·

Cursos Gerais ·

Neurologia

Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora

Fazer Pergunta
Equipe Meu Guru

Prefere sua atividade resolvida por um tutor especialista?

  • Receba resolvida até o seu prazo
  • Converse com o tutor pelo chat
  • Garantia de 7 dias contra erros

Texto de pré-visualização

NEUROLOGIA CLÍNICA DE CÃES E GATOS\nGUIA DE BOLSO\n\nGabriel Utida Eguchi • Fernanda S S Utida NEUROLOGIA CLÍNICA DE CÃES E GATOS\nGUIA DE BOLSO\n\nGabriel Utida Eguchi\nM.V. Especialista (Res.) em Clínica Médica de Pequenos Animais\nMestre em Ciências Veterinárias\nClínico Geral no Hospital Veterinário Dom Bosco\nUniversidade Católica Dom Bosco, Campo Grande, MS\n\nFernanda Soares da Silva Utida\nMédica Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia\nUniversidade Federal de Mato Grosso do Sul PREFÁCIO\n\nNeste guia prático de avaliação neurológica em cães e gatos, reunimos nossa paixão em fazer resumos como forma de estudo e a percepção da necessidade de materiais de rápido acesso durante a rotina clínica.\n\nEncorajamos o leitor que faça seu estudo através da bibliografia recomendada, pois o propósito desse Guia de Bolso é oferecer material de consulta rápida e uma ferramenta para melhor interação médico veterinário x proprietário, mas fica longe de oferecer informações que esgotem determinado assunto.\n\nPor fim, pedimos compreensão caso haja ilustrações que não agradem ao leitor, afinal de contas, todas foram feitas à mão pelos autores “não-artistas”.\n\nPara quem o tenha, estendemos todo carinho com qual o fizemos e esperamos que o material cumpra seu propósito.\n\nGabriel Utida Eguchi\nFernanda Soares da Silva Utida AGRADECIMENTOS\n\nÀ nossa família e amigos (humanos e de quatro patas), por sempre apoiarem nossa carreira.\n\nAos mestres, Dra. Mariana Palumbo, Dr. Jean Joaquim e Me. Ricardo Guglielmi, médicos veterinários neurologistas, pelos quais temos grande respeito e admiração, pelo enorme carinho ao aceitarem o convite para oferecerem suas contribuições neste guia.\n\nAos médicos veterinários Dr. Alex Adeodato e Esp. Tais Guimarães, que pelo CRV Imagem® (Centro de Referência Veterinária) nos disponibilizaram as imagens do tópico de imaginologia. ÍNDICE\n\nSeção I - Neuroanatomia e Neurofisiologia ............................................01\nSeção II - \"DINAMIT-V\" e Gráfico Tempo x Sinal ............................10\nSeção III - Avaliação Neurológica ..........................................................13\nSeção IV - Neurolocalização .................................................................31\nSeção V - Nervos Cranianos ..................................................................38\nSeção VI - Medula Espinhal e Neurônios Motores Inferiores ............54\nSeção VII - Sistema Vestibular ...............................................................60\nSeção VIII - Principais Doenças Neurológicas na Rotina .................63\nSeção IX - Síndrome de Horner .............................................................67\nSeção X - Schiff-Sherrington e Choque Medular ...........................69\nSeção XI - Bexiga Neurogênica .............................................................71\nSeção XII - Doenças do Disco Intervertebral (DDIV) .......................76\nReferências ..........................................................................................84 NEUROANATOMIA e NEUROFISIOL TAGIA\nSEÇÃO I CONSIDERAÇÕES GERAIS DA SEÇÃO\n- UNIDADES CELULARES FUNCIONAIS DO SISTEMA NERVOSO (p.05)\n * Os neurônios são as unidades celulares funcionais do sistema nervoso (SN)\n * Sua estrutura geral inclui um corpo celular com organelas, dendritos (recebem informação) e axônio (enviam informação)\n * Os neurônios podem ser:\n - Unipolares, bipolares, pseudounipolares e multipolares\n * Os axônios podem ter tamanhos extremamente variados, tendo origem em um corpo celular neuronal mas irrenvando um órgão-alvo distante do local de origem\n * Além do neurônio, as células da glia (gliócitos ou neuroglia), compõem o SN e dão suporte ao neurônio\n * Células da glia:\n - Astrócitos: “nutrição” neuronal, suas ramificações se ligam a capilares sanguíneos; auxiliam na formação da barreira hematoencefálica; principal componente da “cicatriz glial”\n - Micrógia: “macrófagos” do SN, realizam fagocitose, sendo a primeira linha de defesa contra lesões e infecções teciduais neurais\n - Oligodendrócitos: responsáveis pela formação da bainha de mielina no sistema nervoso central\n - Células de Schwann: responsáveis pela