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Texto de pré-visualização
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DELREI UFSJ INSTITUÍDA PELA LEI N10425 DE 19042002DOU DE 22042002 CAMPUS CENTROOESTE DONA LINDU CCO CURSO DE FARMÁCIA LIGA ACADÊMICA DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS ATLAS DE URINÁLISE Professora Caroline Pereira Domingueti Ligantes Ariane Silva Máximo Raquel Salviano da Silva Divinópolis 2020 Sumário 1 Cilindros 1 11 Cilindros céreos 1 12 Cilindros epiteliais 5 13 Cilindros granulosos 7 14 Cilindros graxos 12 15 Cilindros hemáticos 14 16 Cilindros hialinos 17 17 Cilindros leucocitários 21 2 Cristais anormais de origem metabólica 25 21 Cristais de bilirrubina 25 22 Cristais de cistina 27 23 Cristais de colesterol 30 24 Cristais de leucina 31 25 Cristais de tirosina 32 3 Cristais de origem iatrogênica 33 31 Cristais de ampicilina 33 32 Cristais de sulfonamida 34 4 Cristais normais de urina ácida 36 41 Cristais de ácido hipúrico 36 42 Cristais de ácido úrico 37 43 Cristais de oxalato de cálcio 45 44 Cristais de oxalato de cálcio monohidratado 51 45 Cristais de urato amorfo 52 46 Cristais de urato de sódio 56 5 Cristais normais de urina alcalina 57 51 Cristais de biurato de amônio 57 52 Cristais de carbonato de cálcio 60 53 Cristais de fosfato amorfo 62 54 Cristais de fosfato de cálcio 66 55 Cristais de fostato triplo 71 6 Estruturas diversas 75 61 Bactérias 75 62 Células epiteliais escamosas 79 63 Células epiteliais de transição 83 64 Células epiteliais do túbulo renal 86 65 Corpo graxo oval 88 66 Espermatozoides 91 67 Hemácias 94 68 Leucócitos ou piócitos 100 69 Leveduras 106 610 Muco 110 7 Referências bibliográficas 114 1 1 Cilindros 11 Cilindros céreos Descrição Os cilindros céreos são curtos largos e possuem um índice de refração elevado¹ Tem estrutura rígida² com aparência lisa homogênea apresentando bordas serrilhadas Sua coloração pode ser amarela acinzentada ou incolor¹ São formados a partir da desidratação dos cilindros hialinos ou a partir da fragmentação dos elementos granulares dos cilindros granulosos² Patologias Os cilindros céreos são representativos de estase urinária extrema que aponta insuficiência renal crônica grave2 Estão presentes também em casos de hipertensão maligna doença renal do diabetes e amiloidose renal¹ Figura 1 Cilindro céreo Figura 2 Cilindro céreo 2 Figura 3 Cilindro céreo Figura 4 Cilindro céreo Figura 5 Cilindro céreo 3 Figura 6 Cilindro céreo Figura 7 Cilindro céreo 4 Figura 8 Cilindro céreo 5 12 Cilindros epiteliais Descrição Os cilindros epiteliais são gerados a partir de estase e da descamação de células epiteliais tubulares renais As células epiteliais podem ordenarse como linhas paralelas no cilindro ou podem organizarse ao acaso diversificando quanto ao tamanho morfologia e estágio de degeneração Assumese que as células do primeiro tipo sejam originárias do mesmo segmento do túbulo ao passo que o arranjo irregular parece indicar que as células são oriundas de porções distintas do túbulo1 Patologia Os cilindros epiteliais são raramente vistos na urina devido aos raros episódios de doenças renais que causam danos aos túbulos necrose Eles são encontrados na urina após exposição a agentes nefrotóxicos ou vírus ex vírus da hepatite que acarretam danos tubulares que acompanham a lesão glomerular na rejeição de aloenxerto renal1 e os mesmos também acompanham cilindros leucocitários nos casos de pielonefrite² Foto 9 Cilindro epitelial 6 Foto 10 Cilindro epitelial 7 13 Cilindros granulosos Descrição Apresentam a superfície recoberta por grânulos e a origem dos grânulos pode ser patológica ou não Os de origem não patológica são provenientes de lisossomos eliminados pelas células epiteliais tubulares renais durante o metabolismo normal Durante exercícios intensos ocorre um aumento do metabolismo celular e consequentemente um aumento breve de cilindros granulosos que é acompanhado do aumento de cilindros hialinos Já os cilindros grânulos de origem patológica são resultados da desintegração de cilindros celulares e de células tubulares ou a associação de proteínas filtradas pelo glomérulo² A princípio os grânulos são grandes e grosseiros entretanto quando a estase urinária é estendida os grânulos tornamse finos devido sua quebra¹ Patologias Os cilindros granulosos estão presentes na glomerulonefrite e na pielonefrite² Figura 11 Cilindro granuloso 8 Figura 12 Cilindro granuloso Figura 13 Cilindro granuloso 9 Figura 14 Cilindro granuloso Figura 15 Cilindro granuloso grosso 10 Figura 16 Cilindro granuloso grosso Figura 17 Cilindro granuloso grosso 11 Figura 18 Cilindro granuloso fino Figura 19 Cilindro granuloso fino 12 14 Cilindros graxos Descrição Os cilindros graxos são cilindros que integraram gotículas de gordura livre ou corpos gordurosos ovais Esses cilindros podem conter apenas poucas gotículas de gordura ou podem ser compostos quase que totalmente por gotículas de gordura de tamanhos diversos Se a gordura consistir em colesterol sob luz polarizada exibirão uma característica formação em cruz de malta Já os triglicérides não polarizam porém são corados com Sudan III ou Óleo Vermelho O1 Patologia Cilindros graxos são vistos quando ocorre degeneração adiposa do epitélio tubular como na doença tubular degenerativa Eles também são geralmente observados na síndrome nefrótica glomeruloesclerose diabética lúpus nefrose lipoídica envenenamento renal tóxico glomerulonefrite crônica e síndrome de KimmelstielWilson1 Foto 20 Cilindro graxo 13 Foto 21 Cilindro graxo Foto 22 Cilindro graxo 14 15 Cilindros hemáticos Descrição Os cilindros hemáticos podem exibir coloração castanha podem ser praticamente incolores1 ou laranjaavermelhados2 Estes cilindros são mais frágeis que os outros cilindros e podem existir como fragmentos ou ter forma mais irregular2 visto que podem conter em seu interior várias células agrupadas sem uma matriz visível ou podem possuir poucas hemácias em uma matriz proteica No caso em que as hemácias ainda se apresentam intactas com os contornos detectáveis o cilindro é designado cilindro hemático Já nos casos em que o cilindro degenerase em um cilindro granuloso castanho avermelhado compõe um cilindro de hemoglobina1 Patologias Os cilindros hemáticos são sempre patológicos e acusam hematúria renal Frequentemente são diagnósticos de doença glomerular sendo encontrados na glomerulonefrite aguda trauma renal nefrite lúpica endocardite bacteriana subaguda e síndrome de Goodpasture Podem estar presentes também na trombose de veia renal infarto renal na insuficiência cardíaca congestiva direita periarterite nodosa e pielonefrite grave1 Figura 23 Cilindro hemático 15 Figura 24 Cilindro hemático Figura 25 Cilindro hemático Figura 26 Cilindro hemático 16 Figura 27 Cilindro hemático Figura 28 Cilindro hemático 17 16 Cilindros hialinos Descrição Os cilindros hialinos são os mais comumente encontrados na urina São compostos por proteínas de TammHorsfall e podem conter algumas inclusões incorporadas enquanto encontravamse no rim Visto que são compostos somente por proteínas apresentam índice de refração muito baixo e devem ser observados sob baixa intensidade luminosa São transparentes incolores homogêneos e frequentemente exibem extremidades arredondadas1 Patologias Cilindros hialinos podem ser encontrados até mesmo no tipo mais brando de doença renal não sendo correlacionados a qualquer doença em específico Alguns cilindros podem ser observados na urina normal e quantidades aumentadas com frequência estão presentes depois de desidratação fisiológica exercícios físicos1 exposição ao calor e estresse emocional Patologicamente esses cilindros estão aumentados em glomerulonefrite aguda pielonefrite doença renal crônica e insuficiência cardíaca congestiva2 Figura 29 Cilindro hialino Figura 30 Cilindro hialino 18 Figura 31 Cilindro hialino Figura 32 Cilindro hialino 19 Figura 33 Cilindro hialino Figura 34 Cilindro hialino e células epiteliais escamosas 20 Figura 35 Cilindro hialino 21 17 Cilindros leucocitários Descrição Os cilindros leucocitários podem possuir bordas irregulares e são compostos geralmente por neutrófilos e a menos que tenha ocorrido desintegração podem apresentar núcleos multilobulados² Os leucócitos podem apresentarse em quantidade pequena no cilindro ou em várias células agregadas1 Patologia Os cilindros leucocitários são encontrados em situações de infecção e inflamação não bacteriana renais Desse modo eles podem ser vistos na pielonefrite