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ENSINO REMOTO E EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA EM TEMPOS DE PANDEMIA Maria José Sousa da Silva 1 Luciene Fabrizia Alves do Nascimento 2 Pedro Wallas Soares de Araújo Felix 3 RESUMO Diante do cenário que se instaurou em 2020 através do COVID 19 é fundamental discutirmos os propósitos da educação e do ensino remoto Este trabalho tem como objetivo a fazer uma discussão acerta do ensino remoto no período da pandemia 2020 as práticas metodológicas adotadas pelas escolas e professores e ainda as dificuldades que alunos e professores enfrentaram ao longo desse período enfatizando ainda a importância da educação geográfica neste modelo de ensino Para tanto a discussão aqui proposta partiu da leitura bibliográfica e das experiências pessoais dos autores relacionadas ao ensino remoto durante o período de pandemia Percebese diante do que foi discutido ao longo do texto a importância do conhecimento geográfico para a formação dos alunos na perspectiva de preparálos para a leitura dos acontecimentos que os cercam e da realidade em que estão inseridos Palavraschave Ensino de Geografia Ensino remoto COVID 19 Educação INTRODUÇÃO A forma como o contexto da pandemia afetou as diversas áreas da sociedade em especial o cotidiano escolar reafirmou alguns questionamentos acerca da função social da escola e dos conhecimentos ali produzidos pois entendemos que a escola é um espaço além de várias outras funções de produção de conhecimento 1 Mestranda do Curso de Geografia da Universidade Federal da Paraíba UFPB mariasilvageogmailcom 2 Mestranda do Curso de Geografia da Universidade Federal da Paraíba UFPB fabriziaalves99hotmailcom 3 Mestrando do Curso de Geografia da Universidade Federal da Paraíba UFPB pedrowsafhotmailcom Cavalcanti 2002 p 33 destaca que a escola é um lugar de encontro de culturas de saberes de saberes científicos e cotidianos para além dos seus muros estrutura física a escola também é palco de relações sociais ou poderíamos dizer socioespaciais Desta forma um dos grandes desafios da escola neste momento neste contexto de pandemia e ensino remoto seria manter a ideia da importância socioespacial da escola seu papel na formação de uma sociedade crítica e para isso os conhecimentos geográficos apresentamse como fundamentais pois possuem o papel de instrumentalizar o aluno na compreensão do espaço e toda a dinâmica que o envolve Essas mudanças no cotidiano escolar nos últimos meses trouxeram novos desafios ao processo de ensinoaprendizagem desafios antes já questionados tais como o que ensinar e como ensinar Dessa forma o atual contexto evidencia algumas dificuldades já enfrentadas pela escola pelas disciplinas em geral e também no ensino de Geografia Desta forma esse artigo se propõe a fazer uma discussão acerta do ensino remoto no período da pandemia 2020 as práticas metodológicas adotadas pelas escolas e professores e ainda as dificuldades que alunos e professores enfrentaram ao longo desse período enfatizando ainda a importância da educação geográfica neste modelo de ensino Para tanto a discussão aqui proposta partiu da leitura bibliográfica e das experiências pessoais dos autores relacionadas ao ensino remoto durante o período de pandemia ENSINO REMOTO E O USO DE TECNOLOGIAS A forma como se deu a instauração do ensino remoto sem um planejamento prévio sem discussão acerca de sua aplicação sem uma preparação dos profissionais envolvidos sobretudo os mais interessados os professores trouxe consigo uma série de dificuldades que evidenciam a falta de preparação do sistema educacional brasileiro sobretudo em momentos de crise como este Vivemos um contexto em que o professor teve que readaptar reinventar sua prática de ensino seu ambiente de trabalho seu tempo e toda a sua agenda de trabalho para atender as novas demandas educacionais Os alunos de todas as idades alguns com pouco ou nenhum entendimento real do que estamos vivendo viram suas rotinas de estudo adaptas ao modelo remoto ao estudar sozinho ou com algum familiar ao fato de ver o professor através da tela algumas vezes na semana O ensino remoto impõe a necessidade do manuseio de tecnologias o que requer um conhecimento básico acerca do funcionamento de aparelhos tais como computadores e celulares bem como do acesso à internet A discussão acerca do uso de tecnologias no ensino não é nova podemos consultala em Cavalcanti 2002 Libâneo 2011 Kenski 2012 entre outros Essa discussão quase sempre está atrelada a falta de preparação dos docentes para o uso das tecnologias e a real função dessas no processo de ensino aprendizagem No atual cenário em que todo o processo de ensino se dá por meio de tecnologias nos vem o questionamento como os professores estão conseguindo lidar com essa realidade De que forma estes