·

Fisioterapia ·

Anatomia

Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora

Fazer Pergunta
Equipe Meu Guru

Prefere sua atividade resolvida por um tutor especialista?

  • Receba resolvida até o seu prazo
  • Converse com o tutor pelo chat
  • Garantia de 7 dias contra erros

Texto de pré-visualização

1 Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina Diagnóstico e Tratamento da Espasticidade Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação Elaboração Final 28 de Maio de 2001 Autoria Lianza S Pavan K Lourenço AF Fonseca AP Leitão AV Musse CAI Santos CA Masiero D Quagliato E Fonseca Fº GA Granero LHM Gianni MAC Gal PLM Rosetto R Belizzi D Greve JMD Sposito MMM O Projeto Diretrizes iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina tem por objetivo conciliar informações da área médica a fim de padronizar condutas que auxiliem o raciocínio e a tomada de decisão do médico As informações contidas neste projeto devem ser submetidas à avaliação e à crítica do médico responsável pela conduta a ser seguida frente à realidade e ao estado clínico de cada paciente 2 Diagnóstico e Tratamento da Espasticidade Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina DESCRIÇÃO DO MÉTODO DE COLETA DE EVIDÊNCIAS Foram identificados 130 artigos na pesquisa de referências bibliográficas realizada na base de dados MEDLINE US National Library of Medicine usando os descritores Mesh terms spasticity brain injury cerebral palsy stroke muscle spasticity spinal cord injuries disability Foi realizada a busca de referências cruzadas e selecionados artigos mais relevantes GRAU DE RECOMENDAÇÃO E FORÇA DE EVIDÊNCIA A Grandes ensaios clínicos aleatorizados e metaanálises B Estudos clínicos e observacionais bem desenhados C Relatos e séries de casos clínicos D Publicações baseadas em consensos e opiniões de especialistas OBJETIVOS 1 Definir diretrizes no diagnóstico da espasticidade e seus efeitos incapacitantes 2 Definir diretrizes da avaliação qualitativa e quantitativa da espasticidade 3 Definir diretrizes de tratamento de espasticidade PROCEDIMENTOS 1 Caracterização da espasticidade 2 Avaliação da espasticidade 3 Espasticidade princípios de tratamento 4 Medicina Física aplicada à espasticidade 5 Tratamento medicamentoso 6 Tratamento cirúrgico Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina 3 IN T R O D U Ç Ã O A espasticidade é um distúrbio freqüente nas lesões congênitas ou adquiridas do Sistema Nervoso Central SNC e afeta milhões de pessoas em todo o mundo 1D Pode ser causa de incapacidade por si só afetando o sistema músculo esquelético e limitando a função motora normal Inicialmente dificulta o posicionamento confortável do indivíduo prejudica as tarefas de vida diária como alimentação locomoção transferência e os cuidados de higiene Quando não tratada causa contraturas rigidez luxações dor e deformidades 25B A definição mais aceita da espasticidade é que se trata de uma desordem motora caracterizada pela hiperexcitabilidade do reflexo de estiramento com exacerbação dos reflexos profundos e aumento do tônus muscular 56D A espasticidade surge em situações clínicas tais como acidente vascular cerebral paralisia cerebral lesões medulares neoplasias trauma crânioencefálico doenças heredo degenerativas e desmielinizantes entre outras alterações do neurônio motor superior 1D Na avaliação objetiva da espasticidade podemos utilizar indicadores quantitativos e qualitativos para identificar os padrões clínicos de disfunção Os testes visam tanto a mensuração da espasticidade em si tônus muscular quanto a sua repercussão funcional 1 Escala Modificada de Ashworth é a escala mais amplamente utilizada na avaliação da espasticidade forma rápida nas diversas articulações 5711B 