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1 A análise da urina para o diagnóstico de doenças tem sido usada por muitos séculos sendo um dos procedimentos laboratoriais mais antigos utilizado na prática médica A amostra de urina pode ser considerada com uma biópsia do trato urinário obtida sem a necessidade de procedimento invasivo Seu exame fornece informações importantes de forma rápida e econômica seja para o diagnóstico e monitoramento de doenças renais e do trato urinário seja para a detecção de doenças sistêmicas e metabólicas não diretamente relacio nadas com o rim Os conceitos do exame de urina pouco mudaram ao longo dos anos mas os testes químicos tornaramse muito mais fáceis de serem realizados com o advento das tiras impregnadas com Como a exatidão da análise da urina é dependente da qualidade da amostra todos os cuidados devem ser tomados para que a amostra de urina seja colhida armazenada e transportada adequa damente 1 Tipos de amostras de urina A amostra de escolha para realização do exame de urina é a primeira urina da manhã de jato médio após período não inferior a 4 horas de permanência da urina na bexiga É recomendado que a coleta seja realizada após 8 horas de repouso isto é antes da realização das atividades físicas habituais do indivíduo e preferencialmente em jejum Na impossibilidade de se colher a primeira urina da manhã podese obter alternativamente amostra de urina dita aleatória Neste caso a coleta pode ser realizada em qualquer momento do dia A amostra obtida de colheita aleatória pode ser usada para a análise porém está mais freqüentemente associada com resultados falso negativos e falso positivos Visando minimizar estes resultados recomendase que a amostra de urina seja colhida após período não inferior a 4 horas da última micção Outros métodos de coleta de urina incluem cateterismo vesical punção suprapúbica e o uso de sacos coletores pediátricos Para todos a coleta requer obrigatoriamente a assistência de profissional do laboratório treinado adequadamente Com exceção da punção supra púbica e do cateterismo vesical as amostras de urina são obtidas pelo paciente através de micção espontânea Assim o laboratório deve prover orientações suficientes ou mesmo acompanhar a coleta visando garantir amostra de urina livre de contaminação fecal secreção vaginal esmegma pêlos pubianos pós óleos loções e outros materiais estranhos Não se deve recuperar urina de fraldas reagentes Novas tecnologias permi tiram o desenvolvimento de métodos específicos que apresentam resultados rápidos e exatos para a determinação do pH e densidade e a pesquisa de elementos anormais que fazem parte do protocolo do exame de urina de rotina Como qualquer outro procedi mento laboratorial o exame de urina necessita ser cuidadosamente reali zado e apropriadamente controlado utilizando procedimentos padroni zados de coleta armazenamento e análise O Quadro 1 inclui aspectos que necessitam ser conhecidos e compreendidos para a realização e interpretação da pesquisa de elementos anormais na urina com a tira reagente A tira reagente no exame de urina QUADRO 1 Considerações para a realização e interpretação do exame de urina com a tira reagente 1Princípio básico dos testes 2Limitações dos testes Especificidade para a substância pesqui sada Sensibilidade ou limite de detecção 3Influências préanalíticas e fatores inter ferentes capazes de causar resultados falso negativo ou falso positivo 4Etapas críticas e considerações do procedimento analítico 5Significado clínico dos resultados e sua correlação com outros achados do exame de urina A fase préanalítica TEC INFO Ano III Número 3 A FASE PRÉANALÍTICA 2 Recipiente de coleta A amostra de urina deve ser colhida em recipiente descartável limpo e à prova de vazamento Deve ser de material inerte livre de partículas e substâncias interferentes como detergentes Muitos laboratórios preferem utilizar frasco estéril para todas as coletas de urina O recipiente de coleta deve