profissionais muitos formados há vários anos estão conseguindo atender as novas exigências educacionais Como acontece na realidade o processo de ensinoaprendizagem Existe aprendizagem Não é nossa intenção aqui dar respostas a todas estas perguntas mas promover uma reflexão acerca das mesmas e da forma como essa adaptação da escola ao contexto da pandemia e a instauração do ensino remoto realmente contribuem ou não para a formação dos alunos Todo o mundo foi afetado por este contexto de pandemia porém o Brasil vive uma das situações mais preocupantes não apenas pelo crescente número de casos do Covid 19 e vítimas fatais mas também pela instabilidade política e governamental em que estamos vivendo A educação foi fortemente afetada por causa dessa instabilidade uma que as diretrizes adotadas por cada escola sistema de ensino e até mesmo estados e municípios não possuem uma orientação base visto que em um momento como esse tivemos a troca de diversos representantes ministros e sobretudo o os da educação A falta de diretrizes obrigam as escolas a adaptarem seu cotidiano de acordo com a realidade em que estão inseridas algumas com mais preparo e aparato tecnológico fruto das condições de seu público como é o caso das escolas da rede particular tiveram seu horário e cotidiano adaptados ao novo sistema enquanto isso existem escolas que continuam paradas por falta de recursos A falta de acesso a recursos básicos pelos alunos para o desenvolvimento das aulas remotas tais como computador ou celular e internet faz com que algumas escolas permaneçam paradas ou busquem alternativas para manter o contato com os alunos alternativas como serviço delivery de atividades no qual os professores e funcionários de algumas escolas levam atividades aos alunos em sua própria casa para manter o contato da escola com estes e manter o desenvolvimento das atividades Essa realidade nos traz a outra reflexão que tipo de conhecimentos estão sendo construídos nesse modelo de ensino Realmente há aprendizagem Diante desse pensamento Selbach 2010 discute que uma pessoa somente aprende quando pode atribuir significação ao que aprendeu no entanto no contexto atual é no mínimo difícil atribuir significado aos conteúdos e conhecimentos que estão sendo construídos ou não neste momento Além dessas dificuldades é necessário destacar que alunos e professores também estão envolvidos nesse processo de pandemia vivendo não apenas o isolamento mas a possibilidade de contágio de perder algum familiar alguém próximo e todos os processos emocionais que este momento envolve Isso compromete não apenas o andamento das aulas mas também a concentração dedicação e execução das atividades em geral tanto de alunos quanto de professores A preocupação em manter as escolas funcionando voltar as aulas mesmo que de maneira remota se sobressaiu a preocupação com todo o caos social porque não violência social em que estamos vivendo as dificuldades enfrentadas pelos professores e alunos a falta de recursos o fato de que uma boa parte dos alunos não possuem recursos para acompanhar o modelo de ensino remoto a situação de alunos que estão vivendo com o mínimo necessário a sobrevivência visto que muitos pais perderam seus empregos e junto a isso vem a falta de alimentos remédios recursos para suprir necessidades para o funcionamento e uma casa A questão que se discute é que a escola não parou slogan muitas vezes utilizado até pelo setor empresarial sem refletir nos impactos que esse processo está tendo no cotidiano de professores e alunos em meio a esta pandemia Os principais impactados com toda essa dinâmica e que na maioria das vezes não possuem vez ou voz Professores e alunos tiveram suas funções deturpadas pelo novo formato de ensino remoto as tecnologias agora ocupam o espaço que antes era ocupado pelas relações sociais o diálogo agora é através das telas a troca de informações os questionamentos quando ocorrem é por meio de chats e plataformas desta forma professores acabam se configurando como produtores de atividades de conteúdos de vídeos Sua função vai além do planejamento pedagógico agora também é necessário que o docente tenha conhecimentos básicos sobre edição e postagem de vídeos postagem etc Os alunos que antes tinham o apoio do professor e dos colegas no desenvolvimento das atividades agora precisam se adequar as atividades online com o acompanhamento dos pais quando estes conseguem dar suporte muitos sem nenhuma condição de dar conta de toda a carga de atividades que recebem semanalmente isso quando estes alunos possuem acesso à internet Outro fator a ser considerado é a questão da qualidade do ensino que está sendo ofertado se é que assim podemos classificar Tratase de um ensino pautado na postagem de atividades no tempo reduzido quando há encontros online entre professores e alunos ensino