·

Medicina Veterinária ·

Fisiologia Animal

Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora

Fazer Pergunta
Equipe Meu Guru

Prefere sua atividade resolvida por um tutor especialista?

  • Receba resolvida até o seu prazo
  • Converse com o tutor pelo chat
  • Garantia de 7 dias contra erros

Texto de pré-visualização

Plantas forrageiras Prof Thiago Braga Descrição Morfofisiologia e classificação das plantas forrageiras e principais espécies utilizadas na nutrição animal Propósito A obtenção do conhecimento relacionado às plantas forrageiras à sua morfofisiologia e à sua classificação é importante para seu uso correto na alimentação animal auxiliando nas decisões de manejo de pastagens e equilíbrio ambiental Objetivos Módulo 1 Morfofisiologia das plantas forrageiras Módulo 2 Classificação das forragens Módulo 3 Principais gramíneas e leguminosas Reconhecer os conceitos associados à morfofisiologia das plantas forrageiras Reconhecer os conceitos associados à classificação das forragens utilizadas na alimentação animal Reconhecer os conceitos associados às principais espécies de gramíneas e leguminosas utilizadas na alimentação animal Introdução Considerando o cenário da produção nacional a pecuária apresentase como importante atividade relacionada ao agronegócio brasileiro impulsionador da economia do país É representada também por pequenos e médios produtores ou seja sofre grande contribuição advinda da agricultura familiar Com o crescimento populacional a demanda por produtos fornecidos por esse setor apresentase em constante crescimento principalmente quando o assunto é proteína animal conferindo um importante papel aos produtos forrageiros uma vez que eles é que serão responsáveis pela alimentação animal tanto em quantidade como em qualidade O conhecimento sobre as plantas forrageiras é um aspecto importante para diversas áreas de estudo Por isto neste conteúdo entenderemos sobre a morfofisiologia e classificação das diferentes plantas forrageiras Veremos também quais são as principais espécies de gramíneas e leguminosas utilizadas na alimentação animal Será que existe uma grande quantidade de plantas forrageiras Será que elas são de fácil caracterização e manejo Será que existem características físicas e fisiológicas que fornecem maior qualidade à pastagem Vamos navegar por esses assuntos e descobrir as respostas Vamos lá 1 Morfofisiologia das plantas forrageiras Ao final deste módulo você será capaz de reconhecer os conceitos associados à morfofisiologia das plantas forrageiras Fatores ambientais relacionados à morfofisiologia Importância da morfofisiologia das plantas forrageiras Plantas forrageiras são aquelas utilizadas para a pastagem sendo a mais barata fonte de nutrição para ruminantes Os principais atributos desejados em uma planta forrageira são capacidade de produção de forragem material verde ou seco boa capacidade de fornecer alimentação com qualidade nutritiva para a cultura animal composição química e digestibilidade aceitação pelo animal palatabilidade persistência facilidade de propagação e estabelecimento além de boa capacidade de resistência a pragas Entender sobre a morfofisiologia é fundamental dentro da área vegetal A morfofisiologia pode ser conceituada como o estudo integrado entre a anatomia e a fisiologia dos vegetais que são influenciados por fatores internos e externos Considerando um contexto que indica a necessidade de melhor aproveitamento dos recursos tornase de grande importância a utilização de estratégias que consigam mitigar as influências edafoclimáticas relativas ao solo e clima adversas equilibrando assim o êxito na produção agrícola com ganhos econômicos e ambientais A forma como o manejo é empregado pode acarretar modificações morfofisiológicas nas plantas forrageiras merecendo destaque a influência na forma como a planta absorve água e nutrientes assim como suas estratégias relacionadas à absorção luminosa a forma como o vegetal desenvolve o seu crescimento aéreo e radicular e sua eficiência fotossintética entre outras características Ilustração da absorção de água e nutrientes por um vegetal Podemos destacar como os principais fatores que afetam a morfologia de plantas forrageiras o tripé formado por Fatores ambientais Técnicas de manejo Pastejo animal Relação do meio ambiente com as plantas forrageiras O conjunto de características ambientais tais como concentração de CO2 variações de temperatura solo luminosidade salinidade entre outros pode funcionar como limitador ou provedor para o crescimento a adaptação e a manutenção de plantas forrageiras Tais características ambientais apresentam papel importante seja direta ou indiretamente na absorção e no transporte de nutrientes principalmente quando consideramos os fotoassimilados Fotoassimilados Fotoassimilados são todos os compostos produzidos pela fotossíntese tendo como produto básico os açúcares Para a fotossíntese ocorrer eficientemente nutrientes luz gás carbônico e água são necessários Fatores ambientais interferem diretamente nas condições de produtividade da cultura O fator luminosidade impacta na produtividade da cultura forrageira podendo acarretar alterações tanto do ponto de vista da estrutura quanto da composição nutricional uma vez que plantas em condições de sombreamento têm uma tendência ao decréscimo na produção de matéria seca a um aumento no teor de fibra e a modificações morfofisiológicas apresentando respostas diferentes a condições de sombreamento e níveis de irradiância Plantação sem sombreamento com boa produção Bovino come gramínea de boa produção em plantação ao sol Gado se alimenta de cultura vegetal de baixa produtividade cultivada com sombreamento No entanto dependendo da espécie utilizada o sombreamento pode atuar de maneira positiva na produtividade da cultura forrageira apresentando maior valor nutricional maior área foliar