Toxina Botulínica: Aplicações na Biomedicina Estética

TOXINA BOTULÍNICA Biomedicina estética Marcela Ribeiro A toxina botulínica é uma neurotoxina produzida pela bactéria anaeróbia Clostridium botulinum Para o uso estético e terapêutico esta toxina é produzida e isolada em laboratório ou seja obtida livre de qualquer outro contaminante Existem oito sorotipos da TB que podem ser identificados como A B Cb C2 D E F e G No entanto somente as toxinas tipo A e tipo B estão disponíveis para o uso clínico Duas marcas se destacam na comercialização dessas toxinas BOTOX Allergan Inc Irvine CA e Dysport IspenLimited Berkshire England INTRODUÇÃO 1822 Justino Kerner descreve a doença botulismo paralização de musculaturas importantes como o diafragma 1973 Alan Scott faz experimentos em macacos e publica o primeiro artigo defendendo a eficácia da toxina botulínica para tratamento do estrabismo 1989 FDA aprova a toxina botulínica como tratamento do estrabismo blefaroespasmo e espamos faciais 1991 Jean e Alastair Carruthers demonstram a segurança e a eficácia do tratamento das rugas glabelares de expressão Botox é aprovado para tratamento das rugas dinâmicas no Brasil 2003 Dysport é aprovado para tratamento das rugas dinâmicas no Brasil HISTÓRICO MÚSCULOS DA EXPRESSÃO FACIAL Movimentar a pele na face Manifestação das emoções Controle do esfincter rima palpebral narinas e rima oral Músculo Frontal Músculo frontal integra o occipitofrontal osso frontal e aponeurose epicraneana Músculo occipitofrontal Músculo frontal Possui fibras verticalizadas Quando contraem as rugas são perpendiculares horizontalizadas Músculo orbicular do olho Fibras se dispõe em órbitas concêntricas Divida em duas porções Parte orbital movimento mais forte para o fechamento das pálpebras Parte parpebral movimento mais leve para o fechamento das pálpebras músculo levantador da pálpebra não faz parte dos músculos da expressão facial é um músculo extrínseco do olho Músculo orbicular do olho Rugas conhecidas popularmente como Pés de galinha Músculo prócero e músculo corrugador do supercílio São cobertos pelo músculo frontal mais profundo Tracionamento da pele para baixo e medial Músculo prócero e músculo corrugador do supercílio Rugas verticalizadas e horizontais Músculo nasal Dorso nasal Porção compressora transversa Porção dilatadora alar Músculo orbicular da boca Fibras se dispõe em órbitas concêntricas Fechamento da rima oral Músculo levantador do lábio superior e da asa do nariz Músculo levantador do lábio superior Músculo levantador do ângulo da boca Músculo zigomático maior e menor Sorriso gengival Uma possível causa Hiperatividade de músculos levantadores 3 músculos principais levantador do lábio superior e da asa do nariz levantador do lábio superior e Zigomático menor Aplicação Atenção Hiperatividade de músculo zigomático maior sorriso gengival posterior Lembrar de atuar nos músculos zigomáticos Músculo risorio Fibras horizontalizadas traciona lateralmente Músculo depressor do ângulo da boca Músculo depressor do lábio inferior Músculo mentual Eleva a pele na região do mento Músculo mentual Depressor do ângulo da boca Depressor do lábio inferior Mentual Músculo bucinador lalea aponeurotica frontalis do músculo epicrânio Músculo prócero Músculo corrugador do supercilio Parte orbital dos músculos orbiculares do olho Parte palpebral dos músculos orbiculares do olho Músculo levantador do lábio superior e da asa do nariz Parte transversal do músculo nasal Músculo levantador do lábio superior Músculo auricular anterior Músculo zigomático menor Parte alar do músculo nasal Músculo zigomático maior Músculo levantador do ângulo da boca Músculo bucinador Músculo risório Músculo orbicular da boca Músculo depressor do ângulo da boca Músculo depressor do lábio inferior Músculo platisma INDICAÇÕES CONTRA INDICAÇÕES Doenças neuromusculares Gestantes e lactantes Alérgicos aos componentes do produto Não recomendase em pacientes que possuem hipersensibilidade à albumina Evitar em pacientes fazendo uso de aminoglicosídeos antinflamatórios anticoagulantes Evitar em pacientes que fazem uso de drogas que atuam na junção neuromuscular Estrutura da toxina botulínica do tipo A A parte ativa da molécula da toxina botulínica do tipo A pesa 150kDa e se divide em duas porções uma cadeia leve 50kDa com atividade catalítica e uma cadeia pesada 100kDa A cadeia pesada possui ainda dois domínios o de ligação metade Cterminal da cadeia pesada e o de translocação representado por Hn metade Nterminal da cadeia pesada Para compreender melhor a estrutura molecular da toxina botulínica do tipo A que foi descrita no trecho acima observe a figura abaixo Mecanismo de ação De uma maneira mais simplificada o mecanismo de ação da TB do tipo A consiste em diminuir as contrações repetitivas nos músculos por interferir na liberação de acetilcolina Toxina se liga ao receptor présináptico da junção neuromuscular formando um complexo que é endocitado no local Em seguida ocorre a clivagem da proteína sinaptossomal 25 SNAP25 responsável pela inibição transitória da liberação da acetilcolina nos terminais nervosos motores Esta propriedade tornase útil do ponto de vista estético principalmente por evitar a contração muscular no local de aplicação durante três a seis meses Dessa forma previne se o surgimento das rugas e linhas de expressão nas regiões periocular perioral nasal e frontal Diluição Seca 05 mL de cloreto de sódio 50 U Comum 10 mL de cloreto de sódio para 50 U Hiperdiluição 20 mL de cloreto de sódio para 50 U Equimose Hematoma Erupção cutânea Cefaléia Tontura Náuseas Ptose palpebral e superciliar Diplopia Alergias Assimetrias Eventos adversoscomplicações Marcaçãoes Marcaçãoes Marcaçãoes Muito obrigada