2 Goniometria mensurada pela medida do arco de movimento articular 12D 3 Marcha nos pacientes deambuladores pode ser avaliada desde uma observação clínica até as formas mais detalhadas como o laboratório de marcha Outro instrumento utilizado no laboratório de marcha é a eletromiografia dinâmica 13D 4 Testes de avaliação das habilidades do membro superior e da dinamometria da preensão 1415B Diagnóstico e Tratamento da Espasticidade 4 Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina 5 Medida da Independência Funcional MIF para demonstrar as alterações das habilidades nas atividades de vida diária 15B 6 Índice de Barthel também é um método quantitativo de avaliação do grau de indepen dência nas atividades de vida diária 15B 7 Escala Visual de Analogia de Dor nos pacientes em que a espasticidade produz dor é uma medida válida para quantificála 16D 8 Avaliação quantitativa da Força Muscular podese utilizar o teste de força muscular 17D ou miometria com dinamômetros manuais 18B ESPASTICIDA D E PRINCÍPIOS D E TRATA M E N TO Há evidências que autorizem citar quatro princípios que devem ser levados em consideração no tratamento da espasticidade 19B Não existe um tratamento de cura definitiva da lesão O tratamento é multifatorial visando diminuição da incapacidade O tratamento deve estar inserido dentro de um programa de reabilitação O tempo de tratamento deve ser baseado na evolução funcional M EDICINA FÍSICA A PLICADA N A TERAPÊUTICA D A ESPASTICIDA D E O tratamento da espasticidade através de recursos da medicina física não deve ser limitado a um número determinado de sessões e sim baseado em evidências objetivas da evolução da capacidade funcional A utilização dessas modalidades terapêuticas deve estar inserida dentro de um programa com metas e objetivos definidos 20B CRIOTERAPIA O efeito fisiológico do calor na espasticidade é controverso 21D CINESIOTERAPIA A cinesioterapia é uma modalidade terapêutica de consenso na literatura para o controle da espasticidade É utilizada em todas as fases do quadro clínico que gera a espasticidade sendo a base da reabilitação A cinesioterapia atua na prevenção de incapacidades secundárias e na reeducação neuromotora 722A MECANOTERAPIA É o uso de equipamentos para a realização de atividades cinesioterápicas 23D Biofeedback Técnica de Retroalimentação 24D ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA FUNCIONAL A FES é indicada na espasticidade leve a moderada independente do tempo de lesão com melhores resultados nas lesões corticais Na lesão medular os melhores resultados são observados nas lesões incompletas 2527C ÓRTESES Órteses são dispositivos que no controle da espasticidade são utilizadas para posicio namento e funcionalidade As órteses podem ser indicadas em todas as fases do processo de reabilitação Devem ser modificadas substituídas ou adaptadas conforme a idade demanda funcional e evolução do quadro A indicação e o uso adequados das órteses convencionais e elétricas melhora a relação do custo benefício dos programas de reabilitação reduz o risco de complicações e a necessidade de intervenções cirúrgicas 252829C Diagnóstico e Tratamento da Espasticidade 5 Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina TERAPIA OCUPACIONAL A terapia ocupacional tem como objetivo diferenciado a capacitação do indivíduo nas atividades da vida diária e da vida prática Existem evidências que é um recurso terapêutico para o desenvolvimento funcional de pacientes espásticos 2429C OUTRAS FORMAS TERAPÊUTICAS Estudos observacionais de outras modalidades de tratamento como a hidroterapia e a equotera pia têm mostrado resultados iniciais satisfatórios 30C TR ATA M E N TO M EDICAMENTO S O PROCEDIMENTOS SISTÊMICOS Existem no mercado hoje