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LIPÍDEOS E LIPOPROTEINEMIAS Profª Regina Helena Pires Lipídeos do grego lipos gordura são grupo heterogêneo de substâncias amplamente distribuídas em animais e vegetais cuja característica comum é ser insolúvel ou pouco solúvel em água e solúvel em solventes orgânicos apresentando portanto escassa polaridade Os lipídios resultam da combinação de ácidos graxos com álcoois São portanto ésteres LIPÍDEOS I ÁCIDOS GRAXOS Reprepresentação R COOH onde R é uma cadeia alquila longa A maioria dos ácidos graxos são ácidos monocarboxílicos de cadeia linear que têm de dois a mais de vinte átomos de carbono na cadeia PRINCIPAIS LIPÍDEOS Grau de saturação da cadeia lateral saturados insaturados monoinsaturados polinsaturados Tipo de cadeia lateral linear ramificada cíclica hidroxilada Número de carbonos Necessidade na dieta essenciais não essenciais par ímpar cadeia curta 28C cadeia média 814C cadeia longa 14C PRINCIPAIS LIPÍDEOS ÁCIDOS GRAXOS Estrutura do glicerol PRINCIPAIS LIPÍDEOS II ACILGLICERÓIS l PRINCIPAIS LIPÍDEOS II ACILGLICERÓIS 2 O triglicéride é produto de esterificação de ácido graxo livre com glicerol e pode ser proveniente da alimentação ou produzido no fígado A principal função dos triacilgliceróis é a de reserva de energia e são armazenados nas células do tecido adiposo principalmente sob forma desidratada PRINCIPAIS LIPÍDEOS II ACILGLICERÓIS São derivados cíclicos do isopreno sendo o ciclopentanoperidrofenantreno a estrutura fundamental dos esteróides PRINCIPAIS LIPÍDEOS III ESTERÓIDES O colesterol é o esterol precursor dos demais esteróides PRINCIPAIS LIPÍDEOS III ESTERÓIDES O colesterol é precursor de hormônios esteróides PRINCIPAIS LIPÍDEOS III ESTERÓIDES OH em C7 Os Ácidos Biliares são derivados do colesterol que atuam na digestão de lipídios OH emC3 OH em C12 Carboxila na cadeia lateral PRINCIPAIS LIPÍDEOS OS ESTERÓIDES PRINCIPAIS LIPÍDEOS OS ESTERÓIDES O colesterol é precursor da forma ativa da Vitamina D3 São lipídios que contém fosfato na sua estrutura e por hidrólise liberam 1 mol de glicerol 2 mols de ácidos graxos e 1 mol de ácido fosfórico O glicerol geralmente está ligado a uma base nitrogenada grupamento X através de ponte fosfodiéster PRINCIPAIS LIPÍDEOS IV FOSFOLÍPIDES O termo lipoproteína é empregado não para um composto químico definido mas sim para uma família de partículas cuja finalidade é transportar lípides principalmente triglicérides e colesterol entre órgãos e tecidos A estrutura básica das lipoproteínas é comum a todas variando o tamanho e a proporção entre seus componentes LIPOPROTEÍNAS Uma partícula lipoproteica é composta por um centro contendo lípides apolares triglicérides e ésteres do colesterol e uma membrana de fosfolípides que constitui o limite externo da partícula e sua interface com o plasma Nesta membrana estão inseridas as várias apoproteínas que diferem segundo o tipo de partícula As Lipoproteínas são sintetizadas no fígado eou no intestino LIPOPROTEÍNAS 1 Os quilomícrons derivados da absorção intestinal de triglicérides São as maiores partículas lipoproteicas podendo ter diâmetro de 1 mm e as menos densas devido à alta proporção de lípides até 99 2 As VLDL very low density lipoproteins são mais densas e com maior proporção de proteína São sintetizadas basicamente no fígado para exportação de triglicérides para os tecidos especialmente o tecido adiposo CLASSIFICAÇÃO DAS LIPOPROTEÍNAS Quatro classes principais de lipoproteínas podem ser identificadas baseandose no tamanho da partícula composição química características físico químicas e de flutuação e mobilidade eletroforética 3 As LDL low density lipoproteins são ricas em ésteres de colesterol e são a principal forma de distribuição de colesterol aos vários tecidos onde é