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UNIVERSIDADE FEDERAL XXX NOME DO CURSO OU PROGRAMA NOME DA DISCIPLINA PROFESSOR: RESENHA CRÍTICA PORTUGUÊS DE ARREMEDO: UM LADO DO PRECONCEITO LINGUÍSTICO NO BRASIL Nome e Sobrenome do acadêmico SILVA, Antonio José. “Português de arremedo: um lado do preconceito linguístico no Brasil”. Cadernos de Estudos Linguísticos, São Paulo, vol. 61, pp. 1– 19, 2019. . O texto de Antonio José Bacelar da Silva (2019) aborda a análise do uso cotidiano e amplamente difundido do “português de arremedo” entre brasileiros. Esse termo refere-se à prática linguística na qual uma pessoa replica palavras e expressões de variedades não padrão, com intuito de fazer graça. O autor tem como objetivo do estudo ajudar a compreender que tal prática deriva da ideologia opressiva da variedade padrão, sendo o “português de arremedo” uma ferramenta para marginalizar as variedades populares. Além disso, o autor também aborda questões como as variedades linguísticas e a indexicalidade social, que diz respeito à capacidade que a linguagem tem de refletir e transmitir informações sobre a identidade social de um falante, seu status socioeconômico, sua origem geográfica, sua idade, gênero, entre outros aspectos. Quando relacionamos esses conceitos com o “português de arremedo”, podemos observar que essa forma de linguagem geralmente reflete um uso inadequado ou simplificado do idioma, muitas vezes associado a grupos sociais marginalizados ou com menor acesso à educação formal. A apropriação linguística ocorre quando grupos dominantes se apropriam de aspectos estigmatizados das variedades marginalizadas para benefício próprio, enquanto a indexicalidade social refere-se à capacidade da linguagem de transmitir informações sobre a identidade social dos falantes. O autor faz uma análise que revela que o uso do “Português de arremedo” reproduz e legitima a exclusão dos grupos marginalizados, ao mesmo tempo em que eleva o status dos grupos dominantes. Dando como exemplo do próprio autor, a escolha de palavras como “varêia” ao invés de “varia” pode indexar diferentes atributos sociais, como nível educacional e status socioeconômicos. Esses elementos indexicais são cruciais para entender os efeitos positivos e negativos da apropriação linguística. Além disso, a linguagem não é apenas um meio de comunicação, mas também um espaço onde ideologias e relações de poder são reproduzidas e contestadas. O “Português de arremedo” não apenas reflete a hegemonia linguística do postuguês padrão, mas também perpetua estereótipos e preconceitos associados às variedades marginalizadas. A situação linguística no Brasil é amplamente complexa e multifacetada, refletindo as intrincadas dinâmicas sociais, históricas e culturais do país. No cerne dessa complexidade está a língua portuguesa, que serve como língua oficial e principal meio de comunicação em todas as esferas da sociedade brasileira. Segundo Costa (1996), compreender a variação linguística é de suma importância para uma comunicação eficaz e para o entendimento da diversidade cultural do país. As variações regionais do português brasileiro, como destacado por Peres (2017), não se limitam apenas ao vocabulário, mas também abrangem aspectos entoacionais e gramaticais, refletindo as diferentes influências históricas e culturais de cada região. Entretanto, é essencial reconhecer as desigualdades socioeconômicas que permeiam o ensino de português no Brasil. Pietri (2018) ressalta as disparidades na distribuição linguística, indicando que o acesso desigual à educação e as oportunidades socioeconômicas podem resultar em diferentes níveis de proficiência na língua padrão, bem como no desenvolvimento de variedades linguísticas específicas de determinados grupos sociais. O autor reforça que, as políticas linguísticas implementadas ao longo da história do Brasil visavam promover o status do postuguês como a única língua nacional, reforçando uma ideologia monolinguista que favorece as variedades urbanas em detrimento das variedades rurais e periféricas. Essas políticas muitas vezes foram acompanhadas de repressão linguística e cultural, como evidenciados durante o regime ditatorial de Getúlio Vargas e outras iniciativas legislativas, como o projeto de lei contra palavras estrangeiras. Nesse contexto, o “português de arremedo” surge como uma forma de imitação jocosa das variedades marginalizadas do postuguês brasileiro, refletindo relações de poder e expondo as complexas dinâmicas sociais e linguísticas presentes na sociedade brasileira. O texto aborda de forma perspicaz e analítica a dinâmica por trás do uso intencional do “portugues de arremedo” por falantes do português padrão. De início, destaca-se que essas pessoas não são falantes das variedades marginalizadas que estão sendo imitadas, o que ressalta a natureza deliberada e consciente desse fenômeno linguístico. Uma das características fundamentais do “português de arremedo” destacadas no texto é sua intencionalidade, sendo empregado por falantes que normalmente utilizam essas variantes em seu cotidiano. Isso sugere uma estratégia discursiva direcionada para atingir determinados objetivos comunicativos, conforme aponta o autor. Suas estratégias são exemplificadas por meio de postagens em redes sociais, memes e comentários online, onde são observadas características como a ausência de concordância nominal e verbal, ditongação e iotização. Essas variações linguísticas são registradas em estudos linguísticos anteriores, o que evidencia sua presença no português brasileiro. Um aspecto importante ressaltado pelo texto do autor, é o uso de aspas para destacar palavras ou expressões empregadas fora do contexto habitual, sinalizando uma espécie de polifonia e evitando a completa fusão das vozes do falante do português padrão e do falante da variedade marginalizada. Essa estratégia, baseada nos conceitos de polifonia de Bakhtin, revela a complexidade das interações linguísticas envolvidas no uso do “português de arremedo”. Além disso, uma das questões centrais abordadas no texto é a defesa contínua e incisiva do português padrão, mesmo entre aqueles que utilizam o “português de arremedo”. Imagens e exemplos são representados para ilustrar como críticas explícitas são direcionadas aos “erros de português”, propagando a ideologia de que a variante padrão é superior e associando o uso de variedades não padrão a incompetência cognitiva. Essas críticas, conforme aponta o texto, contribuem para a estigmatização e desvalorização dos falantes das variedades marginalizadas, reforçando a ideia de que eles “falam tudo errado” ou “não sabem português”. Tal atitude não apenas perpetua preconceitos linguísticos arraigados na sociedade brasileira, mas também revela vetores de exclusão e desigualdades históricas. Além disso, a violência linguística demonstra como determinadas formas linguísticas são associadas a estigmas sociais e econômicos. A análise sobre o preconceito linguístico vai além das noções de certo e errado das gramáticas normativas enfatizando o papel do poder dos falantes na atribuição de status linguísticos. Diante desse panorama complexo, conclui-se que é essencial reconhecer a importância da compreensão da variação linguística e da valorização da diversidade cultural do Brasil. A língua portuguesa, como destaca o autor, reflete as intrincadas dinâmicas sociais, históricas e culturais do país, e seu estudo é fundamental para uma comunicação eficaz e inclusiva. Portanto, é necessário promover uma reflexão sobre as práticas linguísticas dominantes e suas implicações nas relações sociais e na construção de identidades. A inclusão e o respeito às variedades linguísticas e culturais são passos essenciais para uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos os falantes possam ter suas vozes e experiências valorizadas e respeitadas. REFERÊNCIAS COSTA, V. L. A.. A importância do conhecimento da variação linguística. Educar em Revista, n. 12, p. 51–60, jan. 1996. PIETRI, E. DE .. O ENSINO DE PORTUGUÊS NO BRASIL: AS DESIGUALDADES DA DISTRIBUIÇÃO LINGUÍSTICA. Educação em Revista, v. 34, p. e180137, 2018. PERES, Daniele Oliveira. A identificação das variedades regionais do português brasileiro através da informação entoacional. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 52, n. 1, p. 40-50, jan.-mar. 2017. Caríssimos discentes, bem-vindos(as) a UNIDADE 3 da disciplina de Seminário de Prática. Para esta unidade final faremos um estudo sobre a variação linguística que acontece no nosso país como uma das formas de considerar nossa diversidade cultural. Para tanto será necessária a leitura do seguinte texto: “PORTUGUÊS DE ARREMEDO: UM LADO DO PRECONCEITO LINGUÍSTICO NO BRASIL”, de Antonio José Bacelar da Silva (2019) para reforçar os seus conhecimentos na área. Após a leitura proceda uma resenha crítica do texto (Mínimo 3 laudas e máximo 5 laudas) considerando os seguintes critérios: Domínio da escrita formal da Língua Portuguesa: 2,0 Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações e argumentos para a elaboração da síntese: 3,0 Clareza do texto: 3,0 Respeito aos direitos humanos: 2,0 O texto deve ser escrito em fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 12, espaçamento 1,5, justificado. Bons estudos! UNIVERSIDADE