aguda nefrite intersticial e nefrite lúpica Também podem ser encontrados na doença glomerular1 Figura 36 Cilindro leucocitário Figura 37 Cilindro leucocitário 22 Figura 38 Cilindro leucocitário Figura 39 Cilindro leucocitário Figura 40 Cilindro leucocitário 23 Figura 41 Cilindro leucocitário Figura 42 Cilindro leucocitário 24 Figura 43 Cilindro leucocitário 25 2 Cristais anormais de origem metabólica 21 Cristais de bilirrubina Descrição Os cristais de bilirrubina aparecem como agulhas agregadas ou granulares exibidos na cor amarela característica da bilirrubina2 ou castanho avermelhado1 Patologias Os cristais de bilirrubina estão presentes nas doenças hepáticas que formam muita quantidade de bilirrubina na urina Nos transtornos que produzem dado tubular renal como hepatite viral esses cristais podem ser agregados à matriz dos cilindros2 Figura 44 Cristal de bilirrubina 26 Figura 45 Cristais de bilirrubina Figura 46 Cristais de carbonato de cálcio e bilirrubina Bilirrubina Carbonato de cálcio Bilirrubina 27 22 Cristais de cistina Descrição Os cristais de cistina são refringentes incolores hexagonais com bordas iguais ou desiguais Podem ser exibidos isoladamente sobrepostos ou em agrupamentos Geralmente apresentam aspecto em camadas ou laminado1 Patologias Os cristais de cistina são encontrados na urina de pessoas que herdam um distúrbio metabólico que impede a reabsorção de cistina pelos túbulos renais cistinúria Além disso as pessoas que possuem cistinúria possuem tendência a formar cálculos renais principalmente em idade precoce2 Figura 47 Cristais de cistina 28 Figura 48 Cristais de cistina Figura 49 Cristais de cistina 29 Figura 50 Cristais de cistina 30 23 Cristais de colesterol Descrição Os cristais de colesterol são de difícil visualização exceto quando as amostras são refrigeradas visto que os lipídeos continuam em forma de gotas Quando analisados são vistos como placas retangulares com um entalhe em um ou mais cantos2 grandes achatadas e transparentes1 são altamente birrefringentes com luz polarizada2 e exibem uma variedade de cores Ocasionalmente esses cristais são encontrados sob a forma de um filme sobre a superfície da urina e não no sedimento1 e frequentemente são vistos em conjunto com cilindros graxos e corpúsculos ovais gordurosos² Patologia Os cristais de colesterol indicam intensa ruptura tissular nefrite condições nefríticas quilúria1 e síndrome nefrótica2 Foto 51 Cristais de colesterol Foto 52 Cristais de colesterol 31 24 Cristais de leucina Descrição Os cristais de leucina possuem forma esférica apresentam estrias radiais ou círculos concêntricos e exibem coloração amarela ou castanha² A cristalização de leucina pura ocorre em forma de placas então sua conformação esferoidal não consiste apenas em leucina¹ Patologias Os cristais de leucina são encontrados na urina de pacientes com a doença urinária em xarope de bordo defeito no metabolismo dos aminoácidos leucina isoleucina e valina na síndrome da má absorção de metionina e em doenças hepáticas graves¹ Fotos não encontradas até o momento serão adicionadas assim que possível 32 25 Cristais de tirosina Descrição Os cristais de tirosina são observados como finas agulhas refringentes delgadas que se organizam em agrupamentos ou feixes Frequentemente os agrupamentos são vistos na coloração negra principalmente no centro todavia podem exibir coloração amarela quando há presença de bilirrubina1 Geralmente são observados em conjunto com cristais de leucina em amostras com resultado positivo em testes químicos para a bilirrubina² Patologia Os cristais de tirosina estão presentes em disfunção hepática grave e são encontrados também em doenças hereditárias do metabolismo de aminoácidos principalmente a tirosinemia² Foto 53 Cristal de tirosina 33 3 Cristais de origem iatrogênica 31 Cristais de ampicilina Descrição A administração parenteral de altas doses de ampicilina pode gerar a precipitação do fármaco que aparece na urina ácida na forma de agulhas delgadas longas incolores1 e que tendem a formar feixes após refrigeração² Patologia A precipitação de antibióticos não é muito comum acontece quando o uso de antimicrobiano é realizado em doses altas sem a hidratação adequada² Foto 54 Cristais de ampicilina 34 32 Cristais de sulfonamida Descrição Os cristais de sulfonamida apresentam conformações variadas podendo ser feixes de agulhas rombótica pedra de amolar feixes de trigo ou rosetas Esses cristais possuem coloração amarelocastanho ou são incolores² São necessárias duas etapas para que se possa confirmar a presença desses cristais saber se o paciente está fazendo uso de medicamento à base de sulfa e realizar o teste de lignina para sulfonamidas¹ Patologias A cristalização da sulfonamida está relacionada com a hidratação inadequada do paciente Além disso os cristais de sulfonamida presentes na urina recente podem indicar a probabilidade de dano tubular caso os cristais estejam se formando nos néfrons² Figura 55 Cristais de origem iatrogênica devido ao uso de sulfonamida 35 Figura 56 Cristais de origem iatrogênica devido ao uso de sulfonamida Figura 57 Cristais de origem iatrogênica devido ao uso de sulfonamida 36 4 Cristais normais de urina ácida 41 Cristais de ácido hipúrico Descrição Os cristais de ácido hipúrico aparecem como placas ou prismas alongados incolores ou castanhosamarelados Eles podem ser exibidos tão finos que se assemelham a agulhas e comumente agrupamse Estes cristais são mais solúveis em água e éter do que os cristais de ácido úrico1 Patologias Os cristais de ácido hipúrico praticamente não tem relevância clínica e são raramente encontrados na urina1 Foto 58 Cristais de ácido hipúrico 37 42 Cristais de ácido úrico Descrição Os cristais de ácido úrico são normais de urina ácida e possuem diversas formas mas as mais proeminentes são de prisma romboide losango plana com quatro lados oval com extremidade pontiaguda forma de limão e em roseta que compõe os cristais agrupados Eventualmente podem apresentar seis faces sendo esta forma confundida com cistina os cristais de cistina são incolores Geralmente os cristais de ácido úrico apresentam coloração amarela ou castanhoavermelhada e essa variação de cor depende da espessura que o cristal possui de maneira que cristais extremamente finos podem ser incolores1 Patologias A presença desses cristais não exibe importância clínica visto que pode ser de ocorrência natural do organismo Porém dentre as condições patológicas nas quais esses cristais são encontrados na urina incluem o elevado metabolismo de purina síndrome de LeschNyhan nefrite crônica condições febris agudas gota1 em pacientes com leucemia que recebem quimioterapia2 Figura 59 Cristais de ácido úrico em forma de roseta oval com extremidade pontiaguda e prisma romboide 38 Figura 60 Cristais de ácido úrico em forma de roseta oval com extremidade pontiaguda e prisma romboide Figura 61 Cristais de ácido úrico predominantemente em forma de roseta 39 Figura 62 Cristais de ácido úrico em forma de roseta oval com extremidade pontiaguda e prisma romboide Figura 63 Cristais de ácido úrico em forma de roseta oval com extremidade pontiaguda e prisma romboide 40 Figura 64 Cristais de ácido úrico em forma de roseta oval com extremidade pontiaguda e prisma romboide Figura 65 Cristais de ácido úrico em forma de roseta e oval com extremidade pontiaguda e seis faces 41 Figura 66 Cristais de ácido úrico em forma oval com extremidade pontiaguda losango e prisma romboide Figura 67 Cristais de ácido úrico em forma de roseta oval com extremidade 42 pontiaguda e prisma romboide além de células epiteliais escamosas Figura 68 Cristais de ácido úrico em forma de losango e prisma romboide 43 Figura 69 Cristais de ácido úrico em forma de losango e prisma romboide Figura 70 Cristais de ácido úrico em forma de losango e prisma romboide Figura 71 Cristais de ácido úrico em forma de roseta 44 Figura 72 Cristais de ácido úrico em forma de roseta e oval com extremidade pontiaguda Figura 73 Cristal de ácido úrico em forma de losango 45 43 Cristais de oxalato de cálcio Descrição Os cristais de oxalato de cálcio são normais de urina ácida A forma mais comum de cristais de oxalato de cálcio dihidratados é aquela reconhecida como envelope octaédrico incolor ou como duas pirâmides aderidas por meio de suas bases Já a forma menos observada é a mono hidratada que exibe morfologia ovalada ou em halteres Ambas as formas são birrefringentes sob luz polarizada e frequentemente são vistos em aglomerados