diversos medica mentos utilizados para o relaxamento muscular Os agentes farmacológicos mais utilizados são Baclofen Benzodiazepínicos Dantrolene Sódico Clonidina e Tizanidina 3137A PROCEDIMENTOS LOCAIS E REGIONAIS Os tratamentos locais e regionais são representados por neurólises químicas Estes são procedimentos realizados pelo médico onde se injeta medicamento específico sobre os nervos ou sobre os músculos 213846B NEURÓLISE COM FENOL O fenol acarreta uma axoniotmese química destruindo a bainha de mielina das fibras com preservação do tubo endoneural diminuindo o tônus muscular Os procedimentos com o fenol são indicados na neurólise de nervos motores Em caso de nervos mistos esta interrupção pode gerar um estímulo nociceptivo interpretado na forma de dor no território denervado A incidência de disestesia é de 10 a 30 3839D 404145B NEURÓLISE POR TOXINA BOTULÍNICA A neurotoxina mais empregada clinicamen te é a toxina botulínica tipo A TBA Esta toxina atua bloqueando a liberação da acetil colina na terminação présináptica Os efeitos iniciais da TBA podem ser observados entre o 3º e o 10º dia após a aplicação A neurólise com TBA está indicada nas condições listadas no Quadro 1 e tem suas contraindicações listadas no Quadro 2 4047B Diagnóstico e Tratamento da Espasticidade Quadro 1 Indicações da neurólise com TBA Hipertonia espástica em grupos musculares ou músculos localizados interferindo nas atividades de vida diária ou hipertonia de antagonistas interferindo nas atividades funcionais Falha dos métodos conservadores no controle da amplitude de movimento com risco de deformidade Efeitos adversos da medicação oral ou falha no controle da espasticidade por meio de medicamentos via oral Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina 6 Em relação à técnica e equipamento necessário para o procedimento devemos considerar 521383947B A aplicação pode ser feita sob eletroes timulação e ou eletromiografia de modo a localizarmos os pontos motores com precisão especialmente em músculos de difícil acesso A técnica de aplicação em múltiplos pontos parece promover melhores re sultados Podemos injetar mais de um músculo no mesmo procedimento desde que as doses de medicamento disponíveis sejam adequadas para cada músculo injetado A critério médico o procedimento deve ser realizado sob sedação ou anestesia geral A colocação de gessos pode ser considerada após a neurólise com TBA com o objetivo de alongar o músculo relaxado PR O C E D I M E N TO S CIRÚRGICOS N A ESPASTICIDA D E Os procedimentos cirúrgicos podem ser realizados sobre o Sistema Nervoso Central SNC Sistema Nervoso Periférico SNP ou no Sistema Músculo Esquelético SME NEUROCIRURGIA Medicação Intratecal O baclofen intratecal está indicado nos casos de espasticidade grave de origem medular 4852A e cerebral 5361A Rizotomias Rizotomia Dorsal Seletiva Está indicada nos casos de espasticidade grave Apresenta como vantagens o baixo custo baixos índices de complicações não sendo necessários controles neurocirúrgicos subseqüentes Como desvantagens podemos citar que é um método ablativo irreversível que não permite ajustes e não atua na distonia 6274B Quadro 2 Contraindicações para a neurólise com TBA Absolutas Alergia conhecida ao medicamento Infeção no local Gravidez Relativas Doença neuromuscular associada Coagulopatia associada Falta de colaboração do paciente para o procedimento global Contraturas fixas Lactação Uso de potencializadores como aminoglicosídeos Diagnóstico e Tratamento da Espasticidade 7 Diagnóstico e Tratamento da Espasticidade Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina Neurotomia Periférica Seção Mecânica e por Radiofreqüência Indicada principalmente para nervos motores mais indicada para o tratamento da