FEDERAL XXX NOME DO CURSO OU PROGRAMA NOME DA DISCIPLINA PROFESSOR: RESENHA CRÍTICA PORTUGUÊS DE ARREMEDO: UM LADO DO PRECONCEITO LINGUÍSTICO NO BRASIL Nome e Sobrenome do acadêmico SILVA, Antonio José. “Português de arremedo: um lado do preconceito linguístico no Brasil”. Cadernos de Estudos Linguísticos, São Paulo, vol. 61, pp. 1–19, 2019. . O texto de Antonio José Bacelar da Silva (2019) aborda a análise do uso cotidiano e amplamente difundido do “português de arremedo” entre brasileiros. Esse termo refere-se à prática linguística na qual uma pessoa replica palavras e expressões de variedades não padrão, com intuito de fazer graça. O autor tem como objetivo do estudo ajudar a compreender que tal prática deriva da ideologia opressiva da variedade padrão, sendo o “português de arremedo” uma ferramenta para marginalizar as variedades populares. Além disso, o autor também aborda questões como as variedades linguísticas e a indexicalidade social, que diz respeito à capacidade que a linguagem tem de refletir e transmitir informações sobre a identidade social de um falante, seu status socioeconômico, sua origem geográfica, sua idade, gênero, entre outros aspectos. Quando relacionamos esses conceitos com o “português de arremedo”, podemos observar que essa forma de linguagem geralmente reflete um uso inadequado ou simplificado do idioma, muitas vezes associado a grupos sociais marginalizados ou com menor acesso à educação formal. A apropriação linguística ocorre quando grupos dominantes se apropriam de aspectos estigmatizados das variedades marginalizadas para benefício próprio, enquanto a indexicalidade social refere-se à capacidade da linguagem de transmitir informações sobre a identidade social dos falantes. O autor faz uma análise que revela que o uso do “Português de arremedo” reproduz e legitima a exclusão dos grupos marginalizados, ao mesmo tempo em que eleva o status dos grupos dominantes. Dando como exemplo do próprio autor, a escolha de palavras como “varêia” ao invés de “varia” pode indexar diferentes atributos sociais, como nível educacional e status socioeconômicos. Esses elementos indexicais são cruciais para entender os efeitos positivos e negativos da apropriação linguística. Além disso, a linguagem não é apenas um meio de comunicação, mas também um espaço onde ideologias e relações de poder são reproduzidas e contestadas. O “Português de arremedo” não apenas reflete a hegemonia linguística do postuguês padrão, mas também perpetua estereótipos e preconceitos associados às variedades marginalizadas. A situação linguística no Brasil é amplamente complexa e multifacetada, refletindo as intrincadas dinâmicas sociais, históricas e culturais do país. No cerne dessa complexidade está a língua portuguesa, que serve como língua oficial e principal meio de comunicação em todas as esferas da sociedade brasileira. Segundo Costa (1996), compreender a variação linguística é de suma importância para uma comunicação eficaz e para o entendimento da diversidade cultural do país. As variações regionais do português brasileiro, como destacado por Peres (2017), não se limitam apenas ao vocabulário, mas também abrangem aspectos entoacionais e gramaticais, refletindo as diferentes influências históricas e culturais de cada região. Entretanto, é essencial reconhecer as desigualdades socioeconômicas que permeiam o ensino de português no Brasil. Pietri (2018) ressalta as disparidades na distribuição linguística, indicando que o acesso desigual à educação e as oportunidades socioeconômicas podem resultar em diferentes níveis de proficiência na língua padrão, bem como no desenvolvimento de variedades linguísticas específicas de determinados grupos sociais. O autor reforça que, as políticas linguísticas implementadas ao longo da história do Brasil visavam promover o status do postuguês como a única língua nacional, reforçando uma ideologia monolinguista que favorece as variedades urbanas em detrimento das variedades rurais e periféricas. Essas políticas muitas vezes foram acompanhadas de repressão linguística e cultural, como evidenciados durante o regime ditatorial de Getúlio Vargas e outras iniciativas legislativas, como o projeto de lei contra palavras estrangeiras. Nesse contexto, o “português de arremedo” surge como uma forma de imitação jocosa das variedades marginalizadas do postuguês brasileiro, refletindo relações de poder e expondo as complexas dinâmicas sociais e linguísticas presentes na sociedade brasileira. O texto aborda de forma perspicaz e analítica a dinâmica por trás do uso intencional do “portugues de arremedo” por falantes do português padrão. De