2 0 0 0 0 0 0 5 1 ANO 47 55 45 42 32 43 54 51 36 24 18 447 1 a 4 31 41 26 23 26 36 37 38 55 31 11 355 5 a 9 35 44 35 33 46 56 31 49 52 44 12 437 10 a 14 60 47 55 47 59 49 40 58 51 46 14 526 15 a 19 29 31 29 38 33 60 41 51 35 41 10 398 20 a 39 109 137 110 111 109 167 154 170 186 163 54 1470 40 a 59 54 41 56 54 46 64 80 72 70 81 23 641 60 a 64 1 2 2 6 7 4 10 9 14 6 0 61 65 a 69 2 1 4 2 3 7 3 6 9 4 2 43 70 a 79 1 1 4 1 5 2 4 3 7 4 1 33 80 e 1 0 1 0 0 1 4 0 0 1 2 10 TOTAL 371 402 367 357 368 489 458 507 515 445 147 4426 Fonte Nunes ALS et al 2022 Baseado em dados do Ministério da SaúdeSVS Sistema de Informação de Agravos de Notificação Sinan Net O sexo masculino foi o mais acometido com 2483 registros 5741 e apenas no ano de 2013 o sexo feminino superou o masculino com 148 notificações 5758 Tabela 2 Revista Eletrônica Acervo Saúde ISSN 21782091 REAS Vol157 DOI httpsdoiorg1025248REASe105392022 Página 5 de 9 Tabela 2 Casos confirmados de Meningite e notificados ao SINAN no estado de Pará classificados por sexo Período 2010 2020 ANO 1º SINTOMAS 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 TOTAL MASCULINO 221 221 220 109 211 287 277 296 298 261 82 2483 FEMININO 150 180 147 148 157 202 181 211 217 184 65 1842 TOTAL 371 401 367 257 368 489 458 507 515 445 147 4325 Fonte Nunes ALS et al 2022 Baseado em dados do Ministério da SaúdeSVS Sistema de Informação de Agravos de Notificação Sinan Net Em relação a raça a parda lidera com 3393 casos 7666 seguida pelos 514 registros 1161 em que esse item foi ignorado ou ficou em branco Tabela 3 Tabela 3 Casos confirmados de Meningite e notificados ao SINAN no estado de Pará classificados por raça Período 2010 2020 RaçaCor 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 TOTAL IGNEB 142 73 41 53 38 50 39 42 21 10 5 514 BRANCA 43 43 49 40 39 47 39 33 34 19 12 398 PRETO 6 10 14 7 13 7 6 4 9 8 0 84 AMARELO 4 5 1 0 0 3 1 1 2 2 0 19 PARDO 176 269 260 256 275 379 372 426 448 404 128 3393 INDÍGENA 0 2 2 1 3 3 1 1 1 2 2 18 TOTAL 371 402 367 357 368 489 458 507 515 445 147 4426 Legenda IGN Ignorado EB Em branco Fonte Nunes ALS et al 2022 Baseado em dados do Ministério da SaúdeSVS Sistema de Informação de Agravos de Notificação Sinan Net Em relação a distribuição dos casos no estado do Pará por regiões de saúde a região Metropolitana I foi a que apresentou maior incidência dos casos com 3579 registros correspondendo a 8238 do total Em segundo lugar o Baixo Amazonas registrou 135 casos 310 acompanhada em terceiro lugar pelas regiões do Carajás e Xingu com 129 registros cada 296 O território do Araguaia aparece em quarto lugar ao registrar 111 notificações que correspondem a 25 do total de registros Tabela 4 Tabela 4 Casos confirmados de Meningite e notificados ao SINAN no estado de Pará classificados por Região de Saúde CIR de notificação Período 2010 2020 Região de Saúde CIR de notif 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 TOTAL Araguaia 11 11 8 7 8 11 9 16 15 10 5 111 Baixo Amazonas 18 16 13 5 8 16 19 6 12 14 8 135 Carajás 10 13 9 11 15 13 7 22 19 8 2 129 Lago de Tucuruí 10 6 6 7 5 3 5 6 15 8 4 75 Metropolitana I 289 322 301 284 308 401 381 413 404 358 118 3579 Metropolitana II 0 0 1 1 1 2 0 2 2 2 0 11 Metropolitana III 2 2 5 3 1 5 2 1 2 5 1 29 Rio Caetés 2 2 0 0 0 0 1 2 8 0 1 16 Tapajós 2 2 1 2 6 1 1 5 1 21 Tocantins 6 13 6 8 1 1 4 3 4 2 1 49 Xingu 5 4 7 17 5 11 15 18 23 21 3 129 Marajó I 1 1 0 2 1 1 0 0 1 1 0 8 Marajó II 2 3 1 5 2 9 6 8 3 11 2 52 TOTAL 358 395 358 352 361 474 450 502 509 440 145 4344 Legenda notif Notificação Fonte Nunes ALS et