aderidos ao muco e podem ser semelhantes a um cilindro2 Patologias A presença desses cristais não exibe importância clínica visto que pode ser de ocorrência natural do organismo principalmente depois da ingestão de alimentos ricos em oxalato como tomate laranja e alho Além disso grande número desses cristais especificamente quando existentes em urina recente indica a probabilidade de cálculos renais porque a maioria destes são constituídos por oxalato Dentre algumas situações patológicas em que esses cristais podem se apresentar em grandes quantidades incluem diabetes mellitus doença renal crônica grave doença hepática e intoxicação por etilenoglicol anticongelante1 Figura 74 Cristais de oxalato de cálcio dihidratado 46 Figura 75 Cristais de oxalato de cálcio dihidratado Figura 76 Cristais de oxalato de cálcio dihidratado 47 Figura 77 Cristais de oxalato de cálcio dihidratado Figura 78 Cristais de oxalato de cálcio dihidratado e hemácias 48 Figura 79 Cristais de oxalato de cálcio dihidratado Figura 80 Cristais de oxalato de cálcio dihidratado 49 Figura 81 Cristais de oxalato de cálcio dihidratado Figura 82 Cristais de oxalato de cálcio dihidratado e flora bacteriana abundante 50 Figura 83 Cristais de oxalato de cálcio dihidratado e presença de muco Figura 84 Grãos de Amido e Cristais de Oxalato de Cálcio dihidratado 51 44 Cristais de oxalato de cálcio monohidratado Foto 85 Cristais de oxalato de cálcio monohidratado Foto 86 Cristais de oxalato de cálcio monohidratado 52 45 Cristais de urato amorfo Descrição Os cristais de urato amorfo são normais de urina ácida e se apresentam como grânulos castanhoamarelados Eles podem ser exibidos em grumos e podem parecer com cilindros granulosos São visualizados geralmente em amostras que tenham sido refrigeradas e formam um sedimento rosa característico2 Patologias A presença desses cristais não exibe importância clínica visto que pode ser de ocorrência natural do organismo1 Figura 87 Cristais de urato amorfo Figura 88 Cristais de urato amorfo 53 Figura 89 Cristais de urato amorfo Figura 90 Cristais de urato amorfo 54 Figura 91 Cristais de urato amorfo Figura 92 Cristais de urato amorfo 55 Figura 93 Cristais de urato amorfo 56 46 Cristais de urato de sódio Descrição Os cristais de urato de sódio são normais de urina ácida e se apresentam como formas cristalinas ou amorfas São vistos como agulhas amareladas ou incolores ou prismas delgados ou organizados em feixes ou agrupamentos forma de roseta1 Patologias A presença desses cristais não exibe importância clínica visto que pode ser de ocorrência natural do organismo2 Figura 94 Cristais de urato de sódio 57 5 Cristais normais de urina alcalina 51 Cristais de biurato de amônio Descrição Os cristais de biurato de amônio são normais de urina alcalina e apresentam formas esféricas com a presença de espículas irregulares representado como maçã espinhosa e possuem coloração castanho amarelado Esses cristais também podem ser achados sem a presença de espículas porém essa forma é incomum de ser encontrada¹ Patologias A presença desses cristais não exibe importância clínica mas quase sempre são encontrados em amostras não recentes e podem ser relacionados com a existência de amônia gerada por bactérias que metabolizam a ureia2 Figura 95 Cristal de biurato de amônio Cristal de Biurato de amônio 58 Figura 96 Cristais de biurato de amônio Figura 97 Cristais de biurato de amônio 59 Figura 98 Cristais de biurato de amônio Figura 99 Cristais de biurato de amônio 60 52 Cristais de carbonato de cálcio Descrição Os cristais de carbonato de cálcio são normais de urina alcalina São pequenos incolores e apresentam forma esférica ou em haltere¹ Esses cristais podem se acumular o que os torna parecido com material amorfo porém são diferenciados pela formação de dióxido de carbono gasoso quando é adicionado ácido acético² Na forma de grandes massas granulosas os cristais de carbonato de cálcio podem apresentar coloração escura¹ Patologias A presença desses cristais não exibe importância clínica² Figura 100 Cristais de carbonato de cálcio Figura 101 Cristais de carbonato de cálcio 61 Figura 102 Cristal de carbonato de cálcio Figura 103 Cristais de carbonato de cálcio Cristal de carbonato de cálcio Cristais de carbonato de cálcio 62 53 Cristais de fosfato amorfo Descrição Os cristais de fosfato amorfo são normais de urina alcalina e possuem aparência granulosa semelhante aos uratos amorfos2 São incolores ou escuros e constantemente encontrados na urina em uma configuração amorfa e não cristalina¹ A refrigeração da amostra de fosfato amorfo quando presente em quantidades elevadas causa a formação de um precipitado branco que não se dissolve quando é aquecido Eles podem ser diferenciados de urato amorfo pela cor do sedimento e pH urinário² Patologias A presença desses cristais não exibe importância clínica Figura 104 Cristais de fosfato amorfo Figura 105 Cristais de fosfato amorfo 63 Figura 106 Cristais de fosfato amorfo Figura 107 Cristais de fosfato amorfo 64 Figura 108 Cristais de fosfato amorfo Figura 109 Cristais de fosfato amorfo 65 Figura 110 Cristais de fosfato amorfo 66 54 Cristais de fosfato de cálcio Descrição Os cristais de fosfato de cálcio são normais de urina alcalina e possuem conformação de prismas longos incolores e que podem apresentar uma extremidade delgada Esses cristais podem se reorganizar em forma de rosetas estrelas agulhas ou placas grandes e irregulares que podem flutuar na urina¹ Patologias A presença desses cristais não exibe importância clínica apesar de o fosfato de cálcio ser um constituinte comum de cálculos renais2 Figura 111 Cristais de fosfato de cálcio 67 Figura 112 Cristais de fosfato de cálcio em forma de roseta Figura 113 Cristais de fosfato de cálcio em forma de roseta 68 Figura 114 Cristais de fosfato de cálcio em forma de roseta Figura 115 Cristais de fosfato de cálcio em forma de roseta 69 Figura 116 Cristais de fosfato de cálcio Figura 117 Cristais de fosfato de cálcio em forma de roseta 70 Figura 118 Cristais de fosfato de cálcio em forma de roseta além de células epiteliais escamosas 71 55 Cristais de fostato triplo Descrição Os cristais de fosfato triplo são normais de urina alcalina e se apresentam na forma de prisma que recorda uma tampa de caixão2 possuem de três a seis lados que geralmente contém extremidades oblíquas1 São também incolores e birrefringentes sob luz polarizada2 e podem se precipitar em forma de samambaia ou pena1 Patologias A presença desses cristais não exibe importância clínica porém são observados em urinas que possuem bactérias que metabolizam a ureia2 Além disso dentre as condições patológicas nas quais podem ser encontrados incluem pielonefrite crônica cistite crônica hiperplasia da próstata além de casos quando a urina é retida na bexiga1 Figura 119 Cristais de fosfato triplo 72 Figura 120 Cristais de fosfato triplo Figura 121 Cristais de fosfato triplo 73 Figura 122 Cristais de fosfato triplo Figura 123 Cristais de fosfato triplo 74 Figura 124 Cristais de fosfato triplo Figura 125 Cristais de fosfato triplo 75 6 Estruturas diversas 61 Bactérias Descrição Enquanto está no rim e na bexiga a urina normalmente não apresenta bactérias A contaminação pode acontecer devido à presença de bactérias na uretra na vagina na genitália externa ou no frasco utilizado na coleta¹ Essas bactérias estão presentes na forma de bacilos barras ou cocos esféricas² Patologias Em uma amostra coletada adequadamente a presença de bactérias acompanhada por piócitos é indicativa de infecção do trato urinário Enterobacteriaceae bacilos gramnegativos Staphylococcus e Enterococcus são as bactérias associadas às infecções do trato urinário² Figura 126 Flora bacteriana abundante 76 Figura 127 Flora bacteriana abundante Figura 128 Flora bacteriana abundante em forma de bacilos 77 Figura 129 Flora bacteriana abundante Figura 130 Flora bacteriana abundante 78 Figura 131 Flora bacteriana abundante 79 62 Células epiteliais escamosas Descrição São células provenientes da descamação normal da uretra e da vagina Essas células possuem forma irregular são grandes achatadas com citoplasma abundante e núcleos proeminentes Não possuem significado patológico¹ Figura 132 Células epiteliais escamosas Figura 133 Células epiteliais escamosas 80 Figura 134 Células epiteliais escamosas Figura 135 Células epiteliais escamosas 81 Figura 136 Células epiteliais escamosas Figura 137 Células epiteliais escamosas 82 Figura 138 Células leveduriformes e células