início, destaca-se que essas pessoas não são falantes das variedades marginalizadas que estão sendo imitadas, o que ressalta a natureza deliberada e consciente desse fenômeno linguístico. Uma das características fundamentais do “português de arremedo” destacadas no texto é sua intencionalidade, sendo empregado por falantes que normalmente utilizam essas variantes em seu cotidiano. Isso sugere uma estratégia discursiva direcionada para atingir determinados objetivos comunicativos, conforme aponta o autor. Suas estratégias são exemplificadas por meio de postagens em redes sociais, memes e comentários online, onde são observadas características como a ausência de concordância nominal e verbal, ditongação e iotização. Essas variações linguísticas são registradas em estudos linguísticos anteriores, o que evidencia sua presença no português brasileiro. Um aspecto importante ressaltado pelo texto do autor, é o uso de aspas para destacar palavras ou expressões empregadas fora do contexto habitual, sinalizando uma espécie de polifonia e evitando a completa fusão das vozes do falante do português padrão e do falante da variedade marginalizada. Essa estratégia, baseada nos conceitos de polifonia de Bakhtin, revela a complexidade das interações linguísticas envolvidas no uso do “português de arremedo”. Além disso, uma das questões centrais abordadas no texto é a defesa contínua e incisiva do português padrão, mesmo entre aqueles que utilizam o “português de arremedo”. Imagens e exemplos são representados para ilustrar como críticas explícitas são direcionadas aos “erros de português”, propagando a ideologia de que a variante padrão é superior e associando o uso de variedades não padrão a incompetência cognitiva. Essas críticas, conforme aponta o texto, contribuem para a estigmatização e desvalorização dos falantes das variedades marginalizadas, reforçando a ideia de que eles “falam tudo errado” ou “não sabem português”. Tal atitude não apenas perpetua preconceitos linguísticos arraigados na sociedade brasileira, mas também revela vetores de exclusão e desigualdades históricas. Além disso, a violência linguística demonstra como determinadas formas linguísticas são associadas a estigmas sociais e econômicos. A análise sobre o preconceito linguístico vai além das noções de certo e errado das gramáticas normativas enfatizando o papel do poder dos falantes na atribuição de status linguísticos. Diante desse panorama complexo, conclui-se que é essencial reconhecer a importância da compreensão da variação linguística e da valorização da diversidade cultural do Brasil. A língua portuguesa, como destaca o autor, reflete as intrincadas dinâmicas sociais, históricas e culturais do país, e seu estudo é fundamental para uma comunicação eficaz e inclusiva. Portanto, é necessário promover uma reflexão sobre as práticas linguísticas dominantes e suas implicações nas relações sociais e na construção de identidades. A inclusão e o respeito às variedades linguísticas e culturais são passos essenciais para uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos os falantes possam ter suas vozes e experiências valorizadas e respeitadas. REFERÊNCIAS COSTA, V. L. A.. A importância do conhecimento da variação linguística. Educar em Revista, n. 12, p. 51–60, jan. 1996. PIETRI, E. DE .. O ENSINO DE PORTUGUÊS NO BRASIL: AS DESIGUALDADES DA DISTRIBUIÇÃO LINGUÍSTICA. Educação em Revista, v. 34, p. e180137, 2018. PERES, Daniele Oliveira. A identificação das variedades regionais do português brasileiro através da informação entoacional. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 52, n. 1, p. 40-50, jan.-mar. 2017.
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Além disso, o autor também aborda questões como as variedades linguísticas e a indexicalidade social, que diz respeito à capacidade que a linguagem tem de refletir e transmitir informações sobre a identidade social de um falante, seu status socioeconômico, sua origem geográfica, sua idade, gênero, entre outros aspectos. Quando relacionamos esses conceitos com o “português de arremedo”, podemos observar que essa forma de linguagem geralmente reflete um uso inadequado ou simplificado do idioma, muitas vezes associado a grupos sociais marginalizados ou com menor acesso à educação formal. A apropriação linguística ocorre quando grupos dominantes se apropriam de aspectos estigmatizados das variedades marginalizadas para benefício próprio, enquanto a indexicalidade social refere-se à capacidade da linguagem de transmitir informações sobre a identidade social dos falantes. O autor faz uma análise que revela que o uso do “Português de