espasticidade focal do que a generalizada 75D Mielotomia A mielotomia deve ser considerada somente para aqueles casos refratários a todas outras formas de tratamento menos agressivas 76C Estimulação Medular Técnica em que se implanta eletrodo para estimulação elétrica na região epidural cervical Apesar de alguns trabalhos mostrarem efeito positivo com a estimulação do corno posterior da medula cervical para o tratamento da espasticidade não há consenso quanto a utilização deste método a longo prazo na literatura 7779D Cirurgia do Sistema Músculo Esquelético A maior parte das cirurgias em pacientes portadores de paralisia espástica é executada nos orgãos terminais músculos e tendões 8082D As cirurgias devem objetivar o desenvolvimento motor a melhora postural o desenvolvimento dos membros superiores e a qualidade da marcha sempre buscando reduzir o gasto de energia e facilitando a melhora da qualidade de vida 318397B 1 Braun RM Botte MJ Treatment of shoulder deformity in acquired spasticity Clin Orthop 1999 3685465 2 Hinderer S Gupto S Functional outcomes measures to asses interventions for spasticity Arch Phys Med Rehabil 1996 7710839 3 Mall V Heinen F Linder M et al Treatment of cerebral palsy with botulinum toxin A Funcional benefit and reduction of disability Pediatr Rehabil 1997 12357 4 Quagliato EMAB Toxina botulínica A no tratamento da espasticidade em paralisia cerebral aspectos práticos In Souza AMC Ferraretto I editores São Paulo Memnon 1998 p3846 5 Teive HG Zonta M Kumagai Y Tratamento espasticidade Arq Neuropsiquiatr 1998 568528 6 Lance JW Pyramidal and extrapyramidal disorders In Shahani DT editor Eletromyography in CNS disorders central EMG Boston Butterworth 1984 7 Albany K Physical and occupational therapy considerations in adult patients receiving botulinum toxin injections for spasticity Muscle Nerve 1997 622131 8 Ashworth B Preliminary trial of carisoprodol in multiple sclerosis Practicioner 1964 1925402 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina 8 9 Bohannon RW Smith MB Interrater reliability of a modified Ashwort scale of muscle spasticity Phys Ther 1987 672067 10 Gregson JM Leathley M Moore P et al Reliability of the tone assessment scale and the modified Asworth scale as clinical tools for assessing poststroke spasticity Arch Phys Med Rehabil 1999 8010136 11 Pisano F Miscio G Del Conte C et al Quantitative measures of spasticity in post stroke patients Clin Neurophysiol 2000 111101522 12 Greene WB Heckman JD The clinical measument of joint montion AAOS 1994 13 Lianza S Koda LC Avaliação da capacidade In Lianza S editor Medicina de reabilitação 3a ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001 14 Jebsen RH Taylor N Trieschemann RB Objective and standardized test of hand function Arch Phys Med Rehabil 1971 503119 15 Pierson SH Outcomes Measures in Spasticity management Muscle Nerve 1997 63646 16 International Association of the Study of Pain Classification of Cronic Pain 1986 351 17 Daniels and Worthinghams The Medical Reaserch Council 1943 e Muscle testing Techniques of manual examination 1995 18 Penta M Thonnard JL Tesio L Abilhand a rash brult measure of manual ability Arch Phys Med Rehabil 1998 79103842 19 Mayo NM KornnerBitensky NA Becker R Recovery time of independet function post stroke AM J Phys Med Rehabil 1991 705 12 20 Eyssette M Dans quels délais se fait la reprise de la marche et faut il poursuivre la rééducation audelài du 13º mois Ann Réadaptat Méd Phys 1997 401317 21 Barnes MP Local treatment of spasticity In Ward CD editor Clinical neurology rehabilitation of motor disorders London Bailliere Tindal 1993 p 5571 22 Roth EJ Heinemann AW Lovel LL et al Impairment and disability Arch Med Phys Reabil 1998 7932935 23 Dombovy