conteudista sobretudo nas escolas particulares uma vez que estas buscam seguir os manuais didáticos à risca devido a necessidade de comprovação do uso destes materiais Esse modelo de ensino em que o professor posta conteúdos vídeos e atividades e cabe ao aluno a função de receber todo esse material carga de informações e processar tudo em um limite de tempo prestando contas de tudo ao professor que também precisa corrigir tudo e prestar contas a direção ou coordenação da escola É válido lembrar com base nas palavras de Paulo Freire 1996 que ensinar não é transferir conhecimento que os alunos possuem uma participação fundamental no processo de ensinoaprendizagem e que a mediação do conhecimento pelo professor conta como ponto fundamental o diálogo as relações sociais que são estabelecidas no ambiente escolar em uma sala de aula Utilizando ainda a concepção de Freire 1994 esse modelo de ensino muito se semelha a concepção bancária na educação na qual esta se constitui no ato de depositar conteúdos de transferir conhecimentos de transmitir valores do professor para o aluno Esse modelo tanto criticado na educação brasileira nos últimos anos agora se apresenta como sendo o novo normal da educação nesse contexto de pandemia Dessa forma o ensino remoto reforça não apenas a fragilidade da escola neste momento de crise mas também a fragilidade do Estado em promover ensino de qualidade dos órgãos públicos responsáveis de promover igualdade no acesso aos meios para a educação Não considerando as especificidades de cada escola de cada lugar do nosso país Pois as medidas adotadas em todo país servem apenas para evidenciar as desigualdades socioespaciais em que vivenciamos no Brasil Sobre esse pensamento Ferreira e Tonin 2020 p 29 afirmam que há um simplismo tanto nas possibilidades que cada escola tem para disponibilizar este tipo de ensino como das diferenças internas existentes nas condições de aprendizagem dos estudantes que já são desafios cotidianos na forma presencial Nas discussões e pesquisas acerca do ensino remoto necessitamos considerar que cada escola possui circunstancias específicas cada cidade cada estado apresentam situações diferentes e condições específicas de funcionamento No entanto ao se adotar medidas únicas para todo o território nacional não se considera essas questões e a escola acaba sendo imposta a situações na qual se vê obrigada a funcionar de maneira precária sem condições de atender e dar suporte aos sujeitos que a compõe Assim os principais afetados por esse contexto alunos e professores acabam por ser avaliados pela lei da meritocracia na qual o professor por meio de uma educação baseada em um modelo industrial não pode parar de produzir não pode diminuir o ritmo da produção não importam as condições Ao aluno cabe a função de cumprir uma quantidade cada vez maior de tarefas quando tem acesso não importa se estas fazem ou não sentido em sua vida sobretudo neste momento não importa se eles fazem ou não reflexão do contexto em que estão inseridos o que é importante é manter a escola funcionando e cada um que acompanhe seu ritmo ENSINO DE GEOGRAFIA EM TEMPOS DE PANDEMIA O ensino de geografia na educação básica é um conhecimento fundamental para a formação criticocidadã do aluno Conforme concorda Callai 2011 o conhecimento geográfico em sala de aula permite ao aluno a possibilidade de construir as bases de sua inserção no mundo em que vive e compreender a dinâmica do mesmo através do entendimento da sua espacialidade A educação geográfica dá conta de instrumentalizar o educando a leitura do espaço e de toda a dinâmica que o envolve Diante do cenário de pandemia vivido este ano de 2020 o conhecimento geográfico é permite ao aluno a compreensão da dinâmica de tudo o que está acontecendo no mundo partindo do entendimento da realidade local até a global Este período pandêmico também tem revelado discussões e problemas há muito enfatizados pela geografia seja nas universidades ou na própria escola Questões como desigualdade social avanços e uso de tecnologias a importância da escola para a sociedade e a importância das instituições públicas para a manutenção dos direitos sociais Diante desses problemas é necessário refletir acerca de que conhecimentos são importantes e como trabalhar tais conhecimentos com os alunos diante do ensino remoto Neste sentido o ensino de Geografia nos permite relacionar a dinâmica do vírus no espaço geográfico e como esse processo delineou e descortinou ainda mais as desigualdades sócias e tecnológicas para o acesso à educação Por isso a educação geográfica tem a função social de levar os alunos a refletir sobre como o espaço globalizado teve um papel fundamental para a expansão do vírus pelo mundo como também compreender como o conceito espacial se materializa no lugar de vivência pois conforme