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Modalidade do trabalho Ensaio teórico Evento XXI Jornada de Pesquisa EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR REFLEXÕES ACERCA DE SUA ESPECIFICIDADE1 Ivan Carlos Bagnara2 Paulo Evaldo Fensterseifer3 1 Trabalho de pesquisa em desenvolvimento no PPGEC Doutorado em Educação nas Ciências 2 Discente do Curso de Doutorado em Educação nas Ciências do PPGEC da UNIJUI 3 Professor do PPGEC Mestrado e Doutorado em Educação nas Ciências da UNIJUI 1 Aspectos introdutórios Educação Física EF qual sua especificidade no contexto escolar O questionamento que dá início a este trabalho tem ocupado grande parte de nossos pensamentos e reflexões ao longo dos últimos anos Tentar compreender melhor a função deste componente curricular LDBEN 939496 na perspectiva de uma disciplina educativa é premissa básica para poder planejar e desenvolver projetos de EF conectados com os documentos escolares Projeto Político Pedagógico por exemplo que possam contribuir com a especificidade da educação escolar e ao mesmo tempo legitimar a EF enquanto uma disciplina escolar que possui saberes específicos a ensinar e que se não forem tematizados por ela não serão por nenhuma outra disciplina BRASIL 2015 deixando lacunas e provocando prejuízos ao processo formativo dos escolares Nesse sentido temos destinado esforços nos últimos anos na tentativa de levantar lebres para poder compreender melhor os diversos contextos possibilidades e entraves que a EF escolar EFE e seus atoresautores têm enfrentado neste percurso legitimador Em outras palavras da mesma forma que tratado em outros textos BAGNARA 2014 2015 BAGNARA E FENSTERSEIFER 2016 no prelo temos buscado subsídios para entender melhor o processo de transição entre o não mais e o ainda não GONZÁLEZ E FENSTERSEIFER 2009 2010 pelo qual a EFE e seus protagonistas estão passando E junto a isso buscar compreender melhor como se dão os processos formativos dos professores de EF na Formação Inicial tendo como fio condutor os enfrentamentos realizados pelos professores de EF na escola que buscam desenvolvêla na perspectiva de um componente curricular como apontam os marcos legais A transição entre o não mais e o ainda não assume um caráter de ruptura paradigmática pois é preciso romper com o tradicionalismo da EFE González e Fensterseifer 2009 afirmam que essa ruptura com a tradição do exercitar para colocou à EF e seus protagonistas a necessidade de reinventar o seu espaço na escola agora com o caráter de uma disciplina escolar na forma de um componente curricular responsável por um conhecimento específico subordinado a funções sociais de uma escola republicana comprometida com a necessidade que as novas gerações têm de conhecimentos capazes de potencializálos para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo Diante do exposto o objetivo deste ensaio é refletir acerca da especificidade da EFE enquanto um componente curricular na perspectiva de uma disciplina educativa tomando como pano de fundo a escola republicana e democrática 2 Metodologia Este ensaio se caracteriza como um estudo bibliográfico Modalidade do trabalho Ensaio teórico Evento XXI Jornada de Pesquisa 3 Resultados e discussões Antes de iniciar o debate acerca do aspecto central deste estudo especificidade da EFE é necessário pontuar mesmo que de forma breve o que entendemos por uma escola republicana e democrática De pronto na mesma perspectiva de Bagnara e Fensterseifer 2016 no prelo compreendemos tal escola como sendo pensada e implementada tendo como pano de fundo os preceitos básicos da república Ribeiro 2008 afirma que antes de mais nada na república o bem público se sobrepõe ao privado ou seja devemos sacrificar as vantagens particulares e até os afetos pessoais em prol do bem comum Nesse sentido a república prevalece sobre qualquer sentimento qualquer elo privado p 14 E continua o autor república vem de res publica coisa pública O poder aqui está a serviço do bem comum da coisa coletiva ou pública na república não se busca a vantagem de um de poucos mas a do coletivo p 1819 Ou seja dentre outras coisas primando pelo bem comum o bem do coletivo deve prevalecer sobre os interesses particulares De acordo com Maamari A escola republicana traz no centro o conceito de humanidade possível de ser alcançado por meio da emancipação intelectual que realiza sem implicar algo parcial ou definitivamente adquirido Desde seu surgimento a escola republicana provoca incômodo e isto pode ser justificado pela distância que ela deve assumir diante dos poderes político religioso econômico e midiático É por isso que a transmissão dos saberes e o exercício da razão que são as maiores finalidades desta escola até os nossos dias contam com alguma oposição 2009 p 79 Para Fensterseifer 2013 no interior da escola republicana todos os componentes curriculares devem responder pelo seu caráter público no modo como lidam com o