·

História ·

História

Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora

Fazer pergunta
Equipe Meu Guru

Prefere sua atividade resolvida por um tutor especialista?

  • Receba resolvida até o seu prazo
  • Converse com o tutor pelo chat
  • Garantia de 7 dias contra erros

Texto de pré-visualização

filosofia\nciência&vida\nÉTICA\nno mundo\ndigital\nComo conciliar os valores\nde uma jovem cibercultura\na uma sociedade conservadora\ne ainda analógica\nQUEM SOMOS NÓS\nAutor evoca Aristóteles e\no escritor Philip K. Dick para\nresponder à difícil pergunta\nQUESTÃO\nde IGUALDADE\nAs visões de Rousseau,\nBabeuf, Marx e\nMisès sobre o tema\nLUTA DE CLASSES: ELEMENTO ESSENCIAL PARA COMPREENDER O CAPITALISMO • FOTOGRAFIA\nNA ERA DA MEMÓRIA EM XEQÜE • CORRELAÇÃO DE FORÇAS NA GEOPOLÍTICA MUNDIAL ARTHUR CONAN DOYLE\nCOLLECTION\nO melhor de Sherlock Holmes em 4 volumes\nNas livrarias\nLafonte\nSherlock Holmes\nO Vale do Medo\nSherlock Holmes\nO Cão dos Baskervilles\nSherlock Holmes\nO Signo dos Quatro\nSherlock Holmes\nUm Estado em Vermelho EDITORIAL\nPor um novo ethos\nSão novos os costumes que emergem de uma vida imersa na cibercultura. A conduta nesse jovem universo, no entanto, ainda é dita e controlada por uma sociedade conservadora e sob valores ruinosos de uma Modernidade ainda analógica. Como conciliar ambos os contextos com um mínimo de conflitos e criar uma sociedade harmônica sem impedir quaisquer progressos? Sem muitos rigores conceituais, mas provocando a reflexão sobre a necessidade de um novo ethos, o acadêmico Alberto Cabral nos guia na busca de respostas a essa e outras questões eminentes dessa inevitável sobreposição geracional. O tema ganha destaque na capa desta edição de Filosofia. Doutorando pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Cabral nos lembra que o “novo”, tal como posto, jamais existirá sem o legado analógico. Tenhamos em mente que as combinações de ciências entrelaçadas com outros campos diversos tornam as novas tecnologias revolucionárias, escreve o autor. Sem os avanços em áreas como eletromagnetismo, metalurgia, química e tantas outras não seriam possíveis outros tantos que hoje conhecemos, a exemplo do smartphone, ico...nce de uma nova cibernética, dada a sua total integração ao nosso cotidiano, possibilitando-nos situações entes imaginativas sem a presença do equipamento.\nEsse e outros artigos exigem nas próximas páginas sempre com o intuito de fazer com você, leitor ou leitora, exercício de melhor maneira e questionar filosófico. A Filosofia e a ciência indispensável ao pensamento crítico e autônomo, com o qual esta revista pretende sempre contribuir, para além dos momentos agradáveis de leitura que possa proporcionar.\nDivirta-se!\nDa Redação SUMÁRIO\n6 ENTREVISTA\nGuilherme Germer, tradutor e comentarista de Schopenhauer, fala sobre a obra do pensador\n12 DIÁLOGO\nA dialética platônica na definição acerca do que é ser político\n20 TECNOLOGIA/CAPA\nA necessidade de um novo ethos para um novo mundo cibernético\n28 FILO CLÍNICA\nA Filosofia e os costumes no divã, na coluna de Lúcio Packter\n55 PARA REFLETIR\nLiteratura, Artes Visuais, Filosofia da Mente e tecnologia nos espaços comandados por Ana Haddad, Walter Cezar Addeo e João de Fernandes Teixeira\n62 EXISTÊNCIA\nUma discussão sobre identidade sob a lógica Aristotélica e a literatura de Philip K. Dick\n66 ÉTICA\nGustavo Dainezi, do Espaço Ética, comanda a coluna nesta edição\n68 SOCIEDADE\nPerspectiva de igualdade na obra de grandes filósofos\n78 FILO ORIENTAL\nHarmonia, entre o céu e a terra, por André Bueno\n82 OLHO GREGO\nO ético e o legal, por Renato Janine Ribeiro\nCADERNO DE CIÊNCIAS SOCIAIS & EDUCAÇÃO\n• LUTA DE CLASSES\n• CORRELAÇÃO DE FORÇAS NA GEOPOlÍTICA MUNDIAL NA ATUALIDADE\n• FOTOGRAFIA E MEMÓRIA SELO MOMENTO DO LIVRO\nA RELÍQUIA\n\"Ele é o Proust da língua portuguesa\", afirmou o jornal The New York Times ao se referir a Eça de Queirós. Assim como o escritor francês, o mais importante romancista português do século XIX trabalha sua narrativa a partir da observação das vidas interior e exterior dos personagens, se perder o olhar crítico dos valores e costumes, da política e da religião. Com a obra A Relíquia, ele concorreu ao prêmio D. Luis da Academia Real de Ciências. Em 1887, época da publicação do livro, Eça já entendia que seu tempo era consumido pelas incertezas da inteligência e angustiado pelos tormentos do dinheiro. Como um verdadeiro clássico, ele continua atual.