e maior relação folhacolmo No que diz respeito a concentração de CO2 a área foliar será significativamente impactada em condições de aumento desse gás em que a condutância estomática será consideravelmente reduzida diminuindo assim o processo de transpiração e prejudicando a expansão da área foliar por meio de uma maior assimilação do carbono a ser utilizado nos processos fotoquímicos refletindo no rendimento final da cultura Outro fator que merece destaque é a condição do solo onde a cultura está implantada já que ele é fundamental para garantir a fixação e a nutrição das plantas Uma vez fixadas a solução do solo será responsável pela absorção de nutrientes pelo sistema radicular das plantas através de mecanismos como por exemplo fluxo de massa associações micorrízicas difusão e interceptação radicular Solo e suas características físicas Merece destaque também a importância das características físicas do solo principalmente em solos compactados onde ocorre uma diminuição na disponibilidade do oxigênio e a redução do seu potencial de água dificultando o melhor desenvolvimento do sistema radicular e por conseguinte a produtividade da cultura forrageira A temperatura também apresentará papel fundamental impactando diretamente na sobrevivência e adaptação dos vegetais uma vez que influencia no comportamento de células e tecidos A temperatura está relacionada ao crescimento do mesocótilo e coleóptilo e à falta de raízes fasciculadas que circundam a semente principal Altas temperaturas Favorecem o alongamento do mesocótilo Baixas temperaturas Quando aliadas a menores taxas de radiação promovem um maior comprimento do coleóptilo Quando associamos a temperatura à ausência de luminosidade temos como consequência a promoção do estiolamento das plantas e o baixo desenvolvimento dos cloroplastos prejudicando o processo fotossintético e causando a redução na atividade de algumas enzimas Por fim um fator que não pode ser desconsiderado é a salinidade pois ela compromete as funções fisiológicas e bioquímicas das plantas acarretando distúrbios nas relações hídricas e comprometendo a capacidade do sistema radicular de absorver nutrientes Solo com alta salinidade influenciando o desenvolvimento vegetal As respostas morfológicas apresentadas pelas plantas dependerão da intensidade da duração e da progressão de um ou mais fatores de estresse ambiental aos quais elas estejam submetidas bem como ao genótipo e à época do ano Relação do manejo com as plantas forrageiras Técnicas de manejo Podemos classificar o manejo do cultivo como o conjunto de técnicas que tem por finalidade maximizar os níveis de produtividade por meio da melhoria no crescimento e desenvolvimento da cultura de interesse A alteração na densidade das plantas utilizadas no cultivo é uma importante técnica de manejo já que o aumento na densidade delas tende a apresentar como consequência a maximização da eficiência de interceptação luminosa pelo vegetal resultado do aumento do índice de área foliar Com a redução do espaçamento entre as plantas a competição por luz ocasionará a redução no número de ramificações devido a uma diminuição na disponibilidade de fotoassimilados que são os responsáveis pelo crescimento vegetativo das culturas em forma de ramificações Outro ponto que merece destaque em relação ao manejo no cultivo de plantas forrageiras é a utilização da adubação NPK composta de nitrogênio fósforo e potássio pois esse conjunto de macronutrientes tem papel fundamental no bom desenvolvimento do vegetal Adubação de vegetais como forrageiras com NPK Vejamos como se comportam os macronutrientes que formam a adubação NPK Apresenta grande importância quando avaliamos os aspectos produtivos das plantas forrageiras pois tem participação em diversos processos metabólicos relacionados à sobrevivência e ao bom desenvolvimento do vegetal participando de forma destacada no aumento da área foliar na produção de matéria seca e na produção de grãos FERREIRA et al 2001 O nitrogênio afeta as características morfofisiológicas das culturas forrageiras atuando no fluxo de tecidos na altura do dossel e na interceptação luminosa Desempenha função importante relacionada ao crescimento inicial da planta forrageira atuando na atividade dos meristemas desenvolvimento das raízes perfilhamento e emissão de estolões entre outras funções importantes para o desenvolvimento vegetal Macronutriente de grande importância para as funções fisiológicas e metabólicas do vegetal ele atua na ativação de enzimas na atividade fotossintética na translocação de assimilados e na síntese proteica O aumento na disponibilidade de potássio para as plantas forrageiras vai promover o número de folhas vivas a taxa de senescência foliar e a taxa de alongamento foliar influenciando diretamente na produção da cultura Nitrogênio Fósforo Potássio A utilização de sistemas consorciados de cultivo aqueles nos quais duas ou mais espécies agrícolas são cultivadas na mesma área é uma importante técnica de manejo possibilitando a melhor utilização do solo e o favorecimento de modificações morfológicas na cultura de interesse como a redução da segunda fase fenológica e da incidência de plantas daninhas na área de cultivo Exemplo de sistema consorciado de cultivo milho pimentão e abóbora Uma técnica que merece destaque é a utilização de cobertura morta como manejo em áreas de cultivo de plantas forrageiras Tratase de restos orgânicos alocados na superfície do solo que promovem uma melhoria nas condições físicas térmicas e hídricas do solo possibilitando um melhor desenvolvimento da cultura Cultura forrageira com cobertura morta Plantas submetidas a essa técnica de manejo tendem a apresentar área foliar maior na comparação com culturas sem a utilização de cobertura morta Essa técnica também possibilita uma melhor taxa de assimilação líquida de CO2 condutância estomática e