arremedo” reproduz e legitima a exclusão dos grupos marginalizados, ao mesmo tempo em que eleva o status dos grupos dominantes. Dando como exemplo do próprio autor, a escolha de palavras como “varêia” ao invés de “varia” pode indexar diferentes atributos sociais, como nível educacional e status socioeconômicos. Esses elementos indexicais são cruciais para entender os efeitos positivos e negativos da apropriação linguística. Além disso, a linguagem não é apenas um meio de comunicação, mas também um espaço onde ideologias e relações de poder são reproduzidas e contestadas. O “Português de arremedo” não apenas reflete a hegemonia linguística do postuguês padrão, mas também perpetua estereótipos e preconceitos associados às variedades marginalizadas. A situação linguística no Brasil é amplamente complexa e multifacetada, refletindo as intrincadas dinâmicas sociais, históricas e culturais do país. No cerne dessa complexidade está a língua portuguesa, que serve como língua oficial e principal meio de comunicação em todas as esferas da sociedade brasileira. Segundo Costa (1996), compreender a variação linguística é de suma importância para uma comunicação eficaz e para o entendimento da diversidade cultural do país. As variações regionais do português brasileiro, como destacado por Peres (2017), não se limitam apenas ao vocabulário, mas também abrangem aspectos entoacionais e gramaticais, refletindo as diferentes influências históricas e culturais de cada região. Entretanto, é essencial reconhecer as desigualdades socioeconômicas que permeiam o ensino de português no Brasil. Pietri (2018) ressalta as disparidades na distribuição linguística, indicando que o acesso desigual à educação e as oportunidades socioeconômicas podem resultar em diferentes níveis de proficiência na língua padrão, bem como no desenvolvimento de variedades linguísticas específicas de determinados grupos sociais. O autor reforça que, as políticas linguísticas implementadas ao longo da história do Brasil visavam promover o status do postuguês como a única língua nacional, reforçando uma ideologia monolinguista que favorece as variedades urbanas em detrimento das variedades rurais e periféricas. Essas políticas muitas vezes foram acompanhadas de repressão linguística e cultural, como evidenciados durante o regime ditatorial de Getúlio Vargas e outras iniciativas legislativas, como o projeto de lei contra palavras estrangeiras. Nesse contexto, o “português de arremedo” surge como uma forma de imitação jocosa das variedades marginalizadas do postuguês brasileiro, refletindo relações de poder e expondo as complexas dinâmicas sociais e linguísticas presentes na sociedade brasileira. O texto aborda de forma perspicaz e analítica a dinâmica por trás do uso intencional do “portugues de arremedo” por falantes do português padrão. De início, destaca-se que essas pessoas não são falantes das variedades marginalizadas que estão sendo imitadas, o que ressalta a natureza deliberada e consciente desse fenômeno linguístico. Uma das características fundamentais do “português de arremedo” destacadas no texto é sua intencionalidade, sendo empregado por falantes que normalmente utilizam essas variantes em seu cotidiano. Isso sugere uma estratégia discursiva direcionada para atingir determinados objetivos comunicativos, conforme aponta o autor. Suas estratégias são exemplificadas por meio de postagens em redes sociais, memes e comentários online, onde são observadas características como a ausência de concordância nominal e verbal, ditongação e iotização. Essas variações linguísticas são registradas em estudos linguísticos anteriores, o que evidencia sua presença no português brasileiro. Um aspecto importante ressaltado pelo texto do autor, é o uso de aspas para destacar palavras ou expressões empregadas fora do contexto habitual, sinalizando uma espécie de polifonia e evitando a completa fusão das vozes do falante do português padrão e do falante da variedade marginalizada. Essa estratégia, baseada nos conceitos de polifonia de Bakhtin, revela a complexidade das interações linguísticas envolvidas no uso do “português de arremedo”. Além disso, uma das questões centrais abordadas no texto é a defesa contínua e incisiva do português padrão, mesmo entre aqueles que utilizam o “português de arremedo”. Imagens e exemplos são representados para ilustrar como críticas explícitas são direcionadas aos “erros de português”, propagando a ideologia de que a variante padrão é superior e associando o uso de variedades não padrão a incompetência cognitiva. Essas críticas, conforme aponta o texto, contribuem para a estigmatização e