apresentar boca larga com diâmetro de 4 5 cm para facilitar a obtenção de urina por pacientes de ambos os sexos e sua base deve ser ampla o suficiente para evitar que o mesmo entorne facilmente Tampa de rosca é preferível pois apresenta menor propensão a vazamento do conteúdo durante o transporte além de ser facilmente colocada e removida O recipiente de coleta deve ser corretamente identificado com etiqueta cuja aderência resiste ao processo de refrigeração A etiqueta deve ser de tamanho suficiente para conter informações como nome completo do paciente número de identificação ou registro data e hora da coleta Outros dados como código de barras podem ser incluídos Para garantir a identificação adequada da amostra a etiqueta deve ser afixada no frasco e não na tampa 3 Orientação ao Paciente A maioria das amostras de urina pode ser obtida pelos pacientes de forma adequada após o fornecimento de instruções simples pelo profissional do laboratório responsável pelo atendi mento Estas instruções podem ser dadas verbalmente sendo também recomen dado o fornecimento das mesmas na forma escrita contendo ilustrações do procedimento de coleta Caso o paciente não seja capaz de realizar o procedi mento recomendado oferecer assistên cia de profissional do laboratório capacitado As Figuras 1 e 2 representam mode los de instruções para o procedimento de coleta de urina de jato médio para pacientes do sexo masculino e feminino respectivamente Este procedimento é adequado também para coleta de amostras para exames microbiológicos Ao orientar verbalmente o paciente é importante enfatizar a necessidade de se lavar as mãos e os cuidados gerais de higiene bem como tampar adequa damente o recipiente após a coleta para se evitar vazamento do material Secreção vaginal ou sangue menstrual podem contaminar a urina obtida de mulheres Isto pode ser minimizado através de uso de tampão vaginal durante a coleta É recomendado que o paciente obtenha pelo menos 50 mL de urina para ser encaminhado ao laboratório Em situações especiais como em casos de recémnascidos crianças e idosos volumes menores poderão ser obtidos O volume de urina mínimo necessário para o exame de urina rotina é de 12 mL Enxugar de frente para traz com toalha de pano limpa ou de papel descartável 3 Instruções para colheita de urina de jato médio MULHERES Lavar a região vaginal com água e sabão Enxaguar com água em abundância 2 Assentar no vaso sanitário Afastar os grandes lábios e mantêlos afastados 4 Lavar as mãos 1 Lavar as mãos Figura 1 Figura 2 Desprezar a primeira porção de urina no vaso sanitário Desprezar o restante de urina no vaso sanitário Sem interromper a micção colocar o frasco de colheita na frente do jato urinário e colher entre 20 e 50 mL de urina Evitar tocar na parte interna do frasco 5 Desprezar a primeira porção de urina no vaso sanitário 7 Desprezar o restante de urina no vaso sanitário 6 Sem interromper a micção colocar o frasco de colheita na frente do jato urinário e colher entre 20 e 50 mL de urina Evitar tocar na parte interna do frasco Enxugar com toalha de pano limpa ou de papel descartável Expor a glande e manter o prepúcio retraído Expor a glande e lavar com água e sabão Enxaguar com água em abundância Instruções para colheita de urina de jato médio HOMENS Fechar o frasco adequadamente e encaminhálo imediatamente para o laboratório 8 Fechar o frasco adequadamente e encaminhálo imediatamente para o laboratório 8 6 1 2 3 5 7 4 2 4 Informações Préanalíticas O uso de medicamentos e vitaminas pelo paciente deve ser investigado uma vez que isto pode representar importante influência préanalítica ou interferência do exame de urina ver itens Influências Pré Analíticas e Fatores Interferentes O tipo de amostra obtido e intercorrências eventualmente ocorridas durante o procedimento de coleta devem ser anotados pois podem auxiliar na interpretação do resultado 5 Armazenamento O tempo compreendido entre a coleta e a análise da amostra de urina é o maior