melhor eficiência no uso do recurso hídrico A irrigação é um manejo importante para qualquer cultura vegetal já que busca suprir as deficiências hídricas encontradas no ambiente Esse fator é de grande importância para a sobrevivência e o bom desenvolvimento do vegetal Essa técnica de manejo no contexto das plantas forrageiras possibilita um melhor desenvolvimento nas características relacionadas à altura ao índice de área foliar à condutância estomática e à taxa fotossintética do vegetal Sistema de irrigação no campo Relação dos animais com a morfofisiologia das plantas forrageiras Os principais sistemas de produção de animais no Brasil em especial o de bovinos são alicerçados nas pastagens revelando a importância das técnicas de manejo em relação às plantas forrageiras Quanto às características das plantas o pastejo apresenta pontos positivos e negativos afetando as características morfofisiológicas da cultura forrageira LIU LI 2010 Cabe então ao profissional responsável pelo manejo equalizar cada uma das variáveis envolvidas para assim garantir uma melhor qualidade da pastagem e por conseguinte a otimização da produção animal Contudo existem pontos positivos e negativos Pontos positivos Podemos destacar a desfolha ocasionada pelo pastejo que desencadeará um crescimento compensatório de órgãos e tecidos da planta com uma maior alocação de carboidratos em direção às folhas e a mobilização de reservas de nitrogênio de raízes e caule na direção das folhas em desenvolvimento além da maior penetração da luz solar no dossel da planta impactando diretamente as taxas fotossintéticas Pontos negativos Podemos citar o impacto no desenvolvimento das plantas forrageiras relacionado à intensidade do pastejo ou seja quanto maior for o período de pastejo menor será o desenvolvimento dos índices da cultura forrageira sendo uma alternativa interessante de manejo o pastejo rotacionado no qual os animais revezam a área de pastejo com área de descanso da cultura forrageira A condução dos animais sob o pastejo também apresenta grande importância em relação à morfofisiologia das plantas forrageiras Nesse caso a altura do dossel e a taxa de alongamento de colmo são impactadas Gado pastando em sistema de pastejo rotacionado A quantidade de animais alocados em uma área de pastejo deve ser proporcional à capacidade de suporte da forragem Quando o número de animais ultrapassa essa capacidade ou seja em condições de superpastejo a cultura forrageira tende a desenvolver alterações negativas na sua capacidade de rebrota com influência direta na produtividade da forragem Ainda que as plantas forrageiras apresentem uma boa taxa de sobrevivência e desenvolvimento a ausência de técnicas de manejo ou aquele realizado de maneira incorreta pode interferir negativamente na produtividade de diversas culturas Podemos destacar como principais estratégias para o aumento da capacidade de suporte O aumento da quantidade de forragem A melhora na qualidade da forragem A intensificação da eficiência do uso das forragens pelos animais O uso da irrigação no cultivo de plantas forrageiras Neste vídeo vamos observar a importância da irrigação para um bom desenvolvimento das plantas forrageiras Falta pouco para atingir seus objetivos Vamos praticar alguns conceitos Questão 1 O conhecimento relacionado aos fatores que impactam a morfofisiologia das plantas forrageiras permite a escolha de técnicas de manejo mais eficientes em relação à cultura utilizada garantindo a sua produtividade Com base em seus conhecimentos julgue os itens a seguir e marque a alternativa correta I Quando consideramos o fator luminosidade apenas o aumento do seu valor terá impacto negativo em relação à cultura forrageira já que essas plantas têm por característica um bom desenvolvimento em baixíssimas condições de luminosidade II O solo é fator de grande importância no contexto de produção das culturas forrageiras pois além de promover a fixação da planta é o responsável pela nutrição da cultura III A salinidade é um fator que deve ser bem avaliado na utilização de uma área para a alocação da cultura forrageira impactando diretamente nas relações hídricas existentes entre a planta e o solo e na capacidade da raiz em absorver nutrientes Parabéns A alternativa A está correta A temperatura a salinidade a luminosidade as condições do solo e a disponibilidade de CO2 são fatores que importam para a cultura das plantas forrageiras O item I está errado pois em condições de baixa intensidade luminosa ocorrem como consequência a promoção do estiolamento das plantas e o baixo desenvolvimento dos cloroplastos comprometendo o processo fotossintético e por conseguinte a produtividade da cultura forrageira Questão 2 Podemos afirmar que as pastagens são responsáveis por fornecer alimentação para a maior parte dos sistemas produtivos implantados no Brasil com grande destaque na bovinocultura Entender a relação existente entre as técnicas de manejo e a produtividade da cultura forrageira é fundamental para o bom desenvolvimento da atividade de pastejo Com base no exposto marque a alternativa que cita corretamente uma técnica de manejo de pastagens A Apenas os itens II e III estão corretos B Apenas o item I está correto C Apenas o item II está correto D Apenas os itens I e III estão corretos E Apenas o item III está correto Parabéns A alternativa C está correta As técnicas de pastejo têm por finalidade o equilíbrio entre a capacidade de suporte da pastagem e o número de animais utilizando o pasto tendo sempre o cuidado de não ultrapassar a capacidade limite da pastagem No pastejo rotacionado diversas áreas serão utilizadas de maneira rotativa sempre oferecendo um tempo de descanso para a pastagem A Rebrota B Superpastejo C Pastejo rotacionado D Colmo E Hiperpastejo 2 Classificação das forragens Ao final deste módulo você será capaz de reconhecer os conceitos