necessário para síntese de membranas e hormônios As LDL são captadas pelas células mediante receptores de membrana especiais CLASSIFICAÇÃO DAS LIPOPROTEÍNAS 4 As HDL high density lipoproteins originamse basicamente do fígado e intestino na forma de bicamadas discóides de fosfolípides No plasma captam colesterol não esterificado e o incorporam em seu centro hidrofóbico entregandoo aos hepatócitos para catabolismo Agem portanto como lixeiros de colesterol As HDL são as menores lipoproteínas CLASSIFICAÇÃO DAS LIPOPROTEÍNAS COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS LIPOPROTEINAS Qm VLDL IDL LDL HDL Lpa Proteína 12 6 10 19 1822 45 55 33 Colesterol 13 4 8 9 68 3 5 9 Colesterol esterif 34 16 22 29 4550 15 20 33 Triglicérides 9095 45 65 23 4 8 2 7 3 Fosfolípides 36 15 20 19 1824 26 32 22 APOLIPOPROTEÍNAS São a parte proteica das lipoproteínas Possuem papel importante no transporte de lípides pela ativação ou inibição de enzimas envolvidas no metabolismo lipídico eou ligando lipoproteínas à receptores celulares de superfície As Apoproteínas pertencem a classes designadas por letras A B C D e E Os membros de cada classe recebem números romanos I II III IV e V As apolipoproteínas conferem estabilidade estrutural às lipoproteínas ao mesmo tempo em que determinam o destino metabólico das partículas que as contém Lima E S Couto R D Estrutura metabolismo e funções fisiológicas da lipoproteína de alta densidade J Bras Patol Med Lab v 42 n 3 p 169178 2006 ENZIMAS LIGADAS AO METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS As principais enzimas no metabolismo dos lípides são aLipase lipoproteica LPL hidroliza triglicerídeos nos quilomícrons e na VLDL bLecitinacolesterol aciltransferase LCAT catalisa a esterificação do colesterol promovendo a transferência de ácidos graxos da lecitina para o colesterol resultando na formação de lisolecitina e éster de colesterol Pode também estar envolvida na remoção do excesso de colesterol livre da circulação c Proteína transportadora de ésteres de colesterol CETEP transferência de ésteres de colesterol entre lipoproteínas ricas em TG diminuindo o tamanho da HDL 1 No interior do enterócito no retículo liso os lipídios da dieta são reesterificados No Golgi eles serão organizados em partículas lipoprotéicas chamadas Quilomícrons Nascentes METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS 2 Receptor específico hepático capta os remanescentes dos quilomícrons e sintetizam as VLDL METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS 3 As VLDLs são convertidas em lipoproteínas de densidade intermediária IDL que originam as LDL encarregadas de levar colesterol aos tecidos As LDL também são sintetizadas no fígado O receptor de LDL é responsável pelo clearence do colesterol do sangue e mutações neste gene ou no gene de apolipoproteína B que codifica para LDL ligarse aos receptores podem aumentar a concentração de LDLcolesterol no plasma Mutações que afetam a internalização do receptor de LDL do plasma também têm efeito similar 4 Partículas nascentes de HDL são formadas no fígado e intestino e secretadas para a circulação tendo a aparência discóide Essas HDL nascentes movemse através da circulação e Apo A1 ligase aos fosfolípides das outras lipoproteínas para interiorização de triglicérides através da LPL A seguir os ácidos graxos da lecitina são transferidos para colesterol não esterificado que foi absorvido pela HDL nascente pela ação da lecitinacolesterol acil transferase LCAT ativando apo A1 O colesterol livre é então esterificado pela LCAT do plasma e devido a hidrofobicidade dos ésteres de colesterol eles se movem para o centro da lipoproteína dando a configuração madura da partícula de HDL METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS TRANSPORTE DOS LIPÍDEOS