concorda Cavalcanti 2014 a geografia na escola tem o propósito de contribuir para que os alunos desenvolvam o modo de pensar espacialmente A educação geográfica tem também o papel de formar a criticidade dos alunos por meio da análise espacial contemplando a problemática já afirmada anteriormente a saber as desigualdades que permeiam o espaço da sociedade Tendo como um dos pressupostos levar os sujeitos a entender seu lugar a dinâmica imposta pelo processo neoliberal nesse momento de pandemia tendo o que Cavalcanti 2014 e Santos 2017 chamam de espaços desiguais relacionando essa dinâmica para as cidades as relações de poder e exclusão que estão inseridos os alunos constituindo o olhar geográfico e por conseguinte cidadania Diante da proporção que o COVID 19 tomou acompanhamos diversos aspectos da sociedade sendo afetados a economia mundial sofreu fortes abalos o fluxo de pessoas e mercadorias foi afetado as instituições públicas e privadas se viram obrigadas a alterar sua dinâmica de funcionamento presenciamos o caos nos hospitais e na saúde pública em geral Todas essas mudanças alteraram de forma significativa a dinâmica espacial do mundo no ano de 2020 de forma que o conhecimento geográfico se apresenta como fundamental para a leitura de todo esse contexto vivido pela sociedade mundial CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do exposto ao longo deste trabalho percebemos que as mudanças acarretadas pela pandemia trouxeram proporções inimagináveis para toda população Dentre as instituições afetadas as escolas públicas são as que mais sofrem pois não detinham a estrutura para proporcionar a continuação das aulas por meio remoto visto a desigualdade vigente desse sistema capitalista as quais estão inseridas Os professores e alunos se veem numa situação totalmente atípica tendo alguns que se adaptarem para conseguir lecionar e aprender de forma remota O ensino remoto dentro do contexto pandêmico vivido mostrase fundamental para a continuação das aulas Porém não existia uma preparação para maior parte dos professores tendo estes que modificar suas metodologias de ensino para se adaptar a presente virtualidade e ao novo formato de aulas Os alunos também tiveram que se adequar a essa mudança brutal nas relações entre alunoprofessor e os diversos problemas discutidos aqui evidenciaram a fragilidade do cenário escolar para adaptações drásticas Os sujeitos que compõem a escola no caso professores e alunos ficaram reféns de um sistema educacional desestruturado que na maior parte das vezes não possibilita os equipamentos necessários para ocorrer o ensino remoto Mas quando ocorrem as aulas virtuais evidenciase como foi isso exposto a debilidade do ensino virtual que não substitui a convivência em sala de aula no chão da escola sendo este último primordial para o avanço do indivíduo intelectualmente e no seu convívio social O ensino virtual deveria ser tratado como algo efêmero estando no momento como algo necessário apenas pela questão de saúde É intrinsicamente importante a sala de aula para harmonia entre os indivíduos pois será nesse sistema educacional que eles vão ser moldados enquanto cidadãos A precariedade do ensino virtual não consegue proporcionar tamanha contribuição sua utilização está ligada a transitoriedade do momento sanitário grave vivido Diante do exposto ressaltase que as escolas contêm alguns problemas estruturais já discutidos e reconhecidos em sociedade mas ainda se constitui como principal meio de formação intelectual e cidadã dos sujeitos proporcionando relações muito importantes para o progresso da sociedade Nesse contexto as aulas não podem ser reduzidas ao mero e frágil ensino remoto tendo que ser ressaltada sua abrangência e seus significados para o cotidiano e aprimoramento de várias pessoas Do ponto de vista geográfico ressaltase a necessidade de instrumentalizar o aluno nesse ensino remoto a entender todo o contexto que ele está vivendo contexto de saúde pública de desigualdades sociais de busca por uma solução de tensão pela perda de recursos em sua família pela falta de bens necessários a sobrevivência etc Enfim o conhecimento geográfico em sala de aula precisa dar conta de preparar o aluno para a leitura compreensão e atuação no mundo em que ele está inserido sobretudo diante de um contexto tão complexo quanto o vivido no presente momento de 2020 Desta forma este trabalho abre a possibilidade de futuras discussões acerca do tema aqui proposto pois através da discussão e do diálogo poderemos acreditar em melhorias significativas na educação brasileira e no ensino de geografia na educação básica REFERÊNCIAS CALLAI H C O conhecimento geográfico e a formação do professor de geografia Revista Geográfica de América Central Número Especial EGAL 2011 Costa Rica II Semestre 2011 CAVALCANTI L de S Geografia