associados à classificação das forragens Classificação quanto ao hábito de crescimento As características relacionadas ao desenvolvimento da parte vegetativa da planta forrageira serão determinantes para a sua classificação quanto ao hábito de crescimento Essas plantas podem ser divididas em estoloníferas prostradas rizomatosas cespitosas eretas decumbentes ou escandentes sendo fundamental o seu conhecimento para a escolha da melhor estratégia de manejo Planta estolonífera Estoloníferas Têm por característica expandir seus caules no sentido horizontal tendo como ponto de referência o solo enraizandose a ele e lançando suas folhas na posição vertical Quando consideramos o nível do solo este tipo de planta forrageira vai apresentar gemas de renovação que serão protegidas por folhas mortas Forrageira prostrada Prostradas Contam com hábitos de crescimento similares aos das estoloníferas diferindo em relação ao desenvolvimento do seu caule que tem por característica a não emissão de raízes Forrageira rizomatosa Rizomatosas Apresentam como característica marcante do seu hábito de crescimento ostentar caules e gemas subterrâneos Planta cespitosa Cespitosas Sua característica de crescimento é o desenvolvimento em forma de touceiras com pouca expansão nas direções laterais A maioria dos capins e macegas possui esse hábito de crescimento O hábito de crescimento classificado como ereto engloba as plantas forrageiras as quais em seu desenvolvimento apresentam expansão perpendicular ao solo com as gemas localizadas acima do nível do solo Vejamos dois exemplos abaixo Brachiaria decumbens um exemplo de planta com hábito decumbente Decumbentes Em seu estágio inicial de crescimento possuem como característica o hábito estolonífero e em caráter secundário o hábito de crescimento ereto que é utilizado como estratégia de crescimento Planta com hábito de trepadeira Escandentes ou trepadeiras Utilizam de outras plantas ou superfícies verticais como apoio para seu crescimento seu caule é geralmente tênue e cresce se apoiando eou se prendendo a tais plantas e superfícies Classificação quanto ao uso As plantas forrageiras podem ser classificadas quanto ao seu uso em pastejo e corte sendo o segundo tipo dividido quanto à sua forma de conservação em silagem e fenação Pastejo As plantas forrageiras classificadas como de pastejo são aquelas que estão à disposição direta do animal ou seja são consumidas por ele diretamente no campo A cultura fica submetida às condições climáticas e à capacidade de suporte que depende do número de animais por área com a presença da cultura forrageira Equino se alimenta de forragem de pastejo Após a avaliação dessa relação número de animais x capacidade de suporte da forrageira o manejo ideal será escolhido Ele poderá ser Pastejo contínuo Os animais em geral criados de maneira extensiva são alocados em sua totalidade dentro de uma área de pastagem específica devendo ser respeitada a lotação abaixo da capacidade do pasto Uma vantagem desse sistema é a menor necessidade de mão de obra já que os animais permanecem no pasto o tempo todo sendo seu deslocamento feito apenas para o manejo sanitário e a entrada e saída do animal Alguns pontos negativos sobre essa utilização da cultura forrageira devem ser avaliados Primeiramente a pressão em relação a essa cultura será muito maior já que a permanência contínua do gado na pastagem dificultará a revitalização da planta Em segundo lugar caso ocorra um ataque de pragas ou um momento de estiagem muito grande não haverá uma alternativa de alimentação para a criação acarretando uma perda de rendimento da produção Pastejo alternado Apresenta várias áreas sem a presença dos animais e contendo a cultura forrageira que podem ser utilizadas quando o pasto apresentar estágio de degradação ou tiver atingido a sua capacidade de lotação A área contendo a cultura forrageira é subdividida em outras áreas menores em geral denominadas piquetes onde os animais alternam o pastejo em períodos delimitados Assim serão alternadas áreas de ocupação e descanso de acordo com as condições apresentadas pela cultura forrageira A grande vantagem deste tipo de manejo é a manutenção da produtividade sem a degradação do solo e da cultura forrageira embora seja necessária uma área total de maior extensão para sua implantação Pastejo rotacionado A área contendo a cultura forrageira é subdividida em outras áreas em geral denominadas piquetes onde os animais alternam o pastejo em períodos delimitados com áreas de ocupação e descanso de acordo com as condições apresentadas pela cultura forrageira A grande vantagem desse tipo de manejo é a manutenção da produtividade sem a degradação do solo e dessa cultura embora ele necessite de uma área maior para sua implantação Corte Já as plantas forrageiras classificadas como de corte são divididas em silagem e feno Silagem A silagem é o material produzido por meio de um processo de fermentação anaeróbica da forragem O silo por sua vez é o local onde o material vegetal para formar a silagem é armazenado durante o processo de ensilagem Esse processo tem como intuito a manutenção das qualidades nutricionais existentes na planta forrageira para que ela seja utilizada posteriormente como alimentação para o animal Silagem Silos armazenando silagem no campo A produção de silagem merece atenção especial aos fatores solo silo e silagem propriamente dita Em geral o produtor rural possui bom controle em relação às características do solo podendo realizar correções químicas e físicas que possibilitem a melhor utilização dele Isso permite um controle preciso em relação ao que foi produzido por hectare já que se sabe a quantidade de matéria seca ou verde colhida no campo Além disso o produtor deve ter cuidado com o valor nutritivo da silagem ministrada ao animal atentando para a melhor formulação de acordo com a finalidade do animal