NO SANGUE LIPOPROTEÍNAS HIPERCOLESTEROLEMIA Resultante do acúmulo de lipoproteínas ricas em colesterol como a LDL no compartimento plasmático Pode ser em decorrência de doenças monogênicas ou poligênicas interação entre múltiplos fatores genéticos defeitos no gene receptor de LDL e ambientais HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR Doença autossômica dominante caracterizada por ausência ou disfunção dos receptores das LDL em função de mutações Dividese em Classe 1 ausência de proteínas receptoras Classe 2a bloqueio completo do transporte do receptor entre o retículo endoplasmático e o aparelho de Golgi Classe 2b bloqueio parcial no transporte do receptor Classe 3 incapacidade do receptor se ligar a LDL Classe 4 incapacidade de acumular se no revestimento do receptor para internalização Classe 5 incapacidade de liberação das LDL no interior da célula impedindo a reciclagem do receptor ATEROSCLEROSE O excesso de LDL pode contribuir para a lesão da parede arterial Nesta interação a LDL pode acabar sendo oxidada por radicais livres presentes na célula Esta oxidação aciona o mecanismo de defesa desencadeando um processo inflamatório com infiltração de leucócitos Moléculas inflamatórias acabam por promover a formação de uma capa de coágulos sobre o núcleo lipídico Após algum tempo criase uma placa ateroma no vaso sanguíneo sobre esta placa pode ocorrer uma lenta deposição de cálcio numa tentativa de isolar a área afetada Isto pode interromper o fluxo sanguíneo normal aterosclerose e vir a provocar inúmeras doenças cardíacas De fato a concentração elevada de LDL no sangue é a principal causa de cardiopatias ATEROSCLEROSE DETERMINAÇÕES LABORATORIAIS PERFIL LIPÍDICO COLESTEROL TOTAL CT TRIGLICÉRIDES TG HDL COLESTEROL LDL COLESTEROL VLDL COLESTEROL TG5 CT HDLVLDL Fórmula de Friedewald AMOSTRA SANGUÍNEA COM 1214 HORAS DE JEJUM TESTE SEM FOME Laboratórios começam a mudar exigência para exames retirando jejum ou diminuindo tempo necessário COMO ERA 12 horas Exames como colesterol e hemograma exigiam jejum de 12 horas A análise de colesterol no sangue poderia sofrer alterações por causa da alimentação em especial pela quantidade de gorduras consumida A alimentação deixava o sangue mais turvo e dificultava a identificação dos componentes Exames que ainda requerem jejum Glicemia a ingestão de açúcar modifica o resultado Triglicerídeos essa gordura não é produzida pelo próprio corpo e é absorvida pelo intestino após as refeições COMO É HOJE Agora o sangue é diluído mais vezes durante a análise e são usados novos reagentes que não sofrem interferência da alimentação Para medir o LDL colesterol ruim a técnica que faz a dosagem direta em vez de se basear na contagem de triglicerídes não requer jejum Alguns laboratórios eliminaram o jejum outros o reduziram para 3h ou 4h Exemplos de exames que não necessitam de jejum Hemograma Ureia Sódio potássio Creatinina Hormônios da tireoide COLESTEROL TOTAL Ésteres de colesterol Colesterol Ácidos graxos Esterase Colesterol O2 Colest4enona H2O2 Oxidase 2H2O2 Fenol 4Aminoantipirina Antipiriliquinonimina 4H2O A intensidade da cor vermelha formada é diretamente proporcional à concentração de colesterol na amostra Procedimento manual 1 Tomar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir Branco Amostra Padrão nº 2 Reagente 1 10 mL 2 Misturar e colocar em banhomaria 37 C 10 minutos O nível de água no banho deve ser superior ao nível de reagentes nos tubos de ensaio 3 Determinar as absorbâncias do teste e padrão em 500 nm ou filtro verde 490 a 510 nm acertando o zero com o branco A cor é estável por 60 minutos httpswwwyoutubecomwatchvCzcSbo883828abchannelcamyllaOliveira COLESTEROL HDL httpswwwyoutubecomwatchvxklzBwFblSIabchannelECODiagnC3B3stica triagem O teste é baseado na aceleração