desvalorização dos falantes das variedades marginalizadas, reforçando a ideia de que eles “falam tudo errado” ou “não sabem português”. Tal atitude não apenas perpetua preconceitos linguísticos arraigados na sociedade brasileira, mas também revela vetores de exclusão e desigualdades históricas. Além disso, a violência linguística demonstra como determinadas formas linguísticas são associadas a estigmas sociais e econômicos. A análise sobre o preconceito linguístico vai além das noções de certo e errado das gramáticas normativas enfatizando o papel do poder dos falantes na atribuição de status linguísticos. Diante desse panorama complexo, conclui-se que é essencial reconhecer a importância da compreensão da variação linguística e da valorização da diversidade cultural do Brasil. A língua portuguesa, como destaca o autor, reflete as intrincadas dinâmicas sociais, históricas e culturais do país, e seu estudo é fundamental para uma comunicação eficaz e inclusiva. Portanto, é necessário promover uma reflexão sobre as práticas linguísticas dominantes e suas implicações nas relações sociais e na construção de identidades. A inclusão e o respeito às variedades linguísticas e culturais são passos essenciais para uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos os falantes possam ter suas vozes e experiências valorizadas e respeitadas. REFERÊNCIAS COSTA, V. L. A.. A importância do conhecimento da variação linguística. Educar em Revista, n. 12, p. 51–60, jan. 1996. PIETRI, E. DE .. O ENSINO DE PORTUGUÊS NO BRASIL: AS DESIGUALDADES DA DISTRIBUIÇÃO LINGUÍSTICA. Educação em Revista, v. 34, p. e180137, 2018. PERES, Daniele Oliveira. A identificação das variedades regionais do português brasileiro através da informação entoacional. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 52, n. 1, p. 40-50, jan.-mar. 2017. Caríssimos discentes, bem-vindos(as) a UNIDADE 3 da disciplina de Seminário de Prática. Para esta unidade final faremos um estudo sobre a variação linguística que acontece no nosso país como uma das formas de considerar nossa diversidade cultural. Para tanto será necessária a leitura do seguinte texto: “PORTUGUÊS DE ARREMEDO: UM LADO DO PRECONCEITO LINGUÍSTICO NO BRASIL”, de Antonio José Bacelar da Silva (2019) para reforçar os seus conhecimentos na área. Após a leitura proceda uma resenha crítica do texto (Mínimo 3 laudas e máximo 5 laudas) considerando os seguintes critérios: Domínio da escrita formal da Língua Portuguesa: 2,0 Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações e argumentos para a elaboração da síntese: 3,0 Clareza do texto: 3,0 Respeito aos direitos humanos: 2,0 O texto deve ser escrito em fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 12, espaçamento 1,5, justificado. Bons estudos! UNIVERSIDADE FEDERAL XXX NOME DO CURSO OU PROGRAMA NOME DA DISCIPLINA PROFESSOR: RESENHA CRÍTICA PORTUGUÊS DE ARREMEDO: UM LADO DO PRECONCEITO LINGUÍSTICO NO BRASIL Nome e Sobrenome do acadêmico SILVA, Antonio José. “Português de arremedo: um lado do preconceito linguístico no Brasil”. Cadernos de Estudos Linguísticos, São Paulo, vol. 61, pp. 1–19, 2019. . O texto de Antonio José Bacelar da Silva (2019) aborda a análise do uso cotidiano e amplamente difundido do “português de arremedo” entre brasileiros. Esse termo refere-se à prática linguística na qual uma pessoa replica palavras e expressões de variedades não padrão, com intuito de fazer graça. O autor tem como objetivo do estudo ajudar a compreender que tal prática deriva da ideologia opressiva da variedade padrão, sendo o “português de arremedo” uma ferramenta para marginalizar as variedades populares. Além disso, o autor também aborda questões como as variedades linguísticas e a indexicalidade social, que diz respeito à capacidade que a linguagem tem de refletir e transmitir informações sobre a identidade social de um falante, seu status socioeconômico, sua origem geográfica, sua idade, gênero, entre outros aspectos. Quando relacionamos esses conceitos com o “português de arremedo”, podemos observar que essa forma de linguagem geralmente reflete um uso inadequado ou simplificado do idioma, muitas vezes associado a grupos sociais marginalizados ou com menor acesso à educação formal. 