\nLivro: A Relíquia\nNúmero de páginas: 180\nEditora: Lafonte\nÀ venda nas bancas e na loja Escala: www.escala.com.br Um legado fundamental\nPara tradutor de Schopenhauer, trabalho do filósofo, somado ao de Marx, é pilar do pensamento contemporâneo\nPor Fábio Antonio Gabriel *\nO tradutor Guilherme Marconi Germer, da obra A arte de ter razão, de Schopenhauer, lançado pela Editora Edwin, conversa com os leitores da revista Filosofia Ciência&Vida sobre a contribuição de Schopenhauer para a história da Filosofia e conta-nos sobre a experiência de ter trabalhado na tradução da referida obra. Ele é atualmente professor substituto da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), finaliza seu segundo pós-doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP, 2017-2019), após um período de estadia como pesquisador visitante na Karl Eberhard Universitätt Tübingen (2018). Estuda \"A Ética e a Psicologia Desmascaradoras de Paul Rée\", sob a supervisão da profa. dra. Maria L. Cacciola, é membro do Conselho Editorial da Voluntas: Revista Internacional de Filosofia, e do Open Philosophy/Rede de Blogs Científicos da Unicamp, e trabalha nas áreas de Estética, Ética, Filosofia Contemporânea e Filosofia da Religião.\nFILOSOFIA • Como você percebe influências e contribuições de Schopenhauer para a história da Filosofia? \nGUILHERME • Concordo com a famosa assertão de Jair Barbosa de que \"os pilares do pensamento\n* Doutorando em Educação com bolsa de doutorado concedida no âmbito Capes/Fundação Araucária. Agradece às respectivas instituições pela educação financeira nas pesquisas desenvolvidas. Organização de diversões essenciais, entre elas, Dicionário process so engenho e aprender (Editora Multicoisa). Site: www.fabioantoniogabriel.com.br Denúncias da miséria e das injustiças da sociedade burguesa, oposição a qualquer forma de fanatismo, concepções progressistas: atitude crítica de Schopenhauer permanece ainda bastante atual, segundo Horkheimer.\n\nNo Centro Interdepartimental de Ricerca su Author Schopenhauer e la sua Scuola, da Università degli Studi del Salento (Lecce, Itália), coordenado pelo prof. dr. Domenico Fazio, aprendi, por sinal, a valorizar o conceito de \"escola de Schopenhauer\"; que foi amplamente empregado para medir a fortuna desse autor na história da Filosofia, entre 1880 e 1930. Acredito que essa referência responde do modo bem completo a sua pergunta: em seu estudo enquanto schopenhauerismo compreende os 12 intelectuais que o próprio Schopenhauer elegeu, em vida, para delimitar a sua escola (Adam von Doss, Marti em Enden, Johann Becker e evangelistas (Julius...)\n ENTREVISTA Guilherme Marconi Germer\n\nFILOSOFIA • Em linhas gerais, quais são as ideias centrais de Schopenhauer, em qual área da Filosofia ele mais contribuiu?\n\nGUIlHERME • Se apoiando no próprio Schopenhauer, o campo mais importante (no qual ele espera ter contribuído mais) é o da metafísica dos costumes (que envolve a ética) e que tem por objetos de investigação a afirmação (egoísmo) e a negação (compaixão e ascetismo) da Vontade, em nós, seres humanos. Depois dela, o autor destaca a importância da sua metafísica do belo, o que se dedica à dedicação ao fenômeno estético (belo, graça e sublime) como esperança do que o particular, interessada a corrente, reune a contemplação dos atributos imerecidos e essências do mundo. Por fim, Schopenhauer estabelece uma metafísica da natureza e uma... FILOSOFIA • Quais são as ideias principais que Schopenhauer trabalha na obra A arte de ter razão?