conhecimento e com as diversas relações sociais que acontecem neste espaço Isso implica em primeiro lugar não se limitar unicamente a reproduzir os sentidos e significados encarnados pelas diferentes manifestações culturais mas sim tematizálos desnaturalizálos evidenciando toda a pluralidade de sentidos e significados que os indivíduos podem produzir nos diversos contextos E isso se dá na EF dentre outras questões pela forma como os professores desenvolvem sua intervenção pedagógica Com relação à prática pedagógica o significado que a mesma pode assumir é variável Verdum 2013 p 94 afirma que a prática pedagógica consiste em algo que não pode ser definido apenas concebido mudando conforme os princípios em que estiver baseada a nossa ideia Dessa forma procurando não definir mas apresentar alguns apontamentos acerca da concepção de prática pedagógica no âmbito deste estudo podemos dizer que a mesma é considerada como a forma com que os professores ministram suas aulas Nesse caso poderia assumir uma relação muito próxima de metodologia de aula ou de abordagem pedagógica para o desenvolvimento dos conteúdos escolares ou seja a prática pedagógica nesta ótica explicita a intencionalidade pedagógica do professor Nesse sentido uma situação que permeou e ainda permeia alguns contextos da EF no âmbito escolar é o abandono docente O fenômeno do abandono do trabalho docente pode ser caracterizado como o tipo de atuação daqueles profissionais que não apresentam grandes pretensões com suas práticas ou mesmo nenhuma além de ocupar seus alunos com alguma atividade Tornaramse administradores de material didático o que não justificaria uma formação superior para tal Modalidade do trabalho Ensaio teórico Evento XXI Jornada de Pesquisa exercício Em alguns casos justificam sua nãoaula pelo propósito de compensar o cansaço ou o tédio dos alunos produzido nas disciplinas consideradas sérias Desta postura derivam os adjetivos rola bola largobol aula matada pedagogia da sombra GONZÁLEZ FENSTERSEIFER 2006 MACHADO et al 2010 Obviamente através de uma análise superficial não é possível apontar os fatores que causam o fenômeno do abandono docente visto que o mesmo é multifatorial porém abandonar a profissão mesmo estando nela dentre outras diversas e distintas questões indica claramente a ideia de não saber para onde ir Dessa forma refletir acerca da especificidade da EFE numa escola republicana e democrática tornase um ótimo exercício para descobrirmos para onde devemos ir e sabendo para onde ir temos condições de planejar estruturar e organizar o percurso Entendemos que um grande desafio a ser enfrentado pela EF reside em se alinhar aos propósitos republicanos que regem a Educação Básica brasileira possibilitar às novas gerações a preservação e a reconstrução da herança científica e cultural acumulada pela humanidade sob a forma de conhecimentos sistematizados BRASIL 2015 p 95 Ou seja estruturar sistematizar e complexificar os conhecimentos na EFE envolve uma mudança de postura no planejamento e intervenção da disciplina abandonando a perspectiva meramente prática de atividade do exercitarse para um componente curricular preocupado com as questões além dos aspectos motoresfísicosrendimento das práticas corporais Em outras palavras é preciso pensar uma disciplina que além do fazer dê conta do saber acerca desse fazer Nesse sentido para Fensterseifer e González 2009 é preciso pensar a responsabilidade social que pedagogicamente a EF precisa responder vinculada à escola e que tem uma contribuição específica na ampla tarefa de educar as novas gerações levando em conta a especificidade dos conhecimentos pelos quais esse componente curricular necessita dar conta Sendo assim a EFE tem a incumbência de ao longo dos anos escolares responder pela especificidade dos conhecimentos relativos à cultura corporal de movimento tratandoos pedagogicamente vinculado ao sentido da escola à qual está inserida Reconhecemos ser essa uma tarefa de significativa complexidade e que demanda segundo Fensterseifer e González 2013 desafios de ordem políticopedagógico do qual decorrem os desafios não menos importantes de caráter didáticometodológico Tais desafios a priori não possuem uma única resposta e tampouco tais respostas estão dadas mas para elaborar algumas possibilidades é necessário do esforço coletivo de todos os envolvidos Além de esforço coletivo concordamos com Bracht et al 2007 ao afirmar que pensar e repensar a EFE impõese como uma tarefa permanente para a área Avançando na questão da especificidade da EFE na condição de disciplina a mesma tem em nosso entendimento como finalidade formar indivíduos dotados de capacidade crítica em condições de agir autonomamente na esfera da cultura corporal de movimento e auxiliar na formação de sujeitos políticos munindoos de ferramentas que auxiliem no exercício da cidadania GONZÁLEZ E FENSTERSEIFER 2010 BRACHT E GONZÁLEZ 2014 Ou seja tratamos de uma