gado de corte e leite por exemplo Igual cuidado merece o silo pois ele será o reservatório responsável por armazenar o alimento devendo garantir a quantidade e a qualidade da silagem Feno O feno é produzido por meio do processo de fenação cujo objetivo é propiciar um processo de rápida desidratação da cultura forrageira utilizada para a obtenção de produto de alto valor nutritivo para a cultura animal com o menor número de perdas possíveis Isso possibilita o seu armazenamento para a utilização futura na alimentação animal Feno A produção do feno pode ser resumida de forma didática em três etapas Tanto na silagem como na fenação o objetivo é a manutenção da qualidade nutricional da planta forrageira para a sua utilização a longo prazo Isso possibilita a manutenção da boa qualidade de alimentação animal mesmo nos períodos de escassez de alimentos seja por condições climáticas ou por degradação da pastagem É realizado o corte da forrageira que deve ocorrer antes do início da floração preferencialmente durante as primeiras horas do dia É realizada a secagem da forrageira que terá de desidratar até que 25 da sua composição seja água sendo tal momento conhecido como ponto de feno O material é revirado durante o processo de secagem a fim de que ocorra de maneira uniforme Para haver a certeza de se ter atingido o ponto de feno retirase uma amostra do material que não deve pingar nem umedecer as mãos tampouco apresentarse quebradiço É realizado o armazenamento do feno em local seco e arejado mantendoo protegido de parasitas umidade e possíveis focos de incêndio Classificação quanto à natureza Quando consideramos a natureza das plantas forrageiras podemos dividilas em dois grandes grupos exóticas e nativas Exóticas As plantas forrageiras exóticas são aquelas que não ocorrem naturalmente nas redondezas do local do cultivo sendo trazidas de regiões afastadas e introduzidas pelo homem As forrageiras introduzidas no Brasil têm como objetivo principal a utilização de características adaptativas que possibilitem a manutenção da capacidade produtiva mesmo em ambientes com solos mais ácidos e de baixa fertilidade Com maior resistência às adversidades climáticas apresentam um rápido crescimento Nativas Já em relação às plantas forrageiras nativas os objetivos são similares aos buscados nas exóticas com a diferença de que tais espécies ocorrem de forma natural no nosso ecossistema possibilitando assim uma maior adaptabilidade e sinergia com outras espécies Classificação quanto ao ciclo Quando consideramos o ciclo das plantas forrageiras podemos realizar a divisão em duas categorias de classificação hibernais e estivais Hibernais As plantas forrageiras classificadas como hibernais têm por característica a melhor adaptação a condições de clima temperado ou seja de dias menos ensolarados apresentando um pequeno crescimento com caules finos e folhas tenras Sua semeadura deve ser realizada no período do outono devendo ser cortadas durante o inverno e a primavera Quando estão em seu estágio de florescimento essas plantas apresentam maior rendimento tendo no entanto menor valor nutritivo Estivais Já as plantas forrageiras classificadas como estivais apresentam melhor crescimento no clima tropical possuindo colmos grossos e folhas largas Elas necessitam de uma grande quantidade de luz e calor para o seu melhor desenvolvimento sendo sensíveis ao frio intenso e mantendo a viabilidade apenas dos órgãos inferiores ou seja a raiz e a base da planta onde são acumuladas as reservas nutritivas para rebrotar durante a primavera As estivais devem ser semeadas na primavera apresentando seu pico produtivo no verão e outono Na entrada do inverno as perenes entrarão em repouso vegetativo e as anuais morrerão Classificação quanto à duração Quando consideramos o período de duração das plantas forrageiras podemos dividilas em anuais bianuais e perenes Essa é uma classificação regional isto é uma espécie que é considerada anual em determinada localidade poderá ser classificada como perene em outra por exemplo Cultura forrageira anual Anuais Apresentam germinação desenvolvimento e reprodução em um período menor do que 12 meses priorizando a produção de sementes para atravessar os períodos adversos Sua ocorrência se dá normalmente em regiões alteradas por distúrbios naturais tais como seca geada e erosões ou por aqueles causados pelo homem como superpastejo passagem de fogo ou utilização de herbicidas Cultura forrageira perene Perenes Elas sobrevivem por vários anos apresentando em geral um desenvolvimento inicial mais lento com prioridade para a estocagem de reservas Em geral as perenes têm menor produção de sementes na comparação com as espécies anuais que são indispensáveis para a renovação das pastagens quando submetidas a condições desfavoráveis Cultura forrageira bianual Bianuais Podemos citar ainda a existência de espécies bianuais que têm por característica permanecer em crescimento vegetativo durante o primeiro ano e entrar em período reprodutivo com produção de sementes no segundo ano O contexto do uso de plantas forrageiras hibernais e estivais Neste vídeo vamos observar os fatores que levam à utilização de plantas forrageiras hibernais e estivais Falta pouco para atingir seus objetivos Vamos praticar alguns conceitos Questão 1 Quando consideramos o ciclo das plantas forrageiras podemos realizar a divisão em dois grupos estivais e hibernais Com base nos seus conhecimentos julgue os itens a seguir e marque a alternativa correta I Plantas forrageiras estivais têm por característica apresentar a estrutura de caule mais fina e folhas mais tenras tendo um acelerado crescimento em regiões de clima tropical II Plantas forrageiras hibernais apresentarão seu melhor crescimento em regiões de clima temperado com dias menos ensolarados e temperaturas mais amenas III As plantas forrageiras que apresentam maior