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Entretanto, é essencial reconhecer as desigualdades socioeconômicas que permeiam o ensino de português no Brasil. Pietri (2018) ressalta as disparidades na distribuição linguística, indicando que o acesso desigual à educação e as oportunidades socioeconômicas podem resultar em diferentes níveis de proficiência na língua padrão, bem como no desenvolvimento de variedades linguísticas específicas de determinados grupos sociais. O autor reforça que, as políticas linguísticas implementadas ao longo da história do Brasil visavam promover o status do postuguês como a única língua nacional, reforçando uma ideologia monolinguista que favorece as variedades urbanas em detrimento das variedades rurais e periféricas. Essas políticas muitas vezes foram acompanhadas de repressão linguística e cultural, como evidenciados durante o regime ditatorial de Getúlio Vargas e outras iniciativas legislativas, como o projeto de lei contra palavras estrangeiras. Nesse contexto, o “português de arremedo” surge como uma forma de imitação jocosa das variedades marginalizadas do postuguês brasileiro, refletindo relações de poder e expondo as complexas dinâmicas sociais e linguísticas presentes na sociedade brasileira. O texto aborda de forma perspicaz e analítica a dinâmica por trás do uso intencional do “portugues de arremedo” por falantes do português padrão. De início, destaca-se que essas pessoas não são falantes das variedades marginalizadas que estão sendo imitadas, o que ressalta a natureza deliberada e consciente desse fenômeno linguístico. Uma das características fundamentais do “português de arremedo” destacadas no texto é sua intencionalidade, sendo empregado por falantes que normalmente utilizam essas variantes em seu cotidiano. Isso sugere uma estratégia discursiva direcionada para atingir determinados objetivos comunicativos, conforme aponta o autor. Suas estratégias são exemplificadas por meio de postagens em redes sociais, memes e comentários online, onde são observadas características como a ausência de concordância nominal e verbal, ditongação e iotização. Essas variações linguísticas são registradas em estudos linguísticos anteriores, o que evidencia sua presença no português brasileiro. Um aspecto importante ressaltado pelo texto do autor, é o uso de aspas para destacar palavras ou expressões empregadas fora do contexto habitual, sinalizando uma espécie de polifonia e evitando a completa fusão das vozes do falante do português padrão e do falante da variedade marginalizada. Essa estratégia, baseada nos conceitos de polifonia de Bakhtin, revela a complexidade das interações linguísticas envolvidas no uso do “português de arremedo”. Além disso, uma das questões centrais abordadas no texto é a defesa contínua e incisiva do português padrão, mesmo entre aqueles que utilizam o “português de arremedo”. Imagens e exemplos são representados para ilustrar como críticas explícitas são direcionadas aos “erros de português”, propagando a ideologia de que a variante padrão é superior e associando o uso de variedades não padrão a incompetência cognitiva. Essas críticas, conforme aponta o texto, contribuem para a estigmatização e desvalorização dos falantes das variedades marginalizadas, reforçando a ideia de que eles “falam tudo errado” ou “não sabem português”. Tal atitude não apenas perpetua preconceitos linguísticos arraigados na sociedade brasileira, mas também revela vetores de exclusão e desigualdades históricas. Além disso, a violência linguística demonstra como determinadas formas linguísticas são associadas a estigmas sociais e econômicos. A análise sobre o preconceito linguístico vai além das noções de certo e errado das gramáticas normativas enfatizando o papel do poder dos falantes na atribuição de status linguísticos. Diante desse panorama complexo, conclui-se que é essencial reconhecer a importância da compreensão da variação linguística e da valorização da diversidade cultural do Brasil. A língua portuguesa, como destaca o autor, reflete as intrincadas dinâmicas sociais, históricas e culturais do país, e seu estudo é fundamental para uma comunicação eficaz e inclusiva. Portanto, é necessário promover uma reflexão sobre as práticas linguísticas dominantes e suas implicações nas relações sociais e na construção de identidades. A inclusão e o respeito às variedades linguísticas e culturais são passos essenciais para uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos os falantes possam ter suas vozes e experiências valorizadas e respeitadas. REFERÊNCIAS COSTA, V. L. A.. A importância do conhecimento da variação linguística. Educar em Revista, n. 12, p. 51–60, jan. 1996. PIETRI, E. DE .. O ENSINO DE PORTUGUÊS NO BRASIL: AS DESIGUALDADES DA DISTRIBUIÇÃO LINGUÍSTICA. Educação em Revista, v. 34, p. e180137, 2018. PERES, Daniele Oliveira. A identificação das variedades regionais do português brasileiro através da informação entoacional. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 52, n. 1, p. 40-50, jan.-mar. 2017.