dimensão da cultura e temos uma responsabilidade com o conhecimento produzido em torno dela algo portanto que vai muito além do exercitarse GONZÁLEZ E FENSTERSEIFER 2010 p 12 E a EFE na perspectiva de Betti 2013 é uma prática pedagógica que visa a apropriação crítica de sua especificidade de conhecimentos os temas relacionados a cultura corporal de movimento Modalidade do trabalho Ensaio teórico Evento XXI Jornada de Pesquisa Nos somamos aos que pensam BRASIL 1998 DARIDO E RANGEL 2008 BETTI 2013 que a EFE é entendida como uma disciplina que tem por finalidade introduzir integrar e propiciar aos estudantes a apropriação crítica da cultura corporal de movimento durante a Educação Básica formando o cidadão que vai usufruir compartilhar produzir reproduzir e transformar as manifestações que caracterizam a área formas culturais do exercício da motricidade humana como os jogos esportes danças lutasartes marciais atividades rítmicasexpressivas ginásticas práticas da aptidão física e práticas corporais alternativas em benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida Algo muito além de atividades físicas na escola De certa forma impulsionados pelo movimento renovador quiçá os professores que se identificaram e se filiaram a este movimento durante longos anos sonharam com o reconhecimento da área no ambiente escolar Em outras palavras lutouse pelo reconhecimento do ser professor de um componente curricular de uma disciplina igual as demais na perspectiva de possuir um saber específico a tematizar e ensinar no ambiente escolar porém entendemos que a EFE não é uma disciplina escolar igual às demais pela forma como desenvolve ou deveria desenvolver sua intervenção pedagógica E o sonho de infância se realizou e agora é necessário dar conta desse sonho Sendo assim para fazer jus à condição de componente curricular obrigatório na Educação Básica a que fomos lançados pelos marcos legais a EFE deve tratar das possibilidades de movimento dos sujeitos representações e práticas sociais que constituem a cultura corporal de movimento estruturada em diversos contextos históricos e de algum modo vinculadas ao campo do lazer e da saúde GONZÁLEZ E FRAGA 2012 p 43 E continuam os mesmos autores a EFE deve favorecer o processo de apropriação problematização e uso criativo por parte dos alunos p 43 dos conhecimentos que estão na ordem do dia No documento da BNCC está claro que a responsabilidade da EFE é tratar das práticas corporais na escola como fenômeno cultural dinâmico diversificado pluridimensional singular e contraditório assegurando aosàs estudantes a construção de um conjunto de conhecimentos necessários à formação plena do cidadão Desse modo cabe a esse componente curricular problematizar desnaturalizar e evidenciar a multiplicidade de sentidossignificados que os grupos sociais conferem às diversas manifestações da cultura corporal de movimento não se limitando apenas a reproduzilas BRASIL 2015 p 95 Sendo assim retomamos a ideia iniciada na introdução deste texto em que cada uma das manifestações relativas à cultura corporal de movimento oportuniza ao sujeito o acesso a uma dimensão de conhecimentos e de experiências que não seriam possíveis de outra forma ou em outra disciplina A vivência dessas práticas corporais é uma forma de gerar um conhecimento particular específico e insubstituível Caso seja negado ao estudante a possibilidade de experimentar e de interpretar as múltiplas formas expressivas da linguagem corporal diretamente anulase a oportunidade de perceber o mundo e a si próprio de um modo singular BRASIL 2015 E entendemos que dar conta disso é o grande desafio que constitui a especificidade da EFE na atualidade Pensar e refletir acerca da especificidade da EFE é algo de extrema complexidade Afirmamos isso pois dependendo do ponto de vista e da concepção de cada um as funções que a mesma tem no contexto escolar podem ser distintas Sendo assim para poder encontrar o norte o caminho a ser Modalidade do trabalho Ensaio teórico Evento XXI Jornada de Pesquisa seguido pela EFE ao longo dos anos escolares entendemos que o fio condutor para essa empreitada deva ser dado pela legislação educacional vigente que em nosso caso concebe a EF como um componente curricular obrigatório na Educação Básica Porém a forma como um componente curricular pode ser concebido também é passível de interpretações Diante do exposto conceituamos um componente curricular da mesma forma que Saviani 1994 citado por Pirollo et al 2014 como sendo a forma de organização dos conteúdos de ensino em cada nível ano ciclo ou série do percurso escolar E da mesma forma que Souza Júnior 2001 também citado por Pirollo et al entendemos que um componente curricular constituise como um elemento da organização curricular da escola que em sua especificidade de conteúdos traz uma seleção de conhecimentos que ao serem sistematizados e organizados devem proporcionar aos estudantes uma reflexão da cultura