da reação da colesterol oxidase e na quebra do HDL seletivamente através de um detergente específico O método utiliza o formato bireagente sendo que na primeira reação o colesterol livre das moléculas nãoHDL colesterol total LDL e VLDL é solubilizado e consumido pelo colesterol oxidase peroxidase e DSBmT em uma reação colorimétrica Na adição do segundo reagente o detergente quebra somente as moléculas de HDL e o HDL Colesterol e é dosado por uma reação com o colesterol esterose colesterol oxidase e o sistema de cromógeno Precipitação das VLDL e LDL Em um tubo 12 x 75 adicionar Soro 025 mL Precipitate 025 mL Agitar vigorosamente durante 30 segundos A agitação sugerida é fundamental para obtenção de resultados consistentes Centrifugar a 3500 rpm por pelo menos 15 minutos para obter um sobrenadante limpo Pipetar o sobrenadante limpo imediatamente após a centrifugação tomando o cuidado para não ressuspender o precipitado a fim de evitar resultados falsamente elevados Colesterol HDL mgdL Absorbância do Teste Absorbância do Padrão x 40 Triglicerídeos Princípio Os triglicerídeos são determinados de acordo com as seguintes reações reactions listed Procedimento Separar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir Amostra 001 mL Padrão 001 mL Reagente 1 10 mL 10 mL 10 mL Misturar e colocar em banho maria a 37C durante 10 minutos O nível da água no banho deve ser superior ao nível dos reagentes nos tubos de ensaio Determinar as absorbâncias do teste e padrão em 505 nm ou filtro verde 490 a 520 acertando o zero com o branco A cor é estável por 60 minutos Triglicerídeos mgdL Absorbância do Teste Absorbância do Padrão x 200 VALORES DE REFERÊNCIA DO COLESTEROL PARA ADULTOS mgdL Ótimo 200 Limítrofes 200 a 239 Alto 240 VALORES DE REFERÊNCIA PARA COLESTEROL Valores de colesterol total e frações considerandose o risco vascular Sociedade Brasileira de Cardiologia 2018
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LIPÍDEOS E LIPOPROTEINEMIAS Profª Regina Helena Pires Lipídeos do grego lipos gordura são grupo heterogêneo de substâncias amplamente distribuídas em animais e vegetais cuja característica comum é ser insolúvel ou pouco solúvel em água e solúvel em solventes orgânicos apresentando portanto escassa polaridade Os lipídios resultam da combinação de ácidos graxos com álcoois São portanto ésteres LIPÍDEOS I ÁCIDOS GRAXOS Reprepresentação R COOH onde R é uma cadeia alquila longa A maioria dos ácidos graxos são ácidos monocarboxílicos de cadeia linear que têm de dois a mais de vinte átomos de carbono na cadeia PRINCIPAIS LIPÍDEOS Grau de saturação da cadeia lateral saturados insaturados monoinsaturados polinsaturados Tipo de cadeia lateral linear ramificada cíclica hidroxilada Número de carbonos Necessidade na dieta essenciais não essenciais par ímpar cadeia curta 28C cadeia média 814C cadeia longa 14C PRINCIPAIS LIPÍDEOS ÁCIDOS GRAXOS Estrutura do glicerol PRINCIPAIS LIPÍDEOS II ACILGLICERÓIS l PRINCIPAIS LIPÍDEOS II ACILGLICERÓIS 2 O triglicéride é produto de esterificação de ácido graxo livre com glicerol e pode ser proveniente da alimentação ou produzido no fígado A principal função dos triacilgliceróis é a de reserva de energia e são armazenados nas células do tecido adiposo principalmente sob forma desidratada PRINCIPAIS LIPÍDEOS II ACILGLICERÓIS São derivados cíclicos do isopreno sendo o ciclopentanoperidrofenantreno a estrutura fundamental dos esteróides PRINCIPAIS LIPÍDEOS III ESTERÓIDES O colesterol é o esterol precursor dos demais esteróides PRINCIPAIS LIPÍDEOS III ESTERÓIDES O colesterol é precursor de hormônios esteróides PRINCIPAIS LIPÍDEOS III ESTERÓIDES OH em C7 Os Ácidos Biliares são derivados do colesterol que atuam na digestão de lipídios OH emC3 OH em C12 Carboxila na cadeia lateral PRINCIPAIS