\n\nGUIlHERME • Schopenhauer entende esse texto tanto como um trabalho de dialética estrita quanto como dialética científica. Dialética, para o autor, remete a diálogo, ou mais propriamente, a diálecth (§ 1) – que é sempre a mesma existência, seja nos tribunais, na política ou no dia a dia, como se entende. Como o homem é muito mais valorizado do que amante da verdade, os pessimistas afirmam que, na verdade, queremos, uma dialética natural, composta por tutores, independentemente de quem possua as razões mais objetivas e bem fundamentadas no mesmo. Desde os tempos da Grécia Clássica, sobretudo com os sofistas, criaram-se, para além da dialética natural, técnicas cada vez mais apuradas de ‘vitória’ em debates, sem que devessem possuir a razão para isso. Essas técnicas constituem a dialética... u. ENTREVISTA Guilherme Marconi Germer\n\ntermos globais. A refutação de uma tese pode ser, portanto, direta ou indireta; isto é, uma que busca abalar, respectivamente, as razões ou as consequências da tese. Quando se ataca as razões, procura-se destruí-las com a refutação de, pelo menos, uma de suas premissas, ou da coerência lógica da dedução da conclusão a partir das premissas. Quando se refutam as consequências, tenta-se provar que a tese, se aceita, junta a novas premissas também aceitas, conduz inequivalentemente a conclusões inaceitáveis; o que obriga à reformulação das premissas. Por fim, pode-se também mostrar que a tese é falsa, ela devendo abarcar uma situação ou exemplo inaceitável: isto invalid a generalização, em que consiste a tese. No primeiro caso, o contra-argumento é denominado apagogia ou, no segundo, se chama instância ou argumento em contrário.\n\nFILOSOFIA • O livro A arte de ter razão apresenta estratégias no debate, quais dessas estratégias você considera mais importantes?\nGUILHERME • É possível, sim, em um sistema que estabelece, argumentações para não se refutar Schopenhauer. Os três primeiros estratagemas me parecem os mais eficientes e, portanto, “clássicos”: Estratagema 1 – a extensão do argumento do ad-\n\nA principal influência da obra em questão, da Edipo, segundo Schopenhauer, é a de Tópicos, de Aristóteles. Contudo, tentei demonstrar que o Sofista, de Platão, também deve ter sido influente\n\n10 • filosofia ciência&vida\n\nversão; por exemplo, A defesa de uma tese “evidente”, e radicaliza a extensão de “evidente”, onde tratar-do como se também significasse “convicção e primeira vista, espontaneamente e popularmente”. Argumenta, assim, como isso não é conseguido, ela não só convicente. A pode-se defender dizendo que se trata de um convincente científico, nos sentidos absurdos. Estratagema 2 – confundindo o sentido do discurso do opositor por meio de uma homonímia, isto é, explorando a capacidade da mesma palavra abran-ger diversos contextos diversos. Por exemplo: hor- – como Schopenhauer – recebe tanto sentido de honra civil, ou bom nome, que é abalado pela calúnia, como a honra cavaleiresca, pela qual inseriu. Schopenhauer conta com uma vez, discursão em público contra os cães. A sua época em nome da honra cavaleiresca, e foi defender ou algum que tentou identificar a honra cavaleiresca como a honra civil. Sua defesa foi também não a974000 ver a segunda, e ao profundo etc.) não vale para a segunda, a tempo e vice-versa (no duelo etc.). Estratagema 3 – entendendo como absoluto ou genérico. Por exemplo, defendo, em uma discussão sobre determinado tema (saúde, educação, segurança, etc.), que político foi um bom governo. Sou imediatamente refutado, porque espera-se que esse escolha valha à atuação do político em todos os campos possíveis, inclusive extra-políticos. Os três estratagemas têm em comum o fato de não atacarem a tese, mas um simulacro criado a partir da tese. Basta, na defesa, espantar e simular e voltar à tese.\n\nFILOSOFIA • Quais são as influências filosóficas que Schopenhauer sofreu ao escrever essa obra?\nGUILHERME • A principal delas, segundo Schopenhauer, é a de Tópicos, de Aristóteles. Contudo, tentei demonstrar, na apresentação, essa crítica à edição da Edipidg, que o Sofista de Platão também deve ter sido influente.\n\nFILOSOFIA • Quais outras obras de Schopenhauer são importantes para quem desejar conhecer o pensamento deste filósofo?