e que aliado a outros elementos da organização curricular visam contribuir com a formação cultural do aluno 4 Conclusões transitórias De acordo com o exposto até este ponto questionamos qual seria a especificidade da EFE numa sociedade republicana e democrática Fazendo o exercício da síntese procuramos encaminhar uma possível resposta sempre em caráter transitório sem finalidade prescritiva mas propositiva e encharcados com possibilidades reflexivas Entendemos como peça chave para a EFE ou qualquer outra disciplina ao longo dos anos escolares debater vivenciar sentir experimentar e problematizar os distintos temas e conhecimentos de sua especificidade na EF tratase das práticas corporais relacionadas à cultura corporal de movimento potencializando nos estudantes a emancipação intelectual e a formação de sujeitos políticos favorecendo a tomada de decisões autônomas acerca de cada assunto desnaturalizado desvelado Ainda no que concerne à EFE os conhecimentos da cultura corporal de movimento ao longo dos anos escolares tomando emprestada a ideia de González e Fraga 2012 necessitam ser desenvolvidos na perspectiva dos saberes corporais e conceituais Os saberes corporais estão relacionados a um saber fazer ou seja os estudantes devem vivenciar corporalmente em maior ou menor grau as distintas práticas corporais elencadas no planejamento curricular Em contrapartida os saberes conceituais estão relacionados ao saber acerca desse fazer e devem ser tematizados procurando constantemente tensionar os elementos técnicos e críticos de cada conhecimentoconteúdo Acreditamos que dentre outras coisas desenvolvendo a EFE desta forma possibilitaria legitimála enquanto uma disciplina educativa Finalizamos afirmando que a escola através das disciplinas escolares e neste caso especificamente a EF pensando em cumprir com sua função de socialização secundária SAVATER 2012 deve combater a reprodução alienada e a dogmatização de determinadas interpretações acerca dos distintos assuntos com isonomia e tendo como fio condutor o bem comum mas tomando cuidado para não combater um dogma criando outro Para concluir questionamos como poderíamos dar conta disso na disciplina de EF A resposta para esta pergunta deve ser elaborada pelos próprios professores de EF em seus distintos contextos de intervenção 5 Palavraschave Educação Física escolar Abandono Docente Escola Republicana 6 Agradecimentos Modalidade do trabalho Ensaio teórico Evento XXI Jornada de Pesquisa Ao Programa de Pósgraduação em Educação nas Ciências e ao ProsupCapes pelo financiamento 7 Referências bibliográficas BAGNARA Ivan Carlos O diálogo entre a teoria acadêmica e a prática pedagógica em Educação Física escolar Salão do Conhecimento XIX Jornada de Pesquisa Ijuí Unijuí 2014 Disponível em wwwrevistasunijuiedubr Acesso em 01 de julho de 2016 Educação Física escolar e Planejamento Pedagógico os des caminhos da relação entre a formação inicial e intervenção pedagógica Salão do Conhecimento XX Jornada de Pesquisa Ijuí Unijuí 2015 Disponível em wwwrevistasunijuiedubr Acesso em 01 de julho de 2016 BAGNARA Ivan Carlos FENSTERSEIFER Paulo Evaldo Intervenção pedagógica em Educação Física escolar um recorte da escola pública Motrivivência Florianópolis 2016 no prelo BETTI Mauro Educação física escolar ensino e pesquisaação 2ª ed Ijuí Editora Unijuí 2013 BRACHT Valter et al Pesquisa em ação educação física na escola 3ª ed Ijuí Editora Unijuí 2007 BRACHT Valter GONZÁLEZ Fernando Jaime Educação Física Escolar In GONZÁLEZ Fernando Jaime FENSTERSEIFER Paulo Evaldo Dicionário Crítico de Educação Física 3ª ed Ijuí Editora Unijuí 2014 p 241247 BRASIL Parâmetros Curriculares Nacionais Brasília Ministério da Educação Secretaria de Educação Fundamental 1998 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei número 9394 20 de dezembro de 1996 9ª ed Brasília Câmara dos Deputados 2014 Base Nacional Comum Curricular Brasília Ministério da Educação 2015 DARIDO Suraya Cristina RANGEL Irene Conceição Andrade Educação Física na escola implicações para a prática pedagógica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2008 FENSTERSEIFER Paulo Evaldo Função da Escola Pública In SANTIAGO Anna Rosa Fontella FEIL Iselda Teresinha Saudes ALLEBRANDT Lídia Inês O curso de Pedagogia da UNIJUI 55 anos Ijuí Unijuí 2013 p 123147 FENSTERSEIFER Paulo Evaldo GONZÁLEZ Fernando Jaime Desafios da legitimação da Educação Física na escola republicana Dourados MS Horizontes Revista de Educação V 1 n 2 juldez p 3342 2013 Modalidade do trabalho Ensaio teórico Evento XXI Jornada de Pesquisa GONZÁLEZ Fernando Jaime FENSTERSEIFER Paulo Evaldo Educação física e cultura escolar critérios para identificação do abandono do trabalho docente In Congreso de Educación Física repensando la educación física 2006 Córdoba Actas del Congreso de Educación Física Repensando la Educación Física Córdoba Ipef 2006 p 734746 Entre o não mais e o ainda não pensando saídas