LIPÍDEOS OS ESTERÓIDES PRINCIPAIS LIPÍDEOS OS ESTERÓIDES O colesterol é precursor da forma ativa da Vitamina D3 São lipídios que contém fosfato na sua estrutura e por hidrólise liberam 1 mol de glicerol 2 mols de ácidos graxos e 1 mol de ácido fosfórico O glicerol geralmente está ligado a uma base nitrogenada grupamento X através de ponte fosfodiéster PRINCIPAIS LIPÍDEOS IV FOSFOLÍPIDES O termo lipoproteína é empregado não para um composto químico definido mas sim para uma família de partículas cuja finalidade é transportar lípides principalmente triglicérides e colesterol entre órgãos e tecidos A estrutura básica das lipoproteínas é comum a todas variando o tamanho e a proporção entre seus componentes LIPOPROTEÍNAS Uma partícula lipoproteica é composta por um centro contendo lípides apolares triglicérides e ésteres do colesterol e uma membrana de fosfolípides que constitui o limite externo da partícula e sua interface com o plasma Nesta membrana estão inseridas as várias apoproteínas que diferem segundo o tipo de partícula As Lipoproteínas são sintetizadas no fígado eou no intestino LIPOPROTEÍNAS 1 Os quilomícrons derivados da absorção intestinal de triglicérides São as maiores partículas lipoproteicas podendo ter diâmetro de 1 mm e as menos densas devido à alta proporção de lípides até 99 2 As VLDL very low density lipoproteins são mais densas e com maior proporção de proteína São sintetizadas basicamente no fígado para exportação de triglicérides para os tecidos especialmente o tecido adiposo CLASSIFICAÇÃO DAS LIPOPROTEÍNAS Quatro classes principais de lipoproteínas podem ser identificadas baseandose no tamanho da partícula composição química características físico químicas e de flutuação e mobilidade eletroforética 3 As LDL low density lipoproteins são ricas em ésteres de colesterol e são a principal forma de distribuição de colesterol aos vários tecidos onde é necessário para síntese de membranas e hormônios As LDL são captadas pelas células mediante receptores de membrana especiais CLASSIFICAÇÃO DAS LIPOPROTEÍNAS 4 As HDL high density lipoproteins originamse basicamente do fígado e intestino na forma de bicamadas discóides de fosfolípides No plasma captam colesterol não esterificado e o incorporam em seu centro hidrofóbico entregandoo aos hepatócitos para catabolismo Agem portanto como lixeiros de colesterol As HDL são as menores lipoproteínas CLASSIFICAÇÃO DAS LIPOPROTEÍNAS COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS LIPOPROTEINAS Qm VLDL IDL LDL HDL Lpa Proteína 12 6 10 19 1822 45 55 33 Colesterol 13 4 8 9 68 3 5 9 Colesterol esterif 34 16 22 29 4550 15 20 33 Triglicérides 9095 45 65 23 4 8 2 7 3 Fosfolípides 36 15 20 19 1824 26 32 22 APOLIPOPROTEÍNAS São a parte proteica das lipoproteínas Possuem papel importante no transporte de lípides pela ativação ou inibição de enzimas envolvidas no metabolismo lipídico eou ligando lipoproteínas à receptores celulares de superfície As Apoproteínas pertencem a classes designadas por letras A B C D e E Os membros de cada classe recebem números romanos I II III IV e V As apolipoproteínas conferem estabilidade estrutural às lipoproteínas ao mesmo tempo em que determinam o destino metabólico das partículas que as contém Lima E S Couto R D Estrutura metabolismo e funções fisiológicas da lipoproteína de alta densidade J Bras Patol Med Lab v 42 n 3 p 169178 2006 ENZIMAS LIGADAS AO METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS As principais enzimas no metabolismo dos lípides são aLipase lipoproteica LPL hidroliza triglicerídeos nos quilomícrons e na VLDL bLecitinacolesterol aciltransferase LCAT catalisa a esterificação do colesterol promovendo a transferência de ácidos graxos da lecitina para o colesterol resultando na formação de lisolecitina e éster de