epiteliais escamosas 83 63 Células epiteliais de transição Descrição São células provenientes da descamação normal da bexiga da pelve renal e dos ureteres Possuem forma esférica poliédrica ou com projeções caudais² Apresentam núcleo centralmente localizado e podem conter dois núcleos Essas células não possuem significado patológico¹ Figura 139 Células epiteliais de transição Figura 140 Células epiteliais de transição 84 Figura 141 Células epiteliais de transição Figura 142 Células epiteliais de transição 85 Figura 143 Células epiteliais de transição 86 64 Células epiteliais do túbulo renal Descrição São células derivadas dos túbulos renais Apresentam forma achatada colunar ou cuboide Seus núcleos são grandes esféricos e são localizados excentricamente¹ Patologias A presença de células epiteliais tubulares renais em números elevados indica grave lesão tubular e podem ser decorrentes da pielonefrite necrose tubular aguda rejeição de transplante renal e intoxicação por salicilato¹ Figura 144 Célula epitelial do túbulo renal Figura 145 Célula epitelial do túbulo renal 87 Figura 146 Célula epitelial do túbulo renal Célula epitelial do túbulo renal 88 65 Corpo graxo oval Descrição Os corpos graxos ovais são células tubulares renais que contêm gotículas gordurosas que são bastante refringentes com morfologia globular e geralmente têm aspecto castanhoamarelado embora em pequeno aumento e iluminação pouco intensa possam exibirse negras em razão de seu elevado índice de refração Se a gordura consistir em colesterol sob luz polarizada exibirão uma característica formação em cruz de malta Já os constituídos por triglicérides não polarizam porém são corados com Sudan III ou Óleo Vermelho O1 Patologia Os corpos graxos ovais estão presentes na síndrome nefrótica diabetes mellitus eclâmpsia envenenamento renal tóxico glomerulonefrite crônica nefrose lipoídica embolia gordurosa após lesões superficiais extensas com esmagamento da gordura subcutânea e após fraturas dos principais ossos longos ou da pelve assim como em fraturas múltiplas nas quais a gordura pode ser liberada da medula óssea e atingir a circulação1 Figura 147 Corpos graxos ovais 89 Figura 148 Corpos graxos ovais Figura 149 Corpo graxo oval 90 Figura 150 Corpo graxo oval Figura 151 Corpo graxo oval 91 66 Espermatozoides Descrição Os espermatozoides são simplesmente identificados no sedimento urinário pelo seu formato oval cabeça ligeiramente cônica e calda longa semelhante a flagelo2 Patologias Os espermatozoides são eventualmente encontrados na urina de homens após masturbação ou ejaculação noturna e de mulheres após relação sexual Esporadicamente são de relevância clínica salvo nos casos de infertilidade masculina ou ejaculação retrógrada na qual o esperma é expulso para a bexiga em vez de ser para a uretra2 Figura 152 Espermatozoides Figura 153 Espermatozoides 92 Figura 154 Espermatozoides Figura 155 Espermatozoides com a presença de cristais de oxalato de cálcio dihidratado 93 Figura 156 Espermatozoides com a presença de cristais de oxalato di hidratado Figura 157 Espermatozoide 94 67 Hemácias Descrição As hemácias podem assumir morfologias diversas dependendo do ambiente da urina Quando a amostra de urina é fresca as hemácias exibem um aspecto normal amarelado ou pálido lisos na forma de discos bicôncavos anucleares Quando a urina é diluída e hipotônica as hemácias dilatam e podem ser lisadas liberando assim a hemoglobina na urina e deixando apenas a membrana celular1 Essas grandes células vazias são chamadas de células fantasma Já quando a urina é hipertônica as células encolhem devido à perda de água e podem aparecer crenadas ou de modo irregular Além disso na hematúria glomerular podem ser observadas as hemácias dismórficas as quais variam em tamanho possuem saliências celulares ou estão fragmentadas Os principais tipos de hemácias dismórficas são os acantócitos hemácias em formato de anel com protusões em forma de vesícula2 e os codócitos hemácias que apresentam o centro mais corado que os arredores células em alvo1 Patologias A hematúria macroscópica é comumente relacionada a lesões glomerulares avançadas porém também é encontrada em danos à integridade vascular do trato urinário causados por trauma inflamação aguda infecção e coagulopatias A análise da hematúria microscópica é essencial para o diagnóstico precoce de doenças glomerulares carcinoma do trato urinário e também para confirmar a presença de cálculos renais Contudo a probabilidade de contaminação menstrual deve ser levada em consideração em amostras de pacientes do sexo feminino A observação de grande quantidade de hemácias dismórficas está associada com hematúria glomerular2 95 Figura 158 Hemácias Figura 159 Hemácias 96 Figura 160 Hemácias Figura 161 Hemácias 97 Figura 162 Hemácias Figura 163 Aglomerado de hemácias 98 Figura 164 Aglomerado de hemácias Figura 165 Hemácias hematúria maciça 99 Figura 166 Hemácias dismórficas codócitos e acantócitos 100 68 Leucócitos ou piócitos Descrição Os leucócitos são maiores que as hemácias mas menores que as células epiteliais renais Frequentemente são esféricos e podem aparentar cor cinza pálida ou amareloesverdeada organizandose isoladamente ou em aglomerados Os leucócitos observados na urina são denominados piócitos e consistem principalmente em neutrófilos que podem ser identificados por seus grânulos e núcleos multilobulados1 Patologias Uma elevação de leucócitos na urina está relacionada a um processo inflamatório no trato urinário ou na região adjacente ao mesmo Algumas vezes a piúria piócitos na urina é observada em situações como pancreatite e apendicite assim como também é observada em condições não infecciosas como glomerulonefrite aguda nefrite lúpica acidose tubular renal desidratação febre estresse e na irritação não infecciosa de ureter uretra ou bexiga A existência de vários leucócitos na urina principalmente quando constituem aglomerados é um poderoso indicativo de infecção aguda como pielonefrite uretrite ou cistite1 Figura 167 Piócitos leucócitos e hemácias 101 Figura 168 Aglomerado de piócitos leucócitos Figura 169 Aglomerado de piócitos leucócitos 102 Figura 170 Aglomerado de piócitos leucócitos e hemácias Figura 171 Piócitos piúria maciça 103 Figura 172 Hemácias e piócitos leucócitos Foto 173 Piócitos leucócitos e hemácias 104 Figura 174 Piócitos leucócitos Figura 175 Piócitos leucócitos 105 Figura 176 Piócitos leucócitos 106 69 Leveduras Descrição As células de levedura são incolores lisas e habitualmente ovoides com paredes duplamente refringentes Elas podem alterar em tamanho e geralmente possuem brotamentos1 eou micélios2 Patologias Leveduras podem ser detectadas nas infecções do trato urinário frequentemente em pacientes com diabetes mellitus assim como também podem estar presentes na urina resultantes de contaminação de origem cutânea ou vaginal A Candida albicans é a levedura mais constantemente encontrada na urina1 Figura 177 Células leveduriformes com hifas 107 Figura 178 Células leveduriformes com hifas Figura 179 Piócitos leucócitos células leveduriformes e pseudo hifas 108 Figura 180 Piócitos leucócitos células leveduriformes e pseudo hifas Figura 181 Presença de pseudo hifas 109 Figura 182 Hifas leveduriformes 110 610 Muco Descrição Os filamentos mucosos são filamentos delgados longos e ondulantes de estruturas parecidas com fitas que apresentam estrias longitudinais discretas1 e possuem baixo índice refratométrico2 Alguns dos filamentos mais largos podem ser confundidos com cilindros hialinos1 Patologia Esses filamentos estão presentes em baixas quantidades na urina normal mas podem estar em altas quantidades quando há irritação do trato urinário ou inflamação1 Possui maior prevalência em amostras de urina do sexo feminino² Figura 183 Muco Figura 184 Muco 111 Figura 185 Muco Figura 186 Muco 112 Figura 187 Muco Figura 188 Muco 113 Figura 189 Muco 114 7 Referências bibliográficas 1 MUNDT L A SHANAHAN K Exame de urina e de fluidos corporais de Graff 2 ed Porto Alegre Artmed 2012 2STRASINGER SK LORENPZO MSD Urinálise e Fluidos corporais 5 ed São Paulo Livraria Médica Paulista Editora 2009 Autoras Ariane Silva Máximo Caroline Pereira Domingueti Raquel Salviano da Silva Colaboradores das fotos Ana Paula Alves Santos Henrique Pimenta Barroso Magalhães Kelly Pereira Pinto Mariana Caroliny Ferreira Rafael Maia Oliveira Raquel Salviano da Silva Reivlis Rodrigues Dias Victor Rocha Mendes Oliveira Intituições colaboradoras Irmandade de Santa Casa de