dependência da incidência de luz solar para o seu desenvolvimento tendo mais sensibilidade a climas mais frios podem ser classificadas como estivais Parabéns A alternativa A está correta As plantas forrageiras estivais ao contrário das hibernais realmente apresentam melhor desenvolvimento em climas tropicais mas têm por característica possuir colmos grossos e folhas largas As outras assertivas estão corretas porque plantas hibernais são mais eficientes em climas com as quatro estações bem definidas enquanto as estivais necessitam de forte incidência de luz Questão 2 As plantas forrageiras apresentam características muito peculiares relacionadas à sua forma de desenvolvimento às técnicas de manejo e às condições ideais para produtividade Considerando a classificação delas quanto à sua duração indique a alternativa que apresenta corretamente os grupos nos quais essas plantas podem ser alocadas A Apenas os itens II e III estão corretos B Apenas o item I está correto C Apenas o item II está correto D Apenas os itens I e III estão corretos E Apenas o item III está correto Parabéns A alternativa C está correta Em relação à sua duração as plantas forrageiras se dividem em anuais com germinação desenvolvimento e reprodução em um período menor do que 12 meses bianuais com crescimento vegetativo durante o primeiro ano e período reprodutivo com produção de sementes no segundo ano e perenes com sobrevivência por vários anos Essa classificação é regional ou seja uma planta forrageira perene em uma determinada região pode ser bianual em outra A Diárias mensais e perenes B Anuais eternas e diárias C Anuais bianuais e perenes D Bianuais trianuais e perenes E Diárias semanais e mensais 3 Principais gramíneas e leguminosas utilizadas na alimentação animal Ao final deste módulo você será capaz de reconhecer os conceitos associados às principais espécies de gramíneas e leguminosas utilizadas na alimentação animal Gramíneas utilizadas na alimentação animal O papel das gramíneas na alimentação animal O pasto é a principal fonte de alimento utilizada no meio de produção rural principalmente quando consideramos a criação de ruminantes e equinos em que é preciso apresentar boa produtividade qualidade nutricional aceitabilidade palatabilidade e perenidade Nesse contexto as gramíneas têm um papel importante em relação à cadeia produtiva Grama As gramíneas forrageiras também conhecidas como capim ou grama apresentam em geral metabolismo do tipo C4 ou seja possuem uma via fotossintética adaptada a alta intensidade de luz e temperatura Essa via evoluiu para que o vegetal sentisse menos o declínio da concentração de CO2 sendo conhecida também como via de HatchSlack Possuem crescimento do tipo cespitoso estolonífero e decumbente Tratase de plantas com características de duração perene Por possuírem uma boa adaptabilidade aos diferentes tipos de condições climáticas e de solo elas tornaramse as plantas forrageiras mais utilizadas no Brasil As principais características existentes em uma gramínea forrageira são Espécies de gramíneas utilizadas na alimentação animal Conheça a seguir as gramíneas usadas para a alimentação do animal Plantação de milho Presença de colmos como estrutura de sustentação Presença de lâminas foliares estreitas largas eou compridas com bordas serrilhadas havendo a presença de pelos Presença de sistema radicular do tipo fasciculado Presença de rizoma em algumas espécies Quando submetidas a condições de estresse seja de ordem natural estresse hídrico ou causado pelo homem passagem de fogo a planta utiliza substâncias de reserva presentes no rizoma Milho Zea mays Como planta forrageira ele é a principal cultura utilizada no Brasil Após ser definida a utilização do milho recomendase o uso de um sistema de manejo visando às condições para a obtenção de máxima produtividade de massa boa relação de produção entre massa e grão e consequentemente uma forragem de bom valor nutritivo No caso da utilização do milho como silagem a época ideal para a realização do corte deve levar em consideração os teores de matéria seca e os carboidratos solúveis Plantação de sorgo forrageiro Sorgo Sorghum bicolor É considerado uma espécie de porte alto podendo atingir a altura de mais de 2 metros Ele possui grande capacidade de produção de forragem e alta adaptabilidade a condições de estresse climático desenvolvendose bem na região agreste e similares Sua principal finalidade é a utilização para pastejo complemento alimentar para gado fenação e cobertura morta Plantação de capim elefante Capim elefante Penissetum purpureum Tem sido utilizado em larga escala como planta forrageira possuindo bom valor nutricional e simplicidade em sua transformação em silagem O capim elefante ainda apresenta um processo de plantio mais simples quando comparado a outras espécies forrageiras Gado pastando em plantação de capim tifton Capim tifton Cynodon spp Foi desenvolvido com o intuito de propiciar alto valor nutricional e grande produtividade sendo uma excelente escolha para o pastejo e para a fenação O capim tifton tem boa adaptabilidade a condições climáticas pode ser cultivado tanto em regiões frias como em quentes não suportando apenas áreas encharcadas e sombreadas Ele não possui sementes viáveis por isso é cultivado por meio de estruturas vegetativas e estolões Plantação de aveia Aveia Avena spp É uma gramínea anual que não se adapta muito bem a solos muito úmidos O pastejo é indicado quando as plantas possuem em média 30cm de altura e de 45 a 60 dias após semeadura Para que haja um bom rebrote os animais deverão ser retirados quando ela estiver entre 7 e 10cm de altura A aveia é interessante para os animais pois produz forragem mais cedo e representa uma excelente alternativa em períodos de escassez alimentar Ela pode ser usada na pastagem ou de forma conservada na forma de silagem Plantação de azevém Azevém