al 2022 Baseado em dados do Ministério da SaúdeSVS Sistema de Informação de Agravos de Notificação Sinan Net Revista Eletrônica Acervo Saúde ISSN 21782091 REAS Vol157 DOI httpsdoiorg1025248REASe105392022 Página 6 de 9 Quanto às etiologias o maior número de registros foi da Meningite Viral MV que soma 1290 casos 2915 logo depois a Meningite por Outras Bactérias MB atingiu 1099 registros 2484 e em seguida 655 casos 1480 de Meningite Não Especificada MNE foram notificados Tabela 5 Tabela 5 Casos confirmados de Meningite e notificados ao SINAN no estado de Pará classificados por etiologia Período 2010 2020 Etiologia 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 TOTAL IGNEB 4 3 0 1 2 2 0 0 3 7 1 23 MCC 5 8 7 10 7 17 9 15 15 3 2 98 MM 12 12 7 13 13 18 20 15 29 25 8 172 MMMCC 4 1 7 5 8 7 11 5 19 24 4 95 MTBC 21 36 28 28 27 34 27 48 31 34 15 329 MB 109 87 109 77 93 120 119 107 133 111 34 1099 MNE 62 62 57 70 40 52 58 73 82 71 28 655 MV 77 135 100 95 130 163 147 176 129 100 38 1290 MOE 50 37 30 38 36 53 49 41 45 45 15 439 MH 5 5 3 1 1 1 1 1 3 3 0 24 MP 21 16 19 19 11 22 17 25 26 22 2 200 TOTAL 370 402 367 357 368 489 458 506 515 445 147 4424 Legenda IGN Ignorado EB Em branco MCC Meningococcemia MM Meningite Meningocócica MMMCC Meningite Meningocócica Meningococcemia MTBC Meningite tuberculosa MB Meningite por outras bactérias MNE Meningite não especificada MV Meningite viral MOE Meningite por outras etiologias MH Meningite por Haemophilus influenzae MP Meningite por Streptococus pneumoniae Fonte Nunes ALS et al 2022 Baseado em dados do Ministério da SaúdeSVS Sistema de Informação de Agravos de Notificação Sinan Net No tocante a evolução foi registrada um total de 589 1330 óbitos por meningite no período de 2010 a 2020 O ano de 2016 lidera com 73 1239 óbitos seguido por 2010 com 66 1120 e 2015 com 62 1052 óbitos por meningite Além disso foram registrados 83 187 óbitos por outras causas Foram registrados 3376 7627 altas no período de 10 anos em primeiro lugar o ano de 2017 com 418 1238 seguido de 2018 com 411 1217 e 2015 com 391 altas 1158 Tabela 6 Tabela 6 Casos confirmados de Meningite e notificados ao SINAN no estado de Pará classificados por evolução Período 2010 2020 Evolução 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 TOTAL IGNEB 64 60 36 28 26 33 21 30 37 32 11 378 ALTA 238 286 279 270 280 391 354 418 411 342 107 3376 ÓBITO POR MENINGITE 66 48 42 50 57 62 73 52 54 58 27 589 ÓBITO POR OUTRA CAUSA 3 8 10 9 5 3 10 7 13 13 2 83 TOTAL 371 402 367 357 368 489 458 507 515 445 147 4426 Legenda IGN Ignorado EB Em branco Fonte Nunes ALS et al 2022 Baseado em dados do Ministério da SaúdeSVS Sistema de Informação de Agravos de Notificação Sinan Net DISCUSSÃO Segundo a Organização Mundial da Saúde OMS 2021 o mundo registrou cinco milhões de novos casos de meningite e cerca de 290000 óbitos apenas no ano de 2017 Em 2020 o Brasil registrou 4590 casos da doença e em 2021 foram notificados 831 novos casos AGUIAR TS et al 2022 De acordo com Dias FCF et al 2017 o norte do Brasil é uma região endêmica para doenças infectocontagiosas e entre 2012 e 2015 foram realizados 2702 novos registros de meningite sendo o estado do Pará o detentor de 50 das notificações na região O presente estudo demonstrou que entre 2010 e 2020 o estado do Pará notificou 4426 casos de meningite O maior número absoluto de casos por ano foi em 2018 com 515 1163 casos registrados seguido por 2017 com 507 1145 casos e 489 1104 registros em 2015 SINAN 2021 Revista Eletrônica Acervo Saúde ISSN 21782091 REAS Vol157 DOI