e práticas de ensino Goiânia Alternativa 2002 CAVALCANTI L de S A Metrópole Em Foco No Ensino De Geografia o quepara quepara quem ensinar In PAULA F M de A SOUZA V C de CAVALCANTI L de S Orgs Ensino de Geografia e metrópole Goiânia Gráfica e Editora América 2014 FERREIRA D S TONINI I M Há uma escola como lugar em período de pandemia Revista Ensaios de Geografia Niterói vol 5 nº 10 p 2732 julho de 2020 FREIRE P Pedagogia da autonomia saberes necessários à prática educativa São Paulo Paz e Terra 1996 FREIRE P Pedagogia do Oprimido Rio de janeiro Paz e Terra 1994 KENSKI V M Educação e tecnologias o novo ritmo da informação Campinas Editora Papirus 2012 LIBÂNEO J C Adeus Professor Adeus Professora Novas exigências educacionais e profissão docente 13 ed São Paulo Cortez 2011 SANTOS M A Natureza do Espaço técnica e tempo razão e emoção São Paulo 4ed 2017 SELBACH S supervisora geral Geografia e Didática Petrópolis RJ Vozes 2010 Coleção Como Bem Ensinar coordenação Celso Antunes
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cercam e da realidade em que estão inseridos Palavraschave Ensino de Geografia Ensino remoto COVID 19 Educação INTRODUÇÃO A forma como o contexto da pandemia afetou as diversas áreas da sociedade em especial o cotidiano escolar reafirmou alguns questionamentos acerca da função social da escola e dos conhecimentos ali produzidos pois entendemos que a escola é um espaço além de várias outras funções de produção de conhecimento 1 Mestranda do Curso de Geografia da Universidade Federal da Paraíba UFPB mariasilvageogmailcom 2 Mestranda do Curso de Geografia da Universidade Federal da Paraíba UFPB fabriziaalves99hotmailcom 3 Mestrando do Curso de Geografia da Universidade Federal da Paraíba UFPB pedrowsafhotmailcom Cavalcanti 2002 p 33 destaca que a escola é um lugar de encontro de culturas de saberes de saberes científicos e cotidianos para além dos seus muros estrutura física a escola também é palco de relações sociais ou poderíamos dizer socioespaciais Desta forma um dos grandes desafios da escola neste momento neste contexto de pandemia e ensino remoto seria manter a ideia da importância socioespacial da escola seu papel na formação de uma sociedade crítica e para isso os conhecimentos geográficos apresentamse como fundamentais pois possuem o papel de instrumentalizar o aluno na compreensão do espaço e toda a dinâmica que o envolve Essas mudanças no cotidiano escolar nos últimos meses trouxeram novos desafios ao processo de ensinoaprendizagem desafios antes já questionados tais como o que ensinar e como ensinar Dessa forma o atual contexto evidencia algumas dificuldades já enfrentadas pela escola pelas disciplinas em geral e também no ensino de Geografia Desta forma esse artigo se propõe a fazer uma discussão acerta do ensino remoto no período da pandemia 2020 as práticas metodológicas adotadas pelas escolas e professores e ainda as dificuldades que alunos e professores enfrentaram ao longo desse período enfatizando ainda a importância da educação geográfica neste 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professor através da tela algumas vezes na semana O ensino remoto impõe a necessidade do manuseio de tecnologias o que requer um conhecimento básico acerca do funcionamento de aparelhos tais como computadores e celulares bem como do acesso à internet A discussão acerca do uso de tecnologias no ensino não é nova podemos consultala em Cavalcanti 2002 Libâneo 2011 Kenski 2012 entre outros Essa discussão quase sempre está atrelada a falta de preparação dos docentes para o uso das tecnologias e a real função dessas no processo de ensino aprendizagem No atual cenário em que todo o processo de ensino se dá por meio de tecnologias nos vem o questionamento como os professores estão conseguindo lidar com essa realidade De que forma estes profissionais muitos formados há vários anos estão conseguindo atender as novas exigências educacionais Como acontece na realidade o processo de ensinoaprendizagem Existe aprendizagem Não é nossa intenção aqui dar respostas a todas estas perguntas mas promover uma reflexão acerca das mesmas e da forma como essa adaptação da escola ao contexto da pandemia e a instauração do ensino remoto realmente contribuem ou não para a formação dos alunos Todo o mundo foi afetado por este contexto de pandemia porém o Brasil vive uma das situações mais preocupantes não apenas pelo crescente número de casos do Covid 19 e vítimas fatais mas também pela instabilidade política e governamental em que estamos vivendo A educação foi fortemente afetada por causa dessa instabilidade uma que as diretrizes adotadas por cada escola sistema de ensino e até mesmo estados e municípios não possuem uma orientação base visto que em um momento como esse tivemos a troca de diversos representantes ministros e