obstáculo para a exatidão dos resultados do exame de urina rotina na maioria dos laboratórios Idealmente o exame de urina deve ser realizado até duas horas após a coleta Caso isto não seja possível o material deve ser armazenado sob refrigeração 28ºC imediatamente após a coleta A refrigeração preserva a maioria dos elementos pesquisados com a tira reagente por 68 horas Para aqueles fotossensíveis bilirrubina e urobilinogênio é necessário proteger a amostra contra ação da luz Caso a amostra contenha bactérias a refrigeração reduzirá o crescimento bacteriano minimizando a obtenção de resultados incorretos com vários parâmetros na pesquisa com a tira reagente Entretanto pode haver a precipitação de uratos e fosfatos que podem interferir no exame microscópico Além disso leucócitos e hemácias podem sofrer lise e os cilindros podem se dissolver com redução significativa de seu número após 24 horas mesmo sob refrigeração Quanto maior o tempo maior a decom posição dos elementos especialmente quando a urina está alcalina e a densidade é baixa Urinas refrigeradas devem estar à temperatura ambiente antes de serem testadas uma vez que algumas das reações químicas da tira reagente são dependentes da temperatura Amostras mantidas a temperatura ambiente por mais de 2 horas não devem ser aceitas para teste devendo ser desprezadas Vários elementos químicos células e cilindros podem ser perdidos levando a resultados incorretos Tabela 1 Constituinte pH Glicose Nitrito Cetonas Bilirrubina Urobilinogênio HemáciasLeucócitos Cilindros Alteração aumento diminuição presente ausente diminuição diminuição diminuição diminuição diminuição Mecanismo Produção de amônia a partir de uréia por bactérias contaminantes Glicólise por ação de bactérias Produção por bactérias contaminantes Degradação a nitrogênio seguida de evaporação Conversão do ácido acetoacético a acetona evaporação da acetona Oxidação a biliverdina por exposição à luz Oxidação a urobilina por exposição à luz Lise Dissolução 6 Influências Préanalíticas Além dos fatores relacionados com a coleta e armazenamento da amostra diversas condições como jejum ingestão hídrica dieta esforço físico gravidez que são capazes de alterar a concentração dos componentes urinários interferindo no resultado apesar do processo analítico estar correto A Tabela 2 apresenta as principais influências préanalíticas relacionadas com a pesquisa com a tira reagente Dieta Dieta rica em proteína de origem animal pode levar a maior acidez da urina Alguns medicamentos contendo cloreto de amônio ou fosfatos ácidos são utilizados para acidificar a urina no tratamento de litíase renal Por outro lado dieta rica em vegetais e frutas especialmente cítricas pode induzir a formação de urina alcalina O mesmo ocorre com o uso de bicarbonato de sódio e outras drogas alcalinizantes para o trata mento de certos tipos de cálculos renais O jejum prolongado em geral associado a condições como de sidratação febre vômito e diarréia pode levar a cetonúria O uso de dieta pobre em carboidratos visando a redução de peso corporal pode causar cetonúria Ingestão de grandes quantidades de lípides pode também resultar em cetonúria Praticamente todo o nitrato presente na urina é proveniente da ingestão de vegetais Indivíduos que ingerem pequena quantidade destes alimentos aqueles em uso de dieta parenteral ou ainda indivíduos desnutridos podem apre sentar quantidades insuficientes de nitrato na urina para conversão em nitrito levando a resultados falso negativos na pesquisa de nitrito em caso de infeção urinária Diurese Vários constituintes da urina têm sua concentração alterada com mudanças do volume urinário diurese do paciente devido à variação da ingestão hídrica redução da capacidade de concentração renal ou ingestão de agentes diuréticos O jejum antes da coleta da primeira urina da manhã é recomendado para reduzir a diurese e obter amostra mais concentrada Esforço físico e postura corporal O esforço físico parece aumentar a filtração