Lolium multiflorum É uma gramínea anual que possui ótima qualidade de forragem e alta produção O azevém possui alta resistência ao pastejo tem capacidade de suportar altas lotações e resiste bem em regiões com alta umidade É uma gramínea que apresenta um bom custobenefício para os produtores Capim braquiária Capim braquiária Brachiaria spp Foi introduzido no Brasil sendo amplamente utilizado no cerrado Ele é uma planta resistente que se adapta muito bem aos solos com baixa fertilidade e às diferentes condições climáticas brasileiras O capim braquiária possui ampla exploração e fornecimento para alimentação do gado principalmente daquele voltado para corte Plantação de mombaça Capim mombaça Panicum maximum É uma gramínea tropical que se desenvolve bem em solos argilosos e arenosos sendo muito utilizada na alimentação de ruminantes devido à sua boa palatabilidade e ao alto valor nutricional Leguminosas utilizadas na alimentação animal O papel das leguminosas na alimentação animal As leguminosas forrageiras são plantas que possuem suas sementes no interior de uma estrutura denominada vagem apresentando metabolismo do tipo C3 ou seja não possuem nenhum tipo de característica especial para minimizar os efeitos adversos da fotorrespiração Uma característica importante dessas leguminosas é a sua capacidade de estabelecer uma relação de simbiose com bactérias do gênero Rhizobium o que possibilita a fixação biológica do nitrogênio função importante para a manutenção da qualidade do solo e assim da sustentabilidade da planta forrageira Podemos destacar como principais benefícios do uso de leguminosas forrageiras Aumento do aporte de nitrogênio para o ecossistema da pastagem o que reduz os custos com manejo e a pressão ambiental Aumento da oferta de forragem para a cultura animal Espécies de leguminosas utilizadas na alimentação animal Acompanhe a seguir as espécies leguminosas usadas para a alimentação do animal Alto valor nutritivo agregado Redução da variação anual na oferta de forragem Aumento na diversidade ambiental da pastagem Ferramenta importante para estratégias de recuperação de áreas degradadas Favorecimento da atividade biológica do solo em pastos consorciados Plantação de amendoim forrageiro Amendoim forrageiro Arachis pintoi Apresenta ótima capacidade de ser consorciado com gramíneas possuindo elevado vigor e produção de forragem de ótima qualidade Esse tipo de forragem possui ótima aceitação entre os bovinos conferindo uma boa dieta para o animal já que o amendoim forrageiro tem elevado teor de proteína e alta digestibilidade Sua indicação vai desde a formação de novos pastos em consórcio com gramíneas até o seu plantio em pastagens já estabelecidas Plantação de leucena Leucena Leucaena spp Apesar de sua origem na América Central ela é amplamente difundida graças à sua versatilidade e à alta capacidade de adaptação sendo altamente tolerável a seca e possuindo grande palatabilidade para o gado As leucenas podem ser organizadas em três tipos de acordo com o seu porte As do tipo havaiano possuem uma altura de até 5 metros as do tipo peruano de até 15 metros e por fim as do tipo salvadorenho de até 20 metros Guandu Guandu Cajanus cajan Leguminosa originária da África com ótima adaptabilidade às condições tropicais estando presente em larga escala na região centro oeste do Brasil Além de propiciar uma produção forrageira rica em proteínas o guandu apresenta diversos outros usos como por exemplo espécie fornecedora de grãos e cultura capaz de melhorar as condições físicas e químicas do solo através da adubação verde possibilitando seu emprego para a produção de forragem e a recuperação do solo Plantação de feijão miúdo Feijão miúdo Vigna sinensis É uma espécie de planta forrageira muito utilizada durante o período de verão e outono Isso se deve à sua característica de boa resistência a períodos mais secos Em geral a sua utilização é realizada de forma consorciada com gramíneas como o milheto e o sorgo Essa planta forrageira tem uma grande capacidade de adaptação aos mais diversos tipos de solo exceto aos mais úmidos Uma importante informação a respeito do feijão miúdo é que suas sementes devem ser inoculadas antes da realização da semeadura Plantação de trevo branco Trevo branco Trifolium repens O trevo branco o vermelho e o vesiculoso são os tipos de trevo mais utilizados como plantas forrageiras apresentando a característica desejada de possuir um alto valor nutritivo É recomendado que essa planta forrageira seja utilizada em conjunto com o azevém e a aveia para prevenir a incidência do timpanismo nos animais O trevo branco possui ainda uma boa capacidade de adaptação em relação à umidade e ao pastejo intenso e sua manutenção pode ser realizada pela ressemeadura natural Plantação de lotus Lotus El Rincón Lotus subbiflorus Tem por característica possuir um ciclo anual de produção cuja propagação é realizada por sementes Por possuir boa capacidade de ressemeadura natural o lotus mantém uma boa qualidade das pastagens ao longo dos anos Seu consórcio pode ser realizado com sucesso utilizando azevém aveia e trevo e ele possui boa adaptação ao pastoreio tanto rotativo quanto contínuo Plantação de cornichão Cornichão Lotus corniculatus É uma espécie de planta forrageira tipicamente de inverno mas pode apresentar algum crescimento durante o verão desde que não ocorra a escassez acentuada de chuvas Tem por característica a boa adaptabilidade aos mais diferentes tipos de solo e clima Outra característica importante em relação ao cornichão é que ele não causa timpanismo nos animais O momento ideal de pastejo em relação a essa espécie é quando as plantas atingem a altura de pelo menos 20cm e ele será mantido até restarem de 7 a 10cm de altura Graças à sua capacidade de ressemeadura natural o cornichão contribui para que a pastagem tenha longa durabilidade Plantação de