sobretudo o os da educação A falta de diretrizes obrigam as escolas a adaptarem seu cotidiano de acordo com a realidade em que estão inseridas algumas com mais preparo e aparato tecnológico fruto das condições de seu público como é o caso das escolas da rede particular tiveram seu horário e cotidiano adaptados ao novo sistema enquanto isso existem escolas que continuam paradas por falta de recursos A falta de acesso a recursos básicos pelos alunos para o desenvolvimento das aulas remotas tais como computador ou celular e internet faz com que algumas escolas permaneçam paradas ou busquem alternativas para manter o contato com os alunos alternativas como serviço delivery de atividades no qual os professores e funcionários de algumas escolas levam atividades aos alunos em sua própria casa para manter o contato da escola com estes e manter o desenvolvimento das atividades Essa realidade nos traz a outra reflexão que tipo de conhecimentos estão sendo construídos nesse modelo de ensino Realmente há aprendizagem Diante desse pensamento Selbach 2010 discute que uma pessoa somente aprende quando pode atribuir significação ao que aprendeu no entanto no contexto atual é no mínimo difícil atribuir significado aos conteúdos e conhecimentos que estão sendo construídos ou não neste momento Além dessas dificuldades é necessário destacar que alunos e professores também estão envolvidos nesse processo de pandemia vivendo não apenas o isolamento mas a possibilidade de contágio de perder algum familiar alguém próximo e todos os processos emocionais que este momento envolve Isso compromete não apenas o andamento das aulas mas também a concentração dedicação e execução das atividades em geral tanto de alunos quanto de professores A preocupação em manter as escolas funcionando voltar as aulas mesmo que de maneira remota se sobressaiu a preocupação com todo o caos social porque não violência social em que estamos vivendo as dificuldades enfrentadas pelos professores e alunos a falta de recursos o fato de que uma boa parte dos alunos não possuem recursos para acompanhar o modelo de ensino remoto a situação de alunos que estão vivendo com o mínimo necessário a sobrevivência visto que muitos pais perderam seus empregos e junto a isso vem a falta de alimentos remédios recursos para suprir necessidades para o funcionamento e uma casa A questão que se discute é que a escola não parou slogan muitas vezes utilizado até pelo setor empresarial sem refletir nos impactos que esse processo está tendo no cotidiano de professores e alunos em meio a esta pandemia Os principais impactados com toda essa dinâmica e que na maioria das vezes não possuem vez ou voz Professores e alunos tiveram suas funções deturpadas pelo novo formato de ensino remoto as tecnologias agora ocupam o espaço que antes era ocupado pelas relações sociais o diálogo agora é através das telas a troca de informações os questionamentos quando ocorrem é por meio de chats e plataformas desta forma professores acabam se configurando como produtores de atividades de conteúdos de vídeos Sua função vai além do planejamento pedagógico agora também é necessário que o docente tenha conhecimentos básicos sobre edição e postagem de vídeos postagem etc Os alunos que antes tinham o apoio do professor e dos colegas no desenvolvimento das atividades agora precisam se adequar as atividades online com o acompanhamento dos pais quando estes conseguem dar suporte muitos sem nenhuma condição de dar conta de toda a carga de atividades que recebem semanalmente isso quando estes alunos possuem acesso à internet Outro fator a ser considerado é a questão da qualidade do ensino que está sendo ofertado se é que assim podemos classificar Tratase de um ensino pautado na postagem de atividades no tempo reduzido quando há encontros online entre professores e alunos ensino conteudista sobretudo nas escolas particulares uma vez que estas buscam seguir os manuais didáticos à risca devido a necessidade de comprovação do uso destes materiais Esse modelo de ensino em que o professor posta conteúdos vídeos e atividades e cabe ao aluno a função de receber todo esse material carga de informações e processar tudo em um limite de tempo prestando contas de tudo ao professor que também precisa corrigir tudo e prestar contas a direção ou coordenação da escola É válido lembrar com base nas palavras de Paulo Freire 1996 que ensinar não é transferir conhecimento que os alunos possuem uma participação fundamental no processo de ensinoaprendizagem e que a mediação do conhecimento pelo professor conta como ponto fundamental o diálogo as relações sociais que são estabelecidas no ambiente escolar em uma sala de aula Utilizando ainda a concepção de Freire 1994 esse modelo de ensino muito se semelha a concepção bancária na educação na qual esta se constitui no ato de depositar conteúdos de transferir conhecimentos de transmitir valores do professor para o aluno Esse modelo tanto criticado na educação brasileira nos últimos anos agora se apresenta como sendo o novo normal da educação nesse contexto de pandemia Dessa forma o ensino remoto reforça não apenas a fragilidade da escola neste momento de crise mas também a fragilidade do Estado em promover ensino de qualidade dos órgãos públicos responsáveis de promover igualdade no acesso aos meios para a educação Não considerando as especificidades de cada escola de cada lugar do nosso país Pois as medidas adotadas em todo país servem apenas para evidenciar as desigualdades socioespaciais em que vivenciamos no Brasil Sobre esse pensamento Ferreira e Tonin 2020 p 29 afirmam que há um simplismo tanto nas possibilidades que cada escola tem para disponibilizar este tipo de ensino como das diferenças internas existentes nas condições de aprendizagem dos estudantes que já são desafios cotidianos na forma presencial Nas discussões e pesquisas acerca do ensino remoto necessitamos considerar que cada escola possui circunstancias específicas cada cidade cada estado apresentam situações diferentes e condições específicas de funcionamento No entanto ao se adotar medidas únicas para todo o território nacional não se considera essas questões e a escola acaba sendo imposta a situações na qual se vê obrigada a funcionar de maneira precária sem condições de atender e dar suporte aos sujeitos que a compõe Assim os principais afetados por esse contexto alunos e professores acabam por ser avaliados pela lei da meritocracia na qual o professor por meio de uma educação baseada em um modelo industrial não pode parar de produzir não pode diminuir o ritmo da produção não importam as condições Ao aluno cabe a função de cumprir uma quantidade cada vez maior de tarefas quando tem acesso não importa se estas fazem ou não sentido em sua vida sobretudo neste momento não importa se eles fazem ou não reflexão do contexto em que estão inseridos o que é importante é manter a escola funcionando e cada um que acompanhe seu ritmo ENSINO DE GEOGRAFIA EM TEMPOS DE PANDEMIA O ensino de geografia na educação básica é um conhecimento fundamental para a formação criticocidadã do aluno Conforme concorda Callai 2011 o conhecimento geográfico em sala de aula permite ao aluno a possibilidade de construir as bases de sua inserção no mundo em que vive e compreender a dinâmica do mesmo através do entendimento da sua espacialidade A educação geográfica dá conta de instrumentalizar o educando a leitura do espaço e de toda a dinâmica que o envolve Diante do cenário de pandemia vivido este ano de 2020 o conhecimento geográfico é permite ao aluno a compreensão da dinâmica de tudo o que está acontecendo no mundo partindo do entendimento da realidade local até a global Este período pandêmico também tem revelado discussões e problemas há muito enfatizados pela geografia seja nas universidades ou na própria escola Questões como desigualdade social avanços e uso de tecnologias a importância da escola para a sociedade e a importância das instituições públicas para a manutenção dos direitos sociais Diante desses problemas é necessário refletir acerca de que conhecimentos são importantes e como trabalhar tais conhecimentos com os alunos diante do ensino remoto Neste sentido o ensino de Geografia nos permite relacionar a dinâmica do vírus no espaço geográfico e como esse processo delineou e descortinou ainda mais as desigualdades sócias e tecnológicas para o acesso à educação Por isso a educação geográfica tem a função social de levar os alunos a refletir sobre como o espaço globalizado teve um papel fundamental para a expansão do vírus pelo mundo como também compreender como o conceito espacial se materializa no lugar de vivência pois conforme concorda Cavalcanti 2014 a geografia na escola tem o propósito de contribuir para que os alunos desenvolvam o modo de pensar espacialmente A educação geográfica tem também o papel de formar a criticidade dos alunos por meio da análise espacial contemplando a problemática já afirmada anteriormente a saber as desigualdades que permeiam o espaço da sociedade Tendo como um dos pressupostos levar os sujeitos a entender seu lugar a dinâmica imposta pelo processo neoliberal nesse momento de pandemia tendo o que Cavalcanti 2014 e Santos 2017 chamam de espaços desiguais relacionando essa dinâmica para as cidades as relações de poder e exclusão que estão inseridos os alunos constituindo o olhar geográfico e por conseguinte cidadania Diante da proporção que o COVID 19 tomou acompanhamos diversos aspectos da sociedade sendo afetados a economia mundial sofreu fortes abalos o fluxo de pessoas e mercadorias foi afetado as instituições públicas e privadas se viram obrigadas a alterar sua