glomerular como resultado do aumento da pressão arterial levando ao aparecimento ou aumento de protei núria albuminúria e hematúria A coleta da primeira urina da manhã evitandose a realização de esforços físicos vigorosos minimiza esta influência Proteinúria ortostática ou postural ocorre em 3 5 de indivíduos adultos jovens aparentemente saudáveis Nestes indivíduos a proteinúria é observada durante o dia com realização de suas atividades habituais e desaparece quando o indivíduo permanece em decúbito A primeira urina da manhã invariavelmente apresenta conteúdo de proteínas normal nestes pacientes 3 TABELA 1 Alterações observadas em amostras de urina mantidas a temperatura ambiente após 2 horas Gravidez A gravidez está associada à glicosúria devido ao aumento da taxa de filtração glomerlar e à diminuição da capacidade de reabsorção da glicose pelas celulares tubulares renais As alterações da hemodinâmica renal observadas na gravidez podem levar também a proteinúria transitória porém qualquer proteinúria durante a gestação deve ser considerada significativa e investigada Leucocitúria fisiológica é outro achado que pode ser observado durante a gravidez Mulheres grávidas podem apresentar valor baixo de glicose sanguínea em jejum associado a cetonúria moderada Tempo de permanência da urina na bexiga A permanência da urina na bexiga por tempo entre 48 h permite o crescimento logarítmico de bactérias e a redução do nitrato por estas Assim a primeira urina da manhã é mais sensível para detectar a presença de bactérias na urina tanto através da reação do nitrito quanto por exames microbiológicos 1 Princípio A tira reagente utilizada para a determinação do pH e densidade e a pesquisa de elementos químicos no quando as áreas de química seca entram em contato com a urina Os princípios das reações incluídas na Uriquest a tira da Labtest são mostrados no Quadro 2 exame de urina rotina é constituída por um suporte plástico contendo áreas impregnadas com reagentes químicos Uma reação de cor se desenvolve DiminuiçãoAusência AumentoPresença Luz solar direta na amostra Jejum prolongado gravidez esforço físico Baixa ingestão de líquidos Pó vaginal intoxicação com chumbo gravidez Contaminação com secreção vaginal gravidez presença de Trichomonas sp Crescimento bacteriano em urinas armazenadas à temperatura ambiente por mais de duas horas Dieta rica em vegetais e frutas produção de amônia por bactérias produtoras de urease Esforço físico postura ortostática gravidez Esforço físico vigoroso contaminação com menstruação Acetona bilirrubina maior excreção à tarde Bilirrubina Cetonas Densidade Glicose Leucócitos Nitrito pH Proteína Sangue Urobilinogênio Evaporação das cetonas Ingestão acentuada de líquidos uso de diuréticos Bacteriúria Baixa ingestão de vegetais incubação insuficiente na bexiga bactérias não produtoras de nitrato redutase conversão de nitrito a nitrogênio Dieta rica em proteína animal Luz solar direta amônia anestesia peridural Bilirrubina reação de acoplamento em meio ácido com sal diazônio estabilizado e formação de cromógeno vermelho Cetonas reação do nitroprussiato de sódio com ácido acetoacético e acetona em meio alcalino formando um complexo violeta mudança de cor azulesverdeado para verdeamarelo ou marrom claro em função da concentração de íons na amostra Glicose reação específica da glicose oxidaseperoxidase com o indicador cloridrato de tolidina com formação de cor variando de verde claro à verde escuro Leucócitos hidrólise do carboxilato heterocíclico pelas esterases dos neutrófilos liberando uma fração capaz de reagir com um sal diazônio formando um pigmento violeta Nitrito reação específica de Griess que identifica a presença de nitritos formados pela redução de nitratos por ação de redutases produzidas por bactérias pH combinação de dois indicadores de pH que produzem cores laranja amarela verde e turquesa no intervalo de pH de 5 a 9 Proteína princípio do erro proteínico de um indicador de pH Sangue