httpsdoiorg1025248REASe105392022 Página 7 de 9 Entre as regiões de saúde a Metropolitana I foi a que apresentou maior incidência dos casos de meningite com 3579 registros correspondendo a 8238 do total De acordo com Souza et al entre 2010 e 2019 o município de Belém foi o que registrou o maior número de notificações da doença entre os integrantes da Região Metropolitana de Belém Essas informações corroboram para demonstrar que a na capital paraense a maior concentração de domicílios com aproximadamente 1492745 pessoas associado a segunda maior densidade de habitantes por área 131526 habKm² são fatores agravantes da transmissibilidade das meningites IBGE 2020 Nesse sentido Cruz JVNS et al 2020 concluiu que em grandes centros urbanos é mais fácil encontrar registros epidemiológicos de doenças infectocontagiosas variando quanto aos tipos de agentes etiológicos e condições socioeconômicas da região Em adição é importante destacar que as notificações compulsórias são a principal forma de levantamento de dados epidemiológicos sobre as doenças infectocontagiosas e para serem realizadas é necessário um suporte tecnológico que está mais difundido em áreas urbanizadas o que corrobora para subnotificação em cidades menores e zonas rurais A região de saúde do Carajás foi a terceira em número de registros de meningite com 129 registros 296 Conforme destacou Palheta JM et al 2017 as mudanças ocorridas no Sudeste paraense nos últimos anos têm relação com as atividades de mineração agronegócio pecuária e extração de madeira que atraíram para região muitas pessoas em busca de melhores condições de vida e de trabalho acelerando as transformações socioeconômicas dos municípios Nesse sentido os autores Moraes JCB e Barata RB 2005 concluíram que os trabalhadores de atividades como mineração extração de petróleo e construção civil estão mais expostos aos agentes de inflamação das meninges como meningococos por estarem ligados atividades laborais que necessitam de confinamento e aglomerações Aliado a isso o sexo masculino foi o mais acometido com 2483 registros 5741 em dez anos e apenas no ano de 2013 o sexo feminino superou o masculino com 148 notificações 5758 Nesse sentido a sociedade contemporânea se configura de forma patriarcal em que o homem é o principal provedor do ambiente familiar e consequentemente está mais exposto aos agentes infectocontagiosos o que aliado a resistência em buscar atendimento de saúde e a dificuldade de adesão a condutas terapêuticas resulta em uma maior propagação de doenças e uma elevada taxa de mortalidade MACEDO JÚNIOR AM et al 2020 MACEDO JÚNIOR AM et al 2021 De acordo com Frasson LR et al 2021 não existe um fator determinante para elucidar a diferença do número de homens com inflamação nas meninges em relação às mulheres porém a baixa cobertura vacinal decorrente da negligência do sexo masculino com a própria saúde é um fator determinante Os agentes etiológicos mais encontrados nos casos de meningite no estado do Pará entre o ano de 2010 2020 são as meningites virais constituindo 2915 dos casos sendo o ano de 2017 o maior número de casos no estado 117 casos As taxas de infecções anuais de meningite viral têm mantido essa média durante os últimos anos com exceção do ano de 2020 onde foram diagnosticados 38 casos de meningite viral representando uma queda de 62 em relação ao ano de 2019 Essa queda no número de casos é explicada pela presença da pandemia da Covid19 onde houve um alta na subnotificação e uma sobrecarga do sistema de saúde AGUIAR TS et al 2022 Segundo Gonçalves HC et al 2018 