colesterol Pode também estar envolvida na remoção do excesso de colesterol livre da circulação c Proteína transportadora de ésteres de colesterol CETEP transferência de ésteres de colesterol entre lipoproteínas ricas em TG diminuindo o tamanho da HDL 1 No interior do enterócito no retículo liso os lipídios da dieta são reesterificados No Golgi eles serão organizados em partículas lipoprotéicas chamadas Quilomícrons Nascentes METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS 2 Receptor específico hepático capta os remanescentes dos quilomícrons e sintetizam as VLDL METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS 3 As VLDLs são convertidas em lipoproteínas de densidade intermediária IDL que originam as LDL encarregadas de levar colesterol aos tecidos As LDL também são sintetizadas no fígado O receptor de LDL é responsável pelo clearence do colesterol do sangue e mutações neste gene ou no gene de apolipoproteína B que codifica para LDL ligarse aos receptores podem aumentar a concentração de LDLcolesterol no plasma Mutações que afetam a internalização do receptor de LDL do plasma também têm efeito similar 4 Partículas nascentes de HDL são formadas no fígado e intestino e secretadas para a circulação tendo a aparência discóide Essas HDL nascentes movemse através da circulação e Apo A1 ligase aos fosfolípides das outras lipoproteínas para interiorização de triglicérides através da LPL A seguir os ácidos graxos da lecitina são transferidos para colesterol não esterificado que foi absorvido pela HDL nascente pela ação da lecitinacolesterol acil transferase LCAT ativando apo A1 O colesterol livre é então esterificado pela LCAT do plasma e devido a hidrofobicidade dos ésteres de colesterol eles se movem para o centro da lipoproteína dando a configuração madura da partícula de HDL METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS TRANSPORTE DOS LIPÍDEOS NO SANGUE LIPOPROTEÍNAS HIPERCOLESTEROLEMIA Resultante do acúmulo de lipoproteínas ricas em colesterol como a LDL no compartimento plasmático Pode ser em decorrência de doenças monogênicas ou poligênicas interação entre múltiplos fatores genéticos defeitos no gene receptor de LDL e ambientais HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR Doença autossômica dominante caracterizada por ausência ou disfunção dos receptores das LDL em função de mutações Dividese em Classe 1 ausência de proteínas receptoras Classe 2a bloqueio completo do transporte do receptor entre o retículo endoplasmático e o aparelho de Golgi Classe 2b bloqueio parcial no transporte do receptor Classe 3 incapacidade do receptor se ligar a LDL Classe 4 incapacidade de acumular se no revestimento do receptor para internalização Classe 5 incapacidade de liberação das LDL no interior da célula impedindo a reciclagem do receptor ATEROSCLEROSE O excesso de LDL pode contribuir para a lesão da parede arterial Nesta interação a LDL pode acabar sendo oxidada por radicais livres presentes na célula Esta oxidação aciona o mecanismo de defesa desencadeando um processo inflamatório com infiltração de leucócitos Moléculas inflamatórias acabam por promover a formação de uma capa de coágulos sobre o núcleo lipídico Após algum tempo criase uma placa ateroma no vaso sanguíneo sobre esta placa pode ocorrer uma lenta deposição de cálcio numa tentativa de isolar a área afetada Isto pode interromper o fluxo sanguíneo normal aterosclerose e vir a provocar inúmeras doenças cardíacas De fato a concentração elevada de LDL no sangue é a principal causa de cardiopatias ATEROSCLEROSE DETERMINAÇÕES LABORATORIAIS PERFIL LIPÍDICO COLESTEROL TOTAL CT TRIGLICÉRIDES TG HDL COLESTEROL LDL COLESTEROL VLDL COLESTEROL TG5 CT HDLVLDL Fórmula de Friedewald AMOSTRA SANGUÍNEA COM 1214 HORAS DE JEJUM TESTE SEM FOME Laboratórios