ML Sandof BA Basford JK Reabilitation for stroke Stroke 1986 173639 24 Trombly CA Seleção e análise das atividades em terapia ocupacional para para disfunção física São Paulo Ed Santos 1998 p 2438 25 Kralj A Acimovic R Stanic U Enhancement of hemiplegic patients rehabilitation by means of functional electrical stimulation Prosthet Orthot Int 1993 1710714 26 Lianza S Estimulação elétrica funcional tese livre docencia Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro 1990 27 Wang RY Tsai MW Chan RC Effects of surface spinal cord stinulation on spasticity and quantitative assessment of muscle tone in hemiplegic patients Am J Phys Med Rehabil 1998 772827 Diagnóstico e Tratamento da Espasticidade 9 Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina Diagnóstico e Tratamento da Espasticidade 28 Laudocer M Chelco L Barbean H Recovery of walking after spinal cord injury Adv Neurol 1997 7224955 29 Lianza S Órteses de propulsão recíproca na reducação da locomoção em pacientes com lesão medular tese doutorado 1997 30 Gonzáles MF La hipoterapia una alternativa en rehabilitacion Rev Iberoam Rehab Med 1996 495355 31 Bleck EE Locomotor prognosis in cerebral palsy Rev Med Child Neurol 1975 171825 32 Davidoff RA Antispasticity drugs mechanisms of action Ann Neurol 1985 1710716 33 Ono H Mishima A Ono S et al Inhibitory effects of clonidine and tizanidineon release of substance P from slices of rat spinal cord and antagonism by alpha adrenergic receptor antagonists Neuropharmacology 1991 305859 34 Parke B Penn RD Savoy SM et al Funcional outcome after delivery of intrathecal baclofen Arch Phys Med Rehabil 1989 70302 35 Rossi PW Treatment of spasticity In Good DC Couch JR editors The handbook of neurorehabilitation New York Marcel Dekker 1994 p 197218 36 Sakellarides HT Mital MA Matza RA et al Classification and surgical treatment of thub in palm deformity in cerebral palsy and spastic paralysis J Hand Surg 1995 20428431 37 Wallace JD Summary of combined clinical analysis of controlled clinical trials with tizanidine Neurology 1994 44S60S69 38 Awad EA Dykstra D Treatment of spasticity by neurolysis In Kottke FJ Leahmann JF editors Krusen handbook of physical medicine and rehabilitation 4th ed Philadelphia W B Saunders 1990 p 115461 39 Felsenthal G Pharmacology of phenol in peripheral nerve blocks A review Arch Phys Med Rehabil 1974 55136 40 Friedman A Diamonte M Johnston MV et al Effects of botulinum toxin A on upper limb spasticity in children whith cerebral palsy Am J Phys Med Rehabil 2000 79539 41 Sampaio C Ferreira JJ Pinto AA et al Botulinum toxin type A for treatment of arm and hand spasticity in stroke pacients Clin Rehabil 19971137 42 Molenaers G Eyssen M Desloovere K et al Amultilevel approach to botulinum toxin type A treatment of the ilio psoas in spasticity in cerebral palsy Eur J Neurol 1999 65962 43 Eames NW Baker R Hill N Graham K et al The effect of botulinum toxin A on gastrocnemius length magnitude and duration of response Dev Med Child Neurol 1999 4122632 44 Mall V Heinen F Kirschner J et al Evaluation of botulinum toxin A therapy in children with adductor spasm by gross motor function measure J Child Neurol 2000 152147 45 Koman LA Mooney JF Smith BP et al Botox study group Botulinum toxin type A 10 Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina neuromuscular blockade in the treatment of lower extremity spasticity in cerebral palsy a randomized double blind placebocontrolled trial J Pediatr Orthop 2000 2010815 46 AlKhodairy AT Gobelet C Rossier AB Has botulinum toxin type A a place in the treatment of spasticity in spinal cord injury patients Spinal Cord 1998 368548 47 Berardeli A Abbruzzese G Bertolasi L et al Guidelines for the therapeutic use of botulinum