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Aprender Juntos 3 COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - 3º ANO MANUAL DO PROFESSOR Leda Leonardo da Silva Editor responsável: Robson Rocha Organizado: Edições SM Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por Edições SM. Aprender Juntos 3 COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - 3º ANO MANUAL DO PROFESSOR LEDA LEONARDO DA SILVA Bacharel e licenciada em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Professora do Ensino Fundamental. EDITOR RESPONSÁVEL: ROBSON ROCHA Bacharel e licenciado em Geografia pela FFLCH-USP. Mestre em Ciências (área de concentração: Geografia Humana) pela FFLCH-USP. Professor do Ensino Fundamental. Editor de livros didáticos. ORGANIZADORA: EDIÇÕES SM Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por Edições SM. São Paulo, 1ª edição, 2017 Aprender Juntos Geografia 3 © Edições SM Ltda. Todos os direitos reservados Direção editorial: M. Esther Najm Gerência editorial: Caude Carvalho Neves Gerência de edição e produção: Adão C. Monteiro Edição executiva: Robson Rocha Edição: Catia Juaria, Clélia O Mazzutti, Felipe Bariolewske, Fábio Venancio de Souza, Gleice Manoel Reis da Silva e Fara, Jacqueline César Silva, José Jussemir Costa, Maria João Simões Ocke Colaboração técnica pedagógica: Blaine de Souza Martins Freitas, Eduardo Campes Suporte editorial: Aira Berretin, Fernanda Fortunato, Lídia Marangoni, Talita Vinhal, Silvana Siqueira Coordenação de preparação e revisão: Célia Rodrigues dos Reis Espírito Santo Preparação e revisão: Ana Paula Ribeiro Miyama, Maria de Fátima Caravello, Taciane Vaz, Vera Lúcia Rocha Apoio de equipe: Beatriz Nascimento, Camila Durães Torres Coordenação de design: Célia Navarro Design: Tiago Stefano Coordenação de arte: Ulisses Fogaça, Juliano de Araújo Fernandes, Vânia Stainer Rocha Antunes Edição de capas: Eduardo Sochi, Angela Taboce, Veronia Coordenação de iconografia: José Luiz de Cásperes Pesquisa iconográfica: Inês Lima Tratamento de imagem: Aroldo Casaro Capa Ilustração: Rafael Vianna, Juliana Medeiros de Albuquerque Diagramação de capa: Ciro Giovanni Projeto gráfico: Luiz Editoração eletrônica: Luiz Ilustrações: A Casa, Arapaço, Estúdio Pinça, Tutuca Carioca, Márcio C. Piza, Mirella Spinelli, Nilson Cardoso, Sidney Araújo, Wanessa Allexanne Cartografia: Julio Miguel, A. Moraes Fabricação: Alexandre Maciel Impressão: Abril Maquete com sucata Elaborar maquetes possibilita às pessoas experimentar a ludicidade de diferentes materiais, inclusive recicláveis, como papel e sucata. Além de estimular o desenvolvimento da percepção do comum do espaço, a elaboração de maquetes com materiais recicláveis contribui para a conscientização ambiental. Para as questões ambientais em busca de outro form... AMBIENTE. Em respeito ao meio ambiente, só nos ofertamos true juntas produzidas com pap... e cada passa a oferet espera alguns amenazas, com panpan certificado. ISBN: 978-30-7413-0768-4 eISBN: 997-40-7568-4 CDU: 372.891 Indicações legais Data de índice: 02–02-2017. Local: Educação: Ensino fundamental Formação: Programa Área: Comunicação, educação e língua portuguesa. Editora pedagógica: Edições SP FCDU: 372.891 eISBN CDO 372.891 Indicação bibliográfica Tia delficais 7-10-23 Edição: 1 января edição Origem: Edições Cutter: Edições 1. Geografia – Ensino fundamental 372.891 Edições SM Ltda. Rua Tenente Lycurgo Lopes da Cruz, 55 Água Branca 05036-120 São Paulo SP Brasil Tel. 11 2111-7400 edicoesm.sm@grupo-sm.com www.edicoessm.com.br Apresentação Prezado professor, prezada professora A escola é um espaço de convivência e de troca de saberes. E é nos primeiros anos da vida escolar que um mundo de conhecimentos e de experiências se abre, definitivamente, para aquele que é curioso e tem sede de aprender. Este material didático foi cuidadosamente pensado para auxiliar o trabalho docente e garantir aos alunos a construção de uma aprendizagem consistente e significativa nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A seleção dos conteúdos favorece o exercício da criatividade e o desenvolvimento integral do aluno, oferecendo a ele oportunidades para expressar seus pensamentos, refletir sobre o que está aprendendo e expor o que já sabe. Assim, o professor alcança seus objetivos e o aluno avança no seu processo de formação como cidadão pensante e atuante. Valores universais como liberdade, responsabilidade, respeito, solidariedade e justiça estão presentes nos textos, nas imagens, nas atividades e nos temas propostos. Por esse caminho, acreditamos, são cultivadas atitudes positivas que estimulam os relacionamentos sociais, a autonomia e a capacidade de tomar decisões adequadas para resolver problemas e superar conflitos. Desejamos que seu percurso pelas páginas deste livro seja proveitoso, fecundo e prazeroso. Bom trabalho! Equipe editorial SUMÁRIO O ensino de Geografia .................................................. V A interdisciplinaridade no Ensino Fundamental ............ V Objetivos gerais da coleção .......................................... VII Proposta pedagógica da coleção .................................. VIII Procedimentos didático-pedagógicos Avaliação e aprendizagem ............................................. XVI Organização e estrutura da coleção ............................... XVIII Organização dos conceitos ............................................ XVIII Estrutura da coleção ......................................................... XIX O uso das letras de imprensa maiúsculas e minúsculas .............. XX O Manual do Professor ....................................................... XXI Relação entre a BNCC e os conteúdos da coleção ............ XXXIII Textos de apoio ................................................................ XLIII Sugestões para o professor ............................................ XLVI Descrição do Manual do Professor em “formato U” ...... L Bibliografia ....................................................................... XLVIII Início da reprodução do Livro do Aluno ....................... 1 Sumário ............................................................................ 6 Capítulo 1 – Rechecando as paisagens ......................... 8 Capítulo 2 – A ação humana sobre a paisagem ............ 18 Capítulo 3 – Paisagem e orientação ............................... 28 Capítulo 4 – A vegetação .................................................. 36 Capítulo 5 – O relevo .......................................................... 44 Capítulo 6 – A água ............................................................. 52 Capítulo 7 – O tempo atmosférico nas paisagens ......... 64 Capítulo 8 – Chuvas e ventos ............................................ 74 Capítulo 9 – A previsão do tempo .............................. 86 Capítulo 10 – O campo .............................................. 96 Capítulo 11 – A cidade ............................................ 108 Capítulo 12 – Relações entre o campo e a cidade ....... 118 O ENSINO DE GEOGRAFIA Os estudos geográficos ganharam visibilidade no Brasil sobretudo a partir das décadas de 1970 e 1980. Tanto nas pesquisas acadêmicas quanto nas escolas, questionava-se o caráter meramente descritivo dos fenômenos geográficos (físicos e humanos), até então muito frequente no estudo e no ensino de Geografia. As correntes teóricas que surgiram nesse período histórico, como a Geografia Crítica, passaram, então, a objetivar a compreensão do espaço geográfico em suas múltiplas relações, ou seja, visaram compreender o papel da sociedade e sua relação com a natureza na produção e na organização do espaço com base nas dinâmicas do território, da paisagem e do lugar. Assim, a Geografia escolar, entendida em uma perspectiva crítica pelas novas correntes teóricas, passa a estimular a reflexão, a análise e o debate acerca da produção do espaço geográfico e de sua articulação nas escalas local, regional e mundial. Dessa forma, a disciplina começa a contribuir para um maior entendimento do mundo, proporcionando a aquisição de conhecimentos que possibilitam ao aluno intervir de modo consciente no meio em que vive — traço essencial de postura cidadã. O espaço geográfico deve ser entendido como historicamente produzido pelo ser humano à medida que ele se organiza socialmente e interage com o meio. O espaço concebido dessa modo nos leva a refletir sobre as motivações e as ações dos diferentes grupos humanos que o transformaram e continuam a transformá-lo ao longo da história, afirma Milton Santos (1996) refere-se ao espaço e o tempo como categorias indissociáveis. O estabelecimento de conceitos como espaço-tempo, permitem-nos uma reflexão sobre o mundo por meio de preferências diferentes. Assim, o espaço atual é o resultado de distintas ações passadas, que se manifestam desigualmente e que continuam a exercer suas forças nas configurações presentes. Ao conhecerem as diferentes realidades resultantes da ação humana no espaço e reconhecerem-se como parte da sociedade, os alunos poderão refletir sobre suas relações sociais e com o meio, ampliando suas possibilidades de participação social. A INTERDISCIPLINARIDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL As discussões sobre a interdisciplinaridade remontam à década de 1960 quando, na França e na Itália, surgiram movimentos que reivindicavam mudanças pedagógicas tanto na educação básica quanto nas universidades. Tais discussões aportaram no Brasil nesse mesmo período, mas é a partir dos anos 1970 que ocorreram, no país, avanços de reflexão sobre o conceito. Nesse período, foram apontadas algumas contradições, e muitos pesquisadores enveredaram-se em estudos, visando à elaboração de uma teoria acerca dessa proposta pedagógica. Nos anos de 1990, com a promulgação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a interdisciplinaridade passa a ser incorporada de maneira mais efetiva às diversas práticas pedagógicas (FAZENA, 1993). Na atualidade, essas discussões estão bastante avançadas, verificando-se uma centralização nas práticas interdisciplinares, que visam ao rompimento com o ensino fragmentado e a um “novo” modo de ensinar baseado na realidade concreta dos alunos. Trata-se de um exercício em que os temas escolhidos são estudados articulando as abordagens de duas ou mais disciplinas, sem que haja perda da especificidade do campo disciplinar. Seguindo a Base nacional comum curricular (BNCC, 2017), o “pensamento espacial está