formação da bainha de mielina no sistema nervoso periférico\n- SINAPSE: POTENCIAIS DE AÇÃO (p.06)\n * A comunicação neural ocorre através de sinapses e que dependem de fenômenos elétricos de despolarização e repolarização da membrana celular\n * A condução sináptica em axônios mielinizados progride de forma “saltatória” entre um nódulo de Ranvier a outro, aumentando consideravelmente a velocidade da transmissão\n * A membrana neural em repouso possui um potencial elétrico de equilíbrio em torno de -70 mV\n * O equilíbrio voltagem provém de balanço da troca de íons entre o meio intra e extracelular e que acompanham um gradiente passivo de troca (químico e elétrico) e ativo (bomba de Na+/K+)\n * Estímulos elétricos, mecânicos e químicos podem dar início à despolarização de membrana, e caso o limiar de membrana chegue a -55 mV, um potencial de ação é inevitavelmente iniciado pela abertura de canais de Na+ voltagem dependentes (esse fenômeno é conhecido como CONSIDERAÇÕES GERAIS DA SEÇÃO\n- \"tudo ou nada\", ou seja, caso os potenciais de ação pré-sinápticos (PEPS) não sejam suficientes para atingir o limiar de -55 mV, não haverá potencial de ação, porém, ao se atingir o limite mencionado, a abertura de canais de Na+ voltagem dependentes faz com que, deste ponto, a deflagração de um potencial de ação seja inevitável\n * A repolarização da membrana tem participação de canais lentos de K+, o que permite o fenômeno de hiperpolarização, fazendo com que o sentido do potencial de ação seja unidirecional\n- SISTEMA NERVOSO CENTRAL: ENCEFALO (p.07)\n * O termo encéfalo designa o conjunto das seguintes estruturas intracranianas:\n - Cérebro (prosencéfalo ou talamocortex):\n - telencéfalo\n - diencéfalo\n - Tronco encefálico:\n - mesencéfalo\n - ponte (metencéfalo - ventral)\n - medula oblonga (mielencéfalo)\n - Cerebelo (metencéfalo - dorsal)\n- SISTEMA NERVOSO CENTRAL: MEDULA ESPINAL (p.08)\n * Os tratos sensitivos ascendem da periferia para o encéfalo e os tratos motores descem do encéfalo para a periferia\n * Cada trato está envolvido com funções específicas, como por exemplo:\n - Fascículo grácil: informações proprioceptivas dos membros pélvicos para o encéfalo\n - Fascículo cuneiforme/cuneado: informações proprioceptivas dos membros torácicos para o encéfalo\n * O conhecimento neuroanatomico permite ao avaliador entender e correlacionar causa x consequência. Exemplo:\n - Sabendo que os fascículos grácil e cuneiforme, situados mais à periferia medular, levam informações sensitivas relacionadas à propriocepção fica evidente pensar que em um caso de lesão compressiva, os primeiros sinais clínicos observados são alterações posturais relacionados à propriocepção; posteriormente, com maior gravidade da compressão, traços mais profundos são acometidos, como o espinotalâmico, sendo então, em ordem, a perda da sensibilidade em uma evolução da compressão medular CONSIDERAÇÕES GERAIS DA SEÇÃO\n- SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (p.09)\n * O sistema nervoso periférico (SNP) é composto de radículas nervosas, raízes nervosas, nervos e junção neuromuscular, contudo, é comum encontrar referências incluindo músculos em tópicos sobre estudo de SNP, pois em geral, os sinais clínicos neuromusculares compõem síndromes semelhantes\n * A comunicação entre neurônios e outros neurônios, glândulas e músculos envolve uma complexa cascata de eventos, sendo elas:\n - Progressão da despolarização de membrana (potencial de ação) axonal até sua extremidade\n * Nesse local, comumente encontram-se vesículas contendo neurotransmissores que apenas são liberados via mediação de íons após o sinal do potencial de ação\n * Após ligação das vesículas à membrana pré-sináptica, ocorre liberação dos neurotransmissores na fenda sináptica\n * Dentre os neurotransmissores mais conhecidos, podemos citar a acetilcolina (Ach), noradrenalina/norepinefrina, glutamato e ácido gama-aminobutírico (GABA) e eles podem ter efeitos excitatórios ou inibitórios dependendo do tipo de receptor a que se ligam\n * Na membrana pós-sináptica (célula nervosa, glândula ou músculo), ocorre ligação de tais neurotransmissores, progredindo o sinal comunicante, concluindo a sinapse UNIDADES CELULARES FUNCIONAIS DO SISTEMA NERVOSO\n\nNEURÔNIO\n\ndendritos\n\ncorpo celular\n\ncapilar sanguíneo\n\nMICROGLIA\n\"macrófagos do SNC\"\n\nOLIGODENDRÓCITO\nbainha de mielina\n\n...no SNP: CÉLULAS DE SCHWANN\nbainha de mielina\n\nnódulo de Ranvier\n\naxônio\n\nASTRÓCITO\n\"nutrição\"\n\nbarreira hematoencefálica\n\n\"cicatriz glial\"