Misericórdia de Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DELREI UFSJ INSTITUÍDA PELA LEI N10425 DE 19042002DOU DE 22042002 CAMPUS CENTROOESTE DONA LINDU CCO CURSO DE FARMÁCIA LIGA ACADÊMICA DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS ATLAS DE URINÁLISE Professora Caroline Pereira Domingueti Ligantes Ariane Silva Máximo Raquel Salviano da Silva Divinópolis 2020 Sumário 1 Cilindros 1 11 Cilindros céreos 1 12 Cilindros epiteliais 5 13 Cilindros granulosos 7 14 Cilindros graxos 12 15 Cilindros hemáticos 14 16 Cilindros hialinos 17 17 Cilindros leucocitários 21 2 Cristais anormais de origem metabólica 25 21 Cristais de bilirrubina 25 22 Cristais de cistina 27 23 Cristais de colesterol 30 24 Cristais de leucina 31 25 Cristais de tirosina 32 3 Cristais de origem iatrogênica 33 31 Cristais de ampicilina 33 32 Cristais de sulfonamida 34 4 Cristais normais de urina ácida 36 41 Cristais de ácido hipúrico 36 42 Cristais de ácido úrico 37 43 Cristais de oxalato de cálcio 45 44 Cristais de oxalato de cálcio monohidratado 51 45 Cristais de urato amorfo 52 46 Cristais de urato de sódio 56 5 Cristais normais de urina alcalina 57 51 Cristais de biurato de amônio 57 52 Cristais de carbonato de cálcio 60 53 Cristais de fosfato amorfo 62 54 Cristais de fosfato de cálcio 66 55 Cristais de fostato triplo 71 6 Estruturas diversas 75 61 Bactérias 75 62 Células epiteliais escamosas 79 63 Células epiteliais de transição 83 64 Células epiteliais do túbulo renal 86 65 Corpo graxo oval 88 66 Espermatozoides 91 67 Hemácias 94 68 Leucócitos ou piócitos 100 69 Leveduras 106 610 Muco 110 7 Referências bibliográficas 114 1 1 Cilindros 11 Cilindros céreos Descrição Os cilindros céreos são curtos largos e possuem um índice de refração elevado¹ Tem estrutura rígida² com aparência lisa homogênea apresentando bordas serrilhadas Sua coloração pode ser amarela acinzentada ou incolor¹ São formados a partir da desidratação dos cilindros hialinos ou a partir da fragmentação dos elementos granulares dos cilindros granulosos² Patologias Os cilindros céreos são representativos de estase urinária extrema que aponta insuficiência renal crônica grave2 Estão presentes também em casos de hipertensão maligna doença renal do diabetes e amiloidose renal¹ Figura 1 Cilindro céreo Figura 2 Cilindro céreo 2 Figura 3 Cilindro céreo Figura 4 Cilindro céreo Figura 5 Cilindro céreo 3 Figura 6 Cilindro céreo Figura 7 Cilindro céreo 4 Figura 8 Cilindro céreo 5 12 Cilindros epiteliais Descrição Os cilindros epiteliais são gerados a partir de estase e da descamação de células epiteliais tubulares renais As células epiteliais podem ordenarse como linhas paralelas no cilindro ou podem organizarse ao acaso diversificando quanto ao tamanho morfologia e estágio de degeneração Assumese que as células do primeiro tipo sejam originárias do mesmo segmento do túbulo ao passo que o arranjo irregular parece indicar que as células são oriundas de porções distintas do túbulo1 Patologia Os cilindros epiteliais são raramente vistos na urina devido aos raros episódios de doenças renais que causam danos aos túbulos necrose Eles são encontrados na urina após exposição a agentes nefrotóxicos ou vírus ex vírus da hepatite que acarretam danos tubulares que acompanham a lesão glomerular na rejeição de aloenxerto renal1 e os mesmos também acompanham cilindros leucocitários nos casos de pielonefrite² Foto 9 Cilindro epitelial 6 Foto 10 Cilindro epitelial 7 13 Cilindros granulosos Descrição Apresentam a superfície recoberta por grânulos e a origem dos grânulos pode ser patológica ou não Os de origem não patológica são provenientes de lisossomos eliminados pelas células epiteliais tubulares renais durante o metabolismo normal Durante exercícios intensos ocorre um aumento do metabolismo celular e consequentemente um aumento breve de cilindros granulosos que é acompanhado do aumento de cilindros hialinos Já os cilindros grânulos de origem patológica são resultados da desintegração de cilindros celulares e de células tubulares ou a associação de proteínas filtradas pelo glomérulo² A princípio os grânulos são grandes e grosseiros entretanto quando a estase urinária é estendida os grânulos tornamse finos devido sua quebra¹ Patologias Os cilindros granulosos estão presentes na glomerulonefrite e na pielonefrite² Figura 11 Cilindro granuloso 8 Figura 12 Cilindro granuloso Figura 13 Cilindro granuloso 9 Figura 14 Cilindro granuloso Figura 15 Cilindro granuloso grosso 10 Figura 16 Cilindro granuloso grosso Figura 17 Cilindro granuloso grosso 11 Figura 18 Cilindro granuloso fino Figura 19 Cilindro granuloso fino 12 14 Cilindros graxos Descrição Os cilindros graxos são cilindros que integraram gotículas de gordura livre ou corpos gordurosos ovais Esses cilindros podem conter apenas poucas gotículas de gordura ou podem ser compostos quase que totalmente por gotículas de gordura de tamanhos diversos Se a gordura consistir em colesterol sob luz polarizada exibirão uma característica formação em cruz de malta Já os triglicérides não polarizam porém são corados com Sudan III ou Óleo Vermelho O1 Patologia Cilindros graxos são vistos quando ocorre degeneração adiposa do epitélio tubular como na doença tubular degenerativa Eles também são geralmente observados na síndrome nefrótica glomeruloesclerose diabética lúpus nefrose lipoídica envenenamento renal tóxico glomerulonefrite crônica e síndrome de KimmelstielWilson1 Foto 20 Cilindro graxo 13 Foto 21 Cilindro graxo Foto 22 Cilindro graxo 14 15 Cilindros hemáticos Descrição Os cilindros hemáticos podem exibir coloração castanha podem ser praticamente incolores1 ou laranjaavermelhados2 Estes cilindros são mais frágeis que os outros cilindros e podem existir como fragmentos ou ter forma mais irregular2 visto que podem conter em seu interior várias células agrupadas sem uma matriz visível ou podem possuir poucas hemácias em uma matriz proteica No caso em que as hemácias ainda se apresentam intactas com os contornos detectáveis o cilindro é designado cilindro hemático Já nos casos em que o cilindro degenerase em um cilindro granuloso castanho avermelhado compõe um cilindro de hemoglobina1 Patologias Os cilindros hemáticos são sempre patológicos e acusam hematúria renal Frequentemente são diagnósticos de doença glomerular sendo encontrados na glomerulonefrite aguda trauma renal nefrite lúpica endocardite bacteriana subaguda e síndrome de Goodpasture Podem estar presentes também na trombose de veia renal infarto renal na insuficiência cardíaca congestiva direita periarterite nodosa e pielonefrite grave1 Figura 23 Cilindro hemático 15 Figura 24 Cilindro hemático Figura 25 Cilindro hemático Figura 26 Cilindro hemático 16 Figura 27 Cilindro hemático Figura 28 Cilindro hemático 17 16 Cilindros hialinos Descrição Os cilindros hialinos são os mais comumente encontrados na urina São compostos por proteínas de TammHorsfall e podem conter algumas inclusões incorporadas enquanto encontravamse no rim Visto que são compostos somente por proteínas apresentam índice de refração muito baixo e devem ser observados sob baixa intensidade luminosa São transparentes incolores homogêneos e frequentemente exibem extremidades arredondadas1 Patologias Cilindros hialinos podem ser encontrados até mesmo no tipo mais brando de doença renal não sendo correlacionados a qualquer doença em específico Alguns cilindros podem ser observados na urina normal e quantidades aumentadas com frequência estão presentes depois de desidratação fisiológica exercícios físicos1 exposição ao calor e estresse emocional Patologicamente esses cilindros estão aumentados em glomerulonefrite aguda pielonefrite doença renal crônica e insuficiência cardíaca congestiva2 Figura 29 Cilindro hialino Figura 30 Cilindro hialino 18 Figura 31 Cilindro hialino Figura 32 Cilindro hialino 19 Figura 33 Cilindro hialino Figura 34 Cilindro hialino e células epiteliais escamosas 20 Figura 35 Cilindro hialino 21 17 Cilindros leucocitários Descrição Os cilindros leucocitários podem possuir bordas irregulares e são compostos geralmente por neutrófilos e a menos que tenha ocorrido desintegração podem apresentar núcleos multilobulados² Os leucócitos podem apresentarse em quantidade pequena no cilindro ou em várias células agregadas1 Patologia Os cilindros leucocitários são encontrados em situações de infecção e inflamação não bacteriana renais Desse modo eles podem ser vistos na pielonefrite aguda nefrite intersticial e nefrite lúpica Também podem ser