associado ao desenvolvimento intelectual que integra conhecimentos [...] de outras áreas, como Ciências, Arte e Literatura” (p. 311). Esse intercâmbio de conhecimentos e ideias, ainda segundo o documento, visa à resolução de problemas diversos, que envolvem mudanças de escala, orientação e direção de objetos no espaço, efeitos de distância, relações hierárquicas, centralização e dispersão, proximidade e vizinhança, entre outros aspectos. É importante destacar que evidenciamos o caráter interdisciplinar da Geografia com História, uma vez que o espaço e o tempo são os conceitos centrais e mediadores entre essas disciplinas das Ciências Humanas. Mas, também, há o diálogo com a Educação Física, por exemplo, por meio da noção de lateralidade. Com Língua Portuguesa, a articulação pode ocorrer com a leitura e a interpretação de diferentes tipos de textos e, com Matemática, com o auxílio na construção e na leitura de gráficos e tabelas. Há que se ter em mente que o caráter complexo do estudo interdisciplinar requer um diálogo funcional entre as áreas de conhecimento. Atuar de forma interdisciplinar, segundo Fazenda (1993), não significa juntar conteúdos, métodos ou disciplinas sem que haja uma sincronia de conteúdos e dessas junções. Atuar de forma interdisciplinar significa transformar e desenvolver um novo projeto educativo. Para Frigotto (2008), o projeto interdisciplinar não pode ser tratado como algo de competência de uma disciplina. As redes complexas que uma proposta interdisciplinar permitem que ela seja a base de uma “virtualidade de nos permitir encaminhar criativamente a solução de múltiplos problemas” (Frigotto, 2008, p. 60). Considerando esse histórico, é importante considerar alguns elementos para a prática da interdisciplinaridade, principalmente no Ensino Fundamental: a) a proposta deve estar pautada por objetivos pedagógicos bem construídos e baseada no diálogo com os professores envolvidos na proposta; b) é importante apresentar a justificativa do estudo interdisciplinar (O que é relevante para a proposta de estudo? Quais são as aproximações possíveis de serem elencadas?); c) deve-se definir questões a serem investigadas, para orientar os alunos no desenvolvimento da proposta; d) é fundamental que se explicitem para os alunos os procedimentos e as atitudes a serem desenvolvidas ao longo da proposta (elaborar um quadro com atividades, experimentações, roteiro de entrevistas, formas de realização de pesquisas, etc.); e) deve-se orientar as formas de registro das etapas da prática interdisciplinar, como os resultados serão apresentados e como todo o processo será avaliado. Na coleção, as propostas de trabalho interdisciplinar estão distribuídas em momentos oportunos tanto no Livro do Aluno, nas atividades associadas aos temas principais e naquelas de sistematização do aprendizado, no final do capítulo, reunidas na seção Indicar sempre, como no apoio didático presente neste Manual do Professor. É interessante registrar que o trabalho interdisciplinar valoriza a ação coletiva dos professores, dando visibilidade tanto aos seus esforços individuais quanto ao trabalho conjunto, porque a ação didática pode se projetar para além da sala de aula e da fronteira de cada disciplina. O planejamento, a organização, a realização e a avaliação são ações que deverão acontecer em momentos alternados, de modo individual ou coletivo. Exigem estudo e registros individuais para discussões, decisões e novos registros coletivos. Esse planejamento não deve se constituir em aprisionamento ou em engessamento de práticas. O desenvolvimento de atividades e projetos interdisciplinares sugere revisão e avaliação permanentes, bem como adequação à realidade da escola e da comunidade. OBJETIVOS GERAIS DA COLEÇÃO Considerando as características do mundo contemporâneo e a evolução do pensamento geográfico sobre elas, esta coleção tem como um de seus pressupostos proporcionar o reconhecimento da diversidade que se manifesta nas paisagens e na composição dos grupos sociais. O universo a ser reconhecido abrange contradições sociais, econômicas e ambientais que influenciam a produção do espaço geográfico e também são influenciadas pela configuração desse espaço. Nessa direção, é possível levar os alunos a reconhecer que os fenômenos sociais, econômicos e ambientais decorrentes da espacialização da relação entre a sociedade e a natureza, seja no lugar onde eles vivem, sejam em outros municípios, estados ou países, resultam da ação e do trabalho das pessoas ao longo do tempo. Assim, os alunos percebem-se inseridos na produção do espaço que eles também fazem parte. Esse é o ponto de partida para a formação de um repertório que possibilita a eles a leitura de relações complexas na relação sociedade-espaço. Esta coleção tem como proposta oferecer elementos aos alunos para que eles apropriem progressivamente das relações que se estabelecem em diferentes recortes do espaço geográfico, da escala local (incluindo a casa e a escola) à global, passando pelas noções de país e região. Os conhecimentos de Geografia trabalhados nesta coleção contribuem para o reconhecimento das relações socioespaciais em diferentes contextos. Com base nesse reconhecimento, é desenvolvido nos alunos a capacidade