alfafa Alfafa Medicago sativa É uma espécie forrageira com grande potencial Isso se dá pelo fato de a alfafa possuir grande capacidade de produção de forragem associada à sua habilidade de adaptação às mais diferentes regiões do Brasil As principais características da alfafa como planta forrageira estão relacionadas à sua alta produtividade anual à excelente capacidade de rebrota à possibilidade de produção quase que durante os 12 meses do ano à produção de forragem de boa qualidade à boa aceitação pelos animais e ao alto valor nutritivo Uso de alfafa para a produção de leite Neste vídeo vamos observar os fatores que favorecem a escolha da alfafa como alimentação na bovinocultura de leite Falta pouco para atingir seus objetivos Vamos praticar alguns conceitos Questão 1 Os conhecimentos relacionados às principais espécies de plantas forrageiras utilizadas na alimentação animal permitem que o profissional responsável pelo manejo animal tenha em suas mãos uma importante ferramenta para a escolha do tipo de planta que mais se ajusta às suas condições ambientais e de produção Com base em seus conhecimentos analise as proposições apresentadas em relação às gramíneas utilizadas na alimentação animal e marque a alternativa correta I As gramíneas forrageiras são espécies de grande importância para a produção de pastagens com alto valor nutritivo apresentando em geral metabolismo do tipo C3 II As gramíneas forrageiras apresentam geralmente uma baixa palatabilidade para o animal III Uma das principais características de uma gramínea forrageira é a presença de lâminas foliares estreitas largas eou compridas com bordas serrilhadas e a presença de pelos A Apenas os itens I e III estão corretos B Apenas o item I está correto C Apenas o item II está correto D Apenas os itens II e III estão corretos E Apenas o item III está correto Parabéns A alternativa E está correta A gramínea forrageira tem lâminas foliares estreitas largas eou compridas tendo bordas serrilhadas com a presença de pelos Ela possui boa palatabilidade na maioria delas o metabolismo é do tipo C4 Questão 2 As leguminosas forrageiras apresentam grande importância para a alimentação animal fornecendo alimentos de grande qualidade nutricional e diminuindo a sazonalidade na produção de forragem além de contribuir para a recuperação de áreas degradadas Uma característica ambiental importante presente nas leguminosas é a sua capacidade de promover a fixação biológica do nitrogênio FBN Com base em seus conhecimentos marque a alternativa que indica corretamente um resultado da FBN realizada pelas leguminosas Parabéns A alternativa B está correta A Diminuição da fotorrespiração da espécie por meio do mecanismo C4 B Manutenção da qualidade do solo C Aumento da produção de celulose pelo vegetal D Aumento da necessidade de adubação do tipo NPK E Diminuição da fertilidade do solo Como resultado da fixação biológica do nitrogênio conhecida como FBN as plantas leguminosas estabelecem uma relação de simbiose com bactérias do gênero Rhizobium permitindo o intercâmbio de compostos orgânicos e a liberação de nitrogênio para a planta e o solo processo fundamental para a vida e a qualidade do solo Considerações finais Entendemos neste conteúdo os conceitos de utilização das plantas forrageiras como uma ferramenta na alimentação animal Desse modo pudemos perceber que as condições ambientais e a cultura animal a ser alimentada serão determinantes para a escolha da espécie de planta forrageira a ser utilizada Vimos também que o planejamento agrícola e isso inclui a mão de obra especializada no manejo de plantas forrageiras é um passo de extrema importância para o sucesso da cultura forrageira Com isso o sistema continua produtivo e capaz de manter a produção de alimentos para os animais atendendo às suas necessidades em relação à quantidade e à qualidade o que contribui para a lucratividade do negócio Como pudemos constatar as ferramentas de manejo seja ele relacionado às condições do solo da planta forrageira ou do animal que faz uso da cultura para sua alimentação são indispensáveis para a garantia da sustentabilidade e da qualidade do plantio forrageiro Por fim pontuamos que as plantas forrageiras podem ser utilizadas de diversas maneiras variando também a forma como a planta será fornecida para a alimentação animal Isso possibilita ao profissional responsável por todo o conjunto realizar escolhas capazes de garantir a produtividade do sistema inteiro Podcast Neste podcast o especialista demonstra a importância dos conhecimentos sobre as plantas forrageiras do ponto de vista ambiental assim como da conservação e da produção animal Explore Pesquise o informativo número 76 da Embrapa contendo recomendações para a escolha e o manejo de plantas forrageiras em sistemas silvipastoris no sul do Brasil desenvolvido por Varella e colaboradores Pesquise também o artigo Ecofisiologia de plantas forrageiras escrito por Róberson Machado Pimentel e colaboradores Leia ainda o artigo intitulado Duplicação cromossômica de gramíneas forrageiras uma alternativa para programas de melhoramento genético de Roselaine Cristina Pereira e colaboradores Referências FERREIRA A C D B ARAÚJO G A D A PEREIRA P R G CARDOSO A A Características agronômicas e nutricionais do milho adubado com nitrogênio molibdênio e zinco In Scientia Agricola 581 131138 2001 FONSECA D M MARTUSCELLO J A Plantas forrageiras 2 ed Viçosa Editora da UFV 2022 LIU Z G LI Z Q Effects of different grazing regimes on the morphological traits of Carex duriuscula on the Inner Mongolia steppe China In New Zealand Journal of Agricultural Research v 53 n 1 2010 p 512 SILVA S Plantas forrageiras de A a Z 1 ed Viçosa Editora da UFV 2009 Material para download Clique no botão abaixo para fazer o download do conteúdo completo em formato PDF Download material O que você achou do conteúdo Relatar problema