começam a mudar exigência para exames retirando jejum ou diminuindo tempo necessário COMO ERA 12 horas Exames como colesterol e hemograma exigiam jejum de 12 horas A análise de colesterol no sangue poderia sofrer alterações por causa da alimentação em especial pela quantidade de gorduras consumida A alimentação deixava o sangue mais turvo e dificultava a identificação dos componentes Exames que ainda requerem jejum Glicemia a ingestão de açúcar modifica o resultado Triglicerídeos essa gordura não é produzida pelo próprio corpo e é absorvida pelo intestino após as refeições COMO É HOJE Agora o sangue é diluído mais vezes durante a análise e são usados novos reagentes que não sofrem interferência da alimentação Para medir o LDL colesterol ruim a técnica que faz a dosagem direta em vez de se basear na contagem de triglicerídes não requer jejum Alguns laboratórios eliminaram o jejum outros o reduziram para 3h ou 4h Exemplos de exames que não necessitam de jejum Hemograma Ureia Sódio potássio Creatinina Hormônios da tireoide COLESTEROL TOTAL Ésteres de colesterol Colesterol Ácidos graxos Esterase Colesterol O2 Colest4enona H2O2 Oxidase 2H2O2 Fenol 4Aminoantipirina Antipiriliquinonimina 4H2O A intensidade da cor vermelha formada é diretamente proporcional à concentração de colesterol na amostra Procedimento manual 1 Tomar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir Branco Amostra Padrão nº 2 Reagente 1 10 mL 2 Misturar e colocar em banhomaria 37 C 10 minutos O nível de água no banho deve ser superior ao nível de reagentes nos tubos de ensaio 3 Determinar as absorbâncias do teste e padrão em 500 nm ou filtro verde 490 a 510 nm acertando o zero com o branco A cor é estável por 60 minutos httpswwwyoutubecomwatchvCzcSbo883828abchannelcamyllaOliveira COLESTEROL HDL httpswwwyoutubecomwatchvxklzBwFblSIabchannelECODiagnC3B3stica triagem O teste é baseado na aceleração da reação da colesterol oxidase e na quebra do HDL seletivamente através de um detergente específico O método utiliza o formato bireagente sendo que na primeira reação o colesterol livre das moléculas nãoHDL colesterol total LDL e VLDL é solubilizado e consumido pelo colesterol oxidase peroxidase e DSBmT em uma reação colorimétrica Na adição do segundo reagente o detergente quebra somente as moléculas de HDL e o HDL Colesterol e é dosado por uma reação com o colesterol esterose colesterol oxidase e o sistema de cromógeno Precipitação das VLDL e LDL Em um tubo 12 x 75 adicionar Soro 025 mL Precipitate 025 mL Agitar vigorosamente durante 30 segundos A agitação sugerida é fundamental para obtenção de resultados consistentes Centrifugar a 3500 rpm por pelo menos 15 minutos para obter um sobrenadante limpo Pipetar o sobrenadante limpo imediatamente após a centrifugação tomando o cuidado para não ressuspender o precipitado a fim de evitar resultados falsamente elevados Colesterol HDL mgdL Absorbância do Teste Absorbância do Padrão x 40 Triglicerídeos Princípio Os triglicerídeos são determinados de acordo com as seguintes reações reactions listed Procedimento Separar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir Amostra 001 mL Padrão 001 mL Reagente 1 10 mL 10 mL 10 mL Misturar e colocar em banho maria a 37C durante 10 minutos O nível da água no banho deve ser superior ao nível dos reagentes nos tubos de ensaio Determinar as absorbâncias do teste e padrão em 505 nm ou filtro verde 490 a 520 acertando o zero com o branco A cor é estável por 60 minutos Triglicerídeos mgdL Absorbância do Teste Absorbância do Padrão x 200 VALORES DE REFERÊNCIA DO COLESTEROL PARA ADULTOS mgdL Ótimo 200 Limítrofes 200 a 239 Alto 240 VALORES DE REFERÊNCIA PARA COLESTEROL Valores de colesterol total e frações considerandose o risco vascular Sociedade Brasileira de Cardiologia 2018