atividade pseudoperoxidase da porção heme da hemoglobina que catalisa a oxidação de um indicador na presença de peróxido orgânico Urobilinogênio reação de acoplamento com sal diazônio com formação de pigmento de cor rosa Densidade ou Gravidade Específica 4 TABELA 2 Influências préanalíticas relacionadas com a pesquisa com a tira reagente UTILIZANDO A TIRA REAGENTE QUADRO 2 Princípio das reações químicas da tira reagente UriQuest 2 Cuidados e Precauções As tiras devem ser armazenadas no recipiente original que deve ser mantido bem tampado As áreas reagentes são estáveis e mantém o desempenho especificado até a data de expiração indicada no rótulo quando o frasco é mantido em temperaturas inferiores a 30 ºC Não armazenar em refrigerador Remover do frasco somente a quantidade de tiras necessária para uso imediato Exposição das tiras à luz solar direta vapores químicos e umidade ambiental pode afetar as áreas de reação Não tocar nas áreas de reação Usar somente urina recente bem homogeneizada e não centrifugada Observar o tempo correto de leitura das reações Para a tira Uriquest a leitura das reações deve ser feita em 60 segundos e entre 60 e 120 segundos para Leucócitos Não realizar a leitura após 120 segundos 3 Fatores interferentes Vários fatores são capazes de interferir nos métodos analíticos empregados na tira reagente e o conhecimento destes é fundamental para a correta interpretação dos resultados Dentre estes fatores interferentes destacamse agentes de limpeza e desinfetantes medicamentos e ácido ascórbico em concentrações elevadas na urina Qualquer medicamento novo deve ser considerado a princípio como fonte potencial de interferência A Tabela 3 apresenta os fatores que sabidamente são capazes de interferir nas reações que compõem a tira reagente Uriquest Comentários Reação não afetada pelo pH da urina Escala de cores calibrada para o ácido acetoacético Escala de cores padronizada em pH 6 Reação não afetada por cetonas e ácido ascórbico 25 mgdL Agentes oxidantes hipoclorito formol Ácido ascórbico 25 mgdL pH 6 Corantes na urina fenazopiridina beterraba podem mascarar a reação Peroxidase microbiana infecção urinária hipoclorito formol peróxidos mioglobinúria Reação não afetada por interferentes da reação de Ehrlich porfobilinogênio sulfonamida procaína ácido paminosalicílico PAS e ácido hidroxindolacético Falso negativoAusência Falso positivoPresença Bilirrubina Cetonas Densidade Glicose Leucócitos Nitrito pH Proteína Sangue Urobilinogênio Ácido ascórbico 25mgdL nitrito Urobilinogênio elevado fenazopiridina fenotiazina clorpromazina Densidade elevada ftaleína antraquinona levodopa ácido fenilpirúvico acetaldeído cisteína metildopa captopril pH8 pH4 proteinúria moderada cetonas pH 5 densidade elevada urina com temperatura 15 ºC ácido ascórbico 25 mgdL formol ácido gentísico ácido úrico Agentes oxidantes hipoclorito Glicose 3gdL densidade elevada albumina 500 mgdL ácido ascórbico 25 mgdL cefalexina cefalotina tetraciclina gentamicina Corantes na urina fenazopiridina beterraba Contaminação bacteriana Reação não afetada por proteínas Detergentes não iônicos e aniônicos pH9 densidade aumentada quinina ou quinona amônio quaternário ou clorohexidina Densidade aumentada proteína elevada nitrito 10 mgdL ácido ascórbico 25 mgdL ácido úrico glutationa ácido gentísico captopril Nitrito ácido ascórbico formol Nitrofurantoína riboflavina fenazopiridina corantes diazóicos ácido paminobenzóico beterraba 5 TABELA 3 TABELA 3 Fatores interferentes da tira reagente UriQuest Bilirrubina Traços que produzem cor rosada são suficientes para indicar a presença de bilirrubina na urina e sugerir investigação adicional A maior parte da bilirrubina é derivada da porção heme da hemoglobina oriunda de hemácias velhas destruídas pelas células do sistema reticulo endotelial do baço fígado e medula óssea A bilirrubina nãoconjugada ou indireta produzida é transportada na corrente sanguínea ligada à albumina não sendo capaz de atravessar a barreira