toxin in movement disorders Ital J Neurol Sci 1997 182619 48 Coffey RJ Cahill D Steers W et al Intrathecal baclofen for intractable spasticity os spinal origin results of a longterm multicenter study J Neurosurg 1993 7822632 49 Dralle D Muller H Zierski J et al Intarthecal baclofen for spasticity Lancet 1985 21003 50 Lazarthes Y SallerinCaute B Verdic JC et al Chronic intrathecal baclofen administration for control of severe spasticity J Neurosurg 1990 72393402 51 Muller H Zierski J Dralle D et al Pharmacokinetics of intrathecal baclofen In Muller H Zierski J Penn RD editors Local Spinal Therapy of spasticity New York SpringerVerlag 1988 p 2236 52 Penn RD Savoy SM Corcos D et al Intrathecal baclofen for severe spinal spasticity N Engl J Med 1989 320151721 53 Albright AL Barron WB Faick MP et al Continuous intrathecal baclofen infusion for spasticity of crerebral origin JAMA 1993 27024757 54 Albright AL Cervi A Singletary J Intrathecal baclofen for spasticity in cerebral palsy JAMA 1991 265141822 55 Albrigth AL Intrathecal baclofen in cerebral palsy movement disorders J Child Neurol 1996 11S29S35 56 Armstrong RW Steinbok P Cochrane DD et al Intrathecally administered baclofen for treatment of children with spasticity of cerebral origin J Neurosurg 1997 8740914 57 Becker R Alberti O Bauer BL Continuous intrathecal baclofen infusion in severe spasticity after traumatic or hypoxic brain injury J Neurol 1997 2441606 58 Erickson DL Blacklock JB Michaelson M et al Control os spasticity by implantable continous flow morphine pump Neurology 1985 162157 59 Kroin JS Ali A York M et al The distribution of medication along the spinal cord after chronic intrathecal administration Neurosurgery 1993 3322630 60 Meythaler JM MCCary A Hadley MN Prospective assessment of continuous intrathecal infusion of baclofen for spasticity caused by acquired brain injury a preliminary report J Neurosurg 1997 874159 61 Penn RD Kroin JS Longterm untrathecal baclofen for severe spinal spasticity J Neurosurg 1987 661815 62 Albright AL Barry MJ Janosky J Effects of continuous intrathecal baclofen infusion and selective posterior rhizotomy on upper extremity spasticity Pediatr Neurosurg 1995 23825 Diagnóstico e Tratamento da Espasticidade 11 Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina 63 Brindley G S Polkey CE Rushton DN et al Sacral anterior root stimulation for bladder control in paraplegia the first 50 cases J Neurol Neurosurg Psychiatry 1986 49104 64 Brindley GS The first 500 sacral anterior root stimulators implante fealures and there repair Paraplegia 1994 3359 65 Chicoine MR Park TS Kaufman BA Selective dorsal rhisotomy and rates of ortophedi surgery in children with spastic cerebral palsy J Neurosurg 1997 86349 66 Fasano VA BarolatRomana G Zeme S Sguazzi A Electrophysiological assessment of spinal circuits in spasticity by direct dorsal root stimulation Neurosurgery 1979 414651 67 Fasano VA Broggi G BarolatRomana GB et al Surgical treatment of spasticity in cerebral palsy Childs Brain 1978 4289305 68 Hoffer MM Arakat G Koffman M A 10year followup of split anterior tibial tendon transfer in cerebral palsied patients with spastic equinovarus deformity J Pediatr Orthop 1985 54324 69 Loder RT Harbuz A Aronson DD et al Postoperative migration of the adductor tendon transfer in children with cerebral palsy Dev Med Child Neurol 1992 344954 70 Mosca VS Calcaneal lengthening for valgus deformity of the hind foot Results in children who had severe symptomatic flatfoot and skewfoot J Bone Joint Surg 1995 77A50012 71 Park TS Vogler GP Phillips LH et al Effects of selective dorsal rhizotomy for spastic diplegia on hip migration in cerebral palsy Pediatr Neurosugery 1994 20439 72 Peacock WJ Arens LJ Berman B Cerebral palsy spasticity Selective posterior rhizotomy Pediatri Neurosci 1987 13616 73 Peter JC Arens LJ Selective posterior lumbosacral rhizotomy for the management of cerebral palsy spasticity S Afr Med J 1993 837457 74 Steinbok P Reiner A Beauchamp RD et al Selectivefunctional posterior rhizotomy for treatment of spastic cerebral palsy in children Pediatr Neurosurg 1992 183442 75 Sindou M Mertens P Neurosurgical management of spasticity InSchmidek HH editor Operative neurosurgical techniques 3rd ed Philadelphia W B Saunders 1995 v2 p 16617 76 Fogel JP Waters RL Mahomar F Dorsal myelotomy for relief of spasticity in spinal cord injury patients Clin Orthop 1985 19213744 77 Chambers HD The surgical treatment of spasticity Muscle Nerve 1997 6 S121S8 78 Gracies JM Elovic E McGuire J et al Traditional pharmacological treatments for spasticity I Muscle Nerve 1997 6S61S91 79 Gracies JM Elovic E McGuire J Simpson D Traditional pharmacological treatments for spasticity II Muscle Nerve 1997 6S92 S120 80 Bleck EE Orthopaedic management in cerebral palsy Oxford Blackwell Scientific Cambridge University Press 1987 p 238 Diagnóstico e Tratamento da Espasticidade 12 Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina 81 Bleck EE Orthopaedic managemente in cerebral palsy Oxford Blackwell Scientific Cambridge University Press 1987 p 735 82 Bleck EE Orthopaedic managemente in cerebral palsy Oxford Blackwell Scientific Cambridge Universit Press 1987 p 2489 83 Crawford AH Kucharzyc D Roy DB et al Subtalar stabilization of the planovalgus foot by staple arthrodesis in young children who have neuromuscular problems J Bone Joint Surg 1990 728405 84 Csongradi J Bleck EE Ford WF Gait electromyograms in normal and spastic children whith special reference to quadriceps and hamstrings muscles Dev Med Child Neurol 1979 2173848 85 Gage JR Distal hamstri ng lengtheningrelease and rectus femoris transfer In Sussman Md editor The diplegic child evoluation and management Rosemont AAOS 1992 86 Gage JR Gait analysis in cerebral palsy Clinics in Developmental Medicine 121 New York 1981 p 205 87 Gage JR Perry J Huckis RR et al Rectus femorris transfer as a means of improving knee function in cerebral palsy Dev Med Child Neurol 1987 2915966 88Gamble JG Rinsy LA Bleck EE Established hip dislocations in children whith cerebral palsy Clin Orthip 1990 253909 89 Green NE Griffin PP Split posterior tibial tendon transfer in spastic cerebral palsy J Bone Joint Surg 1983 6574854 90 Kalen V Bleck EE Prevention of spastic paralytic dislocation of the hip Dev Med Child Neurol 1985 271724 91 Kling TF Kaufer H Hensinger RN Split posterior tibialtendon transfer in children with cerebral spastic paralysis and equinovarus deformity J Bone Joint Surg 1985 67A186 194 92 Moreau M Cook PC Ashton B Adductor and psoas release for subluxation of the hip in children with spastic cerebral palsy J Pediatr Orthop 1995 156726 93 Onimus M Allamel G Manzone P et al Prevention of hip dislocation in cerebral palsy by early psoas and adductor tenotomies J Pediatr Orthop 1991 114325 94 Rinsky LA Surgery of spinal deformity in cerebral palsy Twelve years in the evolution of scoliosis management Clin Orthop 1990 2531009 95 Robb JE Orthopaedic management of cerebral palsy In Bens ON MKD Fixen JA Manicol MF editors Childrens Orthopaedics and Fractures Edinburg Churchill Livingstone 1994 p 2689 96 Rose J Ralston HJ Gamble JG Energetics of walking In Rose J Gamble JG editors Human walking Baltimore Williams Wilkins 1994 p 6570 97 Wills CA Hoffer MM Perry J A comparison of footswitch and EMG analysis of varus deformities of the feet of children with cerebral palsy Dev Med Child Neurol 1988 3022731 Diagnóstico e Tratamento da Espasticidade