de refletir e de propor explicações para a ocorrência dos fenômenos que resultam dessas relações. Além disso, essa proposta dá atenção especial ao desenvolvimento das capacidades de leitura cartográfica e de elaboração de formas de representar os conhecimentos geográficos ao longo dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Essa é uma maneira de contribuir também para o aprendizado autônomo dos alunos, fornecendo-lhes instrumentos para que possam entender e interpretar cada vez mais por si mesmos as informações. Esse trabalho é realizado de maneira sistemática na seção Representações, que ocorre de modo contextualizado no desenvolvimento dos temas. Nesse sentido, a formação do aluno é colocada além do objetivo de compreender os contextos propostos nesta coleção. Esses conteúdos se apresentam, assim, como ferramentas que auxiliam os alunos no desenvolvimento de um repertório de conhecimentos e de competências que abrem portas para uma compreensão autônoma do mundo, com base em informações obtidas de diferentes maneiras, inclusive in loco. Para que o professor encontre na Geografia escolar um instrumento para a formação de cidadãos com capacidade de leitura e interpretação da realidade socioespacial, esta coleção tem também como proposta construir uma abordagem fundamentada nos conceitos essenciais da Geografia, como espaço geográfico, natureza, lugar, paisagem, território e região. Em todos os volumes, essa abordagem não objetiva a assimilação mecânica dos conceitos. O material proporciona a familiarização dos alunos com noções contextualizadas, necessárias para eles próprios realizarem um movimento contínuo de apropriação, de análise, de aplicação desses conceitos em atividades que remetiam à sua realidade imediata. Portanto, mesmo nos momentos em que o material ofereça uma determinada definição conceitual, o desenvolvimento do conteúdo permite que a abordagem não se restrinja aos conceitos, mas que neles sejam encontrados caminhos para uma apropriação crítica e criativa da realidade do aluno. As competências gerais e específicas (das Ciências Humanas e da Geografia), as unidades temáticas, os objetos de conhecimento e as habilidades previstas na BNCC para o Ensino Fundamental norteiam os objetivos gerais desta coleção, contemplados ao longo dos volumes com uma abordagem adequada ao nível cognitivo da faixa etária associada a essa fase. Nas páginas XXII a XXXIII deste manual, há quadros que relacionam os conteúdos de cada capítulo aos objetos de conhecimento e habilidades previstas para cada ano dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Além disso, o apoio didático oferecido presente neste manual indica e contextualiza, a cada capítulo, as habilidades trabalhadas em cada tema ou em cada seção. As habilidades são devidamente indicadas por sua codificação alfanumérica estabelecida pela BNCC. Nesta coleção, também pretende-se proporcionar aos alunos a abordagem de temas contemporâneos, como o direito às cidades e aos adolescentes, a educação para o trânsito, a preservação do meio ambiente, a vida familiar e social, a diversidade social, cultural, étnica e de gênero, amparado em análise da vida social e das suas dinâmicas do espaço geográfico. O selo Saber ser indica a atividade em que se realiza o trabalho com valores associados aos temas contemporâneos. No tópico Organização e estrutura da coleção deste manual, apresentamos a fundamentação para a abordagem dos conceitos e a escolha dos temas trabalhados. PROPOSTA PEDAGÓGICA DA COLEÇÃO Esta coleção baseou-se em pressupostos teóricos que consideram fundamentais no processo ensino-aprendizagem, as relações entre aluno, professor e conhecimento. O aluno, visto como sujeito ativo de sua aprendizagem, necessita de estímulos, desafios e atividades que o levem a elaborar o conhecimento. Como afirma Carvalho (1998): O princípio conforme o qual o aluno é o construtor do próprio conhecimento é, muitas vezes, erroneamente interpretado, atribuindo-se a ele a tarefa de descobrir ou de inventar conhecimentos. A interpretação que nos parece mais adequada consiste em pensar o aluno como sujeito que aprende sem que ninguém possa substituí-lo nessa tarefa. O ensino acontece através de atividade mental construtiva desse aluno, que manipula, explora, escuta, lê, faz perguntas e expõe ideias (p. 35). Considerando esse princípio, nesta coleção procuramos criar situações e atividades com potencial para instigar o aluno e levá-lo a interagir com o objeto do conhecimento, construindo assim representações interiores desse objeto. Essa prática pressupõe consi PROPOSTA PEDAGÓGICA DA COLEÇÃO IX derar as experiências e os repertórios que o aluno possui para que, estabelecendo relações entre o que ele já sabe e o novo conhecimento, ele aprenda de maneira significativa. De acordo com Coll (1998), é importante que o docente perceba, em sua prática cotidiana, que os conhecimentos prévios dos alunos devem ser explorados não só por se tratar de ponto de partida para o aprendizado, mas também porque dos conhecimentos prévios dependem as relações que se podem estabelecer e ampliar, atribuindo um novo significado. À medida que os assuntos forem abordados, esta coleção possibilita que se privilegiem os lugares