glomerular renal No fígado a bilirrubina é captada e conjugada com o ácido glicurônico tornandose hidrossolúvel sendo então capaz de atravessar os glomérulos renais e aparecer na urina Normalmente a bilirrubina conjugada ou direta é excretada através da bile para o intestino delgado e não está presente na urina Sua presença na urina é observada quando há aumento da concentração de bilirrubina conjugada no sangue 12 mgdL e indica obstrução das vias biliares ou lesão de hepatócitos Desta forma a detecção de bilirrubina na urina é importante na suspeita de doenças hepáticas e na investigação das causas de icterícia Cetonas As cetonas ácido hidroxibutírico ácido acetoacético e acetona são produtos do metabo lismo incompleto de lípides e sua presença na urina está relacionada com condições metabólicas nas quais lípides ao invés de carboidratos são usados como fonte de energia como ocorre no diabetes mellitus não controlado alcoolismo jejum prolongado desidratação vômitos diarréia e febre e raras doenças metabólicas hereditárias A tira reagente é mais sensível ao ácido acetoacético 5 mgdL que à acetona 50 mgdL A escala de cores é calibrada com o ácido acetoacético Densidade A densidade ou gravidade específica da urina é medida através da concentração de íons e se baseia no fato de que com o aumento da concentração iônica ocorre aumento da densidade O teste que sofre influência do pH urinário está otimizado para resultados exatos em pH 60 A medida da densidade urinária oferece informação limitada sobre a capacidade de concentração renal uma vez que sofre grande influência do estado de hidratação do paciente A densidade pode variar de 1001 a 1035 sendo geralmente encontrada entre 1015 e 1022 em indivíduos com ingestão hídrica normal Na disfunção renal como observada no diabetes mellitus diabetes insipidus e hiperaldosteronismo há perda da capacidade de concentrar a urina sendo então detectados valores fixos iguais ou menores que 1010 Glicose A glicose é livremente fi l t r a d a p e l o s g l o m é r u l o s e reabsorvida pelos túbulos renais Quando a concentração de glicose no sangue alcança valores entre 180 e 200 mgdL a capacidade máxima d e r e a b s o r ç ã o d o s t ú b u l o s é ultrapassada e a glicose aparecerá na urina Este é o mecanismo de glicosúria observada no diabetes mellitus Glicosúria na ausência de hiper g l i c e m i a g l i c o s ú r i a r e n a l é decorrente de distúrbio na reabsorção tubular renal da glicose e pode ocorrer em diversas condições desordens tubulares renais síndrome de Cushing uso de corticoesteróides infecção grave hipertireoidismo feocromocitoma doenças hepáticas e do sistema nervoso central Glicosúria pode ocorrer ainda devido à ingestão de dieta com elevada porcentagem de carboidratos O limite de detecção da Uriquest é 50 mgdL Assim resultados positivos até 50 mgdL podem ser considerados como esperados em pessoas sadias Leucócitos A pesquisa da esterase leucocitária é um método indireto de detecção da presença de leucócitos na urina Esta enzima está presente nos grânulos primários ou azurófilos dos neutrófilos monócitos eosinófilos e basófilos Linfócitos e células epiteliais não contêm esterase leucocitária Como os leucócitos podem sofrer lise na urina a pesquisa da esterase leucocitária é útil na detecção de enzima derivada de células que não são mais visíveis à microscopia A presença de leucócitos na urina em número significativo está relacionada mais comumente com infecção urinária pielonefrite e cistite Outros processos infla matóros do trato genitourinário 4 Controle da Qualidade A utilização de amostras controle para validar o desempenho das áreas de química seca deve ser prática rotineira no laboratório clínico Recomendase utilizar uma amostra controle com resultados negativos ou normais e uma amostra com valores nos limites de detecção de cada área reagente para permitir a detecção de mínima deterioração da área Os controles devem ser ensaiados com uma freqüência