encontrados na doença glomerular1 Figura 36 Cilindro leucocitário Figura 37 Cilindro leucocitário 22 Figura 38 Cilindro leucocitário Figura 39 Cilindro leucocitário Figura 40 Cilindro leucocitário 23 Figura 41 Cilindro leucocitário Figura 42 Cilindro leucocitário 24 Figura 43 Cilindro leucocitário 25 2 Cristais anormais de origem metabólica 21 Cristais de bilirrubina Descrição Os cristais de bilirrubina aparecem como agulhas agregadas ou granulares exibidos na cor amarela característica da bilirrubina2 ou castanho avermelhado1 Patologias Os cristais de bilirrubina estão presentes nas doenças hepáticas que formam muita quantidade de bilirrubina na urina Nos transtornos que produzem dado tubular renal como hepatite viral esses cristais podem ser agregados à matriz dos cilindros2 Figura 44 Cristal de bilirrubina 26 Figura 45 Cristais de bilirrubina Figura 46 Cristais de carbonato de cálcio e bilirrubina Bilirrubina Carbonato de cálcio Bilirrubina 27 22 Cristais de cistina Descrição Os cristais de cistina são refringentes incolores hexagonais com bordas iguais ou desiguais Podem ser exibidos isoladamente sobrepostos ou em agrupamentos Geralmente apresentam aspecto em camadas ou laminado1 Patologias Os cristais de cistina são encontrados na urina de pessoas que herdam um distúrbio metabólico que impede a reabsorção de cistina pelos túbulos renais cistinúria Além disso as pessoas que possuem cistinúria possuem tendência a formar cálculos renais principalmente em idade precoce2 Figura 47 Cristais de cistina 28 Figura 48 Cristais de cistina Figura 49 Cristais de cistina 29 Figura 50 Cristais de cistina 30 23 Cristais de colesterol Descrição Os cristais de colesterol são de difícil visualização exceto quando as amostras são refrigeradas visto que os lipídeos continuam em forma de gotas Quando analisados são vistos como placas retangulares com um entalhe em um ou mais cantos2 grandes achatadas e transparentes1 são altamente birrefringentes com luz polarizada2 e exibem uma variedade de cores Ocasionalmente esses cristais são encontrados sob a forma de um filme sobre a superfície da urina e não no sedimento1 e frequentemente são vistos em conjunto com cilindros graxos e corpúsculos ovais gordurosos² Patologia Os cristais de colesterol indicam intensa ruptura tissular nefrite condições nefríticas quilúria1 e síndrome nefrótica2 Foto 51 Cristais de colesterol Foto 52 Cristais de colesterol 31 24 Cristais de leucina Descrição Os cristais de leucina possuem forma esférica apresentam estrias radiais ou círculos concêntricos e exibem coloração amarela ou castanha² A cristalização de leucina pura ocorre em forma de placas então sua conformação esferoidal não consiste apenas em leucina¹ Patologias Os cristais de leucina são encontrados na urina de pacientes com a doença urinária em xarope de bordo defeito no metabolismo dos aminoácidos leucina isoleucina e valina na síndrome da má absorção de metionina e em doenças hepáticas graves¹ Fotos não encontradas até o momento serão adicionadas assim que possível 32 25 Cristais de tirosina Descrição Os cristais de tirosina são observados como finas agulhas refringentes delgadas que se organizam em agrupamentos ou feixes Frequentemente os agrupamentos são vistos na coloração negra principalmente no centro todavia podem exibir coloração amarela quando há presença de bilirrubina1 Geralmente são observados em conjunto com cristais de leucina em amostras com resultado positivo em testes químicos para a bilirrubina² Patologia Os cristais de tirosina estão presentes em disfunção hepática grave e são encontrados também em doenças hereditárias do metabolismo de aminoácidos principalmente a tirosinemia² Foto 53 Cristal de tirosina 33 3 Cristais de origem iatrogênica 31 Cristais de ampicilina Descrição A administração parenteral de altas doses de ampicilina pode gerar a precipitação do fármaco que aparece na urina ácida na forma de agulhas delgadas longas incolores1 e que tendem a formar feixes após refrigeração² Patologia A precipitação de antibióticos não é muito comum acontece quando o uso de antimicrobiano é realizado em doses altas sem a hidratação adequada² Foto 54 Cristais de ampicilina 34 32 Cristais de sulfonamida Descrição Os cristais de sulfonamida apresentam conformações variadas podendo ser feixes de agulhas rombótica pedra de amolar feixes de trigo ou rosetas Esses cristais possuem coloração amarelocastanho ou são incolores² São necessárias duas etapas para que se possa confirmar a presença desses cristais saber se o paciente está fazendo uso de medicamento à base de sulfa e realizar o teste de lignina para sulfonamidas¹ Patologias A cristalização da sulfonamida está relacionada com a hidratação inadequada do paciente Além disso os cristais de sulfonamida presentes na urina recente podem indicar a probabilidade de dano tubular caso os cristais estejam se formando nos néfrons² Figura 55 Cristais de origem iatrogênica devido ao uso de sulfonamida 35 Figura 56 Cristais de origem iatrogênica devido ao uso de sulfonamida Figura 57 Cristais de origem iatrogênica devido ao uso de sulfonamida 36 4 Cristais normais de urina ácida 41 Cristais de ácido hipúrico Descrição Os cristais de ácido hipúrico aparecem como placas ou prismas alongados incolores ou castanhosamarelados Eles podem ser exibidos tão finos que se assemelham a agulhas e comumente agrupamse Estes cristais são mais solúveis em água e éter do que os cristais de ácido úrico1 Patologias Os cristais de ácido hipúrico praticamente não tem relevância clínica e são raramente encontrados na urina1 Foto 58 Cristais de ácido hipúrico 37 42 Cristais de ácido úrico Descrição Os cristais de ácido úrico são normais de urina ácida e possuem diversas formas mas as mais proeminentes são de prisma romboide losango plana com quatro lados oval com extremidade pontiaguda forma de limão e em roseta que compõe os cristais agrupados Eventualmente podem apresentar seis faces sendo esta forma confundida com cistina os cristais de cistina são incolores Geralmente os cristais de ácido úrico apresentam coloração amarela ou castanhoavermelhada e essa variação de cor depende da espessura que o cristal possui de maneira que cristais extremamente finos podem ser incolores1 Patologias A presença desses cristais não exibe importância clínica visto que pode ser de ocorrência natural do organismo Porém dentre as condições patológicas nas quais esses cristais são encontrados na urina incluem o elevado metabolismo de purina síndrome de LeschNyhan nefrite crônica condições febris agudas gota1 em pacientes com leucemia que recebem quimioterapia2 Figura 59 Cristais de ácido úrico em forma de roseta oval com extremidade pontiaguda e prisma romboide 38 Figura 60 Cristais de ácido úrico em forma de roseta oval com extremidade pontiaguda e prisma romboide Figura 61 Cristais de ácido úrico predominantemente em forma de roseta 39 Figura 62 Cristais de ácido úrico em forma de roseta oval com extremidade pontiaguda e prisma romboide Figura 63 Cristais de ácido úrico em forma de roseta oval com extremidade pontiaguda e prisma romboide 40 Figura 64 Cristais de ácido úrico em forma de roseta oval com extremidade pontiaguda e prisma romboide Figura 65 Cristais de ácido úrico em forma de roseta e oval com extremidade pontiaguda e seis faces 41 Figura 66 Cristais de ácido úrico em forma oval com extremidade pontiaguda losango e prisma romboide Figura 67 Cristais de ácido úrico em forma de roseta oval com extremidade 42 pontiaguda e prisma romboide além de células epiteliais escamosas Figura 68 Cristais de ácido úrico em forma de losango e prisma romboide 43 Figura 69 Cristais de ácido úrico em forma de losango e prisma romboide Figura 70 Cristais de ácido úrico em forma de losango e prisma romboide Figura 71 Cristais de ácido úrico em forma de roseta 44 Figura 72 Cristais de ácido úrico em forma de roseta e oval com extremidade pontiaguda Figura 73 Cristal de ácido úrico em forma de losango 45 43 Cristais de oxalato de cálcio Descrição Os cristais de oxalato de cálcio são normais de urina ácida A forma mais comum de cristais de oxalato de cálcio dihidratados é aquela reconhecida como envelope octaédrico incolor ou como duas pirâmides aderidas por meio de suas bases Já a forma menos observada é a mono hidratada que exibe morfologia ovalada ou em halteres Ambas as formas são birrefringentes sob luz polarizada e frequentemente são vistos em aglomerados aderidos ao muco e podem ser semelhantes a um cilindro2 Patologias