de vivência dos alunos e as paisagens locais como pontos de partida para os estudos. Os lugares de vivência não são apenas aqueles com os quais o aluno tem contato direto, mas também aqueles que ele conhece por vias indiretas (como por televisão, fotografias, filmes) e nos quais consiga pensar e imaginar. Ao observar, comparar e relacionar fenômenos dos lugares e das paisagens próximos ou conhecidos, o aluno terá elementos para analisar e compreender fenômenos de outros lugares e outras paisagens, ou seja, terá elementos para transferir e aplicar os conhecimentos assimilados a situações semelhantes. Nesse processo, o professor assume o papel de articulador de situações e competências. Cabe a ele fazer a mediação entre o objeto do conhecimento e o aluno. É o professor que faz intervenções adequadas durante as exposições dos alunos, apresenta assuntos que não se esgotam, organiza as investigações e sistematiza as descobertas. Cabe ao professor mostrar o quanto a realidade, a vivência e a experiência de cada criança é importante para os estudos da Geografia. Problematizando os temas contribuirá para que a construção do conhecimento científico, os conceitos e os temas geográficos vão ajudar os alunos a compreender as realidades vividas, pensar em soluções e superar desafios. É importante destacar que a coleção toma como princípio as unidades temáticas e seus respectivos objetos de conhecimento propostos pela Base nacional comum curricular (BNCC). Assim, O sujeito e seu lugar no mundo, Conexões e escalas, Mundo do trabalho, Formas de representação e pensamento espacial e Natureza, ambientes e qualidade de vida são unidades temáticas que norteiam o processo de ensino-aprendizagem do componente curricular Geografia. Evidentemente, tal processo está embasado nas competências gerais da BNCC e nas competências específicas de Geografia para os anos iniciais do Ensino Fundamental, e toma como referência os conceitos geográficos de lugar, paisagem, espaço, território, natureza e região. Para mobilizar esses conceitos, nesta coleção são apresentadas propostas de trabalho interdisciplinar, por meio de atividades relacionadas a habilidades e objetos de conhecimento de outros componentes curriculares como História, Arte, Língua Portuguesa, etc. Tudo isso visando a que o aluno desenvolva o pensamento espacial e tenha uma leitura de mundo condizente com a realidade vivida e experienciada. Com base nos conceitos supracitados e no diálogo com outros componentes curriculares, estimula-se o aluno a desenvolver e aprimorar o raciocínio geográfico que é, segundo a BNCC, uma maneira de exercitar o pensamento [aplicando] determinados princípios para compreender aspectos fundamentais da realidade: a localização e a distribuição dos fatos e fenômenos na superfície terrestre, o ordenamento territorial, as conexões existentes entre componentes físico-naturais e as ações antrópicas. (Brasil, 2017, p. 311).
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V Objetivos gerais da coleção .......................................... VII Proposta pedagógica da coleção .................................. VIII Procedimentos didático-pedagógicos Avaliação e aprendizagem ............................................. XVI Organização e estrutura da coleção ............................... XVIII Organização dos conceitos ............................................ XVIII Estrutura da coleção ......................................................... XIX O uso das letras de imprensa maiúsculas e minúsculas .............. XX O Manual do Professor ....................................................... XXI Relação entre a BNCC e os conteúdos da coleção ............ XXXIII Textos de apoio ................................................................ XLIII Sugestões para o professor ............................................ XLVI Descrição do Manual do Professor em “formato U” ...... L Bibliografia ....................................................................... XLVIII Início da reprodução do Livro do Aluno ....................... 1 Sumário ............................................................................ 6 Capítulo 1 – Rechecando as paisagens ......................... 8 Capítulo 2 – A ação humana sobre a paisagem ............ 18 Capítulo 3 – Paisagem e orientação ............................... 28 Capítulo 4 – A vegetação .................................................. 36 Capítulo 5 – O relevo .......................................................... 44 Capítulo 6 – A água ............................................................. 52 Capítulo 7 – O tempo atmosférico nas paisagens ......... 64 Capítulo 8 – Chuvas e ventos ............................................ 74 Capítulo 9 – A previsão do tempo .............................. 86 Capítulo 10 – O campo .............................................. 96 Capítulo 11 – A cidade ............................................ 108 Capítulo 12 – Relações entre o campo e a cidade ....... 