Características e Patologias Associadas às Enterobactérias

ENTEROBACTÉRIAS Profª Dra Ana Beatriz Alkmim T Loyola Bastonetes Gram negativos curtos Habitat natural trato intestinal de seres humanos e animais Bactérias aeróbias ou anaeróbias facultativas Fermentam grande quantidade de carboidratos Produzem várias toxinas e fatores de virulência Características Gerais Possuem estrutura antigênica complexa Reduzem nitratos a nitritos Fermentam glicose com produção de ácido ou ácido e gás oxidase negativo catalase positivo BACILOS Gram ENTEROBACTERIACEAE Escherichia coli microbiota fezes ITU diarréia Shigella sp patogênicas Salmonella sp patogênicas Proteus sp microbiota intestinal ITU IH bacteremia Klebsiella sp TR fezes pneumonia IH httpsyoutubewE5F8bsB4E httpsyoutubeQwwYGMWseF8 Antígenos O Constituem a parte mais externa do lipopolissacarídeo da parede celular São resistentes ao calor e ao álcool Os anticorpos predominantes contra Ag O são da classe IgM Antígeno K Externo ao antígeno O Polissacarídeos ou proteínas capsulares Antígeno H Flagelar Removidos pelo calor ou álcool Estrutura Antigênica CápsulaK Flagelo H Cadeias laterais de lipopolissacarídeos O O Envoltório da célula COLICINAS BACTERICINAS Substanciais Bactericidas produzidas por cepas de bactérias Ativas contra outras cepas da mesma espécie ou de espécies relacionadas E coli produz colicina Serratia produz marcescinas Pseudomonas produz piocinas Cepas produtoras de bacteriocinas são resistentes a sua própria bacteriocina Escherichia coli INFECÇÃO URINÁRIA DOENÇAS DIARREÍCAS ASSOCIADAS A E coli Enteropatogênica EPEC diarréia infantil em berçários Enterotoxigênica ETEC diarréia aquosa viajantes Enteroemorrágica EHEC colite hemorrágica e síndrome hemolíticourêmica Enteroinvasora EIEC diarréia com sangue Patogenia ENTEROBACTÉRIAS g Shigella S dysenteriae S sonnei S flexineri S boydii INVASÃO CÉLULAS EPITELIO INTESTINAL DOR ABDOMINAL FEBRE DIARRÉIA AQUOSA COLITES SANGUE E MUCO NAS FEZES INFLAMAÇÃO DO CÓLON NECROSE DO EPITÉLIO INTESTINAL Morfologia e identificação Bastonetes gram negativos Em culturas apresentamse em formas cocobacilares Anaeróbios facultativos Formam colônias convexas circulares e transparentes com bordas regulares Fermentam glicose Formam ácidos a partir de carboidratos sem gás Shigella Estrutura Antigênica Antígenos O somáticos Lipopolissacarídeos A especificidade sorológica depende do polissacarídeo Espécies Patogênicas S sonnei S dysenteriae S flexneri S boydii Shigella Shigella sp Transmissão alimentos dedos fezes e moscas pessoa Infecção crianças 10 anos de idade Eliminação do mo do reservatório ser humano Controle sanitário da água alimentos e leite Disponibilidade de esgotos e controle das moscas Isolamento dos pacientes e desinfecção das fezes Detecção de casos subclínicos e portadores manipuladores de alimentos Epidemiologia Prevenção e Controle ENTEROBACTÉRIAS g Salmonella S typhi S paratyphi S enteritidis S choleraesuis FEBRE ENTÉRICA OU FEBRE TIFÓIDE CÉLULA INTESTINAL SANGUE FEBRE MAL ESTAR CEFALÉIA CONSTIPAÇÃO BRADICARDIA MIALGIA HEPATOESPLENOMEGALIA BACTEREMIA ENTEROCOLITE Morfologia e identificação São móveis Possuem flagelos peritríquios Não fermentam a lactose Formam ácido algumas vezes gás a partir da glicose Produzem H2S Salmonella Estrutura antigênica Antígenos O Antígenos H Antígenos K capsulares Vi Capacidade de invasão Salmonella Classificação Existem três espécies principais Salmonella typhi um sorotipo Salmonella choleraesius um sorotipo Salmonella enteritidis mais de 1500 sorotipos Salmonella Salmonella Patogenia Ingestão de alimentos ou bebidas contaminadas Penetração da mucosa intestinal Disseminação via linfáticos e corrente sanguínea Multiplicação local Febre Entérica Sepse Enterocolite Epidemiologia Prevenção e Controle Portadores Após infecção manifesta ou sub clínica 3 dos pacientes continuam a abrigar Salmonella em seus tecidos vesícula biliar trato biliar ou raramente