a meningite de origem viral é mais prevalente pois ocorre uma maior disseminação do agente espalhandose com mais facilidade pela via respiratória e por contato tendo assim um fator de contágio superior ao das bactérias A educação em saúde são opções para controlar a propagação de doenças de etiologia viral como as Enteroviroses Desse modo é de extrema necessidade a aplicação de medidas voltadas à higiene pessoal diminuindo assim as meningites de etiologias virais SOLOMON T et al 2010 De acordo com a faixa etária a maior prevalência ocorreu entre 20 e 39 anos com 1470 3321 notificações seguidos por 40 a 59 anos com 641 1448 O número de casos aumentados na idade adulta pode ser explicado pelo fato do período de imunização ser feito geralmente na infância não estando mais presente na vida adulta RODRIGUES EMB 2015 Além disso esse grupo etário está mais exposto à aglomerações como o ambiente de trabalho e o transporte público sendo economicamente mais ativa que a população idosa e infantil estando assim mais suscetível a infecções BRITO RCV et al 2019 Revista Eletrônica Acervo Saúde ISSN 21782091 REAS Vol157 DOI httpsdoiorg1025248REASe105392022 Página 8 de 9 Contrapondose a esses dados Guimarães MGB et al 2017 evidenciaram uma prevalência maior da meningite na faixa etária pediátrica em alguns estados da federação como Minas GeraisMG e São Paulo SP esses dados são justificados pelo fato que o sistema imunológico da população pediátrica é imaturo No estado do Pará de 2010 a 2020 foram confirmados 4426 casos de meningite O maior número absoluto de casos por ano foi em 2018 com 515 1163 casos registrados e o menor em 2020 com 147 332 Tabela 1 De acordo com Dias FCF et al 2017 o estado do Pará tem o maior número de casos na região Norte em torno de 50 dos números entre os anos de 2012 a 2015 além que na região norte do Brasil a prevalência de casos se dá pela meningite bacteriana Esses dados são explicados pelo fato de o Pará ser o estado mais populoso da região norte com cerca de 455 da população e possuir um centro de pesquisa e diagnósticos para doenças infectocontagiosas facilitando assim os meios de diagnóstico JUNIOR JDT et al 2020 Em relação aos estados vizinhos do o Pará tem certa similaridade com a faixa etária com a etiologia e com o sexo segundo Fonseca ALGP et al 2021 o estado do Tocantins apresentou dados semelhantes onde observou casos de meningite mais recorrentes nos adultos jovens principalmente na faixa etária de 20 a 39 anos seguidos pelo grupo pediátrico em geral onde houve discrepância com o estado do Pará prevalência do sexo masculino e meningite de etiologia viral O método diagnóstico mais utilizado foi o clínico seguido pelo método de cultura O estado do Piauí Pl também apresentou as mesmas características epidemiológicas tanto relacionada à idade gênero cor e etiológicos FONTES FLL et al 2019 No estado do Mato Grosso MT houve uma mudança quanto à faixa etária sendo mais comum na população pediátrica SABBI AD et al 2021 No estado do Amapá AP teve mais casos na população pediátrica sendo os casos de etiologia bacteriana sendo os agentes Streptococcus pneumoniae e Neisseria meningitidis responsáveis por 38 e 35 das ocorrências respectivamente PIMENTEL LG 2020 No estado de Rondônia RO apresentou os mesmos critérios semelhantes ao estado do Pará com exceção dos agentes etiológicos que não foram citados no estudo referente SOUSA CL et al 2020 A taxa de letalidade da meningite no estado do Pará entre os anos de 20102020 foi de 1330 entre os casos diagnosticados A letalidade da