118 O ENSINO DE GEOGRAFIA Os estudos geográficos ganharam visibilidade no Brasil sobretudo a partir das décadas de 1970 e 1980. Tanto nas pesquisas acadêmicas quanto nas escolas, questionava-se o caráter meramente descritivo dos fenômenos geográficos (físicos e humanos), até então muito frequente no estudo e no ensino de Geografia. As correntes teóricas que surgiram nesse período histórico, como a Geografia Crítica, passaram, então, a objetivar a compreensão do espaço geográfico em suas múltiplas relações, ou seja, visaram compreender o papel da sociedade e sua relação com a natureza na produção e na organização do espaço com base nas dinâmicas do território, da paisagem e do lugar. Assim, a Geografia escolar, entendida em uma perspectiva crítica pelas novas correntes teóricas, passa a estimular a reflexão, a análise e o debate acerca da produção do espaço geográfico e de sua articulação nas escalas local, regional e mundial. 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Ao conhecerem as diferentes realidades resultantes da ação humana no espaço e reconhecerem-se como parte da sociedade, os alunos poderão refletir sobre suas relações sociais e com o meio, ampliando suas possibilidades de participação social. A INTERDISCIPLINARIDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL As discussões sobre a interdisciplinaridade remontam à década de 1960 quando, na França e na Itália, surgiram movimentos que reivindicavam mudanças pedagógicas tanto na educação básica quanto nas universidades. Tais discussões aportaram no Brasil nesse mesmo período, mas é a partir dos anos 1970 que ocorreram, no país, avanços de reflexão sobre o conceito. Nesse período, foram apontadas algumas contradições, e muitos pesquisadores enveredaram-se em estudos, visando à elaboração de uma teoria acerca dessa proposta pedagógica. Nos anos de 1990, com a promulgação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a interdisciplinaridade passa a ser incorporada de maneira mais efetiva às diversas práticas pedagógicas (FAZENA, 1993). Na atualidade, essas discussões estão bastante avançadas, verificando-se uma centralização nas práticas interdisciplinares, que visam ao rompimento com o ensino fragmentado e a um “novo” modo de ensinar baseado na realidade concreta dos alunos. Trata-se de um exercício em que os temas escolhidos são estudados articulando as abordagens de duas ou mais disciplinas, sem que haja perda da especificidade do campo disciplinar. Seguindo a Base nacional comum curricular (BNCC, 2017), o “pensamento espacial está associado ao desenvolvimento intelectual que integra conhecimentos [...] de outras áreas, como Ciências, Arte e Literatura” (p. 311). Esse intercâmbio de conhecimentos e ideias, ainda segundo o documento, visa à resolução de problemas diversos, que envolvem mudanças de escala, orientação e direção de objetos no espaço, efeitos de distância, relações hierárquicas, centralização e dispersão, proximidade e vizinhança, entre outros aspectos. É importante destacar que evidenciamos o caráter interdisciplinar da Geografia com História, uma vez que o espaço e o tempo são os conceitos centrais e mediadores entre essas disciplinas das Ciências Humanas. Mas, também, há o diálogo com a Educação Física, por exemplo, por meio da noção de lateralidade. Com Língua Portuguesa, a articulação pode ocorrer com a leitura e a interpretação de diferentes tipos de textos e, com Matemática, com o auxílio na construção e na leitura de gráficos e tabelas. Há que se ter em mente que o caráter complexo do estudo interdisciplinar requer um diálogo funcional entre as áreas de conhecimento. Atuar de forma interdisciplinar, segundo Fazenda (1993), não significa juntar conteúdos, métodos ou disciplinas sem que haja uma sincronia de conteúdos e dessas junções. Atuar de forma interdisciplinar significa transformar e desenvolver um novo projeto educativo. Para Frigotto (2008), o projeto interdisciplinar não pode ser tratado como algo de competência de uma disciplina. As redes complexas que uma proposta interdisciplinar permitem que ela seja a base de uma “virtualidade de nos permitir encaminhar criativamente a solução de múltiplos problemas” (Frigotto, 2008, p. 60). Considerando esse histórico, é importante considerar alguns elementos para a prática da interdisciplinaridade, principalmente no Ensino Fundamental: a) a proposta deve estar pautada por objetivos pedagógicos bem construídos e baseada no diálogo com os professores envolvidos na proposta; b) é importante apresentar a justificativa do estudo interdisciplinar (O que é relevante para a proposta de estudo? Quais são as aproximações possíveis de serem elencadas?); c) deve-se definir questões a serem investigadas, para orientar os alunos no desenvolvimento da proposta; d) é fundamental que se explicitem para os alunos os procedimentos e as atitudes a serem desenvolvidas ao longo da proposta (elaborar um quadro com atividades, experimentações, roteiro de entrevistas, formas de realização de pesquisas, etc.); e) deve-se orientar as formas de registro das etapas da prática interdisciplinar, como os resultados serão apresentados e como todo o processo será avaliado. Na coleção, as propostas de trabalho interdisciplinar estão distribuídas em momentos oportunos tanto no Livro do Aluno, nas atividades associadas aos temas principais e naquelas de sistematização do aprendizado, no final do capítulo, reunidas na seção Indicar sempre, como no apoio didático presente