intestino ou vias urinárias Fontes de infecção Consistem em bebidas e alimentos contaminados Água Contaminação por fezes Salmonella Epidemiologia Prevenção e Controle Leite e derivados Contaminação com fezes e pasteurização inadequada ou manipulação imprópria Frutos do mar Devido à água contaminada Ovos desidratados ou congelados Aves infectadas ou contaminadas durante o processo Carne e seus produtos Animais infectados ou contaminação por fezes de roedores ou humanos Salmonella Epidemiologia Prevenção e Controle Cozimento total das aves domésticas carnes e ovos infectados Portadores não devem trabalhar em manipulação de alimentos Salmonella Epidemiologia Prevenção e Controle Drogas Cannabis sativa Maconha Corante de origem animal Utilizados em fármacos alimentos e cosméticos carmim Animais domésticos Devem ser tomadas medidas sanitárias para evitar a contaminação da água e dos alimentos por roedores e outros animais que excretam salmonelas Salmonella ENTEROBACTÉRIAS g Klebsiella K oxytoca INFECÇÃO HOSPITALAR K pneumoniae PNEUMONIAS INFECÇÃO VIA URINÁRIA Proteus P mirabilis Pvulgaris INFECÇÃO TRATO URINÁRIO INFECÇÃO HOSITALAR Klebsiella pneumoniae Patogenia É encontrada nas vias respiratórias e nas fezes de cerca de 5 dos indivíduos normais Pode provocar extensa consolidação necrosante hemorrágica dos pulmões Provoca infecção das vias urinárias e bacteremia com lesões focais em pacientes debilitados Proteus sp As espécies provocam infecções em humanos apenas quando deixam o trato intestinal Provocam ITU bacteremia pneumonia e lesões focais em pacientes debilitados ou que recebem infusões intravenosas As espécies produtoras de urease quando provocam ITU favorecem a formação de cálculos As cepas movéis de Proteus contêm antígenos H Cultura em meios diferenciais Eosina azul de metileno EMB Mac Conkey ou meio de desoxicolato distingue colônias fermentadoras coloridas de não fermantadoras não pigmentadas de lactose Cultura e Características de Crescimento Agar bismuto sulfito Salmonella typhi 18h colônias pretas com briho metálico 48h colônias completamente pretas Agar Hektoen Hektoen Shigella spp e Salmonella spp Apresentam colônias verdes e azul esverdeado com o centro preto Agar SalmonellaShigella Utilizado para isolar bacterias Lac Salmonella colônias translúcidas com centro preto Shigella colônias translúcidas Agar MacConkey Utilizado para diferenciar bactérias fermentadoras de Lac Lac colônias translúcidas Lac colônias rosadas Agar Eosina azul de metileno Tegue Utilizado para diferenciar bacterias fermentadoras de Lac Lac colônias púrpura a verde metálico Lac colônias translúcidas Fermentação rápida da lactose Escherichia coli Brilho metálico são moveis colônias achatadas e não viscosas Klebsiella pneumoniae Crescimento mucóide muito viscoso imóveis Cultura e Características de Crescimento Não fermentadores da lactose Espécies de Shigella Imovéis nenhuma formação de gás a partir da dextrose Espécies de Salmonella Movéis formação de ácido e em geral de gás a partir da dextrose Espécies de Proteus Deslocamento em ágar rápida hidrólise da uréia odor de amônia Enterobactérias Oxidase httpswwwlaborclincombrwpcontentuploads201905tiradeoxidase570661pdf httpsyoutubeebzuCGoyMLA Provas Bioquímicas Indol Fermentação sacarose Fermentação glicose Produção de gás Fenilalanina Uréia H2S Lisina Motilidade httpsyoutubei0UGC9wMxCI ENTEROBACTÉRIAS g IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL EPM MILI Citrato Gêneros Espécies Superfície Base Gás H2S Motilidd Indol Lisina Escherichia coli clássica azul amarela Escherichia coli invasora azul amarela Shigella azul amarela Salmonella typhi azul amarela Salmonella sp azul amarela d Salmonella arizona azul amarela Enterobacter azul amarela d cloacae aerogenes Klebsiella azul amarela azul Pneumoniae oxytoca Serratia azul amarela d d d d Proteus vulgaris Verde azul Proteus mirabilis Verde azul d SÍMBOLOS 90 a100 76 a 89 d 26 a 75 11 a 25 0 a10