A presença desses cristais não exibe importância clínica visto que pode ser de ocorrência natural do organismo principalmente depois da ingestão de alimentos ricos em oxalato como tomate laranja e alho Além disso grande número desses cristais especificamente quando existentes em urina recente indica a probabilidade de cálculos renais porque a maioria destes são constituídos por oxalato Dentre algumas situações patológicas em que esses cristais podem se apresentar em grandes quantidades incluem diabetes mellitus doença renal crônica grave doença hepática e intoxicação por etilenoglicol anticongelante1 Figura 74 Cristais de oxalato de cálcio dihidratado 46 Figura 75 Cristais de oxalato de cálcio dihidratado Figura 76 Cristais de oxalato de cálcio dihidratado 47 Figura 77 Cristais de oxalato de cálcio dihidratado Figura 78 Cristais de oxalato de cálcio dihidratado e hemácias 48 Figura 79 Cristais de oxalato de cálcio dihidratado Figura 80 Cristais de oxalato de cálcio dihidratado 49 Figura 81 Cristais de oxalato de cálcio dihidratado Figura 82 Cristais de oxalato de cálcio dihidratado e flora bacteriana abundante 50 Figura 83 Cristais de oxalato de cálcio dihidratado e presença de muco Figura 84 Grãos de Amido e Cristais de Oxalato de Cálcio dihidratado 51 44 Cristais de oxalato de cálcio monohidratado Foto 85 Cristais de oxalato de cálcio monohidratado Foto 86 Cristais de oxalato de cálcio monohidratado 52 45 Cristais de urato amorfo Descrição Os cristais de urato amorfo são normais de urina ácida e se apresentam como grânulos castanhoamarelados Eles podem ser exibidos em grumos e podem parecer com cilindros granulosos São visualizados geralmente em amostras que tenham sido refrigeradas e formam um sedimento rosa característico2 Patologias A presença desses cristais não exibe importância clínica visto que pode ser de ocorrência natural do organismo1 Figura 87 Cristais de urato amorfo Figura 88 Cristais de urato amorfo 53 Figura 89 Cristais de urato amorfo Figura 90 Cristais de urato amorfo 54 Figura 91 Cristais de urato amorfo Figura 92 Cristais de urato amorfo 55 Figura 93 Cristais de urato amorfo 56 46 Cristais de urato de sódio Descrição Os cristais de urato de sódio são normais de urina ácida e se apresentam como formas cristalinas ou amorfas São vistos como agulhas amareladas ou incolores ou prismas delgados ou organizados em feixes ou agrupamentos forma de roseta1 Patologias A presença desses cristais não exibe importância clínica visto que pode ser de ocorrência natural do organismo2 Figura 94 Cristais de urato de sódio 57 5 Cristais normais de urina alcalina 51 Cristais de biurato de amônio Descrição Os cristais de biurato de amônio são normais de urina alcalina e apresentam formas esféricas com a presença de espículas irregulares representado como maçã espinhosa e possuem coloração castanho amarelado Esses cristais também podem ser achados sem a presença de espículas porém essa forma é incomum de ser encontrada¹ Patologias A presença desses cristais não exibe importância clínica mas quase sempre são encontrados em amostras não recentes e podem ser relacionados com a existência de amônia gerada por bactérias que metabolizam a ureia2 Figura 95 Cristal de biurato de amônio Cristal de Biurato de amônio 58 Figura 96 Cristais de biurato de amônio Figura 97 Cristais de biurato de amônio 59 Figura 98 Cristais de biurato de amônio Figura 99 Cristais de biurato de amônio 60 52 Cristais de carbonato de cálcio Descrição Os cristais de carbonato de cálcio são normais de urina alcalina São pequenos incolores e apresentam forma esférica ou em haltere¹ Esses cristais podem se acumular o que os torna parecido com material amorfo porém são diferenciados pela formação de dióxido de carbono gasoso quando é adicionado ácido acético² Na forma de grandes massas granulosas os cristais de carbonato de cálcio podem apresentar coloração escura¹ Patologias A presença desses cristais não exibe importância clínica² Figura 100 Cristais de carbonato de cálcio Figura 101 Cristais de carbonato de cálcio 61 Figura 102 Cristal de carbonato de cálcio Figura 103 Cristais de carbonato de cálcio Cristal de carbonato de cálcio Cristais de carbonato de cálcio 62 53 Cristais de fosfato amorfo Descrição Os cristais de fosfato amorfo são normais de urina alcalina e possuem aparência granulosa semelhante aos uratos amorfos2 São incolores ou escuros e constantemente encontrados na urina em uma configuração amorfa e não cristalina¹ A refrigeração da amostra de fosfato amorfo quando presente em quantidades elevadas causa a formação de um precipitado branco que não se dissolve quando é aquecido Eles podem ser diferenciados de urato amorfo pela cor do sedimento e pH urinário² Patologias A presença desses cristais não exibe importância clínica Figura 104 Cristais de fosfato amorfo Figura 105 Cristais de fosfato amorfo 63 Figura 106 Cristais de fosfato amorfo Figura 107 Cristais de fosfato amorfo 64 Figura 108 Cristais de fosfato amorfo Figura 109 Cristais de fosfato amorfo 65 Figura 110 Cristais de fosfato amorfo 66 54 Cristais de fosfato de cálcio Descrição Os cristais de fosfato de cálcio são normais de urina alcalina e possuem conformação de prismas longos incolores e que podem apresentar uma extremidade delgada Esses cristais podem se reorganizar em forma de rosetas estrelas agulhas ou placas grandes e irregulares que podem flutuar na urina¹ Patologias A presença desses cristais não exibe importância clínica apesar de o fosfato de cálcio ser um constituinte comum de cálculos renais2 Figura 111 Cristais de fosfato de cálcio 67 Figura 112 Cristais de fosfato de cálcio em forma de roseta Figura 113 Cristais de fosfato de cálcio em forma de roseta 68 Figura 114 Cristais de fosfato de cálcio em forma de roseta Figura 115 Cristais de fosfato de cálcio em forma de roseta 69 Figura 116 Cristais de fosfato de cálcio Figura 117 Cristais de fosfato de cálcio em forma de roseta 70 Figura 118 Cristais de fosfato de cálcio em forma de roseta além de células epiteliais escamosas 71 55 Cristais de fostato triplo Descrição Os cristais de fosfato triplo são normais de urina alcalina e se apresentam na forma de prisma que recorda uma tampa de caixão2 possuem de três a seis lados que geralmente contém extremidades oblíquas1 São também incolores e birrefringentes sob luz polarizada2 e podem se precipitar em forma de samambaia ou pena1 Patologias A presença desses cristais não exibe importância clínica porém são observados em urinas que possuem bactérias que metabolizam a ureia2 Além disso dentre as condições patológicas nas quais podem ser encontrados incluem pielonefrite crônica cistite crônica hiperplasia da próstata além de casos quando a urina é retida na bexiga1 Figura 119 Cristais de fosfato triplo 72 Figura 120 Cristais de fosfato triplo Figura 121 Cristais de fosfato triplo 73 Figura 122 Cristais de fosfato triplo Figura 123 Cristais de fosfato triplo 74 Figura 124 Cristais de fosfato triplo Figura 125 Cristais de fosfato triplo 75 6 Estruturas diversas 61 Bactérias Descrição Enquanto está no rim e na bexiga a urina normalmente não apresenta bactérias A contaminação pode acontecer devido à presença de bactérias na uretra na vagina na genitália externa ou no frasco utilizado na coleta¹ Essas bactérias estão presentes na forma de bacilos barras ou cocos esféricas² Patologias Em uma amostra coletada adequadamente a presença de bactérias acompanhada por piócitos é indicativa de infecção do trato urinário Enterobacteriaceae bacilos gramnegativos Staphylococcus e Enterococcus são as bactérias associadas às infecções do trato urinário² Figura 126 Flora bacteriana abundante 76 Figura 127 Flora bacteriana abundante Figura 128 Flora bacteriana abundante em forma de bacilos 77 Figura 129 Flora bacteriana abundante Figura 130 Flora bacteriana abundante 78 Figura 131 Flora bacteriana abundante 79 62 Células epiteliais escamosas Descrição São células provenientes da descamação normal da uretra e da vagina Essas células possuem forma irregular são grandes achatadas com citoplasma abundante e núcleos proeminentes Não possuem significado patológico¹ Figura 132 Células epiteliais escamosas Figura 133 Células epiteliais escamosas 80 Figura 134 Células epiteliais escamosas Figura 135 Células epiteliais escamosas 81 Figura 136 Células epiteliais escamosas Figura 137 Células epiteliais escamosas 82 Figura 138 Células leveduriformes e células epiteliais escamosas 83 63 Células epiteliais de transição Descrição São células provenientes da descamação normal da bexiga da pelve renal e dos ureteres Possuem forma esférica poliédrica ou com projeções caudais² Apresentam núcleo centralmente localizado e podem conter dois núcleos Essas células não possuem significado patológico¹ Figura 139 Células epiteliais de transição Figura 140 Células epiteliais de transição 84 Figura 141 Células epiteliais de transição Figura 142 Células epiteliais de transição 85 Figura 143 Células epiteliais de transição 86 64 Células epiteliais do túbulo renal Descrição São células derivadas dos túbulos renais Apresentam forma achatada colunar ou cuboide Seus núcleos são grandes esféricos e são localizados excentricamente¹ Patologias A presença de células epiteliais tubulares renais em números elevados indica grave lesão tubular e podem ser decorrentes da pielonefrite necrose tubular aguda rejeição de transplante renal e intoxicação por salicilato¹ Figura 144 Célula epitelial do túbulo renal Figura 145 Célula epitelial do túbulo renal 87 Figura 146 Célula epitelial do túbulo renal Célula epitelial do túbulo renal 88 65 Corpo graxo oval Descrição Os corpos graxos ovais são células tubulares renais que contêm gotículas gordurosas que são bastante refringentes com morfologia globular e geralmente têm aspecto castanhoamarelado embora em pequeno aumento e iluminação pouco intensa possam exibirse negras em razão de seu elevado índice de refração Se a gordura consistir em colesterol sob luz polarizada exibirão uma característica formação em cruz de malta Já os constituídos por triglicérides não polarizam porém são corados com Sudan III ou Óleo Vermelho O1 Patologia Os corpos graxos ovais estão presentes na síndrome nefrótica diabetes mellitus eclâmpsia envenenamento renal tóxico glomerulonefrite crônica nefrose lipoídica embolia gordurosa após lesões superficiais extensas com esmagamento da gordura subcutânea e após fraturas dos principais ossos longos ou da pelve assim como em fraturas múltiplas nas quais a gordura pode ser liberada da medula óssea e atingir a circulação1 Figura 147 Corpos graxos ovais 89 Figura 148 Corpos graxos ovais Figura 149 Corpo graxo oval 90 Figura 150 Corpo graxo oval Figura 151 Corpo graxo oval 91 66 Espermatozoides Descrição Os espermatozoides são simplesmente identificados no sedimento urinário pelo seu formato oval cabeça ligeiramente cônica e calda longa semelhante a flagelo2 Patologias Os espermatozoides são eventualmente encontrados na urina de homens após masturbação ou ejaculação noturna e de mulheres após relação sexual Esporadicamente são de relevância clínica salvo nos casos de infertilidade masculina ou ejaculação retrógrada na qual o esperma é expulso para a bexiga em vez de ser para a uretra2 Figura 152 Espermatozoides Figura 153 Espermatozoides 92 Figura 154 Espermatozoides Figura 155 Espermatozoides com a presença de cristais de oxalato de cálcio dihidratado 93 Figura 156 Espermatozoides com a presença de cristais de oxalato di hidratado Figura 157 Espermatozoide 94 67 Hemácias Descrição As hemácias podem assumir morfologias diversas dependendo do ambiente da urina Quando a amostra de urina é fresca as hemácias exibem um aspecto normal amarelado ou pálido lisos na forma de discos bicôncavos anucleares Quando a urina é diluída e hipotônica as hemácias dilatam e podem ser lisadas liberando assim a hemoglobina na urina e deixando apenas a membrana celular1 Essas grandes células vazias são chamadas de células fantasma Já quando a urina é hipertônica as células encolhem devido à perda de água e podem aparecer crenadas ou de modo irregular Além disso na hematúria glomerular podem ser observadas as hemácias dismórficas as quais variam em tamanho possuem saliências celulares ou estão fragmentadas Os principais tipos de hemácias dismórficas são os acantócitos hemácias em formato de anel com protusões em forma de vesícula2 e os codócitos hemácias que apresentam o centro mais corado que os arredores células em alvo1 Patologias A hematúria macroscópica é comumente relacionada a lesões glomerulares avançadas porém também é encontrada em danos à integridade vascular do trato urinário causados por trauma inflamação aguda infecção e coagulopatias A análise da hematúria microscópica é essencial para o diagnóstico precoce de doenças glomerulares carcinoma do trato urinário e também para confirmar a presença de cálculos renais Contudo a probabilidade de contaminação menstrual deve ser levada em consideração em amostras de pacientes do sexo feminino A observação de grande quantidade de hemácias dismórficas está associada com hematúria glomerular2 95 Figura 158 Hemácias Figura 159 Hemácias 96 Figura 160 Hemácias Figura 161 Hemácias 97 Figura 162 Hemácias Figura 163 Aglomerado de hemácias 98 Figura 164 Aglomerado de hemácias Figura 165 Hemácias hematúria maciça 99 Figura 166 Hemácias dismórficas codócitos e acantócitos 100 68 Leucócitos ou piócitos Descrição Os leucócitos são maiores que as hemácias mas menores que as células epiteliais renais Frequentemente são esféricos e podem aparentar cor cinza pálida ou amareloesverdeada organizandose isoladamente ou em aglomerados Os leucócitos observados na urina são denominados piócitos e consistem principalmente em neutrófilos que podem ser identificados por seus grânulos e núcleos multilobulados1 Patologias Uma elevação de leucócitos na urina está relacionada a um processo inflamatório no trato urinário ou na região adjacente ao mesmo Algumas vezes a piúria piócitos na urina é observada em situações como pancreatite e apendicite assim como também é observada em condições não infecciosas como glomerulonefrite aguda nefrite lúpica acidose tubular renal desidratação febre estresse e na irritação não infecciosa de ureter uretra ou bexiga A existência de vários leucócitos na urina principalmente quando constituem aglomerados é um poderoso indicativo de infecção aguda como pielonefrite uretrite ou cistite1 Figura 167 Piócitos leucócitos e hemácias 101 Figura 168 Aglomerado de piócitos leucócitos Figura 169 Aglomerado de piócitos leucócitos 102 Figura 170 Aglomerado de piócitos leucócitos e hemácias Figura 171 Piócitos piúria maciça 103 Figura 172 Hemácias e piócitos leucócitos Foto 173 Piócitos leucócitos e hemácias 104 Figura 174 Piócitos leucócitos Figura 175 Piócitos leucócitos 105 Figura 176 Piócitos leucócitos 106 69 Leveduras Descrição As células de levedura são incolores lisas e habitualmente ovoides com paredes duplamente refringentes Elas podem alterar em tamanho e geralmente possuem brotamentos1 eou micélios2 Patologias Leveduras podem ser detectadas nas infecções do trato urinário frequentemente em pacientes com diabetes mellitus assim como também podem estar presentes na urina resultantes de contaminação de origem cutânea ou vaginal A Candida albicans é a levedura mais constantemente encontrada na urina1 Figura 177 Células leveduriformes com hifas 107 Figura 178 Células leveduriformes com hifas Figura 179 Piócitos leucócitos células leveduriformes e pseudo hifas 108 Figura 180 Piócitos leucócitos células leveduriformes e pseudo hifas Figura 181 Presença de pseudo hifas 109 Figura 182 Hifas leveduriformes 110 610 Muco Descrição Os filamentos mucosos são filamentos delgados longos e ondulantes de estruturas parecidas com fitas que apresentam estrias longitudinais discretas1 e possuem baixo índice refratométrico2 Alguns dos filamentos mais largos podem ser confundidos com cilindros hialinos1 Patologia Esses filamentos estão presentes em baixas quantidades na urina normal mas podem estar em altas quantidades quando há irritação do trato urinário ou inflamação1 Possui maior prevalência em amostras de urina do sexo feminino² Figura 183 Muco Figura 184 Muco 111 Figura 185 Muco Figura 186 Muco 112 Figura 187 Muco Figura 188 Muco 113 Figura 189 Muco 114 7 Referências bibliográficas 1 MUNDT L A SHANAHAN K Exame de urina e de fluidos corporais de Graff 2 ed Porto Alegre Artmed 2012 2STRASINGER SK LORENPZO MSD Urinálise e Fluidos corporais 5 ed São Paulo Livraria Médica Paulista Editora 2009 Autoras Ariane Silva Máximo Caroline Pereira Domingueti Raquel Salviano da Silva Colaboradores das fotos Ana Paula Alves Santos Henrique Pimenta Barroso Magalhães Kelly Pereira Pinto Mariana Caroliny Ferreira Rafael Maia Oliveira Raquel Salviano da Silva Reivlis Rodrigues Dias Victor Rocha Mendes Oliveira Intituições colaboradoras Irmandade de Santa Casa de Misericórdia de Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais