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Prof Dr Rafael Salgado UNIDADE II Microbiologia e Micologia Básica São conhecidas mais de 100 mil espécies de fungos no entanto apenas cerca de 200 são consideradas patogênicas aos seres humanos e aos animais Na ultima década a incidência de infecções fúngicas importantes tem aumentado Essas infecções estão ocorrendo em unidades de cuidados da saúde e em indivíduos imunocomprometidos Fungos Os fungos decompõem a matéria vegetal morta Os seres humanos utilizam os fungos para o consumo cogumelos e na produção de alimentos pão e ácido cítrico e fármacos álcool e penicilina Fonte httpspixabaycomimagesid1720886 Fonte httpsbrfreepikcomfotospremiumumamacapodrecobertademofoe bolorcomidaestragadafungoemofodestruiuumamacamaduraduranteuma violacaodearmazenamento closeup12721685htmpage1querymaC3A7a20fungoposition14 Os fungos são organismos eucariontes portanto apresentam uma organização típica destes organismos compreendida essencialmente pela sua organização celular presença de núcleo e de membrana nuclear envolvendoo Fungos foram durante muito tempo classificados como integrantes do reino Plantae Hoje estão classificados separadamente no chamado reino Fungi Micologia Geral Núcleo DNA Citoplasma Ribossomos Complexo de Golgi Membrana plasmática Mitocôndria Parede celular São organismos heterotróficos ou seja não são capazes de produzir o seu próprio alimento e se alimentam da matéria orgânica são encontrados em grande proporção no solo colaborando nos ciclos dos elementos Fonte Adaptado de httpswwwfcavunespbrHomedepartamentosprodu caovegetaleverloncidrigobelo3646micorrizapdf O estudo dos fungos é chamado de micologia a partir da descrição das estruturas que permitem a sua identificação assim como os seus ciclos de vida e as suas necessidades nutricionais Fungos filamentosos e leveduras Micologia Geral Fungos Bactérias Tipo de célula Eucarionte Procarionte Membrana celular Esteróis presentes Esteróis ausentes Parede celular Glicanos mananas e quitinas Peptideoglicano Esporos Esporos reprodutivos Endósporos Metabolismo Heterótrofo Aeróbio Anaeróbio facultativo Heterótrofo Autótrofo Aeróbio Anaeróbio Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 321 O talo corpo de um fungo filamentoso consiste em longos filamentos de células conectadas esses filamentos são chamadas de hifas As hifas podem crescer até proporções imensas Na maioria dos bolores as hifas contêm paredes cruzadas chamadas de septos que dividem as hifas em unidades semelhantes às células uninucleadas distintas Essas hifas são chamadas de hifas septadas Em algumas poucas classes de fungos as hifas não contêm septos e apresentam células longas e contínuas com muitos núcleos denominadas hifas cenocíticas Fungos filamentosos Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 321 A porção de uma hifa que obtém nutrientes é chamada de hifa vegetativa a porção envolvida com a reprodução é a hifa reprodutiva ou aérea assim chamada porque se projeta acima da superfície do meio no qual o fungo está crescendo Fungos filamentosos Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 322 Micélio Hifa aérea Hifa aérea Hifa vegetativa São fungos unicelulares não filamentosos geralmente esféricos ou ovais Da mesma forma que os fungos filamentosos as leveduras são amplamente distribuídas na natureza As leveduras de brotamento dividemse de forma desigual Leveduras Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 323 No brotamento a célula parental forma uma protuberância broto em sua superfície externa À medida em que o broto se alonga o núcleo da célula parental dividese e um dos núcleos migra para o broto O material da parede celular é então sintetizado entre o broto e a célula parenteral Célula parental Cicatriz do broto Broto Uma célula de levedura pode produzir mais de 24 célulasfilhas por brotamento Algumas leveduras produzem brotos que não se separam uns dos outros esses brotos formam uma pequena cadeia de células denominada pseudohifa Candida albicans aderese às células epiteliais humanas na forma de levedura mas requer pseudohifas para invadir os tecidos profundos Leveduras Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 597 a Candida albicans Clamidoconídios Pseudohifas Blastoconídios As leveduras de fissão dividemse produzindo duas novas células iguais Durante a fissão a célula parental alongase o seu núcleo dividese e duas célulasfilhas são produzidas As leveduras são capazes de realizar crescimento anaeróbio facultativo o que permite que esses fungos sobrevivam em vários ambientes Se houver acesso ao oxigênio as leveduras respiram aerobiamente para metabolizar carboidratos formando dióxido de carbono e água na ausência de oxigênio elas fermentam os carboidratos e produzem etanol e dióxido de carbono Essa fermentação é usada na fabricação de cerveja e vinho e nos processos de panificação Leveduras Fonte httpsbrfreepikcomfotos premiumilustracao3ddedivisaocelular transparentedefissao binaria8973872htmpage1queryfiss C3A3o20binC3A1riaposition0 Alguns fungos particularmente as espécies patogênicas exibem dimorfismo duas formas de crescimento Esses fungos podem crescer tanto na forma de fungos filamentosos quanto na forma de levedura A forma de fungo filamentoso produz hifas aéreas e vegetativas a forma de levedura se reproduz por brotamento Fungos dimórficos O dimorfismo em fungos patogênicos é dependente da temperatura a 37 ºC o fungo apresenta forma de levedura e a 25 ºC forma de bolor Variação concentração de CO2 Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 323 Crescimento leveduriforme Crescimento filamentoso Os fungos normalmente crescem melhor em ambientes com pH próximo a 5 que é muito ácido para o crescimento da maioria das bactérias comuns Quase todos os fungos filamentosos são aeróbios A maioria das leveduras é anaeróbia facultativa A maioria dos fungos é mais resistente à pressão osmótica do que as bactérias muitos por conseguinte podem crescer em concentrações relativamente altas de sal ou açúcar Os fungos podem crescer em substâncias com baixo grau de umidade geralmente tão baixo que impede o crescimento de bactérias Os fungos requerem menos nitrogênio para um crescimento equivalente ao das bactérias Adaptações nutricionais Os fungos são frequentemente capazes de metabolizar carboidratos complexos como a lignina componente da madeira Essas características permitem que os fungos se desenvolvam em substratos improváveis como paredes de banheiro couro de sapatos e jornais velhos Um líquen é a combinação de uma alga verde ou cianobactéria com um fungo Os líquens fazem parte do reino Fungi e são classificados de acordo com o seu parceiro fúngico Os dois organismos existem em uma relação mutualística Líquens Os líquens podem ser agrupados em três categorias morfológicas Os líquens crustosos crescem incrustados no substrato os líquens foliosos são mais parecidos com folhas e os líquens fruticosos possuem projeções semelhantes a dedos A hifa fúngica cresce ao redor das células da alga e contribui para a fixação e na formação de uma camada protetora Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 332 Os fungos constituem o reino Fungi no qual se enquadram espécies como os cogumelos os bolores as orelhasdepau e as leveduras Assinale a alternativa que descreva os fungos corretamente a São seres procariontes b Os bolores são unicelulares c As leveduras são pluricelulares d São organismos autótrofos e As hifas cenocíticas não apresentam septos Interatividade Os fungos constituem o reino Fungi no qual se enquadram espécies como os cogumelos os bolores as orelhasdepau e as leveduras Assinale a alternativa que descreva os fungos corretamente a São seres procariontes b Os bolores são unicelulares c As leveduras são pluricelulares d São organismos autótrofos e As hifas cenocíticas não apresentam septos Resposta Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 321 Os fungos filamentosos podem reproduzirse assexuadamente pela fragmentação de suas hifas Além disso tanto a reprodução sexuada quanto a assexuada em fungos ocorrem pela formação de esporos Inclusive os fungos normalmente podem ser identificados pelo tipo de esporo Ciclo de vida Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 321 Os esporos de fungos são completamente diferentes dos endósporos de bactérias processo não reprodutivo Entretanto após um fungo filamentoso formar um esporo o mesmo se separa da célula parental e germina originando um fungo filamentoso ou seja apresenta crescimento a partir do esporo Os esporos assexuados são formados pelas hifas de um organismo Quando esses esporos germinam tornamse organismos geneticamente idênticos ao parental Os esporos sexuados resultam da fusão de núcleos de duas linhagens opostas de cruzamento de uma mesma espécie de fungo sendo produzidos com menor frequência do que os esporos assexuados Os organismos que crescem a partir de esporos sexuados apresentarão características genéticas de ambas linhagens parentais Ciclo de vida Os esporos assexuados são gerados por mitose e pela posterior divisão celular não há a fusão de núcleos de células Dois tipos de esporos assexuados são produzidos pelos fungos Um tipo é o conidiósporo ou conídio um esporo unicelular ou multicelular que não é envolvido por uma bolsa Os conídios são produzidos em cadeias na extremidade do conidióforo Esses esporos são produzidos por Penicillium e Aspergillus Ciclo de vida Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 324 Conídio Conidióforo Os conídios formados pela fragmentação de uma hifa septada em células únicas levemente espessas são chamadas de artroconídios Uma espécie que produz esses esporos é o Coccidioides immitis Ciclo de vida Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 324 O blastoconídio é formado a partir de um broto originado de uma célula parental Esses esporos são encontrados em algumas leveduras Artroconídio Pseudohifa Blastoconídio Um clamidoconídio é um esporo de paredes espessas formado pelo seu arredondamento e alargamento no interior de um segmento de hifa Ciclo de vida Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 324 O outro tipo de esporo assexuado é o esporangiósporo formado no interior de um esporângio ou bolsa na extremidade de uma hifa aérea chamada de esporangióforo Clamidoconídio Esporangióforo Esporangiósporos Um esporo sexuado fúngico resulta da reprodução sexuada que consiste em três etapas Plasmogamia um núcleo haploide de uma célula doadora penetra no citoplasma de uma célula receptora Cariogamia os núcleos e fundemse formando um núcleo zigótico diploide Meiose o núcleo diploide origina um núcleo haploide esporos sexuados dos quais alguns podem ser recombinantes genéticos Ciclo de vida Reprodução sexuada Plasmogamia fusão do citoplasma Cariogamia fusão de núcleos Meiose esporos Germinação Reprodução assexuada Os zigomicetos ou fungos de conjugação são fungos filamentosos saprofíticos que apresentam hifas cenocíticas Um exemplo é o Rhizopus stolonifer o conhecido mofo preto do pão Esporos sexuados zigósporos Fungos de importância médica Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 325 1 Esporangiósporo Os esporos germinam produzindo hifas 3 4 Crescimento do micélio vegetativo Esporângio Esporangióforo Uma hifa aérea produz um esporângio O esporângio rompese para a liberação dos esporos 2 Reprodução assexuada Reprodução sexuada 5 Os gametas formamse na extremidade de uma hifa Formação do zigósporo 6 7 8 9 11 Os esporos germinam produzindo hifas Os esporos são liberados do esporângio 10 O zigoto produz um esporângio Cariogamia e meiose Zigosporângio contendo um zigósporo Esporangiósporo Os ascomicetos incluem fungos com hifas septadas e algumas leveduras Seus esporos assexuados normalmente são conídios Um ascósporo formase com os núcleos de duas células Estrutura em forma de saco chamado de asco Fungos de importância médica Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 327 1 3 4 2 Uma hifa produzem conidióforos Os conidióforos são liberados de um conidióforo O conídio germina produzindo uma hifa Crescimento do micélio vegetativo Reprodução assexuada Reprodução sexuada Conídios 5 6 7 8 9 Conidióforo Ascósporo Plasmogamia Cariogamia Asco Meiose seguida de mitose O asco abrese para a liberação dos ascósporos O ascósporo germina produzindo uma hifa Os basidiomicetos ou fungos em clava também possuem hifas septadas Os basidiósporos são formados externamente em um pedestal chamado de basídio Este filo inclui fungos que produzem cogumelos Fungos de importância médica Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 327 1 3 2 Reprodução assexuada Reprodução sexuada 5 6 7 8 9 4 Plasmogamia Desenvolvimento de uma estrutura de frutificação cogumelo Crescimento do micélio vegetativo Um fragmento de hifa desprendese do micélio vegetativo O fragmento cresce produzindo um novo micélio Os basidiósporos germinam produzindo hifas Os basidiósporos são liberados Basidiósporos maduros Basidiósporos são formados por meiose Basidium Os microsporídios são eucariotos incomuns não possuem mitocôndrias e microtúbulos e são parasitos intracelulares obrigatórios Reprodução sexuada provavelmente acontece no interior da célula Fungos de importância médica Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 325 1 3 2 4 5 6 Reprodução assexuada Os esporos são ingeridos ou inalados O esporo injeta um tubo polar na célula hospedeira Célula hospedeira Novos esporos são liberados Esporos maduros Vacúolo O citoplasma fragmentase ao redor dos núcleos formando os esporos O citoplasma cresce e o núcleo se reproduz O citoplasma e o núcleo penetram na célula hospedeira Os fungos apresentados até agora são telemorfos isto é eles produzem esporos sexuados e assexuados Alguns ascomicetos perderam a capacidade de se reproduzir sexuadamente Esses fungos assexuados são chamados de anamorfos Historicamente os fungos cujo ciclo sexuado ainda não havia sido observado eram colocados em uma categoria de espera denominada Deuteromycota O principal efeito dos deuteromicetos em humanos é a dermatomicose Fungos de importância médica Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 596 a Tinha Tinea barbae b Pé de atleta Tinea pedis Os fungos filamentosos apresentam diferentes tipos de reprodução baseados na formação de esporos Assinale a alternativa correta a Os esporos sexuados geram organismos idênticos às células parentais b Os esporos assexuados geram organismos com características de ambas linhagens parentais c O esporangiósporo é um tipo de esporo assexuado d A plasmogamia é o processo de fusão do citoplasma em esporos assexuados e A cariogamia gera um núcleo haploide Interatividade Os fungos filamentosos apresentam diferentes tipos de reprodução baseados na formação de esporos Assinale a alternativa correta c O esporangiósporo é um tipo de esporo assexuado Resposta Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 324 Esporangiósporos Esporangióforo Qualquer infecção fúngica é chamada de micose As micoses geralmente são infecções crônicas de longa duração uma vez que os fungos apresentam um crescimento lento As micoses são classificadas em cinco grupos de acordo com o grau de envolvimento tecidual e o modo de entrada do hospedeiro sistêmica subcutânea cutânea superficial e oportunista Micoses sistêmicas são infecções fúngicas profundas no interior do corpo Não se restringem a nenhuma região particular mas podem afetar vários tecidos e órgãos Normalmente são causadas por fungos que vivem no solo Os esporos são transmissíveis por inalação essas infecções em geral iniciam nos pulmões e em seguida disseminamse a outros tecidos Doenças fúngicas Micoses subcutâneas são infecções fúngicas localizadas abaixo da pele causadas por fungos saprofíticos que vivem no solo e na vegetação A infecção ocorre por implantação direta dos esporos ou de fragmentos de micélio em uma perfuração na pele Os fungos que infectam apenas a epiderme o cabelo e as unhas são chamados de dermatófitos e as suas infecções são denominadas dermatomicoses ou micoses cutâneas A infecção é transmissível entre os seres humanos por contato direto Os fungos que causam as micoses superficiais estão localizados ao longo dos fios de cabelo e nas células epidérmicas superficiais Essas infecções são prevalentes em climas tropicais Em geral um patógeno oportunista é inofensivo em seu hábitat normal porém pode se tornar patogênico em um hospedeiro que se encontra debilitado Doenças fúngicas Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 596 a Tinha Tinea barbae b Pé de atleta Tinea pedis A histoplasmose é caracterizada por lesões pulmonares porém os patógenos podem disseminarse no sangue e na linfa Os sintomas são mal definidos e subclínicos como uma infecção respiratória leve Em alguns casos se torna uma doença grave e generalizada Restrição geográfica acúmulo de fezes de aves e morcegos Micoses sistêmicas Histoplasma capsulatum Fungo dimórfico nos tecidos forma leveduriforme no solo micélio filamentoso No corpo é encontrada intracelularmente em macrófagos onde sobrevive e se multiplica Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 698 Macroconídios Microconídios Outra doença pulmonar fúngica bastante restrita geograficamente é a coccidioidomicose O agente causador é o Coccidioides immitis um fungo dimórfico Em tecidos o organismo forma um corpo de paredes espessas preenchido por endósporos chamado de esférula No solo forma filamentos que se reproduzem pela formação de artroconídios Micoses sistêmicas A maioria da infecções não é aparente e quase todos os pacientes se recuperam em poucas semanas Os sintomas incluem dor torácica e talvez febre tosse e perda de peso Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 699 Um artroconídio cerca de 5 µm de comprimento germina em uma hifa tubular 1 Hifa tubular A hifa inicia a sua segmentação em artroconídio 2 Os artroconídio separamse da hifa Alguns artroconídios espalhamse pelo ar Um artroconídio veiculado pelo ar é inalado 3 Alguns artroconídios retornam para o solo Os endósporos liberados disseminamse nos tecidos cada um se desenvolvendo em uma nova esférula O artroconídio inalado aumenta de tamanho e se desenvolve em uma esférula 4 Esférula no tecido cerca de 30 µm de diâmetro Endósporos desenvolvemse dentro da esférula 5 6 A esférula libera os endósporos Seres humanos Solo A paracoccidioidomicose doença causada pela infecção por Paracoccidioides brasiliensis é uma micose de início pulmonar rápido porém pode provocar manifestações na pele mucosas e gânglios É uma doença que se estabeleceu de forma predominante na América Latina sobretudo no Brasil O mecanismo de transmissão e penetração no organismo se dá através das vias respiratórias Apresenta uma variedade infecciosa e outra patológica a partir de infecção primária ou reativação os propágulos infectantes chegam à via aérea inferior com a possível disseminação do fungo por via linfática e hematogênica para outros órgãos Micoses sistêmicas O paciente pode apresentar diferentes quadros de sinais e sintomas como lesões cutâneas granulosas ulcerativas e fibrose na língua linfadenopatia e ulceração nasal Fonte httpswwwcheggcomflashcardsdimorphic ca314ba0d3084e22a80f3c4f3fdc8738deck A blastomicose é a doença causada pelo Blastomyces dermatidis cujo reservatório é o solo e a madeira em decomposição é o agente de uma infecção crônica granulomatosa purulenta Acomete o homem principalmente os trabalhadores de áreas rurais e animais domésticos cães A infecção ocorre após a inalação de conídios eou por inoculação traumática podendo causar lesões nos pulmões pele mucosas ossos articulações e sistema geniturinário Micoses sistêmicas Fonte httpspinit4ifT9PK Fonte ORTEGALOAYZA A G NGUYEN T 2013 Cutaneous blastomycosis a clue to a systemic disease Anais Brasileiros de Dermatologia 882 287289 Micoses subcutâneas normalmente são causadas por fungos que habitam o solo em especial aqueles ricos em vegetação em decomposição e podem penetrar na pele por pequenas aberturas como ferimentos que permitem a sua entrada no tecido subcutâneo As micoses subcutâneas são mais graves do que as micoses cutâneas A doença mais comum desse tipo é a esporotricose causada pelo fungo dimórfico Sporothrix schenkii A infecção frequentemente forma uma pequena úlcera nas mãos Micoses subcutâneas Fonte httpcmqvorgesporotricosehumanasintomas causasprevencaodiagnosticoetratamento Fonte Adaptado de httpcmqvorgesporotricosehumanasintomascausas prevencaodiagnosticoetratamento A lobomicose causada pelo fungo conhecido como Lacazea loboi evidências sugerem que a infecção ocorra pela inoculação transcutânea das estruturas fúngicas as quais podem ocorrer por transmissão entre humanos ou entre humanos e animais Clinicamente identificase um período de incubação variável com o aparecimento subsequente de uma ou várias pápulas com pequenos nódulos de tonalidade variável As lesões se multiplicam podendo formar placas extensas multilobadas por continuidade ou autoinoculação As lesões polimórficas ganham características infiltrativas queloidiformes gomosas ulceradas e verrucosas Leveduras globosas Micoses subcutâneas Fonte TALHARI C RABELO R NOGUEIRA L SANTOS M In CHRUSCIAKTALHARI A TALHARI S Lobomicose An Bras Dermatol 201085223940 A rinosporidiose é uma infecção micótica da camada submucosa crônica de evolução lenta e granulomatosa causada pelo agente Rinosporidium seeberi Normalmente são encontrados em locais de águas estagnadas poços e açudes sendo os banhos de imersão as principais vias de transmissão da doença a disseminação dos esporos através do vento e da poeira também são consideradas Micoses subcutâneas A manifestação clínica é caracterizada pela formação de pólipos vegetantes localizados principalmente nas mucosas nasal e conjuntival Os pacientes possuem a impressão da presença de corpo estranho na região acometida por lesões Fonte CROSARA P F T B BECKER C G FREITAS V A NUNES F B BECKER H M G GUIMARÃES R E S Nasal Rhinosporidiosis Differential Diagnosis of Fungal Sinusitis and Inverted Papilloma Int Arch Otorhinolaryngol 20091319395 O termo micose referese a qualquer infecção fúngica Assinale a alternativa correta a Fungos saprofíticos não estão relacionados à ocorrência de infecções b As micoses sistêmicas geralmente são causadas por fungos filamentosos c A esporotricose é uma micose subcutânea causada por uma levedura d As infecções costumam ser crônicas já que os fungos apresentam um crescimento lento e O contato com a Paracoccidioides brasiliensis determina um quadro patológico Interatividade O termo micose referese a qualquer infecção fúngica Assinale a alternativa correta a Fungos saprofíticos não estão relacionados à ocorrência de infecções b As micoses sistêmicas geralmente são causadas por fungos filamentosos c A esporotricose é uma micose subcutânea causada por uma levedura d As infecções costumam ser crônicas já que os fungos apresentam um crescimento lento e O contato com a Paracoccidioides brasiliensis determina um quadro patológico Resposta Dentre os fungos causadores de dermatomicoses destacamse Microsporum canis e Microsporum gypseum O M canis é reconhecidamente um dermatófito zoofílico associado clinicamente a epidermofitíases e onicomicoses Outras complicações razoavelmente comuns são as infecções do couro cabeludo caracterizada por grades placas de alopecia as quais aparecem fluorescentes sob a ação da lâmpada de Wood O M gypseum é também classificado como um dermatófito no entanto é geofílico infectando o homem através do contato com o solo contaminado ou por animais que tenham sido contaminados pelo mesmo Micoses cutâneas Fonte httpsclassconnections3amazonawscom95flashcards12360 Fonte httpwwwasmorgdivisioncphotomcanis1JPG 95jpgmicrosporumgypseumlactophenol1339986492296jpg O Trichophyton mentagrophytes está descrito entre os principais causadores de dermatofitose e é considerado um agente zoofilíco e antropofílico causando epidermofitíases onicomicoses lesões de couro cabeludo e interdigitoplantares Micoses cutâneas Ao microscópico observase número elevado de microconídios arredondados e agrupados cacho e eventualmente macroconídios em forma de charuto ligados às hifas hialinas e septadas é comum observar hifas em espiral e em raquete Fonte httpwwwtgw1916netimagesmTrichophytonmentagrophytesjpg O Epidermophyton floccossum é o agente etiológico mais relevante deste grupo e o agente exclusivo de infecções cutâneas denominadas de pele grossa É reconhecidamente um dermatófito antropofílico Raramente atinge as regiões interdigitoplantares e as unhas e não é reportado em infecções de couro cabeludo Microscopicamente apresenta inúmeros microconídios e macroconídios de aspecto claviforme arredondados na extremidade distal e agrupados em um único ponto de inserção na hifa de parede fina com 2 a 5 septos Micoses cutâneas Fonte httpswwwcheggcomflashcardssubcutaneousandsuperficialvisualident67ac6193 dd8443b0aa529b9ac326827cdeck A pitiríase versicolor é causada pela Malassezia furfur uma levedura lipofílica integrante da microbiota normal da pele especialmente das áreas mais ricas em ácidos graxos como o couro cabeludo A infecção é favorecida por fatores exógenos como a temperatura e a umidade elevadas e por fatores endógenos como pele gordurosa e sudorese elevada Clinicamente observamse lesões maculosas e descamativas de coloração variável que se distribuem com maior frequência nos braços no tronco e na região da cintura escapular Micoses superficiais Fonte OLIVEIRA J R de MAZOCCO V T STEINER D 2002 Pitiríase Versicolor Anais Brasileiros de Dermatologia 775 611618 Fonte httpsptiliveokcomhealthmalasseziafurfur umagentecausadordeseborreia99682i16099html Tínea nigra Exophiala werneckii é um fungo dermáceo causador de uma micose crônica relacionada a climas tropicais e subtropicais mais frequente em mulheres Infecção estética superficial benigna não contagiosa típica de localidades que apresentem altas temperaturas 25 a 30 ºC Clinicamente apresentase como uma mancha acastanhada ou marrom escura arredondada não descamativa e com bordas delimitadas Não há resposta inflamatória O paciente portanto não refere dor edema ou outro sinal típico desse processo Micoses superficiais Fonte GIRALDI S MARINONI L P BERTOGNA J ABBAGE K T OLIVEIRA V C de 2003 Tinea nigra relato de seis casos no Estado do Paraná Anais Brasileiros de Dermatologia 785 593600 Piedra branca Trichosporon inkin pelo pubiano e Trichosporon ovoides em cabelo A infecção por esses agentes não compromete a pele vizinha e é predominantemente assintomática benigna e de pouco contágio A infecção ocorre com bastante frequência em países de climas tropicais e temperados atingindo principalmente adultos jovens em especial pelos axilares pubianos perianal e da face Clinicamente é caracterizada por pequenas nodosidades aderidas de coloração brancoamarelada aspecto fusiforme e consistência mucilaginosa Micoses superficiais Fonte MARQUES S A RICHINIPEREIRA V B CAMARGO R M P de 2012 White piedra and pediculosis capitis in the same patient Anais Brasileiros de Dermatologia 875 786787 A criptococose é causada pelo fungo Cryptococcus neoformans Ele forma células esféricas que se assemelham às leveduras reproduzemse por brotamento e produzem cápsulas polissacarídicas extremamente espessas Esses organismos se encontram em áreas contaminadas por fezes de pássaros pombos A doença é transmitida pela inalação de fezes secas contaminadas Os fungos isolados se multiplicam em indivíduos que apresentam o sistema imune comprometido e se disseminam para o sistema nervoso central SNC e causam meningite que possui uma alta taxa de mortalidade Infecções oportunistas Fonte TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 627 Cápsula A microbiota bacteriana das membranas mucosas do trato urogenital e da boca normalmente suprime o crescimento de fungos como a Candida albicans Como pseudo hifas são resistentes à fagocitose e aos antibacterianos podendo crescer excessivamente Mudanças no pH normal nas mucosas também podem gerar um efeito similar Esse crescimento excessivo gera a infecção chamada de candidíase Infecções oportunistas Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 597 Recémnascidos apresentam uma camada esbranquiçada na cavidade oral chamada de candidíase oral também é causa comum de vaginites a Candida albicans b Candidíase oral ou sapinho Clamidoconídios Pseudohifas Blastoconídios O Pneumocystis jirovecii é muitas vezes encontrado nos pulmões de pessoas saudáveis Adultos imunocompetentes apresentam poucos ou nenhum sintoma mas lactentes recém infectados ocasionalmente apresentam sintomas de uma infecção pulmonar Pessoas com a imunidade comprometida são as mais suscetíveis à pneumonia Essa população pode atuar também como reservatório do organismo Infecções oportunistas Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 700 São encontradas no revestimento de alvéolos onde formam um cisto de paredes espessas em que os corpos esféricos intracísticos se dividem sucessivamente Cisto maduro O cisto maduro contém 8 corpos intracísticos O cisto rompe se liberando os corpos 1 2 3 4 5 Trofozoíto Os trofozoítos dividemse Os corpos desenvolvemse em trofozoítos Cada trofozoíto desenvolvese em um cisto maduro Corpos intracísticos A aspergilose é transmissível pelo ar através de conídios de Aspergillus fumigatus que são amplamente disseminados em vegetações em decomposição e causam doenças respiratórias Ocorre frequentemente no adubo nos condutos de ar e no pó do ar Essencialmente pulmonar mas pode ser invasiva Infecções oportunistas A mucormicose Rhizopus e Mucor ocorre principalmente em pacientes que apresentam diabetes e leucemia Lesões necróticas aparecem na mucosa nasal a invasão vascular por hifas provoca a necrose progressiva de tecido Fonte httpswwwchaetomiumqueencomaspergillusfumigatusgroup É um exemplo de infecção fúngica oportunista a Pitiríase versicolor b Candidíase c Piedra branca d Tínea nigra e Dermatomicoses Interatividade É um exemplo de infecção fúngica oportunista a Pitiríase versicolor b Candidíase c Piedra branca d Tínea nigra e Dermatomicoses Resposta Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 597 a Candida albicans b Candidíase oral ou sapinho Clamidoconídios Pseudohifas Blastoconídios BUTEL J S MORSE S A BROOKS G F Microbiologia médica de Jawetz Melnick e Adelberg 26 ed Porto Alegre AMGH 2014 Minha Biblioteca LEVINSON W Microbiologia Médica e Imunologia Porto Alegre AMGH 2016 Minha Biblioteca TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia Porto Alegre ArtMed 2017 Minha Biblioteca Referências
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Prof Dr Rafael Salgado UNIDADE II Microbiologia e Micologia Básica São conhecidas mais de 100 mil espécies de fungos no entanto apenas cerca de 200 são consideradas patogênicas aos seres humanos e aos animais Na ultima década a incidência de infecções fúngicas importantes tem aumentado Essas infecções estão ocorrendo em unidades de cuidados da saúde e em indivíduos imunocomprometidos Fungos Os fungos decompõem a matéria vegetal morta Os seres humanos utilizam os fungos para o consumo cogumelos e na produção de alimentos pão e ácido cítrico e fármacos álcool e penicilina Fonte httpspixabaycomimagesid1720886 Fonte httpsbrfreepikcomfotospremiumumamacapodrecobertademofoe bolorcomidaestragadafungoemofodestruiuumamacamaduraduranteuma violacaodearmazenamento closeup12721685htmpage1querymaC3A7a20fungoposition14 Os fungos são organismos eucariontes portanto apresentam uma organização típica destes organismos compreendida essencialmente pela sua organização celular presença de núcleo e de membrana nuclear envolvendoo Fungos foram durante muito tempo classificados como integrantes do reino Plantae Hoje estão classificados separadamente no chamado reino Fungi Micologia Geral Núcleo DNA Citoplasma Ribossomos Complexo de Golgi Membrana plasmática Mitocôndria Parede celular São organismos heterotróficos ou seja não são capazes de produzir o seu próprio alimento e se alimentam da matéria orgânica são encontrados em grande proporção no solo colaborando nos ciclos dos elementos Fonte Adaptado de httpswwwfcavunespbrHomedepartamentosprodu caovegetaleverloncidrigobelo3646micorrizapdf O estudo dos fungos é chamado de micologia a partir da descrição das estruturas que permitem a sua identificação assim como os seus ciclos de vida e as suas necessidades nutricionais Fungos filamentosos e leveduras Micologia Geral Fungos Bactérias Tipo de célula Eucarionte Procarionte Membrana celular Esteróis presentes Esteróis ausentes Parede celular Glicanos mananas e quitinas Peptideoglicano Esporos Esporos reprodutivos Endósporos Metabolismo Heterótrofo Aeróbio Anaeróbio facultativo Heterótrofo Autótrofo Aeróbio Anaeróbio Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 321 O talo corpo de um fungo filamentoso consiste em longos filamentos de células conectadas esses filamentos são chamadas de hifas As hifas podem crescer até proporções imensas Na maioria dos bolores as hifas contêm paredes cruzadas chamadas de septos que dividem as hifas em unidades semelhantes às células uninucleadas distintas Essas hifas são chamadas de hifas septadas Em algumas poucas classes de fungos as hifas não contêm septos e apresentam células longas e contínuas com muitos núcleos denominadas hifas cenocíticas Fungos filamentosos Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 321 A porção de uma hifa que obtém nutrientes é chamada de hifa vegetativa a porção envolvida com a reprodução é a hifa reprodutiva ou aérea assim chamada porque se projeta acima da superfície do meio no qual o fungo está crescendo Fungos filamentosos Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 322 Micélio Hifa aérea Hifa aérea Hifa vegetativa São fungos unicelulares não filamentosos geralmente esféricos ou ovais Da mesma forma que os fungos filamentosos as leveduras são amplamente distribuídas na natureza As leveduras de brotamento dividemse de forma desigual Leveduras Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 323 No brotamento a célula parental forma uma protuberância broto em sua superfície externa À medida em que o broto se alonga o núcleo da célula parental dividese e um dos núcleos migra para o broto O material da parede celular é então sintetizado entre o broto e a célula parenteral Célula parental Cicatriz do broto Broto Uma célula de levedura pode produzir mais de 24 célulasfilhas por brotamento Algumas leveduras produzem brotos que não se separam uns dos outros esses brotos formam uma pequena cadeia de células denominada pseudohifa Candida albicans aderese às células epiteliais humanas na forma de levedura mas requer pseudohifas para invadir os tecidos profundos Leveduras Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 597 a Candida albicans Clamidoconídios Pseudohifas Blastoconídios As leveduras de fissão dividemse produzindo duas novas células iguais Durante a fissão a célula parental alongase o seu núcleo dividese e duas célulasfilhas são produzidas As leveduras são capazes de realizar crescimento anaeróbio facultativo o que permite que esses fungos sobrevivam em vários ambientes Se houver acesso ao oxigênio as leveduras respiram aerobiamente para metabolizar carboidratos formando dióxido de carbono e água na ausência de oxigênio elas fermentam os carboidratos e produzem etanol e dióxido de carbono Essa fermentação é usada na fabricação de cerveja e vinho e nos processos de panificação Leveduras Fonte httpsbrfreepikcomfotos premiumilustracao3ddedivisaocelular transparentedefissao binaria8973872htmpage1queryfiss C3A3o20binC3A1riaposition0 Alguns fungos particularmente as espécies patogênicas exibem dimorfismo duas formas de crescimento Esses fungos podem crescer tanto na forma de fungos filamentosos quanto na forma de levedura A forma de fungo filamentoso produz hifas aéreas e vegetativas a forma de levedura se reproduz por brotamento Fungos dimórficos O dimorfismo em fungos patogênicos é dependente da temperatura a 37 ºC o fungo apresenta forma de levedura e a 25 ºC forma de bolor Variação concentração de CO2 Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 323 Crescimento leveduriforme Crescimento filamentoso Os fungos normalmente crescem melhor em ambientes com pH próximo a 5 que é muito ácido para o crescimento da maioria das bactérias comuns Quase todos os fungos filamentosos são aeróbios A maioria das leveduras é anaeróbia facultativa A maioria dos fungos é mais resistente à pressão osmótica do que as bactérias muitos por conseguinte podem crescer em concentrações relativamente altas de sal ou açúcar Os fungos podem crescer em substâncias com baixo grau de umidade geralmente tão baixo que impede o crescimento de bactérias Os fungos requerem menos nitrogênio para um crescimento equivalente ao das bactérias Adaptações nutricionais Os fungos são frequentemente capazes de metabolizar carboidratos complexos como a lignina componente da madeira Essas características permitem que os fungos se desenvolvam em substratos improváveis como paredes de banheiro couro de sapatos e jornais velhos Um líquen é a combinação de uma alga verde ou cianobactéria com um fungo Os líquens fazem parte do reino Fungi e são classificados de acordo com o seu parceiro fúngico Os dois organismos existem em uma relação mutualística Líquens Os líquens podem ser agrupados em três categorias morfológicas Os líquens crustosos crescem incrustados no substrato os líquens foliosos são mais parecidos com folhas e os líquens fruticosos possuem projeções semelhantes a dedos A hifa fúngica cresce ao redor das células da alga e contribui para a fixação e na formação de uma camada protetora Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 332 Os fungos constituem o reino Fungi no qual se enquadram espécies como os cogumelos os bolores as orelhasdepau e as leveduras Assinale a alternativa que descreva os fungos corretamente a São seres procariontes b Os bolores são unicelulares c As leveduras são pluricelulares d São organismos autótrofos e As hifas cenocíticas não apresentam septos Interatividade Os fungos constituem o reino Fungi no qual se enquadram espécies como os cogumelos os bolores as orelhasdepau e as leveduras Assinale a alternativa que descreva os fungos corretamente a São seres procariontes b Os bolores são unicelulares c As leveduras são pluricelulares d São organismos autótrofos e As hifas cenocíticas não apresentam septos Resposta Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 321 Os fungos filamentosos podem reproduzirse assexuadamente pela fragmentação de suas hifas Além disso tanto a reprodução sexuada quanto a assexuada em fungos ocorrem pela formação de esporos Inclusive os fungos normalmente podem ser identificados pelo tipo de esporo Ciclo de vida Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 321 Os esporos de fungos são completamente diferentes dos endósporos de bactérias processo não reprodutivo Entretanto após um fungo filamentoso formar um esporo o mesmo se separa da célula parental e germina originando um fungo filamentoso ou seja apresenta crescimento a partir do esporo Os esporos assexuados são formados pelas hifas de um organismo Quando esses esporos germinam tornamse organismos geneticamente idênticos ao parental Os esporos sexuados resultam da fusão de núcleos de duas linhagens opostas de cruzamento de uma mesma espécie de fungo sendo produzidos com menor frequência do que os esporos assexuados Os organismos que crescem a partir de esporos sexuados apresentarão características genéticas de ambas linhagens parentais Ciclo de vida Os esporos assexuados são gerados por mitose e pela posterior divisão celular não há a fusão de núcleos de células Dois tipos de esporos assexuados são produzidos pelos fungos Um tipo é o conidiósporo ou conídio um esporo unicelular ou multicelular que não é envolvido por uma bolsa Os conídios são produzidos em cadeias na extremidade do conidióforo Esses esporos são produzidos por Penicillium e Aspergillus Ciclo de vida Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 324 Conídio Conidióforo Os conídios formados pela fragmentação de uma hifa septada em células únicas levemente espessas são chamadas de artroconídios Uma espécie que produz esses esporos é o Coccidioides immitis Ciclo de vida Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 324 O blastoconídio é formado a partir de um broto originado de uma célula parental Esses esporos são encontrados em algumas leveduras Artroconídio Pseudohifa Blastoconídio Um clamidoconídio é um esporo de paredes espessas formado pelo seu arredondamento e alargamento no interior de um segmento de hifa Ciclo de vida Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 324 O outro tipo de esporo assexuado é o esporangiósporo formado no interior de um esporângio ou bolsa na extremidade de uma hifa aérea chamada de esporangióforo Clamidoconídio Esporangióforo Esporangiósporos Um esporo sexuado fúngico resulta da reprodução sexuada que consiste em três etapas Plasmogamia um núcleo haploide de uma célula doadora penetra no citoplasma de uma célula receptora Cariogamia os núcleos e fundemse formando um núcleo zigótico diploide Meiose o núcleo diploide origina um núcleo haploide esporos sexuados dos quais alguns podem ser recombinantes genéticos Ciclo de vida Reprodução sexuada Plasmogamia fusão do citoplasma Cariogamia fusão de núcleos Meiose esporos Germinação Reprodução assexuada Os zigomicetos ou fungos de conjugação são fungos filamentosos saprofíticos que apresentam hifas cenocíticas Um exemplo é o Rhizopus stolonifer o conhecido mofo preto do pão Esporos sexuados zigósporos Fungos de importância médica Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 325 1 Esporangiósporo Os esporos germinam produzindo hifas 3 4 Crescimento do micélio vegetativo Esporângio Esporangióforo Uma hifa aérea produz um esporângio O esporângio rompese para a liberação dos esporos 2 Reprodução assexuada Reprodução sexuada 5 Os gametas formamse na extremidade de uma hifa Formação do zigósporo 6 7 8 9 11 Os esporos germinam produzindo hifas Os esporos são liberados do esporângio 10 O zigoto produz um esporângio Cariogamia e meiose Zigosporângio contendo um zigósporo Esporangiósporo Os ascomicetos incluem fungos com hifas septadas e algumas leveduras Seus esporos assexuados normalmente são conídios Um ascósporo formase com os núcleos de duas células Estrutura em forma de saco chamado de asco Fungos de importância médica Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 327 1 3 4 2 Uma hifa produzem conidióforos Os conidióforos são liberados de um conidióforo O conídio germina produzindo uma hifa Crescimento do micélio vegetativo Reprodução assexuada Reprodução sexuada Conídios 5 6 7 8 9 Conidióforo Ascósporo Plasmogamia Cariogamia Asco Meiose seguida de mitose O asco abrese para a liberação dos ascósporos O ascósporo germina produzindo uma hifa Os basidiomicetos ou fungos em clava também possuem hifas septadas Os basidiósporos são formados externamente em um pedestal chamado de basídio Este filo inclui fungos que produzem cogumelos Fungos de importância médica Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 327 1 3 2 Reprodução assexuada Reprodução sexuada 5 6 7 8 9 4 Plasmogamia Desenvolvimento de uma estrutura de frutificação cogumelo Crescimento do micélio vegetativo Um fragmento de hifa desprendese do micélio vegetativo O fragmento cresce produzindo um novo micélio Os basidiósporos germinam produzindo hifas Os basidiósporos são liberados Basidiósporos maduros Basidiósporos são formados por meiose Basidium Os microsporídios são eucariotos incomuns não possuem mitocôndrias e microtúbulos e são parasitos intracelulares obrigatórios Reprodução sexuada provavelmente acontece no interior da célula Fungos de importância médica Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 325 1 3 2 4 5 6 Reprodução assexuada Os esporos são ingeridos ou inalados O esporo injeta um tubo polar na célula hospedeira Célula hospedeira Novos esporos são liberados Esporos maduros Vacúolo O citoplasma fragmentase ao redor dos núcleos formando os esporos O citoplasma cresce e o núcleo se reproduz O citoplasma e o núcleo penetram na célula hospedeira Os fungos apresentados até agora são telemorfos isto é eles produzem esporos sexuados e assexuados Alguns ascomicetos perderam a capacidade de se reproduzir sexuadamente Esses fungos assexuados são chamados de anamorfos Historicamente os fungos cujo ciclo sexuado ainda não havia sido observado eram colocados em uma categoria de espera denominada Deuteromycota O principal efeito dos deuteromicetos em humanos é a dermatomicose Fungos de importância médica Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 596 a Tinha Tinea barbae b Pé de atleta Tinea pedis Os fungos filamentosos apresentam diferentes tipos de reprodução baseados na formação de esporos Assinale a alternativa correta a Os esporos sexuados geram organismos idênticos às células parentais b Os esporos assexuados geram organismos com características de ambas linhagens parentais c O esporangiósporo é um tipo de esporo assexuado d A plasmogamia é o processo de fusão do citoplasma em esporos assexuados e A cariogamia gera um núcleo haploide Interatividade Os fungos filamentosos apresentam diferentes tipos de reprodução baseados na formação de esporos Assinale a alternativa correta c O esporangiósporo é um tipo de esporo assexuado Resposta Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 324 Esporangiósporos Esporangióforo Qualquer infecção fúngica é chamada de micose As micoses geralmente são infecções crônicas de longa duração uma vez que os fungos apresentam um crescimento lento As micoses são classificadas em cinco grupos de acordo com o grau de envolvimento tecidual e o modo de entrada do hospedeiro sistêmica subcutânea cutânea superficial e oportunista Micoses sistêmicas são infecções fúngicas profundas no interior do corpo Não se restringem a nenhuma região particular mas podem afetar vários tecidos e órgãos Normalmente são causadas por fungos que vivem no solo Os esporos são transmissíveis por inalação essas infecções em geral iniciam nos pulmões e em seguida disseminamse a outros tecidos Doenças fúngicas Micoses subcutâneas são infecções fúngicas localizadas abaixo da pele causadas por fungos saprofíticos que vivem no solo e na vegetação A infecção ocorre por implantação direta dos esporos ou de fragmentos de micélio em uma perfuração na pele Os fungos que infectam apenas a epiderme o cabelo e as unhas são chamados de dermatófitos e as suas infecções são denominadas dermatomicoses ou micoses cutâneas A infecção é transmissível entre os seres humanos por contato direto Os fungos que causam as micoses superficiais estão localizados ao longo dos fios de cabelo e nas células epidérmicas superficiais Essas infecções são prevalentes em climas tropicais Em geral um patógeno oportunista é inofensivo em seu hábitat normal porém pode se tornar patogênico em um hospedeiro que se encontra debilitado Doenças fúngicas Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 596 a Tinha Tinea barbae b Pé de atleta Tinea pedis A histoplasmose é caracterizada por lesões pulmonares porém os patógenos podem disseminarse no sangue e na linfa Os sintomas são mal definidos e subclínicos como uma infecção respiratória leve Em alguns casos se torna uma doença grave e generalizada Restrição geográfica acúmulo de fezes de aves e morcegos Micoses sistêmicas Histoplasma capsulatum Fungo dimórfico nos tecidos forma leveduriforme no solo micélio filamentoso No corpo é encontrada intracelularmente em macrófagos onde sobrevive e se multiplica Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 698 Macroconídios Microconídios Outra doença pulmonar fúngica bastante restrita geograficamente é a coccidioidomicose O agente causador é o Coccidioides immitis um fungo dimórfico Em tecidos o organismo forma um corpo de paredes espessas preenchido por endósporos chamado de esférula No solo forma filamentos que se reproduzem pela formação de artroconídios Micoses sistêmicas A maioria da infecções não é aparente e quase todos os pacientes se recuperam em poucas semanas Os sintomas incluem dor torácica e talvez febre tosse e perda de peso Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 699 Um artroconídio cerca de 5 µm de comprimento germina em uma hifa tubular 1 Hifa tubular A hifa inicia a sua segmentação em artroconídio 2 Os artroconídio separamse da hifa Alguns artroconídios espalhamse pelo ar Um artroconídio veiculado pelo ar é inalado 3 Alguns artroconídios retornam para o solo Os endósporos liberados disseminamse nos tecidos cada um se desenvolvendo em uma nova esférula O artroconídio inalado aumenta de tamanho e se desenvolve em uma esférula 4 Esférula no tecido cerca de 30 µm de diâmetro Endósporos desenvolvemse dentro da esférula 5 6 A esférula libera os endósporos Seres humanos Solo A paracoccidioidomicose doença causada pela infecção por Paracoccidioides brasiliensis é uma micose de início pulmonar rápido porém pode provocar manifestações na pele mucosas e gânglios É uma doença que se estabeleceu de forma predominante na América Latina sobretudo no Brasil O mecanismo de transmissão e penetração no organismo se dá através das vias respiratórias Apresenta uma variedade infecciosa e outra patológica a partir de infecção primária ou reativação os propágulos infectantes chegam à via aérea inferior com a possível disseminação do fungo por via linfática e hematogênica para outros órgãos Micoses sistêmicas O paciente pode apresentar diferentes quadros de sinais e sintomas como lesões cutâneas granulosas ulcerativas e fibrose na língua linfadenopatia e ulceração nasal Fonte httpswwwcheggcomflashcardsdimorphic ca314ba0d3084e22a80f3c4f3fdc8738deck A blastomicose é a doença causada pelo Blastomyces dermatidis cujo reservatório é o solo e a madeira em decomposição é o agente de uma infecção crônica granulomatosa purulenta Acomete o homem principalmente os trabalhadores de áreas rurais e animais domésticos cães A infecção ocorre após a inalação de conídios eou por inoculação traumática podendo causar lesões nos pulmões pele mucosas ossos articulações e sistema geniturinário Micoses sistêmicas Fonte httpspinit4ifT9PK Fonte ORTEGALOAYZA A G NGUYEN T 2013 Cutaneous blastomycosis a clue to a systemic disease Anais Brasileiros de Dermatologia 882 287289 Micoses subcutâneas normalmente são causadas por fungos que habitam o solo em especial aqueles ricos em vegetação em decomposição e podem penetrar na pele por pequenas aberturas como ferimentos que permitem a sua entrada no tecido subcutâneo As micoses subcutâneas são mais graves do que as micoses cutâneas A doença mais comum desse tipo é a esporotricose causada pelo fungo dimórfico Sporothrix schenkii A infecção frequentemente forma uma pequena úlcera nas mãos Micoses subcutâneas Fonte httpcmqvorgesporotricosehumanasintomas causasprevencaodiagnosticoetratamento Fonte Adaptado de httpcmqvorgesporotricosehumanasintomascausas prevencaodiagnosticoetratamento A lobomicose causada pelo fungo conhecido como Lacazea loboi evidências sugerem que a infecção ocorra pela inoculação transcutânea das estruturas fúngicas as quais podem ocorrer por transmissão entre humanos ou entre humanos e animais Clinicamente identificase um período de incubação variável com o aparecimento subsequente de uma ou várias pápulas com pequenos nódulos de tonalidade variável As lesões se multiplicam podendo formar placas extensas multilobadas por continuidade ou autoinoculação As lesões polimórficas ganham características infiltrativas queloidiformes gomosas ulceradas e verrucosas Leveduras globosas Micoses subcutâneas Fonte TALHARI C RABELO R NOGUEIRA L SANTOS M In CHRUSCIAKTALHARI A TALHARI S Lobomicose An Bras Dermatol 201085223940 A rinosporidiose é uma infecção micótica da camada submucosa crônica de evolução lenta e granulomatosa causada pelo agente Rinosporidium seeberi Normalmente são encontrados em locais de águas estagnadas poços e açudes sendo os banhos de imersão as principais vias de transmissão da doença a disseminação dos esporos através do vento e da poeira também são consideradas Micoses subcutâneas A manifestação clínica é caracterizada pela formação de pólipos vegetantes localizados principalmente nas mucosas nasal e conjuntival Os pacientes possuem a impressão da presença de corpo estranho na região acometida por lesões Fonte CROSARA P F T B BECKER C G FREITAS V A NUNES F B BECKER H M G GUIMARÃES R E S Nasal Rhinosporidiosis Differential Diagnosis of Fungal Sinusitis and Inverted Papilloma Int Arch Otorhinolaryngol 20091319395 O termo micose referese a qualquer infecção fúngica Assinale a alternativa correta a Fungos saprofíticos não estão relacionados à ocorrência de infecções b As micoses sistêmicas geralmente são causadas por fungos filamentosos c A esporotricose é uma micose subcutânea causada por uma levedura d As infecções costumam ser crônicas já que os fungos apresentam um crescimento lento e O contato com a Paracoccidioides brasiliensis determina um quadro patológico Interatividade O termo micose referese a qualquer infecção fúngica Assinale a alternativa correta a Fungos saprofíticos não estão relacionados à ocorrência de infecções b As micoses sistêmicas geralmente são causadas por fungos filamentosos c A esporotricose é uma micose subcutânea causada por uma levedura d As infecções costumam ser crônicas já que os fungos apresentam um crescimento lento e O contato com a Paracoccidioides