definida pelo laboratório e relacionada com a carga de trabalho realizando no mínimo uma avaliação dos controles a cada frasco aberto Por exemplo se o laboratório utiliza um frasco de Uriquest por mês é desejável realizar no mínimo ensaios semanais dos controles Caso sejam utilizados vários frascos por dia recomendase realizar os testes dos controles a cada frasco aberto Os valores obtidos para os controles devem se encontrar dentro dos limites estabelecidos pelo laboratório É recomendada a participação em programas externos de proficiência para avaliar o desempenho das determinações químicas na análise de urina 6 INTERPRETAÇÃO E SIGNIFICADO CLÍNICO DOS RESULTADOS podem levar ao aumento de leucócitos sem a presença de bacteriúria O limite de detecção da Uriquest se encontra entre 10 e 20 leucócitosmicrolitro portanto qualquer resultado entre negativo e 25 leucócitosmicrolitro pode ter significado clínico Nitrito Qualquer grau de coloração laranja a rosado é indicativo de um resultado positivo 5 sugerindo uma quantidade 10 organismos por mililitro de urina A pesquisa de nitrito representa teste bastante útil na detecção de bacteriúria assintomática O teste do nitrito indica presença de bactérias na urina que são capazes de converter nitrato em nitrito podendo auxiliar no diagnóstico da infecção urinária Bactérias que convertem nitrato em nitrito incluem principalmente bactérias gramnegativo como Escherichia coli Proteus Klebsiella Citrobacter Aerobacter Samonella além de algumas cepas de Pseudomonas e r a r a s d e S t a p h y l o c o c c u s e Enterococcus pH Normalmente a urina é discretamente ácida pH 50 ou 60 A determinação do pH não constitui isoladamente índice da capacidade renal de excreção de ácidos apresentando valor limitado na investigação de disfunções renais Urina alcalina freqüentemente indica que a amostra foi mantida à temperatura ambiente por mais de 2 horas entretanto quando colhida e armazenada adequadamente pode sugerir infecção urinária Proteína O teste é particu larmente sensível à albumina e menos sensível às outras proteínas Apesar de ocorrer uma excreção de proteínas na urina de indivíduos sadios até 15 mgdL a Uriquest detecta valores iguais ou maiores que 30 mgdL A detecção de proteínas é provavelmente o achado isolado mais sugestivo de doença renal Proteinúria por aumento da permeabilidade glomerular ocorre em glomerulonefrites nefrite lúpica amiloidose obstrução da veia r e n a l n e f r o e s c l e r o s e p r é eclâmpsia e nefropatia diabética Proteinúria devida a desordens tubulares ocorre na pielonefrite n e c r o s e t u b u l a r a g u d a r i m policístico intoxicação por metais pesados e vitamina D hipopo tassemia Doença de Wilson Síndrome de Fanconi e galac tosemia Outras condições podem levar a proteinúria proteinúria postural 3 a 5 de adultos jovens sadios estado febril exercício físico vigoroso exposição prolongada ao frio ou calor estresse emocional e insuficiência cardíaca congestiva Sangue A presença de sangue na urina pode ser confirmada através da detecção na urina de hemácias íntegras hematúria 5 hemácias microlitro de urina ou de hemoglo binalivre hemoglobinúria 0015 mgdL de urina A hematúria resulta de sangramento em qualquer ponto do trato urinário desde o glomérulo até a uretra podendo ser devido doenças renais infecção tumor trauma cálculo distúrbios hemor rágicos ou uso de anticoagulantes A hemoglobinúria pode resultar de hemólise intravascular no trato urinário ou na amostra de urina após a colheita A diferenciação entre hematúria e hemoglobinúria é clinicamente importante porém como as hemácias na urina são rapidamente lisadas a ausência de hemácias à microscopia não afasta hematúria ou confirma a hemo globinúria Urobilinogênio A bilirrubina conjugada liberada no intestino delgado com a bile é desconjugada por ação de bactérias da microbiota indígena intestinal A bilirrubina livre é então reduzida a urobili nogênio estercobilinogênio e mesobilirrubinogênio