do nãolugar da EFE I Cadernos de Formação RBCE 2009 p 924 Entre o não mais e o ainda não pensando saídas do nãolugar da EFE II Cadernos de Formação RBCE 2010 p 1021 GONZÁLEZ Fernando Jaime FRAGA Alex Branco Afazeres da Educação Física na Escola planejar ensinar partilhar Erechim Editora Edelbra 2012 MAAMARI Adriana Mattar A fundamentação filosófica da escola republicana Contexto Educação Ijuí ano XXIV n 82 p 5981 juldez 2009 MACHADO T S et al As práticas de desinvestimento pedagógico na educação física escolar Movimento Porto Alegre v 16 p 129147 abrjun 2010 PIROLLO Alda Lucia et al Componente Curricular In GONZÁLEZ Fernando Jaime FENSTERSEIFER Paulo Evaldo Dicionário crítico de Educação Física 3ª ed Ijuí Unijuí 2014 p141144 RIBEIRO Renato Janine A República 2ª ed São Paulo Publifolha 2008 SAVATER Fernando O valor de educar 2ª ed São Paulo Planeta 2012 VERDUM Priscila Prática Pedagógica o que é O que envolve Revista Educação por Escrito PUCRS Porto Alegre v 4 n 1 jul 2013
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EF enquanto uma disciplina escolar que possui saberes específicos a ensinar e que se não forem tematizados por ela não serão por nenhuma outra disciplina BRASIL 2015 deixando lacunas e provocando prejuízos ao processo formativo dos escolares Nesse sentido temos destinado esforços nos últimos anos na tentativa de levantar lebres para poder compreender melhor os diversos contextos possibilidades e entraves que a EF escolar EFE e seus atoresautores têm enfrentado neste percurso legitimador Em outras palavras da mesma forma que tratado em outros textos BAGNARA 2014 2015 BAGNARA E FENSTERSEIFER 2016 no prelo temos buscado subsídios para entender melhor o processo de transição entre o não mais e o ainda não GONZÁLEZ E FENSTERSEIFER 2009 2010 pelo qual a EFE e seus protagonistas estão passando E junto a isso buscar compreender melhor como se dão os processos formativos dos professores de EF na Formação Inicial tendo como fio condutor os enfrentamentos realizados pelos professores de EF na escola que buscam desenvolvêla na perspectiva de um componente curricular como apontam os marcos legais A transição entre o não mais e o ainda não assume um caráter de ruptura paradigmática pois é preciso romper com o tradicionalismo da EFE González e Fensterseifer 2009 afirmam que essa ruptura com a tradição do exercitar para colocou à EF e seus protagonistas a necessidade de reinventar o seu espaço na escola agora com o caráter de uma disciplina escolar na forma de um componente curricular responsável por um conhecimento específico subordinado a funções sociais de uma escola republicana comprometida com a necessidade que as novas gerações têm de conhecimentos capazes de potencializálos para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo Diante do exposto o objetivo deste ensaio é refletir acerca da especificidade da EFE enquanto um componente curricular na perspectiva de uma disciplina educativa tomando como pano de fundo a escola republicana e democrática 2 Metodologia Este ensaio se caracteriza como um estudo bibliográfico Modalidade do trabalho Ensaio teórico Evento XXI Jornada de Pesquisa 3 Resultados e discussões Antes de iniciar o debate acerca do aspecto central deste estudo especificidade da EFE é necessário pontuar mesmo que de forma breve o que entendemos por uma escola republicana e democrática De pronto na mesma perspectiva de Bagnara e Fensterseifer 2016 no prelo compreendemos tal escola como sendo pensada e implementada tendo como pano de fundo os preceitos básicos da república Ribeiro 2008 afirma que antes de mais nada na república o bem público se sobrepõe ao privado ou seja devemos sacrificar as vantagens particulares e até os afetos pessoais em prol do bem comum Nesse sentido a república prevalece sobre qualquer sentimento qualquer elo privado p 14 E continua o autor república vem de res publica coisa pública O poder aqui está a serviço do bem comum da coisa coletiva ou pública na república não se busca a vantagem de um de poucos mas a do coletivo p 1819 Ou seja dentre outras coisas primando pelo bem comum o bem do coletivo deve prevalecer sobre os interesses particulares De acordo com Maamari A escola republicana traz no centro o conceito de humanidade possível de ser alcançado por meio da emancipação intelectual que realiza sem implicar algo parcial ou definitivamente adquirido Desde seu surgimento a escola republicana provoca incômodo e isto pode ser justificado pela distância que ela deve assumir diante dos poderes político religioso econômico e midiático É por isso que a transmissão dos saberes e o exercício da razão que são as maiores finalidades desta escola até os nossos dias contam com alguma oposição 2009 p 79 Para Fensterseifer 2013 no interior da escola republicana todos os componentes curriculares devem responder pelo seu caráter público no modo como lidam com o conhecimento e com as diversas relações sociais