neste Manual do Professor. É interessante registrar que o trabalho interdisciplinar valoriza a ação coletiva dos professores, dando visibilidade tanto aos seus esforços individuais quanto ao trabalho conjunto, porque a ação didática pode se projetar para além da sala de aula e da fronteira de cada disciplina. O planejamento, a organização, a realização e a avaliação são ações que deverão acontecer em momentos alternados, de modo individual ou coletivo. Exigem estudo e registros individuais para discussões, decisões e novos registros coletivos. Esse planejamento não deve se constituir em aprisionamento ou em engessamento de práticas. O desenvolvimento de atividades e projetos interdisciplinares sugere revisão e avaliação permanentes, bem como adequação à realidade da escola e da comunidade. OBJETIVOS GERAIS DA COLEÇÃO Considerando as características do mundo contemporâneo e a evolução do pensamento geográfico sobre elas, esta coleção tem como um de seus pressupostos proporcionar o reconhecimento da diversidade que se manifesta nas paisagens e na composição dos grupos sociais. O universo a ser reconhecido abrange contradições sociais, econômicas e ambientais que influenciam a produção do espaço geográfico e também são influenciadas pela configuração desse espaço. Nessa direção, é possível levar os alunos a reconhecer que os fenômenos sociais, econômicos e ambientais decorrentes da espacialização da relação entre a sociedade e a natureza, seja no lugar onde eles vivem, sejam em outros municípios, estados ou países, resultam da ação e do trabalho das pessoas ao longo do tempo. Assim, os alunos percebem-se inseridos na produção do espaço que eles também fazem parte. Esse é o ponto de partida para a formação de um repertório que possibilita a eles a leitura de relações complexas na relação sociedade-espaço. Esta coleção tem como proposta oferecer elementos aos alunos para que eles apropriem progressivamente das relações que se estabelecem em diferentes recortes do espaço geográfico, da escala local (incluindo a casa e a escola) à global, passando pelas noções de país e região. Os conhecimentos de Geografia trabalhados nesta coleção contribuem para o reconhecimento das relações socioespaciais em diferentes contextos. Com base nesse reconhecimento, é desenvolvido nos alunos a capacidade de refletir e de propor explicações para a ocorrência dos fenômenos que resultam dessas relações. Além disso, essa proposta dá atenção especial ao desenvolvimento das capacidades de leitura cartográfica e de elaboração de formas de representar os conhecimentos geográficos ao longo dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Essa é uma maneira de contribuir também para o aprendizado autônomo dos alunos, fornecendo-lhes instrumentos para que possam entender e interpretar cada vez mais por si mesmos as informações. Esse trabalho é realizado de maneira sistemática na seção Representações, que ocorre de modo contextualizado no desenvolvimento dos temas. Nesse sentido, a formação do aluno é colocada além do objetivo de compreender os contextos propostos nesta coleção. Esses conteúdos se apresentam, assim, como ferramentas que auxiliam os alunos no desenvolvimento de um repertório de conhecimentos e de competências que abrem portas para uma compreensão autônoma do mundo, com base em informações obtidas de diferentes maneiras, inclusive in loco. Para que o professor encontre na Geografia escolar um instrumento para a formação de cidadãos com capacidade de leitura e interpretação da realidade socioespacial, esta coleção tem também como proposta construir uma abordagem fundamentada nos conceitos essenciais da Geografia, como espaço geográfico, natureza, lugar, paisagem, território e região. Em todos os volumes, essa abordagem não objetiva a assimilação mecânica dos conceitos. O material proporciona a familiarização dos alunos com noções contextualizadas, necessárias para eles próprios realizarem um movimento contínuo de apropriação, de análise, de aplicação desses conceitos em atividades que remetiam à sua realidade imediata. Portanto, mesmo nos momentos em que o material ofereça uma determinada definição conceitual, o desenvolvimento do conteúdo permite que a abordagem não se restrinja aos conceitos, mas que neles sejam encontrados caminhos para uma apropriação crítica e criativa da realidade do aluno. As competências gerais e específicas (das Ciências Humanas e da Geografia), as unidades temáticas, os objetos de conhecimento e as habilidades previstas na BNCC para o Ensino Fundamental norteiam os objetivos gerais desta coleção, contemplados ao longo dos volumes com uma abordagem adequada ao nível cognitivo da faixa etária associada a essa fase. Nas páginas XXII a XXXIII deste manual, há quadros que relacionam os conteúdos de cada capítulo aos objetos de conhecimento e habilidades previstas para cada ano dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Além disso, o apoio didático oferecido presente neste manual indica e contextualiza, a cada capítulo, as habilidades trabalhadas em cada tema ou em cada seção. As habilidades são devidamente indicadas por sua codificação alfanumérica estabelecida pela BNCC. Nesta coleção, também pretende-se proporcionar aos alunos