dinâmica de funcionamento presenciamos o caos nos hospitais e na saúde pública em geral Todas essas mudanças alteraram de forma significativa a dinâmica espacial do mundo no ano de 2020 de forma que o conhecimento geográfico se apresenta como fundamental para a leitura de todo esse contexto vivido pela sociedade mundial CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do exposto ao longo deste trabalho percebemos que as mudanças acarretadas pela pandemia trouxeram proporções inimagináveis para toda população Dentre as instituições afetadas as escolas públicas são as que mais sofrem pois não detinham a estrutura para proporcionar a continuação das aulas por meio remoto visto a desigualdade vigente desse sistema capitalista as quais estão inseridas Os professores e alunos se veem numa situação totalmente atípica tendo alguns que se adaptarem para conseguir lecionar e aprender de forma remota O ensino remoto dentro do contexto pandêmico vivido mostrase fundamental para a continuação das aulas Porém não existia uma preparação para maior parte dos professores tendo estes que modificar suas metodologias de ensino para se adaptar a presente virtualidade e ao novo formato de aulas Os alunos também tiveram que se adequar a essa mudança brutal nas relações entre alunoprofessor e os diversos problemas discutidos aqui evidenciaram a fragilidade do cenário escolar para adaptações drásticas Os sujeitos que compõem a escola no caso professores e alunos ficaram reféns de um sistema educacional desestruturado que na maior parte das vezes não possibilita os equipamentos necessários para ocorrer o ensino remoto Mas quando ocorrem as aulas virtuais evidenciase como foi isso exposto a debilidade do ensino virtual que não substitui a convivência em sala de aula no chão da escola sendo este último primordial para o avanço do indivíduo intelectualmente e no seu convívio social O ensino virtual deveria ser tratado como algo efêmero estando no momento como algo necessário apenas pela questão de saúde É intrinsicamente importante a sala de aula para harmonia entre os indivíduos pois será nesse sistema educacional que eles vão ser moldados enquanto cidadãos A precariedade do ensino virtual não consegue proporcionar tamanha contribuição sua utilização está ligada a transitoriedade do momento sanitário grave vivido Diante do exposto ressaltase que as escolas contêm alguns problemas estruturais já discutidos e reconhecidos em sociedade mas ainda se constitui como principal meio de formação intelectual e cidadã dos sujeitos proporcionando relações muito importantes para o progresso da sociedade Nesse contexto as aulas não podem ser reduzidas ao mero e frágil ensino remoto tendo que ser ressaltada sua abrangência e seus significados para o cotidiano e aprimoramento de várias pessoas Do ponto de vista geográfico ressaltase a necessidade de instrumentalizar o aluno nesse ensino remoto a entender todo o contexto que ele está vivendo contexto de saúde pública de desigualdades sociais de busca por uma solução de tensão pela perda de recursos em sua família pela falta de bens necessários a sobrevivência etc Enfim o conhecimento geográfico em sala de aula precisa dar conta de preparar o aluno para a leitura compreensão e atuação no mundo em que ele está inserido sobretudo diante de um contexto tão complexo quanto o vivido no presente momento de 2020 Desta forma este trabalho abre a possibilidade de futuras discussões acerca do tema aqui proposto pois através da discussão e do diálogo poderemos acreditar em melhorias significativas na educação brasileira e no ensino de geografia na educação básica REFERÊNCIAS CALLAI H C O conhecimento geográfico e a formação do professor de geografia Revista Geográfica de América Central Número Especial EGAL 2011 Costa Rica II Semestre 2011 CAVALCANTI L de S Geografia e práticas de ensino Goiânia Alternativa 2002 CAVALCANTI L de S A Metrópole Em Foco No Ensino De Geografia o quepara quepara quem ensinar In PAULA F M de A SOUZA V C de CAVALCANTI L de S Orgs Ensino de Geografia e metrópole Goiânia Gráfica e Editora América 2014 FERREIRA D S TONINI I M Há uma escola como lugar em período de pandemia Revista Ensaios de Geografia Niterói vol 5 nº 10 p 2732 julho de 2020 FREIRE P Pedagogia da autonomia saberes necessários à prática educativa São Paulo Paz e Terra 1996 FREIRE P Pedagogia do Oprimido Rio de janeiro Paz e Terra 1994 KENSKI V M Educação e tecnologias o novo ritmo da informação Campinas Editora Papirus 2012 LIBÂNEO J C Adeus Professor Adeus Professora Novas exigências educacionais e profissão docente 13 ed São Paulo Cortez 2011 SANTOS M A Natureza do Espaço técnica e tempo razão e emoção São Paulo 4ed 2017 SELBACH S supervisora geral Geografia e Didática Petrópolis RJ Vozes 2010 Coleção Como Bem Ensinar coordenação Celso Antunes