que acontecem neste espaço Isso implica em primeiro lugar não se limitar unicamente a reproduzir os sentidos e significados encarnados pelas diferentes manifestações culturais mas sim tematizálos desnaturalizálos evidenciando toda a pluralidade de sentidos e significados que os indivíduos podem produzir nos diversos contextos E isso se dá na EF dentre outras questões pela forma como os professores desenvolvem sua intervenção pedagógica Com relação à prática pedagógica o significado que a mesma pode assumir é variável Verdum 2013 p 94 afirma que a prática pedagógica consiste em algo que não pode ser definido apenas concebido mudando conforme os princípios em que estiver baseada a nossa ideia Dessa forma procurando não definir mas apresentar alguns apontamentos acerca da concepção de prática pedagógica no âmbito deste estudo podemos dizer que a mesma é considerada como a forma com que os professores ministram suas aulas Nesse caso poderia assumir uma relação muito próxima de metodologia de aula ou de abordagem pedagógica para o desenvolvimento dos conteúdos escolares ou seja a prática pedagógica nesta ótica explicita a intencionalidade pedagógica do professor Nesse sentido uma situação que permeou e ainda permeia alguns contextos da EF no âmbito escolar é o abandono docente O fenômeno do abandono do trabalho docente pode ser caracterizado como o tipo de atuação daqueles profissionais que não apresentam grandes pretensões com suas práticas ou mesmo nenhuma além de ocupar seus alunos com alguma atividade Tornaramse administradores de material didático o que não justificaria uma formação superior para tal Modalidade do trabalho Ensaio teórico Evento XXI Jornada de Pesquisa exercício Em alguns casos justificam sua nãoaula pelo propósito de compensar o cansaço ou o tédio dos alunos produzido nas disciplinas consideradas sérias Desta postura derivam os adjetivos rola bola largobol aula matada pedagogia da sombra GONZÁLEZ FENSTERSEIFER 2006 MACHADO et al 2010 Obviamente através de uma análise superficial não é possível apontar os fatores que causam o fenômeno do abandono docente visto que o mesmo é multifatorial porém abandonar a profissão mesmo estando nela dentre outras diversas e distintas questões indica claramente a ideia de não saber para onde ir Dessa forma refletir acerca da especificidade da EFE numa escola republicana e democrática tornase um ótimo exercício para descobrirmos para onde devemos ir e sabendo para onde ir temos condições de planejar estruturar e organizar o percurso Entendemos que um grande desafio a ser enfrentado pela EF reside em se alinhar aos propósitos republicanos que regem a Educação Básica brasileira possibilitar às novas gerações a preservação e a reconstrução da herança científica e cultural acumulada pela humanidade sob a forma de conhecimentos sistematizados BRASIL 2015 p 95 Ou seja estruturar sistematizar e complexificar os conhecimentos na EFE envolve uma mudança de postura no planejamento e intervenção da disciplina abandonando a perspectiva meramente prática de atividade do exercitarse para um componente curricular preocupado com as questões além dos aspectos motoresfísicosrendimento das práticas corporais Em outras palavras é preciso pensar uma disciplina que além do fazer dê conta do saber acerca desse fazer Nesse sentido para Fensterseifer e González 2009 é preciso pensar a responsabilidade social que pedagogicamente a EF precisa responder vinculada à escola e que tem uma contribuição específica na ampla tarefa de educar as novas gerações levando em conta a especificidade dos conhecimentos pelos quais esse componente curricular necessita dar conta Sendo assim a EFE tem a incumbência de ao longo dos anos escolares responder pela especificidade dos conhecimentos relativos à cultura corporal de movimento tratandoos pedagogicamente vinculado ao sentido da escola à qual está inserida Reconhecemos ser essa uma tarefa de significativa complexidade e que demanda segundo Fensterseifer e González 2013 desafios de ordem políticopedagógico do qual decorrem os desafios não menos importantes de 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Betti 2013 é uma prática pedagógica que visa a apropriação crítica de sua especificidade de conhecimentos os temas relacionados a cultura corporal de movimento Modalidade do trabalho Ensaio teórico Evento XXI Jornada de Pesquisa Nos somamos aos que pensam BRASIL 1998 DARIDO E RANGEL 2008 BETTI 2013 que a EFE é entendida como uma disciplina que tem por finalidade introduzir integrar e propiciar aos estudantes a apropriação crítica da cultura corporal de movimento durante a Educação Básica formando o cidadão que vai usufruir compartilhar produzir reproduzir e transformar as manifestações que caracterizam a área formas culturais do exercício da motricidade humana como os jogos esportes danças lutasartes marciais atividades rítmicasexpressivas ginásticas práticas da aptidão física e