brasiliensis determina um quadro patológico Resposta Dentre os fungos causadores de dermatomicoses destacamse Microsporum canis e Microsporum gypseum O M canis é reconhecidamente um dermatófito zoofílico associado clinicamente a epidermofitíases e onicomicoses Outras complicações razoavelmente comuns são as infecções do couro cabeludo caracterizada por grades placas de alopecia as quais aparecem fluorescentes sob a ação da lâmpada de Wood O M gypseum é também classificado como um dermatófito no entanto é geofílico infectando o homem através do contato com o solo contaminado ou por animais que tenham sido contaminados pelo mesmo Micoses cutâneas Fonte httpsclassconnections3amazonawscom95flashcards12360 Fonte httpwwwasmorgdivisioncphotomcanis1JPG 95jpgmicrosporumgypseumlactophenol1339986492296jpg O Trichophyton mentagrophytes está descrito entre os principais causadores de dermatofitose e é considerado um agente zoofilíco e antropofílico causando epidermofitíases onicomicoses lesões de couro cabeludo e interdigitoplantares Micoses cutâneas Ao microscópico observase número elevado de microconídios arredondados e agrupados cacho e eventualmente macroconídios em forma de charuto ligados às hifas hialinas e septadas é comum observar hifas em espiral e em raquete Fonte httpwwwtgw1916netimagesmTrichophytonmentagrophytesjpg O Epidermophyton floccossum é o agente etiológico mais relevante deste grupo e o agente exclusivo de infecções cutâneas denominadas de pele grossa É reconhecidamente um dermatófito antropofílico Raramente atinge as regiões interdigitoplantares e as unhas e não é reportado em infecções de couro cabeludo Microscopicamente apresenta inúmeros microconídios e macroconídios de aspecto claviforme arredondados na extremidade distal e agrupados em um único ponto de inserção na hifa de parede fina com 2 a 5 septos Micoses cutâneas Fonte httpswwwcheggcomflashcardssubcutaneousandsuperficialvisualident67ac6193 dd8443b0aa529b9ac326827cdeck A pitiríase versicolor é causada pela Malassezia furfur uma levedura lipofílica integrante da microbiota normal da pele especialmente das áreas mais ricas em ácidos graxos como o couro cabeludo A infecção é favorecida por fatores exógenos como a temperatura e a umidade elevadas e por fatores endógenos como pele gordurosa e sudorese elevada Clinicamente observamse lesões maculosas e descamativas de coloração variável que se distribuem com maior frequência nos braços no tronco e na região da cintura escapular Micoses superficiais Fonte OLIVEIRA J R de MAZOCCO V T STEINER D 2002 Pitiríase Versicolor Anais Brasileiros de Dermatologia 775 611618 Fonte httpsptiliveokcomhealthmalasseziafurfur umagentecausadordeseborreia99682i16099html Tínea nigra Exophiala werneckii é um fungo dermáceo causador de uma micose crônica relacionada a climas tropicais e subtropicais mais frequente em mulheres Infecção estética superficial benigna não contagiosa típica de localidades que apresentem altas temperaturas 25 a 30 ºC Clinicamente apresentase como uma mancha acastanhada ou marrom escura arredondada não descamativa e com bordas delimitadas Não há resposta inflamatória O paciente portanto não refere dor edema ou outro sinal típico desse processo Micoses superficiais Fonte GIRALDI S MARINONI L P BERTOGNA J ABBAGE K T OLIVEIRA V C de 2003 Tinea nigra relato de seis casos no Estado do Paraná Anais Brasileiros de Dermatologia 785 593600 Piedra branca Trichosporon inkin pelo pubiano e Trichosporon ovoides em cabelo A infecção por esses agentes não compromete a pele vizinha e é predominantemente assintomática benigna e de pouco contágio A infecção ocorre com bastante frequência em países de climas tropicais e temperados atingindo principalmente adultos jovens em especial pelos axilares pubianos perianal e da face Clinicamente é caracterizada por pequenas nodosidades aderidas de coloração brancoamarelada aspecto fusiforme e consistência mucilaginosa Micoses superficiais Fonte MARQUES S A RICHINIPEREIRA V B CAMARGO R M P de 2012 White piedra and pediculosis capitis in the same patient Anais Brasileiros de Dermatologia 875 786787 A criptococose é causada pelo fungo Cryptococcus neoformans Ele forma células esféricas que se assemelham às leveduras reproduzemse por brotamento e produzem cápsulas polissacarídicas extremamente espessas Esses organismos se encontram em áreas contaminadas por fezes de pássaros pombos A doença é transmitida pela inalação de fezes secas contaminadas Os fungos isolados se multiplicam em indivíduos que apresentam o sistema imune comprometido e se disseminam para o sistema nervoso central SNC e causam meningite que possui uma alta taxa de mortalidade Infecções oportunistas Fonte TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 627 Cápsula A microbiota bacteriana das membranas mucosas do trato urogenital e da boca normalmente suprime o crescimento de fungos como a Candida albicans Como pseudo hifas são resistentes à fagocitose e aos antibacterianos podendo crescer excessivamente Mudanças no pH normal nas mucosas também podem gerar um efeito similar Esse crescimento excessivo gera a infecção chamada de candidíase Infecções oportunistas Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 597 Recémnascidos apresentam uma camada esbranquiçada na cavidade oral chamada de candidíase oral também é causa comum de vaginites a Candida albicans b Candidíase oral ou sapinho Clamidoconídios Pseudohifas Blastoconídios O Pneumocystis jirovecii é muitas vezes encontrado nos pulmões de pessoas saudáveis Adultos imunocompetentes apresentam poucos ou nenhum sintoma mas lactentes recém infectados ocasionalmente apresentam sintomas de uma infecção pulmonar Pessoas com a imunidade comprometida são as mais suscetíveis à pneumonia Essa população pode atuar também como reservatório do organismo Infecções oportunistas Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 700 São encontradas no revestimento de alvéolos onde formam um cisto de paredes espessas em que os corpos esféricos intracísticos se dividem sucessivamente Cisto maduro O cisto maduro contém 8 corpos intracísticos O cisto rompe se liberando os corpos 1 2 3 4 5 Trofozoíto Os trofozoítos dividemse Os corpos desenvolvemse em trofozoítos Cada trofozoíto desenvolvese em um cisto maduro Corpos intracísticos A aspergilose é transmissível pelo ar através de conídios de Aspergillus fumigatus que são amplamente disseminados em vegetações em decomposição e causam doenças respiratórias Ocorre frequentemente no adubo nos condutos de ar e no pó do ar Essencialmente pulmonar mas pode ser invasiva Infecções oportunistas A mucormicose Rhizopus e Mucor ocorre principalmente em pacientes que apresentam diabetes e leucemia Lesões necróticas aparecem na mucosa nasal a invasão vascular por hifas provoca a necrose progressiva de tecido Fonte httpswwwchaetomiumqueencomaspergillusfumigatusgroup É um exemplo de infecção fúngica oportunista a Pitiríase versicolor b Candidíase c Piedra branca d Tínea nigra e Dermatomicoses Interatividade É um exemplo de infecção fúngica oportunista a Pitiríase versicolor b Candidíase c Piedra branca d Tínea nigra e Dermatomicoses Resposta Fonte Adaptado de TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia 12 ed Porto Alegre Artmed 2017 p 597 a Candida albicans b Candidíase oral ou sapinho Clamidoconídios Pseudohifas Blastoconídios BUTEL J S MORSE S A BROOKS G F Microbiologia médica de Jawetz Melnick e Adelberg 26 ed Porto Alegre AMGH 2014 Minha Biblioteca LEVINSON W Microbiologia Médica e Imunologia Porto Alegre AMGH 2016 Minha Biblioteca TORTORA G J FUNKE B R CASE C L Microbiologia Porto Alegre ArtMed 2017 Minha Biblioteca Referências