meningite segundo os dados encontrados na região norte foi de 1281 entre os o período de 20122015 Outros estudos indicam que a depender do agente causal essa taxa varia entre 1500 e 1710 sendo maior em infecções de origem bacterianas DIAS FCF et al 2017 Entre o período de 20152018 notouse um número de óbitos de 243 óbitos porém houve certa discrepância comparado com os artigos anteriores essa diferença se resulta pela abrangência que estudo atual referência trazendo óbitos totais no estado Enquanto no estudo de Junior JDT et al 2020 a maior parte dos casos de meningite evoluem para a alta médica mas nas faixas etárias de 1 ano até 04 anos houve uma mortalidade de aproximadamente 10 dos casos das crianças acometidas pela doença n33 e na faixa entre 2039 anos que foi onde ocorreu o maior número de casos houve uma mortalidade de aproximadamente 15 dos casos n110 totalizando 143 óbitos CONCLUSÃO De acordo com os dados obtidos no SINAN inferese que a meningite bacteriana no Pará apresentou um aumento no número dos casos notificados entre os anos de 20102019 com exceção do ano de 2020O perfil epidemiológico desses pacientes mostrou maior acometimento do sexo masculino raça parda e maior incidência na região metropolitana I A faixa etária mais prevalente está entre os 2039 anos por ser uma população mais ativa tendo maior probabilidade de exposição aos agentes etiológicos Além disso notouse que a prevalência da meningite bacteriana sugere um padrão de subnotificação da doença bem como técnicas de análise etiológica falhas Devese conhecer o perfil desses pacientes para adoção de medidas de prevenção e suporte que são impreteríveis considerando a localidade e sazonalidade da doença É essencialmente necessário que ocorra a divulgação para a população em geral sobre os diversos meios de prevenção da patologia além disso realizar o manejo adequado em casos confirmados ou suspeitos a fim de evitar possíveis sequelas e complicações Revista Eletrônica Acervo Saúde ISSN 21782091 REAS Vol157 DOI httpsdoiorg1025248REASe105392022 Página 9 de 9 REFERÊNCIAS 1 AGUIAR TS et al Perfil epidemiológico da meningite no Brasil com base nos dados provenientes do DataSUS nos anos de 2020 e 2021 Research Society and Development 2022 113 e50811327016e50811327016 2 BRASIL Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde CoordenaçãoGeral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços 3ª ed Brasília 2019 3 BRASIL Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis Brasília 2014 4 BRASIL Ministério da Saúde Guia de vigilância em saúde Volume único 3ed Brasília 2019 5 BRASIL Meningites Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Boletim Epidemiológico 03 volume 50 janeiro 2019 Disponível em httpportalmssaudegovbrsaudedeazmeningites Acessado em 21 de Fevereiro de 2022 6 CRUZ JVNS et al Perfil epidemiológico das meningites virais no estado da Bahia entre 2007 e 2018 Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria 2020 24 1 7 DAVIS LE Acute bacterial meningitis Continuum Lifelong Learning in Neurology 2018 245 12641283 8 BRITO RCV et al Análise epidemiológica da meningite no estado de Goiás Revista Educação em Saúde 2019 72 8390 9 DIAS FCF et al Meningite aspectos epidemiológicos da doença na região norte do Brasil Revista de Patologia do Tocantins 2017 42 4649 10 FONSECA ALGP et al Perfil da Epidemiologia da Meningite no Estado do Tocantins entre 2010 e 2020 Amazônia science health 2021 93 8191 11 FONTES FLL et al Meningite em um estado do Nordeste brasileiro descrição das características