práticas corporais alternativas em benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida Algo muito além de atividades físicas na escola De certa forma impulsionados pelo movimento renovador quiçá os professores que se identificaram e se filiaram a este movimento durante longos anos sonharam com o reconhecimento da área no ambiente escolar Em outras palavras lutouse pelo reconhecimento do ser professor de um componente curricular de uma disciplina igual as demais na perspectiva de possuir um saber específico a tematizar e ensinar no ambiente escolar porém entendemos que a EFE não é uma disciplina escolar igual às demais pela forma como desenvolve ou deveria desenvolver sua intervenção pedagógica E o sonho de infância se realizou e agora é necessário dar conta desse sonho Sendo assim para fazer jus à condição de componente curricular obrigatório na Educação Básica a que fomos lançados pelos marcos legais a EFE deve tratar das possibilidades de movimento dos sujeitos representações e práticas sociais que constituem a cultura corporal de movimento estruturada em diversos contextos históricos e de algum modo vinculadas ao campo do lazer e da saúde GONZÁLEZ E FRAGA 2012 p 43 E continuam os mesmos autores a EFE deve favorecer o processo de apropriação problematização e uso criativo por parte dos alunos p 43 dos conhecimentos que estão na ordem do dia No documento da BNCC está claro que a responsabilidade da EFE é tratar das práticas corporais na escola como fenômeno cultural dinâmico diversificado pluridimensional singular e contraditório assegurando aosàs estudantes a construção de um conjunto de conhecimentos necessários à formação plena do cidadão Desse modo cabe a esse componente curricular problematizar desnaturalizar e evidenciar a multiplicidade de sentidossignificados que os grupos sociais conferem às diversas manifestações da cultura corporal de movimento não se limitando apenas a reproduzilas BRASIL 2015 p 95 Sendo assim retomamos a ideia iniciada na introdução deste texto em que cada uma das manifestações relativas à cultura corporal de movimento oportuniza ao sujeito o acesso a uma dimensão de conhecimentos e de experiências que não seriam possíveis de outra forma ou em outra disciplina A vivência dessas práticas corporais é uma forma de gerar um conhecimento particular específico e insubstituível Caso seja negado ao estudante a possibilidade de experimentar e de interpretar as múltiplas formas expressivas da linguagem corporal diretamente anulase a oportunidade de perceber o mundo e a si próprio de um modo singular BRASIL 2015 E entendemos que dar conta disso é o grande desafio que constitui a especificidade da EFE na atualidade Pensar e refletir acerca da especificidade da EFE é algo de extrema complexidade Afirmamos isso pois dependendo do ponto de vista e da concepção de cada um as funções que a mesma tem no contexto escolar podem ser distintas Sendo assim para poder encontrar o norte o caminho a ser Modalidade do trabalho Ensaio teórico Evento XXI Jornada de Pesquisa seguido pela EFE ao longo dos anos escolares entendemos que o fio condutor para essa empreitada deva ser dado pela legislação educacional vigente que em nosso caso concebe a EF como um componente curricular obrigatório na Educação Básica Porém a forma como um componente curricular pode ser concebido também é passível de interpretações Diante do exposto conceituamos um componente curricular da mesma forma que Saviani 1994 citado por Pirollo et al 2014 como sendo a forma de organização dos conteúdos de ensino em cada nível ano ciclo ou série do percurso escolar E da mesma forma que Souza Júnior 2001 também citado por Pirollo et al entendemos que um componente curricular constituise como um elemento da organização curricular da escola que em sua especificidade de conteúdos traz uma seleção de conhecimentos que ao serem sistematizados e organizados devem proporcionar aos estudantes uma reflexão da cultura e que aliado a outros elementos da organização curricular visam contribuir com a formação cultural do aluno 4 Conclusões transitórias De acordo com o exposto até este ponto questionamos qual seria a especificidade da EFE numa sociedade republicana e democrática Fazendo o exercício da síntese procuramos encaminhar uma possível resposta sempre em caráter transitório sem finalidade prescritiva mas propositiva e encharcados com possibilidades reflexivas Entendemos como peça chave para a EFE ou qualquer outra disciplina ao longo dos anos escolares debater vivenciar sentir experimentar e problematizar os distintos temas e conhecimentos de sua especificidade na EF tratase das práticas corporais relacionadas à cultura corporal de movimento potencializando nos estudantes a emancipação intelectual e a formação de sujeitos políticos favorecendo a tomada de decisões autônomas acerca de cada assunto desnaturalizado desvelado Ainda no que concerne à EFE os conhecimentos da cultura