que são transformados em pigmentos que dão a cor habitual das fezes Parte do urobilinogênio produzido retorna ao sangue através da circulação enterohepática A maior parte do urobilinogênio reabsorvido é remo vido pelo fígado e uma pequena porção é excretada na urina 1 mgdL Quando há produção elevada de bilirrubina anemias hemolítica e megaloblástica observase aumento do urobili nogênio reabsorvido com conse qüente aumento da eliminação deste na urina Nas disfunções ou lesões hepáticas hepatites cirrose e insuficiência cardíaca congestiva o fígado tornase incapaz de remover o urobilinogênio reabsorvido tornando sua pesquisa na urina positiva Outras condições onde há aumento do urobilinogênio urinário incluem estados de desidratação e febril O teste da Uriquest não é afetado por interferentes que produzem resultados falso positivos na reação de Ehrlich Resultados iguais ou maiores que 20 mgdL devem ser considerados como positivos ou patológicos SUGESTÕES DE LEITURA 1 E U R O P E A N U R I N A L Y S I S G U I D E L I N E S E u r o p e a n Confederation of Laboratory Medicine European Urinalysis Group Scand J Clin Lab Invest 2000 60196 2 M C B R I D E L J Textbook of Urinalysis and Body Fluids 1ed Philadelphia Lippincott 1998 p 286 3 NATIONAL COMMITEE FOR C L I N I C A L L A B O R A T O R Y S T A N D A R D S U r i n a l y s i s a n d Collection Transportation and Preservation of Urine Specimens Approved Guideline Second Edition NCCLS document GP16A2 Wayne PA 2001 4 RINGSRUD KM LINNÉ JJ Urinalysis and body fluids a colortext and atlas 1ed St Louis Mosby 1995 249 p 5 SCHUMANN GB SCHWEITZER SC Examination of urine In HENRY J B Ed Clinical and diagnosis management by laboratory methods 18ed Philadelphia W B Saunders 1991 p387444 7 A tira reagente no exame de urina Infotec Informartivo técnico da Labtest Av Paulo Ferreira da Costa 600 Lagoa Santa Minas Gerais Brasil CEP 33400000 Fone 55 31 36896900 SAC DDG 0800 031 34 11 Email saclabtestcombr wwwlabtestcombr Visitando nossa página na internet você terá acesso a outras publicações como Protocolos de automação e programações de diversos produtos e equipamentos POPs Procedimentos Operacionais Padrão Instruções de Uso dos produtos Labtest Certificados de Análise Labtest Diagnóstica SA Grupo Científico Labtest Presidente Dra Eliane Lustosa Cabral Coordenadora de PeD Patrícia Donado Vaz de Melo Especialista de Produto Ana Luiza Maggi Marcatto Coordenador Científico Ronan Martins Pereira Coordenadora Controle da Qualidade Pollyanna Fernandes N Pimentel edição 18022005 revisão 23112016 A Labtest apresenta a nova tira Uriquest Plus Agora as áreas para avaliação da glicose e sangue são protegidas contra a ação antioxidante do ácido ascórbico A tecnologia reduz a frequência de resultados falsonegativos e a necessidade de se obter nova amostra Determinação de 11 Parâmetros Bilirrubina Leucócitos Densidade Ácido Ascórbico Urobilinogênio pH Nitrito Cetonas Glicose Proteína e Sangue Escala de cor impressa no rótulo equivalente às cores das áreas reagentes Leitura rápida e simultânea de todas as zonas reativas em 60 e 120 segundos Apresentação 100 e 150 tiras Conheça também o analisador semiautomático Uriquest R500 A Labtest apresenta a nova tira Uriquest Plus Agora as áreas para avaliação da glicose e sangue são protegidas contra a ação antioxidante do ácido ascórbico A tecnologia reduz a frequência de resultados falsonegativos e a necessidade de se obter nova amostra Determinação de 11 Parâmetros Bilirrubina Leucócitos Densidade Ácido Ascórbico Urobilinogênio pH Nitrito Cetonas Glicose Proteína e Sangue Escala de cor impressa no rótulo equivalente às cores das áreas reagentes Leitura rápida e simultânea de todas as zonas reativas em 60 e 120 segundos Apresentação 100 e 150 tiras especialmente desenvolvido para eliminar a subjetividade da leitura visual Conheça também o analisador semiautomático Uriquest R500 especialmente desenvolvido para eliminar a subjetividade da leitura visual