epidemiológicas em um período de 11 anos Revista Eletrônica Acervo Saúde 2019 25 e628 12 FRASSON LR et al Perfil epidemiológico da meningite bacteriana no estado do Rio Grande do Sul Revista Ciência Humanização do Hospital de Clínicas de Passo Fundo 2021 12 96110 13 GONÇALVES HC et al Meningite no Brasil em 2015 o panorama da atualidade Arquivos Catarinenses de Medicina 2018 471 3446 14 GUIMARÃES MGB et al Perfil epidemiológico dos casos confirmados de meningite em ItuiutabaMG Tese Ciências Biológicas Faculdade de Ciências Integradas do Pontal Ciências Biológicas Universidade Federal de Uberlândia Minas Gerais 2017 15 HASBUN R Update and advances in community acquired bacterial meningitis Current Opinion in Infectious Diseases 2019 323 233238 16 HEROLD R et al Virulence factors of meningitiscausing bacteria enabling brain entry across the bloodbrain barrier International journal of molecular sciences 2019 2021 5393 17 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA IBGE Censo Brasileiro de 2020 Rio de Janeiro IBGE 2020 18 JUNIOR JDT et al Retrato da epidemiologia da meningite no Estado do Pará entre 2015 e 2018 Brazilian Journal of Health Review 2020 34 1075510770 19 LYONS JL Viral meningitis and encephalitis Continuum Lifelong Learning in Neurology 2018 245 12841297 20 MACEDO JÚNIOR AM et al Meningite breve análise sobre o perfil epidemiológico no BrasilBr nos anos de 2018 e 2019 International Journal of Development Research 2021 1101 4375143756 21 MACEDO JÚNIOR AM et al Perfil epidemiológico e fatores determinantes na saúde ambiental da tuberculose no Brasil Revista IberoAmericana de Ciências Ambientais 2020 117 243252 22 MCGILL F et al Acute bacterial meningitis in adults The Lancet 2016 38810063 30363047 23 MORAES JCB e BARATA RB A doença meningocócica em São Paulo Brasil no século XX características epidemiológicas Cadernos de Saúde Pública 2005 21 14581471 24 MORAIS JMR et al Retrato da meningite em SalvadorBA análise do período entre 20112015 CDRevista Eletrônica da FAINOR 2017 101 185196 25 NEVES SZTAJNBOK DC Meningite bacteriana aguda Revista de pediatria SOPERJ 2012 132 7276 26 PALHETA JM et al Conflitos pelo uso do território na Amazônia mineral Mercator 2017 16 27 PIMENTEL LG et al Análise epidemiológica da meningite bacteriana no Estado do Amapá nos anos de 2013 a 2018 O Mundo da Saúde 2020 144 372380 28 PUTZ K et al Meningitis Primary care clinics in office practice 2013 403 707726 29 RODRIGUES EMB Meningite perfil epidemiológico da doença no Brasil nos anos de 2007 a 2013 Centro universitário de Brasília 2015 116 30 ROSENBERG J GALEN BT Recurrent meningitis Current Pain and Headache Reports 2017 217 19 31 RUA R MCGAVERN DB Advances in meningeal immunity Trends in molecular medicine 2018 246 542559 32 SABBI AD et al Perfil epidemiológico de crianças e adolescentes com meningite entre 2009 e 2019 no Estado do Mato Grosso COORTERevista Científica do Hospital Santa Rosa 2021 12 33 SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO SINAN Meningite Pará Disponível em httptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesinannetcnvmeninPAdef Acessado em 18 de janeiro de 2022 34 SOLOMON T et al Virology epidemiology pathogenesis and control of enterovirus 71 Lancet Infect Dis 2010 10 77890 35 SOUSA CL et al Perfil epidemiológico e distribuição da meningite em um estado da região norte do paísRondônia de 2017 A 2019 Revista Eletrônica Acervo Enfermagem 2020 6 e5296 36 YOUNG N THOMAS M Meningitis in adults diagnosis and management Internal Medicine Journal 2018 4811 12941307