corporal de movimento ao longo dos anos escolares tomando emprestada a ideia de González e Fraga 2012 necessitam ser desenvolvidos na perspectiva dos saberes corporais e conceituais Os saberes corporais estão relacionados a um saber fazer ou seja os estudantes devem vivenciar corporalmente em maior ou menor grau as distintas práticas corporais elencadas no planejamento curricular Em contrapartida os saberes conceituais estão relacionados ao saber acerca desse fazer e devem ser tematizados procurando constantemente tensionar os elementos técnicos e críticos de cada conhecimentoconteúdo Acreditamos que dentre outras coisas desenvolvendo a EFE desta forma possibilitaria legitimála enquanto uma disciplina educativa Finalizamos afirmando que a escola através das disciplinas escolares e neste caso especificamente a EF pensando em cumprir com sua função de socialização secundária SAVATER 2012 deve combater a reprodução alienada e a dogmatização de determinadas interpretações acerca dos distintos assuntos com isonomia e tendo como fio condutor o bem comum mas tomando cuidado para não combater um dogma criando outro Para concluir questionamos como poderíamos dar conta disso na disciplina de EF A resposta para esta pergunta deve ser elaborada pelos próprios professores de EF em seus distintos contextos de intervenção 5 Palavraschave Educação Física escolar Abandono Docente Escola Republicana 6 Agradecimentos Modalidade do trabalho Ensaio teórico Evento XXI Jornada de Pesquisa Ao Programa de Pósgraduação em Educação nas Ciências e ao ProsupCapes pelo financiamento 7 Referências bibliográficas BAGNARA Ivan Carlos O diálogo entre a teoria acadêmica e a prática pedagógica em Educação Física escolar Salão do Conhecimento XIX Jornada de Pesquisa Ijuí Unijuí 2014 Disponível em wwwrevistasunijuiedubr Acesso em 01 de julho de 2016 Educação Física escolar e Planejamento Pedagógico os des caminhos da relação entre a formação inicial e intervenção pedagógica Salão do Conhecimento XX Jornada de Pesquisa Ijuí Unijuí 2015 Disponível em wwwrevistasunijuiedubr Acesso em 01 de julho de 2016 BAGNARA Ivan Carlos FENSTERSEIFER Paulo Evaldo Intervenção pedagógica em Educação Física escolar um recorte da escola pública Motrivivência Florianópolis 2016 no prelo BETTI Mauro Educação física escolar ensino e pesquisaação 2ª ed Ijuí Editora Unijuí 2013 BRACHT Valter et al Pesquisa em ação educação física na escola 3ª ed Ijuí Editora Unijuí 2007 BRACHT Valter GONZÁLEZ Fernando Jaime Educação Física Escolar In GONZÁLEZ Fernando Jaime FENSTERSEIFER Paulo Evaldo Dicionário Crítico de Educação Física 3ª ed Ijuí Editora Unijuí 2014 p 241247 BRASIL Parâmetros Curriculares Nacionais Brasília Ministério da Educação Secretaria de Educação Fundamental 1998 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei número 9394 20 de dezembro de 1996 9ª ed Brasília Câmara dos Deputados 2014 Base Nacional Comum Curricular Brasília Ministério da Educação 2015 DARIDO Suraya Cristina RANGEL Irene Conceição Andrade Educação Física na escola implicações para a prática pedagógica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2008 FENSTERSEIFER Paulo Evaldo Função da Escola Pública In SANTIAGO Anna Rosa Fontella FEIL Iselda Teresinha Saudes ALLEBRANDT Lídia Inês O curso de Pedagogia da UNIJUI 55 anos Ijuí Unijuí 2013 p 123147 FENSTERSEIFER Paulo Evaldo GONZÁLEZ Fernando Jaime Desafios da legitimação da Educação Física na escola republicana Dourados MS Horizontes Revista de Educação V 1 n 2 juldez p 3342 2013 Modalidade do trabalho Ensaio teórico Evento XXI Jornada de Pesquisa GONZÁLEZ Fernando Jaime FENSTERSEIFER Paulo Evaldo Educação física e cultura escolar critérios para identificação do abandono do trabalho docente In Congreso de Educación Física repensando la educación física 2006 Córdoba Actas del Congreso de Educación Física Repensando la Educación Física Córdoba Ipef 2006 p 734746 Entre o não mais e o ainda não pensando saídas do nãolugar da EFE I Cadernos de Formação RBCE 2009 p 924 Entre o não mais e o ainda não pensando saídas do nãolugar da EFE II Cadernos de Formação RBCE 2010 p 1021 GONZÁLEZ Fernando Jaime FRAGA Alex Branco Afazeres da Educação Física na Escola planejar ensinar partilhar Erechim Editora Edelbra 2012 MAAMARI Adriana Mattar A fundamentação filosófica da escola republicana Contexto Educação Ijuí ano XXIV n 82 p 5981 juldez 2009 MACHADO T S et al As práticas de desinvestimento pedagógico na educação física escolar Movimento Porto Alegre v 16 p 129147 abrjun 2010 PIROLLO Alda Lucia et al Componente Curricular In GONZÁLEZ Fernando Jaime FENSTERSEIFER Paulo Evaldo Dicionário crítico de Educação Física 3ª ed Ijuí Unijuí 2014 p141144 RIBEIRO Renato Janine A República 2ª ed São Paulo Publifolha 2008 SAVATER Fernando O valor de educar 2ª ed São Paulo Planeta 2012 VERDUM Priscila Prática Pedagógica o que é O que envolve Revista Educação por Escrito PUCRS Porto Alegre v 4 n 1 jul 2013