a abordagem de temas contemporâneos, como o direito às cidades e aos adolescentes, a educação para o trânsito, a preservação do meio ambiente, a vida familiar e social, a diversidade social, cultural, étnica e de gênero, amparado em análise da vida social e das suas dinâmicas do espaço geográfico. O selo Saber ser indica a atividade em que se realiza o trabalho com valores associados aos temas contemporâneos. No tópico Organização e estrutura da coleção deste manual, apresentamos a fundamentação para a abordagem dos conceitos e a escolha dos temas trabalhados. PROPOSTA PEDAGÓGICA DA COLEÇÃO Esta coleção baseou-se em pressupostos teóricos que consideram fundamentais no processo ensino-aprendizagem, as relações entre aluno, professor e conhecimento. O aluno, visto como sujeito ativo de sua aprendizagem, necessita de estímulos, desafios e atividades que o levem a elaborar o conhecimento. Como afirma Carvalho (1998): O princípio conforme o qual o aluno é o construtor do próprio conhecimento é, muitas vezes, erroneamente interpretado, atribuindo-se a ele a tarefa de descobrir ou de inventar conhecimentos. A interpretação que nos parece mais adequada consiste em pensar o aluno como sujeito que aprende sem que ninguém possa substituí-lo nessa tarefa. O ensino acontece através de atividade mental construtiva desse aluno, que manipula, explora, escuta, lê, faz perguntas e expõe ideias (p. 35). Considerando esse princípio, nesta coleção procuramos criar situações e atividades com potencial para instigar o aluno e levá-lo a interagir com o objeto do conhecimento, construindo assim representações interiores desse objeto. Essa prática pressupõe consi PROPOSTA PEDAGÓGICA DA COLEÇÃO IX derar as experiências e os repertórios que o aluno possui para que, estabelecendo relações entre o que ele já sabe e o novo conhecimento, ele aprenda de maneira significativa. De acordo com Coll (1998), é importante que o docente perceba, em sua prática cotidiana, que os conhecimentos prévios dos alunos devem ser explorados não só por se tratar de ponto de partida para o aprendizado, mas também porque dos conhecimentos prévios dependem as relações que se podem estabelecer e ampliar, atribuindo um novo significado. À medida que os assuntos forem abordados, esta coleção possibilita que se privilegiem os lugares de vivência dos alunos e as paisagens locais como pontos de partida para os estudos. Os lugares de vivência não são apenas aqueles com os quais o aluno tem contato direto, mas também aqueles que ele conhece por vias indiretas (como por televisão, fotografias, filmes) e nos quais consiga pensar e imaginar. Ao observar, comparar e relacionar fenômenos dos lugares e das paisagens próximos ou conhecidos, o aluno terá elementos para analisar e compreender fenômenos de outros lugares e outras paisagens, ou seja, terá elementos para transferir e aplicar os conhecimentos assimilados a situações semelhantes. Nesse processo, o professor assume o papel de articulador de situações e competências. Cabe a ele fazer a mediação entre o objeto do conhecimento e o aluno. É o professor que faz intervenções adequadas durante as exposições dos alunos, apresenta assuntos que não se esgotam, organiza as investigações e sistematiza as descobertas. Cabe ao professor mostrar o quanto a realidade, a vivência e a experiência de cada criança é importante para os estudos da Geografia. Problematizando os temas contribuirá para que a construção do conhecimento científico, os conceitos e os temas geográficos vão ajudar os alunos a compreender as realidades vividas, pensar em soluções e superar desafios. É importante destacar que a coleção toma como princípio as unidades temáticas e seus respectivos objetos de conhecimento propostos pela Base nacional comum curricular (BNCC). Assim, O sujeito e seu lugar no mundo, Conexões e escalas, Mundo do trabalho, Formas de representação e pensamento espacial e Natureza, ambientes e qualidade de vida são unidades temáticas que norteiam o processo de ensino-aprendizagem do componente curricular Geografia. Evidentemente, tal processo está embasado nas competências gerais da BNCC e nas competências específicas de Geografia para os anos iniciais do Ensino Fundamental, e toma como referência os conceitos geográficos de lugar, paisagem, espaço, território, natureza e região. Para mobilizar esses conceitos, nesta coleção são apresentadas propostas de trabalho interdisciplinar, por meio de atividades relacionadas a habilidades e objetos de conhecimento de outros componentes curriculares como História, Arte, Língua Portuguesa, etc. Tudo isso visando a que o aluno desenvolva o pensamento espacial e tenha uma leitura de mundo condizente com a realidade vivida e experienciada. Com base nos conceitos supracitados e no diálogo com outros componentes curriculares, estimula-se o aluno a desenvolver e aprimorar o raciocínio geográfico que é, segundo a BNCC, uma maneira de exercitar o pensamento [aplicando] determinados princípios para compreender aspectos fundamentais da realidade: a localização e a distribuição dos fatos e fenômenos na superfície terrestre, o ordenamento territorial, as conexões existentes entre componentes físico-naturais e as ações antrópicas. (Brasil, 2017, p. 311).